Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Primeira coisa: HOJE FAZ OITO MESES DA FIC! CARAMBA, EU SEMPRE FALO E ISSO E VOU CONTINUAR FALANDO, PASSOU SUPER RÁPIDO!!!!!!!!!!!!
OITO MESES! O-I-T-O!!!!!!!!!!! NOSSA, EU ACHEI QUE NÃO FOSSE DURAR TUDO ISSO NÃO!
A fic não existiria se não fossem vocês que leem, comentam, favoritam, recomendam, dão suas opiniões! Vocês são muito importantes pra mim ♥ ♥ ♥ ♥
Marycaraschi, obrigada pela recomendação, ficou maravilhosa! GigiLovers e Bia Ferreira Pedro, obrigada por terem favoritado!
Espero que gostem do capítulo e desculpa a demora, estou realmente sem tempo, mas nunca irei abandonar a fic!
Boa leitura e parabéns pra fic ♥



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E tudo acontece tão rápido que eu até fico meio desnorteada. O Thomas me solta e eu me afasto dela na mesma hora, o rosto queimando. Meu pai olha pra nós dois com a testa franzida, só acho que ele está bravo.
–Eu posso explicar... – murmuro sem coragem de olhar diretamente pra ele.
Meu pai solta uma risada de deboche.
–Acho bom, eu espero que tenha uma boa explicação pra isso.
Eu e o Thomas ficamos quietos por um tempo.
–Foi minha culpa. – diz o enxerido.
Olho pra ele.
–Não foi não! – volto-me pro meu pai, meu coração batendo em desespero. –Isso é um treino pra nossa peça de teatro.
–Treino? Você chama isso de treino? Francamente, Lydia! – olho pra baixo. –E você, rapaz, devia ter mais respeito. A minha filha não é qualquer umazinha que você usa e joga fora não!
Olho com raiva pra ele.
–Pai! Ele não tem nada haver com isso!
–E você tava quase beijando quem? O vento?
–A gente não estava quase se beijando! – grito em minha defesa.
Meu pai olha pro Thomas dessa vez direito e franze a testa, parecendo se lembrar dele. O enxerido também faz a mesma expressão.
–Você não é o menino do supermercado? Que me ajudou a pegar as latas que derrubei?
Vejo que o Thomas está mais vermelho que não sei o que. Ele assente e eu fico sem entender nada.
–E qual o seu nome?
Ah não! Tudo menos o nome.
–Thomas, senhor.
E é aí que meu mundo vai por água abaixo. Se eu já estava com vergonha, agora é mil vezes pior. Dou um tapa na minha testa, me culpando por ter inventado aquela mentira idiota sobre o Thomas estar com dengue só pro meu pai não ver ele.
Este olha pra mim com uma raiva contida.
–Mas ele não estava com dengue?
Thomas me olha com a testa franzida.
–Dengue? – repete o Thomas sem entender.
–Lydia, você me disse que ele estava com dengue. – fala o meu pai parecendo não acreditar que eu menti.
E eu vejo uma coisa nos olhos do Thomas que faz meu coração murchar. Decepção misturada com raiva, e ao mesmo tempo um olhar chateado.
–E-eu posso explicar. – não sei se olho pro meu pai ou pro garoto.
Thomas olha pro teto, balançando a cabeça como se não acreditasse que eu fiz isso.
–Você disse isso?
–Foi, mas é porque...
–Não queria que eu conhecesse o seu namoradinho, Lydia? – pergunta meu pai mais bravo ainda, se é que isso é possível.
Fico roxa de vergonha.
–Pai, ele não é meu namorado! Que absurda essa sua ideia! – falo quase rindo, mas quem fica com uma expressão mais séria ainda é o Thomas. Engulo em seco.
Meu pai vai começar a me xingar pelo jeito e minha mãe aparece atrás dele nessa hora. Quase suspiro em alívio. “Me ajuda”, imploro só com os olhos e ela entra no quarto.
–Thomas, querido, sua mãe ligou. Parece que seu irmão chegou mais cedo e tem que falar com você.
Thomas parece querer sumir daqui. Eu também quero, essa com certeza é a situação mais constrangedora que eu já passei.
–Eu acho melhor eu ir então... – diz ele e sem pensar duas vezes, passa pelo meu pai sem nem olhar pra mim.
Meu coração bate forte. Ele tá bravo comigo.
–Thomas, espera! – grito e corro pra sair do quarto, mas meu pai coloca o braço na frente.
–Você não vai sair daqui!
Bufo.
–Não enche! – passo por baixo do braço dele e vou apressada até a porta.
Ouço os passos do meu pai atrás de mim.
–Volta aqui! – grita ele e não paro. Saio de casa e bato a porta ao passar, ouvindo minha mãe falar pra ele se acalmar.
Vejo que o elevador acabou de se fechar, mas não desanimo. Subo correndo as escadas pro quinto andar, eu preciso falar com o Thomas. A culpa tá me matando e se ele ficar com raiva de mim, vai ser muito pior. Na verdade, acho que ele já está com raiva.
Chego ofegante quando o garoto está abrindo a porta. Reúno minhas ultimas forças e vou até ele, puxando seu pulso.
–Me solta. – diz ele ainda de costas pra mim, com uma calma. Muita calma.
Eu preferia que ele gritasse comigo, sinceramente. Essa calmaria só me deixa mais preocupada.
–Thomas, deixa eu te explicar o que aconteceu. – peço sem soltar o pulso dele. –Me ouve, por favor.
–Eu não quero te ouvir.
Engulo em seco.
–Lydia, vai embora. – diz ele com uma voz grave.
Ele continua de costas pra mim e sinto meu rosto pesar. Solto o pulso dele e ficamos em silêncio.
–Tom... – falo baixinho olhando pro chão. –Por favor, me escuta.
Meus olhos começam a lacrimejar e passo a mão com força nos olhos pra não chorar. Ele vira-se pra mim.
–Vai, Lydia. Fala aí seus motivos pra me esconder do seu pai! – o tom de voz dele aumenta.
–Eu não tava te escondendo!
Ele ri com sarcasmo.
–Não, imagine! Dengue, Lydia, sério? Achei que fosse mais criativa.
Olho pro chão, envergonhada.
–Achei que fosse seu amigo, pelo menos isso e o que é que você faz? Me esconde do seu pai!
Olho pra ele.
–Thomas, tenta me entender!
–Eu juro que to tentando. – fala ele com os braços cruzados. –Ele conhecer o Peter, a Katherin, isso parece estar okay pra você. Agora ele me conhecer parece que é o fim do mundo.
Fico frustrada e bato as minhas mãos com força na minha perna.
–Não é nada disso! Você está fazendo drama!
Ele pega meus braços e me puxa pra ele.
–Drama? – sussurra ele com o rosto próximo do meu. –Queria ver se fosse você no meu lugar.
–Eu não faria isso!
–Certeza? Não ia doer nem um pouquinho em você? – pergunta ele me obrigando a olhar nos olhos dele. –Diz nos meus olhos que você não ia ficar chateada.
Não falo nada.
–Sabe o que mais dói, Lydia? Você ter tanta repulsa da ideia de nós dois juntos, como se você me odiasse.
Eu fico olhando pra imensidão castanha e meus olhos se enchem de água por ver o efeito da minha mentira. Eu menti pro meu pai, escondi o Thomas, inventei que ele tava doente. É, o Thomas tem razão de estar com raiva de mim e eu me sinto pior do que nunca. Uma lágrima escorre pelo meu rosto e logo outra. O Thomas perde a expressão de raiva, toda aquela cara de braveza se vai. Agora ele está com os olhos serenos e preocupados.
Não consigo parar de chorar.
–Tom, me desculpa. – falo entre soluços.
Ele solta os meus braços e me abraça. Abraço-o forte. Encosto a cabeça no peito dele.
–Eu juro que não quis te magoar. – mais lágrimas.
–Tá tudo bem. – sussurra ele.
–Tom, me perdoa. – imploro com a voz embargada.
–Shhh, não precisa chorar.– sussurra ele e começa a acariciar meus cabelos lentamente.
–É sério, me desculpa. – mais um soluço. –Tom, não fica bravo comigo por favor. – falo com a voz baixa e inalo o perfume dele. Tão bom. Meu coração bate acelerado. –Desculpa ter te escondido do meu pai, eu não tinha intenção de te magoar.
–Lydia, tá tudo bem.
Faço que não com a cabeça.
–Não tá não, eu não devia ter feito isso. Eu fui idiota, eu...
Ele desfaz o abraço e segura os meus ombros.
–Já foi, as pessoas cometem erros. – fala ele.
–Você não tá mesmo bravo comigo? – pergunto sem acreditar. Ele abre um sorrisinho. –E-eu achei que você fosse me odiar... Sério, você tem motivos pra isso.
Thomas balança a cabeça na negativa e segura meu rosto com as duas mãos.
–É impossível te odiar. – ele tira as lágrimas do meu rosto levemente. –Sim, eu fiquei chateado com o que você fez.
–Desculpa, eu... – ia começar mais uma choradeira de desespero, mas ele coloca o dedo indicador sobre meus lábios, me calando.
–Lyd, eu te perdoo. – ele tira o dedo.
Tenho vontade de sorrir pelo apelido. Ele nunca tinha me chamado assim antes.
–Isso é por que chorei? – pergunto desconfiada.
Ele ri e tira as mãos do meu rosto, eu preferia que ele não tivesse tirado, mas ok.
–Não, é porque eu não consigo ficar bravo com você mesmo. – dou uma risadinha. –É sério, não dá pra ficar bravo com você. Eu fiquei com raiva naquele momento, mas depois passou.
Dou um abraço rápido nele, ficando corada em seguida.
–Obrigada, Thomas.
–O que aconteceu com “Tom”? – pergunta ele e meu rosto esquenta.
–E-eu não sei do que você tá falando...
Ele ri, uma risada boa de se ouvir.
–Gosto quando me chama assim. – comenta ele.
Olho pro chão sem saber o que dizer e coloco as mãos no bolso.
–Eu acho que tenho que ir, meu pai deve estar muito bravo. Xinguei ele pra poder vir falar com você, ele não queria deixar.
–Se quiser eu falo com ele. – diz o Thomas.
Faço que não com a cabeça.
–Não precisa, ele exagerou.
–Não querendo defende-lo, mas se eu visse minha filha com um cara assim, - ele aponta pra ele mesmo, fazendo graça, e solto uma risada. -, também ficaria enciumado e bravo.
–Só você mesmo.
Ele dá uma piscadinha com um sorriso lindo nos lábios.
Ficamos nos olhando sem dizer nada e eu decido que é melhor eu voltar pra casa.
–Então... Até amanhã.
–Até. – diz ele com um aceno e viro pra ir no elevador. –Lydia!
Olho pra ele.
–Oi.
–Foi mal por ter sido grosso com você.
–Não tem problema, eu mereci.
–Não, eu fui grosso com você e...
Dou um beijo na bochecha dele, interrompendo-o e ele me olha surpreso.
–De novo, muito obrigada por me perdoar. – e entro no elevador.
Quando chego no terceiro andar acho que meu pai foi embora. Espero que tenha ido mesmo, ele fez um barraco a toa.
Mas quando entro em casa dou de cara com ele. Penso em dar meia volta, mas não faço isso. Não sou tão louca.
Respiro fundo e vou até ele.
–Desde quando você desobedece seu próprio pai?
Fico quieta.
–Eu estou desapontado com você.
–Por eu ter ido atrás do Thomas? Eu só queria pedir desculpas!
Ele faz que não com a cabeça.
–Não é só isso. – diz ele. –Não acredito que você estava quase beijando aquele garoto!
Reviro os olhos.
–O senhor tá de brincadeira, né? Em primeiro lugar, eu não sou mais criança, tenho dezesseis anos. E em segundo lugar, a gente não tava quase se beijando!
–Lydia, eu não nasci ontem! – explode ele. –Você sim, não sabe nada da vida! Você é nova demais pra essas coisas.
Solto uma risada de deboche.
–Se eu bem me lembro você começou a namorar a minha mãe com essa idade. – falo. –E outra coisa, o Thomas é só um amigo meu.
–Amigos não se beijam!
–Pai, para com isso! Eu não beijei ele e nem ia! – falo estressada.
–Eu te proíbo de ver esse garoto!
Sou tomada pela raiva e olho pra ele sem acreditar.
–Como é?
–Você escutou! Não quero que você fique de conversinha com esse garoto!
–Acho que você enlouqueceu! – falo com a voz alterada. –Escuta aqui, você sumiu da minha vida por sete anos. Eu te respeito, sim, mas não dá pra eu seguir isso que você tá falando. Você não pode chegar dando ordens em mim do nada!
–Eu sou seu pai, eu faço o que eu bem entender!
Faço que não com a cabeça.
–Eu não vou perder minha amizade com o Thomas por causa de um ataque seu! Você esteve ausente, não sei como era na sua época, mas nesse século garotas podem ser amigas de garotos. Não adianta você me xingar, me proibir de ver ele, não vai acontecer entendeu? Eu não fiz nada de errado, você que inventa coisa!
Minha mãe sai do quarto nessa hora.
–Eu pensei em não me meter no meio dessa situação, mas eu preciso. – ela olha pro meu pai. –Andrew, você está sendo duro com ela.
–E você está deixando ela muito solta!
Minha mãe coloca as mãos na cintura.
–Por um acaso está dizendo que eu não soube educar a minha filha? – pergunta ela. –Quem é você pra falar isso? Eu cuidei dessa garota sozinha!
–Isso não é verdade! – protesta ele.
–Como não é verdade? Você mal ligava pra ela, Andrew! Acorda, o mundo não gira ao seu redor!
–Escuta aqui... – começa ele.
Bufo.
–Parem, vocês dois! – olho pro meu pai. –Você não ouse xingar minha mãe, ela me criou muito bem, sempre esteve presente, ao contrário de você. E mesmo você não se importando comigo, eu continuei me importando com você! Não te falei sobre o Thomas, porque você não falou da tal da Sophie! – respiro fundo. -E quem manda em mim é a minha mãe!
–Então é assim? Você vai me desobedecer desse jeito?
Tomo coragem e faço que sim com a cabeça. Eu nunca desobedeci meu pai e é estranho, mas não posso seguir o que ele disse.
–Sim, eu vou. – falo farta disso. –Se você ainda quiser me levar pro passeio, tudo bem. Se não quiser, tudo bem também. Não vou mais discutir sobre o Thomas com você.
Fico olhando pra minha mãe e pra ele. Ela balança a cabeça.
–Certo, isso foi longe demais.
Meu pai hesitantemente concorda.
–Vamos sair sim, Lydia. – fala ele e vejo que ainda está bravo.
–Se for pra você ficar me xingando durante o caminho, já vou logo avisando que não vou.
Ele respira fundo.
–Não falarei mais nisso.
–Eu vou me arrumar e eu já desço.
Ele faz que sim com a cabeça e sai de casa. Bufo irritada.
–Mãe, você viu o alvoroço que ele fez? E veio tentando me proibir de ver o Thomas! Ele não pode fazer isso!
–Por mais que eu ache que seu pai tenha exagerado, eu ainda tenho que te reprovar por umas coisas.
Lá vem.
–Primeiro, você não devia ter mentido. Nem pro Thomas, nem pro seu pai. Segundo, seja mais educada. Não te criei pra ficar gritando com ele.
–Mas foi loucura o que ele disse! – falo em minha defesa.
–Pode ter sido, mas ele ainda é mais velho que você e você lhe deve respeito.
–Tá. – falo sem me arrepender por ter xingado ele.
–Peça desculpas ao seu pai.
–Ah, isso não!
–Isso sim. Ele pode estar errado, mas você também está! – diz ela. -Não fica brigando com ele toda hora, mate as saudades dele, que eu sei que você sente.
Odeio admitir, mas ela está certa. Vou pro meu quarto pra me arrumar e sair com ele.
–Tchau, mãe. Até depois.
–Até. – fala ela. –Seja educada!
Faço que sim com a cabeça e vou pro térreo, saindo do prédio e entrando no carro.
Eu e meu pai ficamos em silêncio por um momento.
–Me desculpa por ter gritado com você. – acho que é melhor começar assim. Puxei o orgulho do meu pai. Se eu não pedir desculpas primeiro, capaz dele também não pedir. Às vezes eu funciono desse jeito e sei que ele é assim. –Foi errado da minha parte.
Ele assente.
–Não pense que eu estou de bem com esse garoto aí, mas passei dos limites.
Também assinto e mais um silêncio se prossegue.
–A Claire vai com a gente? – pergunto pra quebrar isso.
–Só se você quiser.
Além dele estar bravo, parece também estar chateado por eu ter mentido.
–Por mim, tudo bem ela ir. – falo. Quero que ela vá pra não ter chances de mais discussões entre eu e meu pai. –Ela ficou de me mostrar umas fotos e o caminho é longo, não é?
–É sim. – fala ele e começa a dirigir. –Pegamos a Claire e vamos.
Assinto e não falamos muita coisa.

POV Thomas

Fico parado depois que a Lydia me dá o beijo na bochecha, olhando pro elevador com um sorriso bobo.
Começo a me sentir mal por ter sentido raiva dela. Ok que ela mentiu, ok que ela me escondeu. Eu fiquei com raiva mesmo, magoado, chateado, bravo. Tudo isso junto. Mas na hora que ela começou a chorar tudo isso se foi.
Antes dela aparecer, as coisas eram claras na minha cabeça, daí tudo mudou. É tudo uma confusão, turbilhão de sentimentos, muitas vezes não sei como agir quando estou perto dela e quando ela chora... Meu coração fica dilacerado. A Lydia fica linda chorando, ela é linda de qualquer jeito, mas isso acaba comigo. Meu coração ficou partido ao ver as lágrimas descendo pelo rosto dela ainda mais por minha causa, por eu ter sido duro com ela.
E quando eu a abracei... Solto um suspiro me lembrando do ótimo cheiro dela. Não é perfume, não é sabonete, é só... ela. O cheiro único dela. É o cheiro dela, só dela e eu amo esse perfume próprio que ela tem.
Dou um tapa na minha testa, me sentindo um idiota por ter brigado com ela. Decido dar uma volta pelo prédio, tentar falar com o pai dela, fazer alguma coisa pra ele não brigar tanto com ela. O pai dela parece bem bravo.
No dia que encontrei ele no supermercado nem podia imaginar quem fosse, só achei que era um cara com sotaque meio diferente. Também, depois de tanto tempo na França deve mudar mesmo. Ele estava tentando pegar uma lata de leite condensado e acabou derrubando-as. Eu abaixei pra ajudá-lo, ele agradeceu e depois não o vi mais.
E aí ele me viu quase beijando a filha dele. Acho que isso não é uma boa impressão, preciso melhorar isso. O pai da garota que eu gosto não pode não ir com a minha cara.
Desço no elevador e bingo! Ele acabou de descer, está ainda no térreo. Corro até ele.
Ele olha pra mim pelo canto do olho.
–O que você quer? – pergunta ele.
–Senhor, eu quero esclarecer o que aconteceu lá em cima.
Ele para e me encara.
–Não preciso ouvir mais nada, rapaz.
Eu falo mesmo assim.
–Eu vou fazer um teatro com ela e sinto em lhe dizer, mas tá no script. Nós iremos nos beijar, será técnico.
Engulo em seco com a expressão que ele faz.
–Quais são as suas intenções com a minha filha? – pergunta ele por fim.
Por essa eu não esperava.
–Eu respeito muito a sua filha e nós somos só amigos. – dói dizer que somos só isso, mas é a verdade. –Minhas intenções são as melhores.
Ele não parece simpatizar muito comigo, mas não fala mais nada e entra no carro. É, parece que vai ser difícil fazer com que ele me aprove.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que tenham gostado!
Uma boa semana pra todos vocês