Presumo escrita por QueenB


Capítulo 19
Perco um amor


Notas iniciais do capítulo

Oie! Mais um capítulo, e esse tá bem grandinho! Aproveitem.. !



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Pov – Percy

Fui me deitar após a fogueira e tive o pior pesadelo desde então.

Eu estava caindo dentro da tal escuridão e uma voz em mistura de Cronos e de todos os titãs que já enfrentei começou a rir.

Pequeno herói, se sente tão pequeno perto da menina e nem sabe o quanto é verdade. Logo logo você terá que abrir mão da coisa que mais ama para me submeter. Você será mais que um peão para mim.

Acordei com Annabeth me sacudindo:

– Acorda, vamos Percy!Deuses! Você esta encharcado de suor!

– Ah? Oi. – Abro meus olhos e vejo Annabeth me olhar preocupada. – Como você está? – Pergunta idiota, eu sei.

– Vamos Cabeça de Algas, você tem que tomar banho. Leo e os outros estão prontos pra partirem. Vou te esperar fora do chalé.

Dito isso Annabeth saiu e ficou me esperando na porta do chalé. Tomei um banho rápido pensando no sonho que eu tive. A voz me disse que eu teria que abrir mão do que eu mais amo para me submeter a ele. Ele não poderia sequestrar a minha mãe como Hades fez né?

Resolvo mandar uma mensagem de íris e conversar um pouco com a minha mãe.

Jogo um dracma na fonte que Tyson consertou para mim no último inverno.

– Oh Íris deusa do arco íris aceite minha oferenda e mostre-me Sally Jackson Manhattan.

Vejo minha mãe cantando alguma música antiga em quanto cozinha alguma coisa na cozinha.

– Ei, mãe! – Minha mãe se vira em um susto e abre um sorriso – Oi.

– Percy querido! Que saudades!

– Você esta bem mãe? – Pergunto.

– Sim estou, e eu tenho que te contar uma coisa... Mas não por mensagem de íris...

– Mãe me conta logo.

– Não meu filho. Quando você voltar eu te conto.

– Então, é sobre isso que eu vim falar. Eu vou para outra missão com Annabeth e a galera... Talvez seja pior que a última em que fui...

Não precisei terminar, minha mãe apenas assentiu e disse:

– Tudo bem Percy. Você vai voltar eu sei. Eu te amo Perseu.

– Também te amo. E mãe, você poderia tentar não ser sequestrada? – Pergunto.

– Mas que pergunta é essa?

– É que algo me disse que eu teria que abrir mão do que eu mais amava...

– E você acha que é eu? Filho eu sou uma humana.

– Mas mãe! Hades te sequestrou quando eu tinha doze anos!

– Meu filho. Você não aprendeu isso estando todo esse tempo ao lado de Annabeth? Se você fosse o inimigo, você sequestraria alguém que possa atrapalhar seus planos ou alguém que não pode fazer nada?

– Alguém que pode estragar meus planos. – Digo pensando um pouco.

– Então! Pra que quem quer que seja me sequestraria podendo sequestrar alguém tão importante como eu para você que ainda por cima possa atrapalhar os planos dele? - Minha mãe explica.

Demoro um pouco para acompanhar o raciocínio dela e então eu percebo.

– Annabeth. – Falo por fim.

– Você ficou mais inteligente! Agora vou indo Percy. E trata de voltar pra casa para eu te dar a noticia.

– Espera mãe! – Mas nesse momento a mensagem de íris já se dissipou.

Resolvo arrumar minhas últimas coisas já que a metade do que eu preciso está abordo no Argo II e saio do chalé.

Annabeth esta me esperando conversando com Lira que parece estar tremendo de raiva. Annie me olha preocupada e acena com a cabeça. Quando Lira me vê parte para o navio. Eu não entendi porque ela me ignorou assim, contudo eu deixo de lado. Tenho coisas mais importantes para resolver agora. Como: Como eu vou salvar a minha namorada de algo mais maligno que Gaia e Cronos.

Pov – Annabeth

Assim que nós nos despedimos de Quíron e os campistas, subimos abordo do Argo II e fomos todos há sala de reunião.

Leo sentou na ponta da mesa para não haver brigas entre Percy e Jason na última vez. Sentei a sua direita e Percy sentou ao meu lado. Todos se olharam. Era a primeira vez que sentávamos todos juntos sem nós matar ou brigar.

– Então pessoal... Já estamos no céu de acordo com Festus – Leo começou – E para onde exatamente temos que navegar?

Annabeth sua burra! Eu nem tinha pensado nisso nesses últimos dias, na verdade em nada, somente na profecia.

– Ah, hum, Perséfone me disse que teríamos que começar pela terra da cultura. Não sei exatamente onde, mas ela me disse que Grover a chama de terra da música que ele não suporta... – Hazel comenta. – Realmente não sei.

Penso um pouco no que ela disse. Há quase sete anos atrás em minha primeira missão com Grover e Percy tivemos que ir ao México e Grover disse algo como isso...

– México. – Olho para Percy que concorda com a cabeça. – A nossa jornada começa pelo México.

– México... Por que logo no México? – Pergunta Calypso sentada a esquerda de Leo.

– Hum, não sei. Mas é por lá que temos que começar. Alguns anos atrás Grover a chamou de terra da música que ele não suporta. Tenho certeza. – Explica Percy.

– Então vamos conhecer alguns fazendeiros! Teremos que passar pelo Texas! Vai ser divertido, irra! – Leo brinca.

– A terra preferida de Hera. – Falo – Maravilha.

Um raio troveja no céu.

– Ãh, Annie, acho melhor você não fazer esse tipo de comentário contra a rainha do céu, sabe, ainda mais que a gente esta voando... – Frank pede.

Concordo com eles, mas alguma coisa está errada, eu sinto... Uma linha da profecia paira na minha cabeça Vazio e escuridão, nos livros de mitologia que eu li, fala que o vazio é o nome dado a Caos, o vazio escuro onde começou toda a era de comando dos deuses e titãs. Vazio e escuridão novamente se unirão... Caos não pode ser o vazio e a escuridão ao mesmo tempo... Os primeiros seres... Ah não.

– Pessoal! Leo! Faça o contorno, temos que ir pelo mar! – Digo rápida.

– Mas vai demorar duas vezes mais! Por que não podemos ir voando? – Leo pergunta.

Lanço a ele um olhar de morte que o faz levantar.

– Annie, o que ta acontecendo? – Percy me pergunta.

Antes que eu possa responder ele algo bate no navio.

– Droga! O que é isso? – Hazel grita levantando da cadeira e se segurando.

– Ele voltou! Leo coloque a gente o mais baixo possível! – Peço a Leo.

– Annabeth, o que é isso que esta batendo no navio? Nós não somos bola de gude! – Piper grita.

– Eu não posso falar o nome dele! Leo!

– É difícil apertar os botões certos quando estamos sendo usados como bolas de tênis! – Leo grita.

É verdade. Vejo pela janela que estamos sendo usados no que parece uma partida de tênis por mãos gigantes invisíveis.

– Achou que vou vomitar. – Percy anuncia.

– Ei, segura isso ai! Se não, não vou te beijar hoje. – Digo.

– Ótimo, vou vomitar e ganhar greve de beijo da minha namorada. – Percy reclama segurando a barriga.

O navio para e começa a descer ou é o que parece.

– Estamos descendo pessoal. – Um Leo verde aparece.

O jogo pareceu acabar. Sento-me na cadeira de novo e agradeço a Quíron por ter dado a ideia de colar todos os móveis no chão.

Percy parece não estar mais enjoado. Do outro lado da sala vejo Jason abrindo os olhos no chão e Piper abanando a cara dele. O resto do pessoal não esta nada melhor. Nico e Lira estão sentados no chão com a cabeça entre os joelhos, Hazel e Frank estão tentando recuperar o folego, Calypso esta sentada na cadeira fazendo respirações profundas de três e três segundos, Davina parece estar ajudando Josh a vomitar em um saquinho, Heitor parece estar recitando poemas para si mesmo.

– Ok, o que foi exatamente isso? – Davina pergunta em quanto senta.

Todos já na mesa se viram para mim e me encaram.

– Então, eu estava pensando na segunda linha da profecia. – Começo a explicar. – Nos tempos antigos, Vazio é onde toda a linha genealógica dos deuses e titãs começou. Vazio é o nome dado a Caos...

– Na minha língua por favor. – Leo pede.

Reviro meus olhos e volto a explicar.

– Gente, toda a mitologia começou por um único vazio o Caos. De Caos nasceu Érebo a escuridão profunda e sua irmã gêmea Nix – olho para Percy que assente. Nós dois tivemos a grande chance de conhecer um pouco Érebo e Nix. - Vazio e escuridão. Caos e Érebo.

Um silencio paira sobre todos até Jason se pronunciar.

– Então quer dizer que quem estamos enfrentando são os primeiros seres existentes de toda a mitologia?

– Sim. – Respondo.

– Mas o isso tem haver com fazerem o Argo II como bolinha de ping pong? – Piper pergunta.

Penso um pouco para rever meu pensamento se estiver certo...

– Estamos enfrentando os três maiores inimigos. Caos o Vazio. Érebo a escuridão. Urano o céu. Vazio e escuridão novamente se unirão. Não tinha certeza sobre Urano, entretanto tenho certeza agora depois desse ataque. – Solto meu pensamento.

– Urano era o deus do que? – Leo pergunta.

– Céu cara. – Heitor responde.

– O fato é o seguinte. Sem navegar pelo ar vamos tentar ficar o mais perto da terra possível até chegarmos ao mar. – Falo.

– Tudo bem. Hoje não é meu dia. – Jason reclama.

– A festa acabou crianças! Titio Leo tem que comandar um navio de guerra. Não quebrem nada! – Leo avisa.

– Há-há. – Calypso solta um riso.

– Vamos dividir os turnos. – Frank começa. – Sete cuida do navio e seis descansam.

– Eu quero ficar com o primeiro turno. – Davina avisa.

– Eu posso ficar também. – Piper dá um sorriso a Davina que acena.

– Tudo bem, Davina, Piper, Leo, eu, e quem mais? – Frank fala.

Eu até ficaria com o primeiro turno, mas estou tão cansada com o balanço do navio que não consigo.

– Eu, Josh e Nico. – Lira fala.

Todos concordam indo para fora do convés. E eu decido ir me deitar.

Pov – Davina

Já era a quinta vez que Ethon - um abutre gigante - atacava o navio voava de volta e depois de um tempo voltava de novo.

– Já estou cansado dessa galinha! – Leo gritou do leme.

– Não tem como a gente matar ele não antes dele ir embora? – Josh perguntou.

– A gente já tentou Josh! – Frank fala se transformando em humano de novo. – Ele é muito rápido.

Certamente o abutre é. Na terceira vez que ele voltou, tentou me agarrar, se não fosse por Leo atacar bolas de fogo na ave que não morria eu teria sido levada.

– E parece que quer capturar um lanchinho. – Leo termina.

Ethon mergulha em minha direção e eu tento fazer o que eu fiz no ginásio. Sem sucesso. Lira atira uma flecha na asa do abutre que recua e volta para o céu.

– Já é a sétima flecha que acerto na asa dele e ele não morre! – Lira reclama.

– Argh! Eu não consigo! – Bato o pé enfurecida.

– Calma Davi, você vai conseguir. – Piper diz paciente sem jogar charme.

– Talvez eu consiga quando estiver na boca dele já!

Ouço alguma risadinha no fundo e reconheço de quem é.

– Que foi É? – Pergunto.

– Eu? Hum, meu nome é Nico. E não houve nada. – Ele explica.

– Nada mesmo. – Lira me puxa longe para perto das cordas. Não entendi. – Davina, me promete que vai ficar longe de Nico?

– O que? Por quê? - Pergunto.

– Só me prometa.

– Ah, o mais longe que eu quiser... – Penso por que ela esta fazendo isso. Entretanto eu não ligo, preciso ficar longe dele mesmo. - Prometo.

– Ok. Agora me diga qual é da espada legal ai. – Ela sorri e aponta para a espada em minhas mãos.

– Ah, Ártemis me deu, ela quer que eu me torne uma caçadora sabe, longe de garotos e tudo mais. Não sei por que ela não me deu um arco já que é seu símbolo também. Mas sinceramente prefiro tal um quanto outro. – Explico revirando a espada em minhas mãos.

– Vou cobrar um presente desses da nossa titia também. Mas acho que você pode rever a parte de ficar longe de garotos. – Lira pede.

– Por que tudo isso?

– Você saberá em breve maninha.

– Ele voltou! – Piper grita.

– Agora que eu mato essa praga. – Lira fala apontando a sua flecha na cabeça do abutre que mergulha em direção a Piper. – Agora.

Lira atira a flecha de bronze celestial que crava no crânio do abutre que se desintegra em pó. Fico admirada.

– Você conseguiu. – Comento.

– É assim que se faz esquentadinha! – Leo comemora do leme.

Aperto o botão da espada que se transforma em um anel novamente.

Nico me olha do outro lado do navio e caminha em direção a sua cabine. Lira ainda esta comemorando e acho que ela não vai perceber se eu quebrar um pouco da promessa. Esgueiro-me pelas cabines até a de Nico e bato na porta.

– Quem é? – Ouço uma voz lá dentro.

Quando eu vou responder paro. Nico abre a porta quando eu estou de costas pronta pra voltar ao pessoal e me chama:

– Davina? Aconteceu alguma coisa? - Gelo e me viro para ele. – Em?

– Ãh, não, nada. Só pensei porque você parece estar tão triste.

– Ah se preocupa com isso não. Estou bem. Melhor do que transparece.

O que eu percebi que era mentira.

– É mentira. – Digo e ele me encara. Passo por ele e entro em seu quarto. – Você esta mentindo pra mim. Mais uma mentira na lista. Agora me diz por que você esta triste? Não vou sair daqui até você me falar.

Ele me olha e ergue as sobrancelhas. Reparo um pouco no quarto dele. Tão simples e solitário. Depois de alguns segundos ele responde.

– Ãh, acho que não posso te contar.

– Pode sim.

– Não, não posso. Sua irmã deve estar te procurando. – Ele anuncia abrindo espaço para eu sair.

– Não vou sair. A não ser que você convoque alguns esqueletos para me tirar a força, o que chamaria a atenção de todo mundo. Tem algo haver com Lira né? Ela me fez prometer ficar longe de você.

– Pelo Estige? – Nico quase gritou essa última palavra.

– Esfinge? Não, ela só me fez prometer. – Nico suspira, ele parece aliviado. – Mas não sou boa em cumprir promessas que é contra meu gosto. Agora me conte o que aconteceu?

– Alguns problemas entre eu e sua irmã. Só isso.

Alguns problemas. Meu coração despedaça. Lira me pediu para ficar longe de Nico e agora Nico me conta que teve “alguns problemas” com Lira.

– Você... Você gosta dela. – Arregalo meus olhos e saio como um furacão da cabine de É.

– O que? Espera!

Eu sou uma idiota. Como poderia achar que alguém pudesse gostar de uma menina como eu? Esquisita, sem sal que nem consegue usar seus próprios dons.

Corro de volta ao leme e ignoro Lira que me pergunta o que aconteceu. Fico perto de Leo esperando que ele melhore meu humor.

– Aconteceu alguma coisa Divina? – Leo pergunta.

– Minha irmã é idiota e É é idiota.

– É? – Leo pensa um pouco. – Ah, Nico... Entendo. O que aconteceu?

– Não quero falar sobre isso. Apenas me conte uma piada e melhore meu humor. – Peço.

– Agora sou seu palhaço?- Leo faz uma cara triste.

– Não, só me distraia! – Peço de novo.

– Distrair é meu sobrenome! – Leo comemora.

– Davina o que aconteceu?! – Lira grita de baixo.

– Nada, só quero ficar por aqui. – O que não é mentira.

– Tome. – Leo me passa o leme. - Tá vendo essa esfera aqui?

Leo me mostra uma espécie de esfera de vidro cheia de engrenagens por dentro.

– Sim.

– Pertenceu a Arquimedes! Vou te mostrar alguns truques.

Leo começou a me explicar algumas histórias que passou com a esfera e eu finjo entender.


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Notas finais do capítulo

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