Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, queria pedir desculpas pela demora. Eu fui viajar e também estava totalmente sem inspiração, por isso não postei. Em segundo lugar, daqui 11 dias a fic vai fazer 5 meses :o Assustada, o tempo passou muito rápido! Fiquei feliz que gostaram do Oliver e do Adam e obrigada pelas sugestões de nomes :) Boa leitura e leiam as notas finais depois por favor.



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Volto com passos pesados pelo corredor e meus lábios formigam por ter entrado em contato com a pele de Thomas. Na verdade, parece que todo o meu corpo está quente e formigando. Meus braços que sentiram os dele, meu rosto, tudo parece estar pegando fogo. Penso seriamente em ir até a moça da limpeza, pedir um balde e água e jogar na minha cabeça.
– Senhorita, o que está fazendo fora da sala?
Acabei de passar por uma porta, deve ser a diretora. Prendo a respiração. Sério que eu vou ser mandada pra diretora? Não creio. Vou ficar no mínimo um ano de castigo: primeiro por ter tirado três de dez, segundo porque vou ser mandada pro diretora.
Viro-me para a pessoa, uma moça de óculos, cabelos loiros presos em um rabo de cavalo. Ela me lembra muito a Felicity Smoak, de Arrow. A moça faz sinal para eu me aproximar e eu ando como se estivesse caminhando para a morte.
–Olha, eu só sai da sala porque...
Ela me interrompe com um gesto da mão.
–Eu te vi saindo da sala, ia segui-la, porque não se pode sair da sala a menos que seja pra beber água ao ir ao banheiro. Você foi pras árvores. – fala ela e então abre um sorrisinho. –Como eu ia dizendo, ia te seguir, mas vi o menino te seguindo e não quis cortar o clima.
Meu rosto deve estar vermelho demais.
–Não é nada do que você tá pensando...
–Não estou pensando em nada. – diz ela escondendo um sorriso.
–Então... Vou receber uma detenção? Suspensão? – arregalo os olhos. –Expulsão?
Dessa vez ela ri de verdade.
–Não, que isso. Não tem motivo pra uma coisa séria dessas, fora que eu não tenho poder de fazer isso. E também, o diretor não está. Só a vice diretora.
Ah, então ela não é a diretora. Quase solto um suspiro de alívio.
–Eu sou apenas uma secretária. – continua ela. -E por favor, conte sua história, não to nada afim de te mandar pra vice diretora. Aquela lá tá atacada hoje, tenho dó dos meus ouvidos e também dos seus.
Adorei essa moça.
–O professor de matemática me deu uma nota errada. Eu acertei tudo, mas ele deu um três só porque fiz os cálculos a lápis. – só de lembrar tenho vontade de gritar de raiva, mas respiro fundo ao invés de armar um barraco com a moça. –Daí eu fiquei com muita raiva e sai da sala. Fim.
Ela fica sem falar nada por alguns segundos.
–Você pode ligar pra um responsável vir aqui falar sobre isso com o professor. Acredite, você não é a primeira.
Tenho a minha mãe pra ligar, mas ela não está bem ultimamente. Na verdade, nem eu estou no meu melhor momento. Meu tio, o irmão dela, tentou me matar, apontou arma pro Thomas, ameaçou a gente, tirou praticamente tudo que a gente tinha. Não tem como ficar bem. Mas eu tento de todas as maneiras bloquear meus pensamentos sobre o Arnaldo, mesmo assim tenho pesadelos e morro de medo só de ouvir um barulho diferente. Agora imagine ela, que viveu a infância e adolescência ao lado dele.
–Minha mãe tá no trabalho. – falo simplesmente.
–Acho que ela não se importaria de vir até aqui.
Faço que não com a cabeça.
–Tem como eu falar com a vice?
Ela me olha como se eu fosse maluca.
–Eu disse, ela tá atacada. Já é uma peste quando tá bem, hoje então...
Isso que eu chamo de má sorte.
–Torce pra mim então.
Ela dá um tapinha no meu ombro e faz sinal para eu segui-la.
–Qual seu nome?
–Angela. – responde. –Você deve ser novata.
–Sou sim, meu nome é Lydia.
Angela/Felicity ia responder, mas daí vem um grito de dentro.
–Entra!
Quase dou meia volta, mas preciso batalhar pela minha nota. A moça que me lembra a Felicity me dá um empurrãozinho e dou de cara com a diretora. Confesso que estava esperando uma velha gorda atirando dardos na parede, tipo aquela de Matilda, mas a mulher é bonita e jovem.
–Hum, oi.
–Seja breve. – dispara ela.
Curta e grossa. Sento-me em sua frente de modo que fico de costas pra uma grande janela. Já passei na frente da sala antes, enquanto andava pelos corredores, mas nunca tinha entrado.
Repito a história do professor, só que tiro o detalhe que fui pra “floresta”. Falo que sai da sala e vim direto nela.
–E então... Tem alguma coisa que a senhora possa fazer sobre isso?
–Não sou casada pra me chamar de senhora.
Vontade de pular no pescoço dela, mas apenas abro um sorriso amarelo meio que como um pedido de desculpas.
–Posso falar com o seu professor, mas se ele pede cálculo à caneta, tem que ser cálculo a caneta.
–Eu sei, eu não sabia...
–Devia ter perguntado pra alguém. – fala ela com irritação.
Acho que essa mulher não vai me ajudar em nada, mesmo assim, tento de novo.
–Bom, eu errei e esse erro não vai se repetir novamente. Mas será que a senhora... – corrijo-me rapidamente. –senhorita poderia falar com o professor? Eu estudei muito.
Ela revira os olhos.
–Tudo bem, mas me faz um favor.
Assinto com a cabeça. Qualquer coisa pra ter minha nota arrumadinha.
–Vai lá fora e manda o garoto que tá na janela dar o fora.
Viro-me pra janela e só vejo a cabeça do Thomas se abaixando rapidamente. Quase solto uma risada, mas me obrigo a ficar séria.
–Só isso?
–Diz pra ele que não é da conta dele o que está sendo falado aqui e pra ele não ficar bisbilhotando a conversa dos outros. – fala ela impaciente.
Só acho que ela não vai muito com a cara do enxerido.
–E também chame o seu professor, meus pés estão me matando.
Cara, que mulher mais folgada. Na boa. Engulo minhas palavras de xingamento e apenas sorrio.
–Chamarei. Obrigada.
–De nada. – fala ela.
Saio da sala e fecho a porta. Passo do lado da mesa da Angela e ela tira os olhos do computador.
–E aí? Como foi?
–Ela não me esquartejou. – falo com um sorriso.
A moça ri.
–Acho melhor eu ir logo, antes que ela mude de ideia. – então abaixo o tom de voz. –O diretor é assim também?
–Ah, ele é melhor do que ela. Mas tá viajando e daí joga a responsabilidade pra essa daí. – diz ela apontando pra porta. –Ela que não tá muito acostumada em trabalhar sozinha, vira uma fera.
–Entendo. – dou de costas para sair, mas daí me lembro de uma coisa. –Obrigada por me ajudar, Angela.
–Imagina. – fala ela. –Precisando, é só chamar... Só te dou um conselho.
–Qual?
–Na verdade, dois. O primeiro é que quando for sair, não passe pelos meus olhos, se não terei que te mandar pra diretoria. Isso se não for ir ao banheiro ou beber água. – diz ela e continua. –O segundo é que você deve pedir pra alguém tirar uma foto sua com o garoto que te seguiu.
Solto uma risada.
–Mas por que?
–Vocês formariam um casal bonitinho. – diz ela dando de ombros.
Sinto meu rosto esquentar, mas dou risada.
–Falando nele, tenho que tirar ele da frente da janela da vice diretora. Se não, adeus nota.
Ela não entende muito bem, mas assente. Saio da diretoria e vejo um banco embaixo da janela da diretora. Thomas está sentado nele e quando me vê, se levanta. Vou até ele.
–Seguinte, a vice disse pra eu te tirar da frente da janela dela e que a conversa dos outros não é da sua conta. – falo tentando não rir. –E pra você parar de bisbilhotar a conversa dos outros.
Ele ri um pouco e começamos a andar pra sala.
–O que você tava fazendo ali?
–Esperando você. – fala ele dando de ombros.
–Tá ligado que vai se dar mal por ter saído da sala, né?
–De verdade, eu não ligo. – fala ele rindo um pouco. –Tá, talvez eu ligue, mas eu não ia conseguir prestar atenção na aula mesmo.
Olho pra ele sem entender.
–Não ia conseguir parar de pensar em como você estaria.
Olho pra baixo, completamente sem graça e continuamos andando. Na hora que chego na sala, faço menção de bater na porta, mas o Thomas entra na minha frente e vira pra falar comigo. Como ele entrou na minha frente, nossos rostos estão muito próximos e isso faz meu coração acelerar.
–Deixa que eu abro. – diz ele.
–Bate antes, a gente saiu da sala sem permissão.
–Vai adiantar ter educação agora? – fala ele e abre a porta.
Todo mundo se vira pra gente e posso perceber o sorrisinho de alguns, num “Hmmmm” mental, porque se eles fizerem baderna vão tudo pra fora.
–Ah, resolveram voltar. – fala o professor com ironia.
–A vice diretora quer falar com você. – é a única coisa que falo.
Sento em meu lugar. Thomas vai fazer o mesmo, mas o professor segura seu ombro. O do tiro. Já faz uma semana, mas acredito que ainda esteja doendo pela cara que ele fez.
–E você, vai descer comigo.
Me levanto pra protestar, afinal ele só vai pra diretoria porque resolveu me seguir, então me sinto meio culpada. Thomas faz sinal de “tá tudo bem” e os dois saem da sala.
Todo mundo fica conversando, eu com a Katherin e claro, ela dá uma zoada básica, mas eu apenas ignoro-a e continuo falando sobre como Arrow é uma série boa.
–Caramba, vou ficar com birra dessa série de tanto que você fala! – reclama ela.
–Vai nada, assiste pra você ver e daí você vai ver que tenho razão.
–Um dia... – fala ela.
–Um dia nada! Você vai lá em casa no sábado e a gente vai ver. E isso não foi uma pergunta.
Ela começa a rir.
–Vou ver com a minha mãe.
–Beleza. – falo. –E como vai a Katie?
–Ela tá bem, e muito animada pro teatro. – fala a Katherin. –Eu também to muito ansiosa.
–Eu não fico pensando muito. – confesso. –Mas pode apostar que eu vou começar a ficar ansiosa e nervosa quando receber o texto.
–Você decora bem? – pergunta ela.
–Mais ou menos, é só ler bastante que grava.
Ela assente, toca o sinal de troca de professores e começa uma aula de história.

Eu, Katherin e Thomas estamos correndo para o teatro. Nós concordamos que ir a pé é mais rápido e fácil do que ir de carro. E também, ninguém ia poder vir nos buscar. Minha mãe ficou sabendo da minha nota ontem a noite, mas ela estava tão cansada, que só disse um “Da próxima vez preste mais atenção.”
–Por que tinha que chover? – grito sentindo meu casaco ficar encharcado.
–Semana passada foi a mesma coisa. – reclama a Katherin.
Thomas apenas ri e balança a cabeça, respingando água em nossos rosto. Chegamos em baixo do toldo do teatro e paramos pra recuperar o fôlego.
–Que horas são? – pergunta a Katherin.
Tiro a minha bolsa e abro-a. Sorte que deixei o celular dentro da bolsa, se não ele ia estragar.
–Quatro minutos pra aula. – falo e guardo o celular de volta.
Não demora muito pra eu começar a bater os dentes de frio.
–Acho melhor a gente entrar. – fala a Katherin, parecendo estar com muito frio também. –A gente pode se secar com papel toalha.
Eu e Thomas assentimos e entramos no teatro. Katherin e eu vamos para o banheiro feminino e quando entro, vou direto pegar papel. Arranco o meu casaco e torço-o. Sorte que esse casaco era meio grosso, minha blusa não está completamente molhada.
–Já vi que vamos passar frio hoje. – falo enquanto me seco.
Nos arrumamos da melhor forma possível e saímos do banheiro. Subimos a grande escadaria e é inevitável deixarmos rastros de pingo de água no tapete. A porta do teatro já está aberta, mas o professor ainda não chegou. Nós duas entramos e sentamos na terceira fileira, já que as outras estão ocupadas.
Thomas aparece no ultimo minuto, literalmente. Eu fui olhar as horas e “ 17:39 “. Ele nos vê e se aproxima.
–Não tão péssimo como vocês. – diz ele.
–Claro, você não tava usando um casaco. – rebato. –Não ficou encharcado em dose dupla.
–Eu trouxe na bolsa. – fala ele meio que se gabando.
–Bom pra você. – rebato.
A Katherin abre a bolsa e tira um casaco.
–Obrigada por lembrar, Thomas. Tinha esquecido que tinha trazido.
–Legal, eu vou passar frio sozinha. – reclamo e meio que me abraço.
Katherin se levanta ao ver o professor entrando.
–Vou falar com ele, quinta feira não vou poder vir. – diz ela.
–Por que? – perguntamos eu e Thomas em uníssono.
–Tenho médico. – diz ela dando de ombro e vai falar com o Ronaldo.
Thomas se joga na poltrona ao meu lado e fico descascando o esmalte da minha unha. Sério, eu preciso sair dessa vida de preguiça e tirar meu esmalte com acetona.
De repente, sinto uma jaqueta nos meus ombros. Franzo a testa e me viro para Thomas.
–Pode usar. – diz ele.
–Mas você vai ficar com frio. – falo já sentindo meu corpo se aquecer por causa da jaqueta.
Thomas sorri.
–Não tem problema.
–Obrigada então. – falo e visto a jaqueta.
Fica um pouquinho larga em mim, mas tudo bem. Viro pro Thomas e vejo que agora ele parece sentir frio.
–Thomas, se quiser te dou a jaqueta. É sua.
Ele faz que não com a cabeça.
–Certeza?
–Absoluta.
Katherin volta e senta ao lado do Thomas. O professor sobe no palco com um monte de papel na mão.
–Trouxe o texto do nosso teatro. Eu sei que nós temos muito pouco tempo, é no mês que vem, no dia 20 de Setembro.
Quase me engasgo com a minha própria saliva. Hoje é dia 19 de Agosto, temos um mês e um dia pra decorar tudo! E ainda tem que decidir figurino, cenário, maquiagem, cabelo, tudo! Começo a me desesperar e sinto Thomas pegar a minha mão. Olho pra ele com a testa franzida.
–Fica calma, vai dar tudo certo. – fala ele tentando tranquilizar.
Katherin cochicha:
–É no dia do meu aniversário! – fala ela parecendo empolgada. –Melhor maneira de comemorar não tem.
Deve ser legal mesmo apresentar no dia do aniversário. Nunca aconteceu comigo.
Thomas solta a minha mão e sinto ela formigar. Meu coração não bate da mesma maneira que batia antes.
O professor continua:
–Nós temos até oito horas, então vamos aproveitar nosso tempo. – fala ele. –Primeiro, nós iremos só ler. Venham até o palco e se sentem em um círculo.
Me levanto e vejo os outros fazerem o mesmo. Subo no palco pela segunda vez.
–Na semana passada nós fizemos alguns exercícios, trouxe textos para que vocês já fossem se acostumando. Foi como um alongamento. – fala o professor Ronaldo.
Nesse momento me sento ao lado de Katherin e do meu lado tem um garoto loiro que eu não me lembro o nome.
–A prefeitura que está financiando, então temos que fazer bonito.
–Quantas pessoas cabem nesse teatro? – pergunta alguém.
–Umas quatrocentas. – fala o professor dando de ombros.
Começo a ficar meio nervosa. Apresentar pra quatrocentas pessoas? Esse professor já deve ter feito projetos maiores, mas pra mim, isso é muita gente. Vejo que a maioria pensa o mesmo sobre apresentar para toda essa gente. O menino do meu lado solta um “por favor, né” e só por isso, já sei que ele deve ser metido.
–Vou entregar um texto para cada um de vocês e por favor, não o percam.
O professor vai passando os textos e quando chega na minha mão, eu fico muito curiosa e tenho vontade de ler tudo. Mas ele nos impede.
–Nem pensar, todos vão saber o que tem que falar no momento certo. Todos vocês vão descobrir ao mesmo tempo como será.
Reviro os olhos, mas não abro mais a página do texto. Ele é grampeado e na capinha lê-se “Peter Pan” em uma letra clara.
–Todos estão aqui?
E ele começa a chamada.
–Vou começar pelos Meninos Perdidos. – chama ele. –Piuí.
–Aqui. – fala um garoto loiro de olhos verdes.
–Piuí é o mais azarado dos meninos perdidos.
–Sua cara, Paulo. – fala um menino que está ao seu lado. Parecem que são amigos.
O Paulo faz uma careta.
–Cabelinho. – chama o professor.
O garoto do lado do Paulo levanta a mão. Ele tem cabelos pretos e é meio baixo.
–O seu personagem é o mais novo deles. – explica ao professor. –Temos o Bicudo, que é o mais alegre dos meninos.
–Sou eu! – diz um garoto do outro lado do círculo.
–Também tem o Deleve. – fala o professor.
–Aqui!
–Deleve é o mais esperto deles. – diz Ronaldo. –E então, nossos gêmeos.
Dois meninos levantam as mãos.
–Vocês dois não são gêmeos, mas como não temos irmãos gêmeos aqui, serão os dois e colocaremos algum objeto que mostrará que são os Gêmeos.
Os dois meninos assentem. Percebo que eles meio que se fuzilam com o olhar, não parecem se dar bem. Isso é um mal sinal, porque poderemos ter brigas por causa disso.
–Agora, nosso Capitão Gancho.
O menino do meu lado levanta a mão. Já não fui muito com a cara dele.
–Não tem muito a se acrescentar, ele tem que ser durão e odiar o Peter.
–Não se preocupe, farei um ótimo trabalho. – diz ele e então, olha pra mim e dá uma piscadinha.
Aff, que idiota.Desvio o olhar na mesma hora.
–Falando em Peter, está aqui?
–Sim, sou eu. – fala Thomas.
O cara do meu lado meio que dá uma risada em tom de deboche.
–Sininho?
–Aqui! – fala a Katherin.
–Wendy?
Levanto a mão e quando o professor me nota, abaixo-a. O garoto do meu lado se aproxima ainda mais de mim e eu quase caio em cima da Katherin.
–Dá pra você ir pra lá? – falo já irritada.
–Calma. – fala ele sorrindo.
Como ele não se afasta, eu mesma o empurro e ele de novo, dá uma piscadinha. Respiro fundo pra não bater nesse cara.
–John, irmão mais velho de Wendy.
Um garoto que parece ter uns catorze anos, ergue o braço.
–Michael, irmão mais novo de Wendy.
Um menino um pouco mais baixo se identifica.
–Smee. – outro garoto levanta a mão. –Senhora Darling. – uma garota de cabelos que batem quase na cintura levanta a mão também. –E as quatro amigas que acrescentei na história.
Outras quatro garotas levantam suas mãos. Isso foi bom da parte dele, se não teriam poucas garotas. Acho que elas não irão ser muito importantes na história, já que no livro mesmo elas não estão presentes.
Faço uma conta, 22 pessoas no elenco.
–Agora, começamos a ler. Temos um trabalho duro pela frente. – diz o professor e ouço o barulho da folha sendo virada por todos.


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Notas finais do capítulo

Seguinte, quem aí sabe desenhar? Uma amiga minha e leitora da fic, a Nanda, fez um desenho Thodya e eu pensei em pedir pra quem sabe desenhar, fazer desenho também. Pode ser de qualquer personagem, talvez de algum shipp que tenham. Vocês que escolhem! Quem puder fazer o desenho, me mande por mensagem privada (não sei se por comentário dá pra mandar). Pretendo postar no tumblr que tenho e posto alguns gifs pros book trailers. Enfim, quem puder, estou aceitando os desenhos :)