Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

E QUEM TÁ FAZENDO SETE MESES HOJE???? A FIC!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Como sempre quero agradecer a todos vocês, leitores! Sem vocês, não teria a fic. Afinal, por que eu postaria se não tivessem pessoas lendo? Vocês sempre me incentivam a continuar e isso é muito bom pra mim ♥♥♥♥♥
Obrigada a todos vocês, vocês são demais!!!!
Boa leitura ♥



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São sete horas da noite e eu não aguento mais esperar. Quando chegamos eu quase tive um ataque do coração. Minha mãe tinha parado o carro e quando sai dele, fiquei um tempinho só olhando o aeroporto.
–Lydia, vamos entrar. – disse ela. –Tá frio aqui fora.
Ela tinha razão, tava bem mais frio que a minha cidade. Assenti e entramos no aeroporto.
A primeira coisa que eu fiz foi ir comprar água e M&Ms, já que eu tava ansiosa. Não que chocolate me ajude muito, mas é alguma coisa. E é bom.
Depois de uma meia hora eu não coseguia parar quieta. Nós nos sentamos e eu comecei a bater o pé, fazendo um barulho irritante.
Algumas pessoas ficaram olhando com uma cara de reprovação, mas só revirei os olhos e continuei. Não são eles que pagam minhas contas mesmo. Mas a minha mãe paga.
–Para com isso. – ela mandou.
Bati meu pé uma ultima vez e parei.
Agora estou andando de um lado para o outro. Sete horas. Falta só meia hora! Por que quando queremos que o tempo passe ele não passa?
–Mãe, acho melhor a gente já ir indo pra lá. – falo me referindo ao lugar que os passageiros desembarcam.
–Ainda é cedo.
–E daí? Eu quero ficar bem na frente! – protesto.
Minha mãe resmunga alguma coisa e se levanta.
Uma coisa que percebi no caminho pra cá é que ela tá meio estranha, que nem aquele dia que fui comer yakisoba. Ela tá escondendo alguma coisa de mim. Pra ser sincera, no momento eu não me importo. Não deve ser nada demais. O que interessa agora é que o meu pai tá vindo.
Ao contrário do que ela achava tem gente aqui sim, algumas com cartazes.
Me xingo por não ter tido essa ideia, mas eu tava tão empolgada que nem pensei nisso. Fora que eu quero abraçar meu pai, aí teria que passar o cartaz pra minha mãe, e isso levariam alguns segundos e não pode haver nem um milésimo de segundo desperdiçado!
Cruzo os braços e fico só esperando. Olho de novo o relógio, sete e dez. Bufo em frustração.
–Calma, filha, daqui a pouco ele chega.
Faço que sim com a cabeça.
–Eu sei, mãe... É que eu to muito ansiosa.
Ela sorri.
–Eu sei.
–E onde que ele vai ficar? – falo tirando meus olhos do vidro que vai dar pra ver quando ele estiver saindo.
–Num hotel, é na cidade, não muito longe.
–Que bom, porque vou querer falar muito com ele.
Também, sete anos é muita coisa. Eu tinha só nove anos quando ele resolveu ir pra França, e nunca mais o vi. Simples assim.
–Eu sei. – concorda a minha mãe. –Mas sossega, faltam só vinte minutos.
Como se vinte minutos fosse pouca coisa!
Respiro fundo e fico quieta, olho o relógio do celular pela milésima vez. Sete horas e vinte nove minutos. Meu coração dá uma disparada de empolgação.
Um minuto depois e nada. Começo a ficar preocupada.
–Menina, larga de ser pessimista! É assim mesmo que funciona. – diz minha mãe.
Mordo o meu lábio inferior, nervosa. E se aconteceu alguma coisa?
E são três minutos depois que vejo uma pessoa saindo e ela não é meu pai. Fico na ponta dos pés, tentando enxergar o máximo possível e é então que eu o vejo.
Diferente de antes, obviamente, mas é ele. Eu sei que é ele.
Eu mandava algumas fotos minhas pra ele e ele deve me reconhecer. Quando ele sai totalmente daquela salinha eu viro e vejo-o a uma pequena distância.
E o meu rosto fica muito pesado.
Me esquivo de todas as pessoas e parece coisa de filme, mas ele joga a bagagem de mão dele no chão e abre os braços. Eu sorrio e meus olhos se enchem de água.
Meu pai também está com os olhos marejados e sorrindo. Corro até ele e dou um abraço apertado. Ele quase me esmaga, mas eu não me importo.
Se antes eu tava chorando, agora eu to me desidratando. Eu disse que ia chorar, só não sabia que ia ser tanto assim.
–Pai! – grito, a ficha ainda não caiu. Não acredito que ele tá aqui. Ainda não.
Meu pai solta do abraço e esfrega os olhos, tirando as lágrimas.
–Lydia! – diz ele chorando. –Como você cresceu, tá mais alta do que eu!
Sorrio e volto a chorar.
–Pai eu senti muito a sua falta! – falo e ele me abraça de novo.
–Eu também querida, eu também senti muito a sua falta!
Continuamos assim por uns cinco minutos até que ele me solta.
Vejo que tem uma garota ruiva atrás dele. Achei que ela era só outra passageira, mas parece que estava com ele. E a coisa mais estranha é que a minha mãe tá falando com a garota.
Meu pai parece perceber que não to entendendo nada. Ele parece meio hesitante. Passo a manga do casaco no rosto, tirando as lágrimas.
–Filha, essa é Claire.
A garota ruiva, que parece ter a minha idade, sorri de orelha a orelha.
–Você deve ser a Lydia. – o sotaque dela é meio estranho, o que me leva a pensar que ela é francesa. –Sou Claire Amery. – ela estende a mão e aperto-a, ainda confusa. –Ou sua irmã, se preferir.
Engulo em seco. Parece que acabei de levar outra bolada de basquete na cara.
Solto a minha mão na dela, e pra não parecer rude, tusso. Forço um sorriso, porque por mais que isso seja a coisa mais estranha que já ouvi, eu tenho que ser educada.
–Ah. – é o que eu falo.
Claire parece que eu não to muito afim pra conversa, mas não apaga o sorriso.
–Seu pai falava muito de você, sempre quis te conhecer! – diz ela.
E eu nunca ouvi falar dessa menina!
–Claire, vamos lá pegar a sua mala. – diz minha mãe.
A garota faz que sim com a cabeça, dá um último sorriso e ela e minha mãe vão buscar as malas.
Viro-me pro meu pai com os braços cruzados.
–Eu estou surda ou ela disse que é minha irmã? Ninguém nunca me disse que tinha uma irmã! Você teve uma filha sem ser com a minha mãe e ninguém fez o favorzinho de me avisa?
Meu pai pega a bolsa de mão e me olha pensando no que dizer.
–Ela não é sua irmã. – quase respiro em alívio. –Não de sangue.
–Que história é essa? – pergunto começando a ficar brava.
–Eu conheci a mãe dela, a Sophie, quando me mudei. E nós começamos a namorar e a morar juntos.
De brava passo pra chateada. Como que ele fica todo esse tempo fora, arruma uma mulher e não fala nada pra mim? Eu tinha o direito de saber!
Caramba, eu sou filha dele e não sei de nada?
–A minha mãe sabia disso?
Ele faz que sim com a cabeça.
Então por isso que ela tava estranha!
Conto até dez pra não gritar com ele, afinal ele ainda é meu pai.
–Olha, Lydia, eu só não contei antes porque achei que você ia pensar que tem alguém no seu lugar. Mas filha, ninguém pode preencher o seu lugar.
Solto uma risada de deboche.
–Nossa, legal você falar isso, mas acho que não ajuda. Ela sabe falar português fluente. Deixe-me adivinhar quem ensinou pra ela!
Meu pai fica quieto e eu balanço a cabeça. Não acredito nisso. Minha própria mãe escondeu isso de mim!
–Não precisa ficar com ciúmes... – começa ele.
–Ciúmes? Não é ciúmes, é raiva mesmo. Raiva porque você mal falava comigo, porque dizia que estava muito ocupado com trabalho!
–Mas eu estava mesmo! – diz ele na defensiva.
–Tão ocupado que conseguiu ensinar uma francesa a falar português! – tenho vontade de chorar de novo.
Respiro fundo e passo a mão nos cabelos. Gritar com ele não vai adiantar absolutamente nada.
–Quer saber, eu to muito feliz de te ver, mas eu quero que você saiba que toda vez que você me ligava, eu me sentia mal. Mal porque parecia que você não tava nem aí pra mim, e pelo visto eu estava certa. – respiro fundo e pisco pra não chorar.
Meu pai faz que não com a cabeça.
–Você tá errada. Eu sinto muito por não ter te ligado, me desculpa. Sei que não sou o melhor pai do mundo, sei que devia ter vindo antes e ter falado da Claire. – ele respira fundo. –Mas eu lembrava de você sim, não se engane.
Ficamos quietos.
–Vamos buscar as malas, eu quero comer alguma coisa. – falo por fim.
Claire já está com uma mala grande e de rodinhas. Meu pai vai pegar as dele e minha mãe se aproxima de nós duas.
Não olho diretamente pra ela. Pelo tanto que ela me conhece, já deve saber que não to nada feliz com essa ocultação de irmã.
–Meninas, vocês estão com fome?
Claire faz que sim com a cabeça e eu não faço nada. Essa menina entrou no meu lugar sim, ela tá mais pra filha dele do que eu! Eles estão vestidos com o mesmo tipo de roupa praticamente, eles podem ser identificados como pai e filha. Eu devo parecer uma sobrinha.
Dou uma olhada de novo na ruiva. Ela é bem branquinha, olhos verdes , seus cabelos ruivos batem no ombro e estão soltos.
–Você usa lente? – pergunta ela olhando nos meus olhos.
Pergunta super normal.
–É, eu uso óculos, mas eu quebrei o meu, então por enquanto to de lente. – explico e daí percebo que falei rápido demais. Ela me olha sem entender, mas não repito de novo.
–Eloisa, você deixa eu levar a Lydia pra passear sábado? – ouço meu pai perguntar.
–Claro. – diz minha mãe. –E, ah, Claire, pode dormir em casa quando quiser.
Nossa, ela convidando uma garota que conhece a menos de uma hora pra dormir em casa. Então tá bom. E quem disse que eu deixei?
–Vamos na churrascaria do shopping e daí vamos pra casa. – diz minha mãe.
Eu só dou de ombros e continuo andando.
Eu tinha imaginado o reencontro com o meu pai milhares de vezes e em nenhum deles ele tinha trazido filha de uma outra mulher dele.
Entramos no carro e o caminho até o shopping é preenchido por silêncio. Definitivamente não era assim que eu pensei que fosse ser.
Na minha cabeça, meu pai estaria no banco de trás comigo e não a Claire. Eu estaria com a cabeça deitada no ombro dele.
Nós jantamos, eu mais ouço do que falo. Meu pai toda hora me lança olhares e eu o ignoro.
–Onde é o toalete? – pergunta a ruiva pra mim.
Olho por cima do ombro da minha mãe e vejo uma porta. Aponto pra ela e a garota se levanta, deixando nós três a sós.
Abaixo a cabeça e fico analisando o meu prato.
–Lydia, eu queria te contar... – começa a minha mãe.
–Eu disse pra ela não falar nada. – continua o meu pai. -Não fique brava com ela.
Levanto o rosto.
–O que vocês são agora? Estão se defendendo? – pergunto irritada. –Quer saber, que se dane essa garota! Eu não to nem aí se você arranjou outra pessoa e se trata a filha dela como se fosse sua, eu não ligo!
–Por que você está assim então? – pergunta minha mãe.
Bufo.
–Precisa perguntar? Vocês dois mentiram pra mim, me esconderam isso por muito tempo! Acham certo? Acham mesmo legal?
Os dois ficam quietos.
–Pois é, não é legal! E eu to me sentindo trocada por você sim, pai. – falo estressada. –Vocês são muito mentirosos!
–Lydia, não fala assim com a gente. Somos seus pais! – reprova minha mãe.
Ele faz que não com a cabeça.
–Ela tem razão de estar assim, Eloisa. Eu escondi isso dela, eu menti todas as vezes que ela perguntou se eu tinha alguém.
–É, mentiu. E eu odeio que mintam pra mim. – falo e me levanto, indo pro banheiro.
Deixo os dois lá e encontro a Claire já lavando as mãos. Não falo nada pra ela e entro na cabine. Quando volto ela está passando a mão nos cabelos. Me encaro no espelho e lavo as minhas mãos.
Na hora que ela está saindo do banheiro, dá meia volta e me encara.
–Lydia, acho que começamos mal. – diz a Claire se aproximando de mim.
Franzo a testa e olho pra ela.
–Como assim?
–Eu não devia ter te chamado de irmã, eu boiei. – diz ela. –E eu sei que seu pai foi ausente, só que ele esteve perto de mim o tempo todo. Entendo se tiver com raiva de mim.
Solto uma risada.
–Não to com raiva de você, eu to brava com ele. – meia verdade.
–Enfim, só queria pedir desculpas qualquer coisa.
–Não tem nada pra se desculpar. – asseguro a ela.
Ok, confesso, eu to com ciúmes e com raiva, só que ela parece ser simpática e não tem culpa se meu pai mentiu.
–E você pode dormir em casa se quiser. – forço-me a dizer. Devo ter parecido super mal educada quando nos conhecemos.
–Se minha mãe soubesse, ela me mataria. – diz ela e rio.
–Claire, quer dizer, Amery... Pera, como é melhor te chamar? – pergunto confusa.
A menina sorri.
–Me chame de Claire, um garoto que eu gostava me chamava de Amery... – vejo que ela fica meio chateada ao falar do tal garoto e não pergunto nada.
–Certo. Então, Claire, meu pai é casado com a sua mãe?
Soou bem casual essa pergunta, só que não.
–Não, eles vão se casar no fim do ano.
Claire tapa a boca em seguida.
–Eu não devia ter falado isso. – confessa ela. –Seu pai ia te contar, desculpa.
Dou de ombros.
–Relaxa, não vou falar pra ele que me disse isso.
–Obrigada.
–De nada.
Nós duas saímos do banheiro.
–Gostei da sua pulseira. – falo com sinceridade e pra puxar assunto também.
–Obrigada. – diz ela. –Trouxe umas pra você também.
Olho surpresa pra ela.
–Sério?
–Aham, eu fiquei sabendo que tinha minha idade daí resolvi comprar. Fiquei com medo de não gostar, mas parece que acertei.
Sorrio.
–Nossa, obrigada. Não precisava.
Enquanto eu a xingava na minha mente, ela estava preocupada se eu ia gostar do que comprou pra mim. Começo a me sentir mal por isso, ela tá sendo legal e eu quase xinguei ela no aeroporto.
–Imagina, quando eu tirar as coisas da minha mala eu te dou.
Decido compensar a minha grosseria com ela.
–Escuta, quer ir no meu prédio qualquer dia desses? Lá tem piscina.
Ela me olha espantada.
–Mas está frio.
Dou risada.
–É, mas lá é aquecida.
Acho que ela não aprendeu essa palavra porque me olha com cara de quem não entendeu nada.
–A piscina tem água quente. – explico com calma.
–Ah sim. – diz ela. –Aquecida é quente então?
Faço que sim com a cabeça.
–Seu pai disse que vai levar a gente pra Campos do Sudão sábado.
Me seguro pra não rir.
–Campos do Jordão. – corrijo.
Ela ri do próprio erro.
–Isso. – diz Claire. –Eu trouxe umas fotos da minha cidade pra mostra pra você e sua mãe.
O engraçado é que mesmo o meu pai estando com a tal de Sophie, a mãe dela, ela gosta da minha mãe.
Caramba, falei tanto “mãe” que isso até confundiu meu cérebro.
–Legal, quero muito ver. – falo. –Você já foi pra Paris? Um dos meus sonhos é ir pra lá.
–Sim, já fui. Na verdade, meu aniversário esse ano foi num restaurante que fica na torre Eiffel.
–Nossa, deve ter sido demais. – e deve ter sido mesmo. Imagina comemorar seu aniversário na torre Eiffel?
–Quem sabe um dia você não vai pra lá, posso te levar lá. – diz ela.
Nos sentamos na mesa e meus pais não falam nada. Pagamos a conta e voltamos pro carro, acabo dormindo no caminho. Acordo quando vejo que chegamos na cidade.
Pouco tempo depois chegamos no hotel que eles vão ficar.
Minha mãe sai do carro pra tirar as malas e continuo sentada no meu lugar. Meu pai bate no meu vidro e reviro os olhos, mas abro a porta.
–O que foi?
–Vamos conversar direito ou vamos continuar brigando?
Mesmo a contra gosto eu saio do carro e nos afastamos das duas.
–Eu já disse que to chateada. – falo. –De verdade, eu não to brincando. Eu estou mesmo brava com você.
–Mas não podemos ficar brigando, filha. – diz ele e respira fundo. –Me desculpa, de novo. Eu sei que você está chateada, mas não quero mesmo ficar brigado com você.
–Nem eu pai... – confesso.
–Eu senti muito a sua falta, Lydia. Não mesmo que quero passar meus dias no Brasil com você me odiando.
–Eu não te odeio pai.
Ele coloca uma mecha do meu cabelo pra trás da orelha.
–Filha, eu te amo muito. Eu faria tudo por você. E eu só não vim antes porque estava com vergonha, vergonha do que você acharia de mim.
Não falo nada.
–Não tinha um dia que eu não me lembrasse de você. – ele fala. –Você me perdoa?
Faço que sim com a cabeça e uma lágrima escorre pelo meu rosto.
–Perdoo, pai.
Então ele me abraça apertado e depois me solta.
–Engordei uns quilinhos. – diz ele e dou risada. –Desculpa por quase te amassar.
Sorrio.
–Amanhã vamos no cinema? Só nos dois? – pergunto.
–Vamos sim. Mas a Claire não pode ficar sozinha.
Verdade, tinha esquecido disso.
–Pode levar ela também.
–Sério?
Com muito esforço, faço que sim com a cabeça. Ta aí uma coisa nova: eu deixando meu egoísmo de dividir o meu pai de lado.
Ele sorri.
–Fico feliz que esteja se dando bem com ela.
–A Claire é uma garota legal. – falo com sinceridade.
Voltamos-nos pro carro.
–Filha, eu tenho que ir dormir. Amanhã me liga falando o horário do cinema.
Faço que sim com a cabeça e nos aproximamos das duas.
–Andrew, se precisar de alguma coisa, pode ligar. – diz minha mãe.
–Pode deixar. – diz ele e pega a mala dele.
–Tenham uma boa noite. – diz a ruiva.
–Vocês também. – falo.
Esperamos os dois entrarem e vamos pro carro.
–Lydia... – começa a minha mãe.
Interrompo-a com um sinal de mão.
–Tá tudo bem, eu vou me acostumar com ela. E ela é legal.
Minha mãe concorda com a cabeça.
–Só te peço uma coisa.
Ela olha pra mim.
–Qualquer coisa.
–Não fala do Thomas pro meu pai. – falo sentindo as bochechas queimarem.
Ela ri.
–Não vou falar, não se preocupe. Só não fiquem de abraços pra cá, beijos pra lá, que daí é difícil eu falar que não tem nada entre vocês.
Fico vermelha e tusso.
–Mas não tem nada entre a gente!
–Aham... – diz ela totalmente descrente.
–Sério, somos só amigos!
–Ok então.
Quando chegamos em casa já é uma hora da manhã. Pego meu celular pra falar com as minhas amigas, mas a minha mãe não deixa.
–Nem pensar! Vai dormir, amanhã tem aula.
Bufo e vou pro quarto. Tiro as lentes, coloco um pijama e me jogo na cama. O sono vem mais rápido do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram da Claire ou não?