Please, Remember Me escrita por MylleC


Capítulo 8
Capitulo 8 - Esclarecimento


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee, novo capitulo eee, to com um pouco de pressa então ai etá, Boa leitura.



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E agora? O que eu faria? Como contaria ás pessoas que eu estava... Morrendo. Todos os exames no médico que fiz depois que Kate invadiu meu quarto não acusaram problema algum comigo. Talvez eles tentassem me convencer de que eu não tinha nada, mas eu sabia. Não conseguia explicar, mas eu sei que é verdade.

As lagrimas vieram aos meus olhos e eu lutei para que elas não escorressem. O que eu faria agora? Será que tinha algum tipo de antidoto pra isso?

Fiquei por horas ali em meu quarto, tentando pensar em uma solução.

–Deaton. –Disse para mim mesma. Claro, talvez ele pudesse me ajudar.

Sequei as lagrimas e me levantei, peguei minhas chaves do carro e corri. Dirigindo o mais rápido que eu podia para á clinica veterinária.

Abri a porta da clinica e corri para dentro. Deaton apareceu no balcão e sorriu ao me ver.

–Lydia.

–Oi, eu... preciso de ajuda.

Ele franziu o cenho preocupado e abriu a pequena porta do balcão para que eu passasse.

–O que houve? –Ele perguntou.

–Eu... –Respirei fundo, tomando coragem para contar. –Eu estou morrendo.

Ele me encarou chocado.

–O que?

–Pode parecer maluquice, mas... eu tive um tipo de... ãn, não sei eu...

–Calma, espera. Me diz o que houve.

Relatei a ele o ocorrido com o espelho e tudo mais. Terminei de contar e ele nada disse. Apenas me encarou. D

epois de alguns minutos ele tomou folego, andou pela sala e abriu uma das gavetas dentro do armário, abriu-a com uma chave e de lá tirou um livro. O levou até a mesa e começou a folhear, parecendo procurar algo. Parou em uma pagina, leu um pouco e se virou par mim. Ainda sem dizer nada.

–Estou certa não é? –Eu disse, antes que ele falasse algo. –Vou mesmo morrer.

–Lydia... eu não sei, quer dizer... Não é nada bom realmente.

–Você sabe o que é?

–Sim, aqui. –Ele disse indicando o livro. –Não é bem uma doença, é mais como uma maldição. Um tipo de doença sobrenatural do mal.

Fui até o livro, correndo os olhos sobre as palavras.

–Ela te mata lentamente, de dentro para fora. Nunca vi alguém que a tivesse, mas já ouvi muitas histórias. É uma coisa secreta, ela não se revela tão cedo e só da poucos sintomas que, no inicio te faz pensar que é algo comum.

–Mas, quando comecei a ter os desmaios, fui ao hospital e fiz exames de tudo, não acusaram nenhuma doença.

–Isso é algo sobrenatural. Ela fica tão bem escondida que nem mesmo o melhor médico humano com diversos aparelhos humanos poderia descobri-la dentro de você, é como se tivesse camuflada. Talvez agora, se você fizesse novamente os exames, acusasse uma coisinha ou outra, mas nada com que eles julgariam ter que se preocupar.

–Isso tem cura. Certo? –Perguntei.

–Esse é o problema. Em todos os casos nunca ninguém sobreviveu a isso, então a cura nunca foi encontrada. Tentaram de tudo com aqueles que tiveram a doença, mas nenhum nunca foi curado. Provavelmente porque quando descobriam, ela já estava em um estado mais avançado.

–Meu estado é avançado?

–Se você estiver por dentro como se viu no espelho, já está bem avançado.

–E quanto tempo eu tenho?

–Não sei ao certo. Talvez um mês ou dois.

Minha cabeça doía tentando assimilar a informação e meu estômago começava a se revirar.

–O que eu vou fazer? –Sussurrei. Olhando para um ponto qualquer a minha frente.

–É curioso que Kate tenha posto justo essa doença em você.

–Por quê?

–Por que há alguns boatos de que a pessoa que plantou isso em outra, é a única que pode tirar.

–Então... Só Kate pode tirar isso de mim?

–São só boatos, mas... Tecnicamente sim.

–Então não adianta de nada. Ela nunca vai fazer isso.

–Agora você devia contar a Scott e Stiles e...

–Não! Não vou contar pra eles.

Ele me olhou incrédulo.

–E por quê? Fiquei sabendo que vocês brigaram, mas...

–Não é isso. É que... Eu vou contar pra que? Pra eles ficarem preocupados e lembrarem disso toda vez que olharem pra mim? Não, eu tenho uma ideia melhor.

Saí da clinica veterinária e entrei em meu carro. Dirigindo sem rumo. Só dirigindo. Não sabia exatamente o que pensar. Não estava tão chocada com a revelação, pois quando fui pedir ajuda a Deaton já tinha certeza de que eu estava certa, estava morrendo e a única pessoa que podia parar isso era a própria Kate. E óbvio que ela não faria isso. Mas eu ainda tentava processar a informação de que tinha no máximo dois meses de vida. Não estava preocupada em morrer realmente. Estava preocupada com quem ficaria. Minha mãe, meus amigos. Por isso decidi não contar nada, pelo menos por enquanto. Quando o tempo estivesse quase acabando eu contaria. Agora, tomaria outra decisão.

Virei á esquerda e dirigi até a casa de Stiles.

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POV Stiles

Sai do chuveiro, me sequei e enrolei a toalha na cintura, indo até o armário procurar uma roupa para vestir.

Peguei a roupa e vesti, começando a passar a toalha nos cabelos para seca-los, os bagunçando ainda mais. Ouvi a campainha soar no andar de baixo e desci para atender.

Abri a porta e mal pude acreditar que Lydia estava ali, parada na frente da porta. Quando me viu deu um sorriso torto e constrangido. Estava linda.

–OI. –Ela disse.

Foi quando eu percebi que estava com aboca entreaberta de surpresa e a olhando de um jeito que devia estar muito estranho.

–Oi, vo-você quer entrar? –Perguntei me enrolando nas palavras.

–Ahn... claro.

Ela entrou e eu fechei a porta.

–Queria falar com você. –Ela disse se virando para mim.

Assenti e indiquei o sofá para que ela se sentasse, e fiz o mesmo.

–Quer esclarecer aquela historia sobre mim não é? –Perguntei, já sabendo da resposta.

–Sim. Tudo.

Respirei fundo e comecei a contar, tudo, desde Barrow quase matar Kira até a “morte” do Nogitsune. Ao final de tudo ela ficou um tempo em silencio. Respirou fundo e olhou pra mim.

–Sinto muito. –Ela disse. –Desculpe por ter brigado com você daquela maneira, não posso imaginar o quão difícil tudo isso foi para você. Acho que estava muito... Não sei, me desculpe.

–Você não precisa fazer isso. Kate te manipulou, ela te contou de forma distorcida o que aconteceu, qualquer um surtaria com isso.

–Mesmo assim, me desculpe.

Ela parecia realmente culpada. Então, me aproximei, sorri e coloquei uma mecha de seu cabelo ruivo atrás de sua orelha.

–Desculpo.

Ela sorriu para mim, mas logo voltou a expressão inicial.

–Mas, quando eu fui até sua casa, aquele dia, para meio que perguntar se era verdade... Porque você não me disse? Que era mentira, que tudo era mentira daquela Kate?

Desviei o olhar de Lydia e encarei um ponto qualquer a minha frente, sem realmente vê-lo.

–Porque...

–Não vai me dizer que você se sente culpado por tudo isso Stiles.

A encarei e não precisei dizer nada, provavelmente minha expressão já dizia o quão culpado eu me sentia com tudo.

Ela balançou a cabeça negativamente e me olhou profundamente nos olhos.

–Você não tem culpa de nada. Okay? –Ela disse, filme. – De nada Stiles.

Assenti com a cabeça e sorri fracamente.

Ela sorriu pra mim e senti e meu coração começar a acelerar, meu olhos a fitavam vidrados. Meus dedos que ainda estavam em sua mecha de cabelo foram como que por vontade própria por sua bochecha macia, escorregando até seus lábios. Não tinha percebido que tínhamos nos aproximado ainda mais. Sabia o que aconteceria a seguir e ansiava por isso, estava morrendo de saudades de beija-la, me segurei tanto, por todos esses dias. Lydia começou a fechar os olhos e o meus também foram se fechando. E antes que qualquer coisa pudesse atrapalhar esse momento me impulsionei pra frente colando meus lábios nos dela.

Mal podia acreditar, sentia tanta falta de fazer isso que por alguns segundos nós apenas ficamos parados com os lábios grudados, talvez os dois tivessem chocados de mais para transformar aquilo em um beijo de verdade. Mas de repente fiquei com medo de que ela se afastasse, então movimentei os lábios me aproximando mais e escorregando a mão até sua nuca. Pedi passagem com a língua que ela aceitou de imediato. Sua mão também foi até minha nuca, subindo lentamente para meus cabelos, e as unhas arranhando levemente por onde passavam. O ar começou a faltar e tudo começou a ficar mais quente, e quando nossos pulmões começaram a arder, implorando por ar, nos afastamos milímetros apenas para respirar. Permanecendo de olhos fechados e sentindo a respiração ofegante um do outro.

–Stiles... –Ela sussurrou. –Não posso.

–Por quê? –Sussurrei, o medo começando crescer dentro de mim.

–Porque eu não me lembro e...

–Não me importo. –Eu disse novamente colando nossos lábios de forma urgente, não queria que o momento acabasse, só queria ficar ali pra sempre a beijando.

Minutos depois ela se afastou relutante.

–Mas... está errado, eu não me lembro, não é justo.

Abri os olhos lentamente e ela fez o mesmo. Me perdi por um momento as íris verdes dela.

–Ai. –Ela reclamou se afastando de mim e olhando as mãos, fazendo uma expressão assustada.

–O que foi? –Perguntei preocupado.

Ela me mostrou as mãos e haviam linhas pretas passando, como quando um lobisomem aliviava a dor de alguém, mas obviamente não era o caso agora.

–O que é isso? –Ela perguntou. A linhas pretas também passavam por seu pescoço

–Não sei, talvez seja parte do tal processo de Kate. Doi? –Perguntei.

–Não, mas... É estranho, me sinto cansada.

Suas mãos começaram a voltar ao normal, assim como seu pescoço.

–Sumiu. –Ela disse.

–Esta tudo bem, talvez não seja nada. –Eu disse pagando em sua mãos, não acreditando muito no que eu mesmo disse.

–É...

–O que será que acontecerá quando isso tiver acabado, esse tal processo? Quando Kate tomar seus poderes para ficar mais forte, o que acontecerá com você? –Perguntei preocupado, com medo das consequências de tudo aquilo.

Lydia fez uma expressão estranha e me encarou.

–Acho que nada, acho que... só não terei mais os poderes, só isso.

Tentei me apegar aquela ideia, de que Lydia ficaria bem depois de tudo.

Nos encaramos novamente e me inclinei não conseguindo evitar a vontade de beija-la de novo.

–Espera. –Ela disse colocando uma mão em meu peito, me impedindo. Engoliu em seco e me encarou. –Não podemos ficar juntos.

–Por quê? Já estávamos juntos antes. –Eu disse. Não entendendo toda aquela hesitação e medo dela.

–Mas eu não me lembro Stiles. Não quero que você fique pensando que alguma hora eu vou me lembrar de tudo, e que tudo voltará ao normal, como era antes de Kate me sequestrar. E se não acontecer?

–Não vai ter problema, não precisa se lembrar... Nós podemos fazer mais lembranças e com o tempo, se você realmente não se lembrar, eu te conto.

–Mas... Eu não sei se... Vamos esperar um pouco, por favor.

Respirei fundo. Eu tinha que ser paciente, não a obrigaria a ficar comigo, então resolvi concordar.

–Tudo bem.

Ela sorriu e eu não pude evitar sorrir também.

–Obrigada. –Ela me abraçou e eu apreciei seu abraço quente e seu perfume gostoso tão próximo de mim. –Estou feliz, por termos voltado a ser amigos.

Automaticamente me lembrei sobre a visão que Kate me mostrou.

–Posso te perguntar algo?

–Claro.

–Depois que nós brigamos, eu... Fui pra um lugar e Kate me achou. Ela me mostrou algo.

Lydia me olhou intrigada e eu continuei.

–Ela me mostrou uma imagem, de você. Estava em seu quarto chorando e... você repetia que me odiava. –Eu disse e desviei o olhar do dela.

–Stiles... –Ela disse, erguendo meu queixo para que eu a olhasse.

–Não era verdade. Ela deve ter manipulado a imagem, eu estava no meu quarto sim, mas eu nunca... A única vez que disse isso foi quando brigamos aquele dia na sua casa. Que alias também não era verdade. Eu não odeio você. Me desculpe por ter dito isso, estava muito irritada e procurei algo para dizer que lhe atingisse. Sinto muito.

Ela disse, continuando a me fitar.

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POV Lydia.

Tudo que eu queria era dizer a ele que o amava e que queria sim que ficássemos juntos, mas eu não faria isso. Era egoísmo, eu estava morrendo e me aproximar dessa forma dele era errado, pois eu iria e ele ficaria e isso causaria dor a ele. Não queria que ele sofresse mais ainda por minha causa.

–Tudo bem, eu entendo. –Ele sorriu. –Que bom que não me odeia.

–Nunca odiaria. –Eu disse.

Ficamos em silencio por um tempo. Então me lembrei.

–Tenho que fazer uma coisa. –Eu disse. –Mais tarde eu te ligo tudo bem?

–Claro, mas aonde você vai?

–Não se preocupe, não é nada demais.

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Andava em meio as lapides do cemitério da cidade, procurando. Finalmente achei, no fim do corredor, a ultima lapide. A de Allison. Respirei fundo olhando o nome gravado. “Allison Argent”

O vento batendo contra eu rosto e os céus nublados davam o típico cenário melancólico do local. Sentei-me em um pequeno tronco de arvore que tinha ali, ao lado da lápide. Respirei fundo, encarando a pedra cinza a minha frente.

–Oi, sei que não venho aqui a muito tempo, na verdade, nem lembro a ultima vez que vim, literalmente não lembro. –Respirei fundo, contendo as lagrimas. –Acho que estava com medo, não sei do que exatamente. Acho que de vir aqui e ver seu nome gravado e ter realmente a certeza de que você não esta mais aqui. Encarar isso de frente. E achei que já estava na hora, de eu vir aqui e... –Um soluço escapou de minha garganta seguido por algumas lagrimas que teimaram em cair. Fechei os olhos respirando fundo. –Sinto sua falta. É tão estanho, ir á escola sabendo que não vou ter mais minha melhor amiga comigo, ou quando não sei que roupa usar e não ter você para me ajudar.

–Sei que parece estranho mas... Eu me sinto sozinha às vezes, eu sei que tenho Stiles, Scott e todos os outros comigo, mas não é como antes. Não tenho ninguém para contar sobre minha situação com Stiles por exemplo. Tipo, Kira é legal, mas... Ainda não sinto que chegamos nesse grau de amizade e sobre Malia... Eu acho que ela gosta de Stiles e seria estranho eu falar sobre minha relação com Stiles com ela. E eu não tenho mais você para conversar sobre essas coisas. Ou ficar de bobeira, ou até mesmo ouvir você falar sobre sua relação complicada com Scott.- Desisti de tentar secar as lagrimas. – Pode parecer besteira, mas... Eu realmente imaginava que algum dia, talvez ano que vem ou daqui a dez anos não sei, que vocês voltariam um dia, porque o amor de vocês era tão... Puro e verdadeiro que ás vezes eu imaginava o dia em que voltariam. Mas parece que não vai acontecer.

–Scott esta feliz com Kira, seja lá o que eles tiverem, e ela é legal. Faz bem a ele. Acho que ela o ajudou bastante, a fazê-lo superar sua morte. Ele se culpava bastante sabe.

Respirei fundo, secando algumas lagrimas.

–E agora eu estou morrendo também, logo estaremos juntas. –Sorri com a ideia. –Apesar de querer muito te ver de novo eu também gostaria de viver. Ir para a faculdade, conhecer um cara legal, quer dizer, já conheci, mas preciso me acertar com ele, o que parece que também não vai acontecer. Já que não posso fazer a covardia de brincar assim com os sentimentos dele, me aproximar dele sem ele saber da verdade. Enfim, queria Casar, ter filhos e etc. Mas, também não vai dar. Essa coisa não tem cura então... Eu vou realmente partir. Mas não vou ficar me lamentando por isso, não vou fazer das minhas ultimas semanas tristes, vou aproveitar a escola, aproveitar minha amizade com Scott, Kira e Malia. Sabe, me aproximar das duas, e... Aproveitar minha amizade com Stiles também, apesar de eu realmente querer ser mais que uma amiga. Eu sei que se nos aproximássemos mais... Ele sofrerá mais quando eu partir e não quero isso. Então... É isso. –Fiquei ali, parada, apenas... Esperando. Sequei as lagrimas respirando fundo. -Acho melhor eu voltar pra casa, minha mãe esta para chegar e acho melhor eu estar em casa. –Eu disse, o vento fraco e fresco batendo em meu rosto, gelando minhas bochechas, secando as lagrimas que desciam dos meus olhos.

Virei-me, começando a andar. Parei no caminho, olhei pra trás.

–Eu te amo, e sinto sua falta. Você sempre será minha melhor amiga. –Deixei que a ultima lagrima caísse, então me virei e segui meu caminho até o carro.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee, gostaram? Comentem! Sobre o final, achei que a que Lydia tecnicamente ainda esta se acostumando a informação da morte da Allison, achei importante esse momento dela.Então, espero que tenham gostado, bjss, comentem.