A Lenda De Wander - Lados Opostos escrita por Komorek


Capítulo 14
Capítulo 14: Adeus




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– Wander...

– O que foi, Emon...?

– Você acha que minha neta é... capaz de ganhar?

O jovem se silencia por uns segundos.

– Eu perguntei a você a mesma coisa a algum tempo. Mas, pensando aqui, descobri a resposta. Ela é Mono. Mono Lumina. Sua neta! Você tem que confiar nela!!

Desta vez, o xamã se silenciou.

– Wander... Quando eu sacrifiquei minha neta... Não foi apenas pelo destino amaldiçoado que ela possuía...

– O quê?!

– Mono foi sacrificada pelo fato de que era da linhagem dos Lumina. Nós temos uma energia fora do comum. Se não manuseada corretamente, um completo desastre pode acontecer. Se essa energia se juntasse com a energia de Nimrod, adormecida nela, a vila poderia ser destruída em um piscar de olhos.

– Linhagem... Quer dizer que... Todos os Lumina possuem uma magia oculta dentro de si... E Mono também a tinha...?

– Sim. Quando eu dei a ela minha juventude, e aproveitei para despertar esse poder. Mas, pelo jeito, ela não consegue domina-lo que nem eu, quando quiser. Wander...

– Diga...

– Seus interesses com minha filha... Eu quero saber deles.

Wander ficou um pouco vermelho, mas logo, abriu um sorriso.

– Sua neta, é a jovem mais linda que eu já vi em toda minha vida. Mesmo com essa diferença de 17 anos, o senhor conseguiu faze-la tornar-se com a minha idade. Agradeço-o muito por isso...

Emon logo olhou para baixo, e abriu um sorriso. De repente, a esfera que prendia todos, desapareceu. Wander e o xamã, caíram de pé. Porém, Nome e Mono, pais de Emon, caíram, e se mantiveram caídos.

– Pai, mãe... – o xamã ficou olhando para os corpos, e logo, colocou sua máscara.

– Emon, você está disfarçando suas lágrimas...?

– Isso não te interessa. Agora, vamos!

– Deixaremos os corpos aqui...

– Cala a boca!

Os dois desceram as escadas do jardim, e logo, chegaram à sala das rampas. Desceram-na rapidamente, e chegaram a sala das estátuas. Emon, ao ver todas as estátuas destruídas, menos a última, se lembrou vagamente de 17 anos atrás.

–Ei, Nimrod! Apareça!

Nada além do vento pôde ser ouvido. Mas algo cortou esse silêncio. Era o som de algo caindo, seguido por um ruído de algo de ferro cravando o chão. Os dois olharam para trás. E lá estava ela, Mono.

– Mono...!

A jovem estava com os cabelos escuros. Seus cabelos já eram negros, mas estavam muito mais. Sua pele, um pouco pálida. Ela estava caída no chão. Igual a Wander a 17 anos, ela estava possuída.

– Neta...

De repente, ela começou a se levantar. Ela também possuía um par de pequenos chifres. Seus olhos, totalmente brancos.

– Nimrod! O que está fazendo?! – gritava Wander.

Hm... Agora, vós irão pagar pelo que fizeram com meu irmão!

De repente, uma áurea negra encobriu o corpo da jovem. Dela, emergiu uma criatura gigante, com dois longos chifres. Era idêntica a Dormin, quando possuiu-se de Wander.

– Maldito! – exclamava Emon.

Mas, algo estava diferente. A criatura então, começou a diminuir de tamanho. O corpo de Mono agora, voltava a surgir. Porém, ainda estava com uma pequena áurea negra. De repente, uma explosão de energia. Wander e Emon caíram para trás.

Ao se recuperarem, eles levantaram e olharam para de onde a explosão veio. Lá estava uma criatura com forma humanoide, mais ou menos do tamanho de Mono. Mas não era ela. Sua pele estava brilhando um azul claro, e suas vestimentas, eram negras. Seus cabelos, estavam bem diferentes.

– Mono...?

Wander... Vovô... Me... ajudem...

E se calou. De repente, seus olhos brilharam.

Hm... Peguei o corpo desta guerreira emprestado. É assim que disse meu irmão, certo?

– Emon... – disse Wander – Sua aparência pode estar diferente, mas é igual ao Dormin, há 17 anos atrás, quando me possuiu.

– Sim... Precisamos da Espada Ancestral, mas pode ser impossível pega-la.

Essa espada aqui? Podem pega-la. Não tenho interesse.

A criatura então, pegou a espada, e jogou para os dois. Wander estendeu o braço, e pegou-a.

– Wander, nós temos que lutar...

– Sim, eu sei. Mas não podemos ferir a Mono. Espere... Essa espada, está diferente.

– Deixe-me ver.

Emon pegou a espada, tirou a máscara, e a examinou. De repente, se paralisou.

– Essa... É a evolução final da Espada Ancestral...

– Como assim?

– Alguns chamam-na de... Espada da Rainha...

Do nada, Wander se congela. Parecia um deja vú. Ele olhou para a espada, e logo, para a criatura. Parecia que já havia visto-as antes.

– Wander, concentre-se.

– D-desculpe.

– Temos que cravar essa espada nessa criatura.

– Mas... E Mono?

– Esquece ela. No momento, temos que pensar apenas em vencer a Nimrod!

Wander olhou bem para os olhos de Emon, que colocou a máscara. De repente, a criatura começou a se mexer. Parecia estar perdendo o controle.

O quê...?! Não... Saia de mim! O que é isso?!! Sai de mim!!!

De repente, a criatura e Mono se separaram. A jovem caiu para o lado, e Nimrod

Não, menina maldita! Agora estou sem nenhum corpo para ter posse...!

Mono havia desmaiado. Nimrod então, avançou em direção à Wander.

– Que?! Sai daqui, maldita...!

A criatura então, possuiu Wander. Emon estendeu a espada, e preparou um golpe.

– Vovô! Não!!!

O xamã parou a espada.

– Mono, você não vê? Ela irá tomar posse de Wander!

Não exatamente.

Nimrod então, saiu do corpo de Wander. O jovem caiu, mas logo, se recuperou. A criatura, estava da mesma forma de quando havia possuído Mono. Porém, logo começou a mudar de forma.

– O que é agora...? – diz Mono, correndo para o lado de Wander.

Uma nova explosão de energia foi sentida.

He... Agora sim... – disse uma voz masculina e feminina.

De repente, a fumaça passou. A criatura, era uma fusão de Dormin e Nimrod. Era gigante, e possuía quatro chifres.

– Mais... um?

– Me dá a espada, Emon.

O xamã estendeu a mão, e entregou a espada ao jovem.

– Você... Eu não sei se você é Dormin ou Nimrod.

Wander então, se aproximou de Mono.

– Mas... Por sua culpa, eu tive uma vida muito difícil.

A garota tocou as costas do jovem.

– É... Na verdade, tenho que te agradecer também.

De repente, os dois desapareceram. E em questão de segundos, apareceram nas costas da criatura gigante. Wander estava com a espada virada para baixo, e a cravou bem na cabeça.

– Tenho que te agradecer pois, se não fosse por você, não teria conhecido a Mono!

A espada havia acertado em cheio o ponto fraco da criatura.

Seus... Jovens malditos! Ainda vão se arrepender por isso!!!

– Não fale isso!!!

Uma grande fumaça negra tomou conta do local. Encobriu o Santuário inteiro. Depois de alguns segundos, a fumaça desapareceu. E lá estavam todos. Valus, Quadratus, Gaius, Phaedra, Avion, Barba, Hydrus, Kuromori, Basaran, Dirge, Celosia, Pelagia, Phalanx, Cenobia, Argus, Malus, Pholux, Kyos, Alberth, Monkey, Sirius, Avus, e Adar Flam. Todos os soldados de Emon haviam voltado. Até mesmo os pais de Mono.

– Filhos! Solados!!

– Pai! Mãe! – exclamou a jovem, correndo, e abraçando os pais.

– Filha... Pai...?

– Lord Emon... Como?

– É uma longa história.

– Emon – disse Wander – O que iremos fazer agora...?

– Creio que voltaremos para a vila.

– Vô...

– O que foi, Mono?

– E os seus pais?

– Depois nós falamos disso... Agora, precisamos voltar.

Todos então, subiram até a ponte. Porém, havia algo que os impedia de passar. A ponte estava quebrada.

– Verdade! Eu esqueci! Como nós atravessaremos?!

– Isso não é um problema. Mono.

– Sim.

A jovem então, estendeu as mãos. Todas as peças e blocos da ponte, começaram a se juntar novamente. Em questão de segundos, a ponte se reconstruiu.

Depois de alguns minutos, todos chegaram ao outro lado. A jovem então, fechou os olhos, e quebrou a ponte novamente.

– Por que fez isso?

– Assim, ninguém nunca mais irá chegar aqui.

– Entendi...

De repente, um falcão pousou bem na frente do jovem. Wander ficou o observando.

– É... – começou o jovem – Realmente, o que me contaram. Creio que isso é um adeus, pai. Seu dever agora, é cuidar da mãe. Cuide também, por favor, de Agro. Com certeza, ela está por aí, vagando. Ah, quase me esqueci! Os corpos dos pais deste homem incrível, e desta garota maravilhosa - Wander olhava para Emon e Mono - cuide deles também...

O falcão continuou olhando para o jovem.

– Pai... Eu não te conheci, mas... Tenho certeza que você foi uma ótima pessoa. – o jovem fechou os olhos, deixando escorrer uma lágrima.

E quando os abriu novamente, estava em um local completamente diferente. Parecia a consciência do jovem. Havia também, um homem e uma mulher, e uma égua do lado.

– Vocês... Pai...? Mãe...? Agro...?

O homem, de cabelos ruivos, se aproximou do jovem, e chacoalhou seu cabelo.

– Wander... Estou muito orgulhoso de você.

A mulher, de longos cabelos loiros, também se aproximou, e tocou o rosto do jovem.

– Você se tornou um belo garoto, Wander.

A égua, também se aproximou. Com seus pelos brancos cor de neve.

– Agro...

Wander então, estendeu os braços. Seus pais o abraçaram, e logo foram desaparecendo aos poucos. Os olhos do jovem estavam cheios de lágrimas. De repente, tudo voltou ao normal. Wander ainda estava de olhos fechados.

– Obrigado, pai, mãe. – disse Wander, abrindo os olhos, escorrendo uma pequena lágrima do olho direito.

Wander então, observou o falcão levantar voo, e seguir em direção ao castelo.

– Adeus... – disse o jovem, ao escutar o falcão gorjear.

Fim


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Notas finais do capítulo

Fim. Bom, muito obrigado a todos vocês, que leram minha fic. Um grande abraço, do fundo do coração. Muito obrigado mesmo!
Eu não tenho certeza, mas ACHO que vou fazer um Capítulo Extra, sobre o que aconteceu depois. Mas, só ACHO.
Bom, novamente, MUITO OBRIGADO, do fundo do coração



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