Superwholock - Os Suspeitos Incomuns escrita por time lady


Capítulo 8
Por Dentro da TARDIS


Notas iniciais do capítulo

Hello Sweeties! Mais um novinho em folha ;)
Obrigada as pessoas que estão tirando o tempo pra comentar tambem. Serio. É muito importante pra mim saber o que vcs estao achando, entao obrigada de novo *-*
Ah e pra quem leu o Capitulo Extra,o que acharam da ideia de colocar musica? Se tiverem gostado colocarei mais em breve.
Ok,vou deixar você ler agora . Boa leitura ^3^



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–Isso não funciona.

Dois homens olhavam para um computador que mostrava as imagens das câmeras de segurança, o brilho da tela clareando a sala escura em que estavam. Atrás deles, Crowley parecia impaciente e girava um copo de café na mão, em seguida murmurou alguma coisa.

– Desculpa, o que disse senhor?

Ele encarou os dois um longo momento antes de explodir – TRABALHEM SEUS MALDITOS!

Um dos dois seguranças se abaixou quando Crowley jogou aquela poderosa lamina na direção deles, perfurando um dos monitores que explodiu em luz e fumaça. Os dois homens olharam para o pedaço de metal e então de volta para Crowley. Ele andava de um lado para o outro, esfregando as mãos no rosto – Eu quero respostas. Eu quero agora. Preciso de um consultor. Preciso saber porque isso não funcio-

– Quem o senhor quer que agente chame?- perguntou o primeiro homem.

O segundo deu de ombros – Balthazar?

– Não seja estupido – Crowley rebateu – Não vamos colocar um anjo no meio do nosso negocio. Nos nem sabemos se ele sabe alguma coisa sobre o negocio com nosso pequeno “amigo” lá em baixo. – Ele balançou a cabeça – Não, não, me traga Horácio. Diga a ele que eu quero sua bunda magra aqui agora, e eu quero todas as informações que ele tem sobre essa merda toda. – Crowley pegou o fragmento de metal do monitor, que soltou outra fagulha de eletricidade. Ele parou para encarar os dois homens. – Sera que eu gaguejei? Movam suas bundas e me tragam respostas!

***

Crowley estava sentado onde os homens da segurança tinham estado mais cedo. Ele ouviu passos no extremo do corredor escuro e esfregou as mãos sobre o rosto pela milésima vez naquele dia, olhando na direção da porta.

O corpo dele estava perfeitamente adequado; pequeno e magro. Não atraente, mas também não era mal em tudo. Seu rosto era fino, a boca pequena, e os olhos escondidos atrás de um par de óculos com aros de ouro. O homem entrou em um ritmo rápido, usando um suéter de caxemira azul e segurando um grande volume debaixo do braço.

– Um bibliotecário - Crowley disse secamente. – Maravilha.

– Irônico não é? - Horácio respondeu, colocando o livro em cima da mesa com um pesado 'baque'. – Um pouco clichê, talvez. Mas não necessariamente adequado. - Ele limpou um pouco de poeira da cadeira e estendeu a mão para a lamina ainda fincada no monitor - Posso?

Crowley sorriu. - Claro.- E com isso, ele pegou a faca, entregando-a na mão do outro demônio.

Horácio se sentou e começou a folhear as páginas do livro antes dele. - Então ... Chicago.

– Sim.

– E você confia na fonte?

Crowley sorriu. - Talvez não ... mas eu prometi a ele que estaria morto se tentasse mentir para mim.

– O que ele pediu por ela?

– Nada ... só queria que a faca desaparecesse.

Horácio deu um grunhido, sua expressão deixando claro o que ele estava pensando sobre essa situação. Ele olhava para o livro, gesticulando. – Vai me dar uma lanterna, não é?

Crowley levantou uma sobrancelha. - Perdão?

Horácio olhou para ele, o rosto ilegível como sempre. - Estou assumindo o comando da coisa toda desde que você me chamou aqui e você está sem saber o que fazer. Se você estiver sem saber o que fazer então você precisa de mim. E se você precisa de mim, então você tem... que me dar ... uma lanterna.

Os olhos de Crowley se estreitaram e então se levantou. Ele cruzou o estacionamento abandonado, pegando uma dessas novas lanternas de estilo LED e ligando. A luz era ofuscante. – Sabe de uma coisa? - ele disse casualmente. - Você costumava ser legal-

– E você costumava retornar os meus telefonemas - Horácio rebateu ,sem olhar para cima quando ele lhe entregou a lanterna.

Crowley sorriu. -Você não fica mais ressentido com isso , não é?

Horácio segurou o objeto de metal e muito lentamente olhou na direção dele. - O que você acha? – disse, sem esperar por uma resposta, já voltando ao seu trabalho.

Vários minutos se passaram em silêncio; Horácio removeu e substituiu os óculos, examinando o pedaço de metal com uma lupa e comparando-a com fotos e diagramas em seu livro. Crowley deu um gole em seu café, encostando-se à porta. De algum lugar no porão que tinha debaixo da garagem, se você ouvisse atentamente, dava para ouvir sons de gritos e xingamentos.

Horácio se sentou, tirando os óculos e olhando para Crowley. – Encontrei.

Crowley estava do outro lado da sala quando o ouviu - O que é ? O que você achou?

Horácio virou o livro para ele . - Está faltando um pedaço.

Crowley olhou para as fotos, em seguida, para o fragmento de metal que o outro tinha alinhado ao lado do diagrama. Seu maxilar se apertou . – Puta m-

– Mas tenho uma boa notícia - ele o interrompeu , puxando o livro de volta para encará-lo.

Crowley simplesmente empurrou-se para fora da mesa e começou a andar. - Duvido.

Horácio revirou os olhos, fechando o livro. - A outra parte está aqui.

Imediatamente Crowley fez uma meia-volta, com o cenho franzido. - Vamos começar tudo de novo?

Ele se levantou, colocando o livro debaixo do braço. - A outra parte... esta aqui. Nessa mesma cidade.

Crowley fez uma careta. - Onde?

Ele encolheu os ombros. - Bem, se eu soubesse onde, você não acha que eu já teria te dito? - Ele levantou um dedo quando Crowley abriu a boca. - Por sorte ... - enfiou a mão no bolso. - Eu conheço um homem que conhece um outro homem.

– Isso é fantástico - Crowley murmurou. – Só preciso encontra-lo e pegar o pedaço que estava faltando.

– Não. Não, isso é tudo o que você precisa - disse Horácio , segurando o cartão. - É esse homem. Homem de palavra. Pode conseguir qualquer coisa. Para qualquer um.

– Por algum um preço, sem dúvida,- rabateu Crowley.

– Não - Horacio balançou a cabeça , tirando os óculos e os colocando no meio do suéter . - Às vezes sim, às vezes não ... - Ele sorriu. – Basta saber se ele esta... possuído. Assim seria mais fácil de convence-lo.

Crowley girou o cartão entre os dedos. - Será que ele está agora?

– Quando ele morrer, você devia recrutá-lo - disse Horácio – O cara é um vendedor e tanto. - Ele deu um único sorriso cansado para Crowley, pegando o volume pesado de novo e colocando-o debaixo do braço. Pegou o pedaço de metal e estendeu para ele - Vamos ver como vai ser, não é?

Crowley pegou a lamina da mão de Horácio, guardando-a no bolso interno de seu casaco. - Vamos ver.

Ele observou Horácio descer as longas escadas, ouvindo o eco dos passos dele desaparecer na garagem. Continuava a mexer o cartão entre os dedos, observando o nome sair e entrar em foco. Ele suspirou e segurou o cartão. Enfiou a mão no bolso, puxando o seu celular e esperando o toque parar , andando devagar pelo lugar escuro.

– James Moriarty não é? - ele disse quando a voz do outro lado disse 'Olá'. - Eu tenho uma proposta de negócio para você ...

***

Dean foi ficando melhor em andar na TARDIS. No entanto, o Doutor também tinha conseguido fazer um vôo consideravelmente mais estável, uma vez que Sherlock apertou sem querer um dos botões azuis que eram, na verdade, estabilizadores ("Isso parece com controles de vídeo games” ele murmurava "CHATO. AGORA TUDO FICOU CHATO ")

O Doutor ainda estava pensativo, enquanto mostrava a Sherlock como funciona o console do computador para procurar frequências de energia e sinais de vida. Ele tentava explicar para ele repetidamente que o que eles estavam caçando não era nada parecido com o que tinham visto antes, mas Sherlock apenas garantiu-lhe que ele tinha algumas outras idéias. Foi nesse momento que uma luz começou a piscar no computador .

O Doutor olhou para baixo, franzindo a testa por um momento enquanto ele examinava uma das telas em miniatura . De repente, ele deu aquele sorriso, que o fazia parecer uma criança de 5 anos. – Olha só! Brilhante, você é simplesmente brilhante. Muito sexy!

Todo o grupo ficou em silêncio. - Ahn - John arqueou as sobrancelhas – De quem é que você tá falando?

Ele virou para o console, ainda sorrindo. - Ela preparou quartos para vocês.

– Ela? - Perguntou Dean.

O Doutor chegou por trás dele e deu um tapinha no console. - Brilhante, essa garota. Adicionou alguns aposentos privados, uma sala de jogos, cozinha ... - Ele olhou para o painel, em seguida, para os outros - E ela mudou a piscina para a biblioteca. Pensou que Sam iria gostar disso.

Os olhos de Sam brilharam quando ele olhou ao redor da maquina do tempo, dessa vez com novos olhos. -Oq-espera ... ela...a TARDIS?

–Sim! – o Doutor deu uma piscadela sorrindo.

– Pera ai, e-eu quero dizer...ela está viva?!

Maravilhosa não é? – ele disse – Feita em Gallifrey. Um pequeno pedaço de casa. – Seu sorriso ficou um pouco triste quando ele acariciou o console – Um bom par, nos dois ....ambos os últimos da nossa espécie. Oq....ei!

Sherlock sem dizer uma palavra, empurrou o Doutor de seu caminho enquanto ele balançava a tela do monitor em volta e começava a digitar em outra seção do console da TARDIS. O Doutor levantou uma das sobrancelhas para ele, mas ficou claro que o homem estava completamente alheio a tudo que ele estivera dizendo.

John deu um pequeno suspiro. - Desculpe, ele fica assim às vezes . - tentou um sorriso. -Por que não começamos o tour então? Deixe Sherlock desvendando... o que quer que seja. Você disse algo sobre aposentos privados?

O Doutor sorriu. - Beem, nesse caso... Allons-y!

***

–Caramba, MINHA. NOSSA .SENHORA ! Serio Doc – Dean Winchester girava pela cozinha parecendo uma criança pequena em uma loja de brinquedos. - Eu queria que a sua caixa azul fosse uma senhora, porque eu quero abraçar ela até mesmo.

– Isso não parece muito confortável - disse John fazendo uma careta, mas Dean já estava indo olhar nos armários.

– Isso é incrível – Sam disse , entrando na cozinha. - Essa biblioteca? Ela tem todos os livros que temos em casa. Alguns desses volumes são de séculos atrás , como você-?

– Réplicas digitais - o Doutor respondeu com um sorriso. - Se existe alguém em algum lugar e tem o conhecimento disso ... a Tardis pode encontrá-lo e ---Beeem ... - Ele deu de ombros com um ombro só. – Na maioria das vezes pelo menos. Tem vezes que você não tem opção a não ser fazer o trabalho braçal só pra obter informações, voltar ao século 14, remexer em alguns papéis e essas coisinhas, mas ainda assim ... brilhante ela não é?!

– Totalmente brilhante – Sam riu,um tanto impressionado.

– Cara! Caramelos! - Dean de repente gritou, segurando uma tigela cheia de pequenos quadrados marrons embrulhados em papel celofane colorido

O Doutor cutucou John. – Tem uma maquina multibebidas ali no canto . Ninguém faz um chá que nem a minha Sexy.

– Sexy? - Sam repetiu, sorrindo.

Ele piscou para o rapaz. - Você quer tentar me dizer o contrário?

Sam colocou as duas mãos em defesa, rindo. – Nem pensar.

Dean tinha enchido a boca com caramelos e agora estava lutando para mastigá-los todos de uma vez. - Tenho que dizer, Doutor – ele começou a falar, segurando a taça de doces em um braço. - Se ela fosse uma mulher de verdade, eu ia dar presentes para ela todos os dias pro resto da minha vida.

– Humhum e como um verdadeiro cavalheiro , eu tenho que protegê-la de você, Dean Winchester, - O Doutor disse dando uma risadinha. - Ah, o que me lembra - obrigado Dean- que os aposentos privados são lá em cima , virando para a esquerda.

– Aposentos privados? - Perguntou Dean.- Você quer dizer quartos?

John deu um pequeno sorriso, esperando para ver se Dean estava falando serio antes de murmurar – Isso é... quer dizer que vou ter um só pra mim,entendi.

Dean empurrou os caramelos para Sam, antes de decolar na direção que o Doutor havia mostrado. - Eu achei um quarto maneiro! –ele gritou lá em cima – vou chama-lo de Dibs!

– Não ligue para ele. Você pode escolher quem vai ficar com cada quarto - Sam suspirou, colocando a tigela de caramelos em cima da mesa.

– Ah não ,não vai ser preciso . Os quartos foram personalizados de acordo com suas personalidades. A chance de ele querer o quarto que não foi feito especificamente para ele é ... Eu diria que uma para 12.456.234.938.

– Incrível, - Sam riu.

O Doutor sorriu de volta . - Não é? Os três quartos são-

– Espere, espere, - disse John, franzindo a testa. - Três quartos?

O Doutor piscou para ele. - Sim. Ela fez três.

John já estava balançando a cabeça. – Não. Não, não não não , não, deve ter algo err- minha nossa nós não somos um casal. Nós não somos. Nunca fomos um, nem nunca seremos, nunca-

– Cara! - Dean gargalhou, correndo de volta para a cozinha e olhando para Sam. - Nós temos beliches! Tem como essa garota ser mais fofa? - Antes que alguém pudesse dizer algo, Dean tinha desaparecido de volta pelo corredor.

John piscou uma vez. Em seguida, novamente. Em seguida, olhou para o chão. - Sam e Dean estão compartilhando um quarto.

O Doutor assentiu.

John olhou para ele. - Sherlock e eu temos nossos próprios quartos.

– Naturalmente. Só que ela colocou uma porta que une seu quarto com o dele. Pensei que poderia ser melhor já que Sherlock gosta de andar e falar em voz alta. Não seria legal se ele tivesse um cômodo inteirinho só pra ele .

John olhou para ele um momento, balançando a cabeça para si mesmo. - Certo. - Ele apontou para o corredor. - Eu estou ... indo dar uma olhada no meu quarto, se você não se importa.

– Sem problemas – O Doutor fez continência com os dois dedos – Fique a vontade.

– Certo. - John deu um sorriso tímido. Ele desapareceu no corredor, murmurando em voz baixa algo como "Meu Deus, envergonhando a si mesmo ,bem feito John, da próxima vez cale essa boca."

Sam olhou para o Doutor. - Ei ... você tem um minuto?

– Sempre - ele respondeu. - Do que você precisa?

A mandíbula de Sam trabalhou um momento, e ele balançou a cabeça em direção à biblioteca. --- Venha comigo, - ele murmurou. O Doutor começou a andar ao lado dele enquanto Sam passava a mão pelo cabelo. - Eu andei pensando no que estávamos falando mais tarde.

– Tipo o quê? - o Doutor perguntou . - Nós conversamos sobre um monte de cois-

– Sobre o que um demônio iria querer com um alienigena - Sam esclareceu.

O Doutor assentiu. – Ah certo,entendi - Ele prendeu a respiração através de seus dentes. - Agora, só para – perdão pela frase – representar o advogado do diabo ... como podemos ter certeza de que esses chamados demônios estão realmente envolvidos? Poderia ser sinais de algo completamente diferente, talvez-

– Os sinais são claros Doc, e mesmo se eles não fossem ... - Sam suspirou. - Olha, eu só tenho que tirar isso do meu peito. Tem um ... demônio que conhecemos, certo? O nome dele é Crowley.

–Tudo bem.

– Tem muita história no meio disso tudo. Muito sangue ruim misturado.

– Ok.

Sam suspirou, passando as duas mãos sobre o rosto. - Eu estou tentando pensar no caminho mais curto para explicá-lo sem fazer soar absolutamente ridículo e impossível.

O Doutor ficou olhando para Sam um longo momento, examinando seu rosto com cuidado. - Sam, - ele murmurou depois de uma pausa. – Diga tudo o que você precisa dizer e demore o tempo que precisar, ok? Vou estar ouvindo.

Sam riu. - Sim, eu sei. Eu só não sei se você vai acreditar em mim.

Ele sorriu. - Quando você vê tantas coisas nesse universo louco, você começa a acreditar que, às vezes,o que parece ser impossível ... provavelmente não é. Não se ouvir toda a história.

Sam pensou nisso um momento, respirando fundo. Ele olhou para o Doutor , sua expressão ficando seria. - É uma longa história.

– É mesmo? - o Doutor sorriu. - Eu adoro histórias longas. E aqui - disse ele, apontando para a sala ao seu redor, a TARDIS. - Temos todo o tempo do mundo.

Sam engoliu em seco. - Certo. - Ele deu uma risada nervosa. - Bem, eu acho que nós vamos começar desde o início.


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Notas finais do capítulo

Ps.: eu ja disse que eu AMO o Doutor?!