POV Stiles

Lydia finalmente viu sua mãe. Mais lagrimas, depois de quase tudo “resolvido” contamos o que podíamos para a Sra. Martin, o que não podíamos contar meu pai disse que ainda estava em investigação. A pior parte foi contar para a mãe dela que Lydia não se lembrava de nada. Ela disse para levarmos Lydia ao médico e claro que o fizemos. O médico disse que era estranho, pois Lydia não teria batido a cabeça e que tínhamos que esperar um tempo para ver se as lembranças dela voltavam, se não voltassem ela teria que fazer outros exames.

Depois de ter encontrado sua mãe e de já estar bem em casa, cheguei a pensar que Lydia não iria mais querer saber de mim, pois ela só ficou em minha casa porque eu insisti. Na cabeça de Lydia ela não me conhece e agora que já estava em casa, não tinha que ficar falando com alguém que ela não conhecia. Mas me surpreendi ao ver meu celular tocar e no visor aparecer o nome “Lydia Ligando” Atendi sem hesitar.

–Lydia?

–Ahn... Oi Stiles, Você poderia vir aqui?

A voz dela estava tremula, como se ela estivesse com medo ou coisa assim.

–Na sua casa?

–Sim.

–Claro, chego ai em dez minutos.

Corri para o Jipe e dirigi até a casa de Lydia e em menos de dez minutos eu estava lá. Bati na porta e ela logo a abriu. Pareceu aliviada em me ver, ou era só impressão minha. Devia com certeza ser impressão minha.

–Entra.

Obedeci e ela fechou a porta atrás de sí. Pegando no meu pulso e me puxando pelas escadas até o quarto dela.

–Sua mãe não esta?

–Não, foi trabalhar, depois de eu quase obriga-la a fazê-lo tranquila. Você tem que ver isso.

–O que?

Entramos no quarto e ela foi até a cama, onde tinha uma caixa.

–Depois que minha mãe saiu, a campainha tocou, eu demorei um pouco para abrir claro, não sabia quem era, mas eu fui abrir e esta caixa estava na porta, com um bilhete dizendo que era pra mim.

–E o que tem dentro? –Perguntei.

–Isso. –Ela disse abrindo a caixa devagar.

Dentro havia um tipo de medalhão, grande e parecendo muito velho. Estendi a mão para pega-lo, mas Lydia segurou meu braço antes de eu toca-lo.

–Quando eu abri da primeira vez ele brilhou de um jeito muito estranho. Eu não toquei nisso e acho que você também não deveria.

–Okay, você tem razão. –Peguei meu telefone.

–Vai ligar para quem? –Ela perguntou

–Deaton, talvez ele saiba o que é isso.

Não me toquei que Lydia não se lembrava de Deaton, mas isso era um detalhe.

–Oi, sou eu, Stiles.

–O que houve?

–Estou na casa de Lydia e ela recebeu uma caixa com uma coisa dentro, um tipo de medalhão.

–Medalhão? Pode descrevê-lo?

–Sim, é velho e tem... Acho que um Aspiral desenhado.

Deaton pareceu se agitar.

–Não toque nisso, fique o mais longe possível, feche a caixa com cuidado e traga-o para mim. Você e Lydia não tocaram nisso certo?

–Não.

–Ótimo, traga-o para mim.

Desliguei o telefone e olhei Lydia que estava esperando eu terminar a ligação.

–Vamos levar para ele, ele disse para não tocarmos na coisa de jeito nenhum. –Expliquei enquanto fechava a caixa cuidadosamente.

Fomos para meu Jipe depois de Lydia deixa um bilhete para quando sua mãe chegasse. Dirigi rapidamente até a clinica de Deaton.

–Aqui. –Eu disse pegando a caixa e colocando com cuidado na mesa.

Deaton pegou luvas para pegar o objeto nas mãos.

–Então. O que é isso? –Lydia.

–Isso não é bom, não é nada bom. Stiles, é melhor você ligar para Scott e o resto do bando. Temos um problemão.

Fiz o que ele pediu rapidamente. Alguns minutos depois Scott chegou com Malia e Kira. Malia me olhou de um jeito estranho, desde Lydia ter sumido quase não nos falávamos, na verdade, mal nos víamos.

–Então, o que é isso? –Scott perguntou.

–Não tenho duvidas. Alguns anos atrás conheci uma mulher, a beira da morte. Tinha ido lá por outros motivo, mas aquela caso me chamou a atenção. Depois de muita conversa ela disse que tinham feito algo com ela, alguma coisa. Algo sobrenatural a prendeu em um lugar e fez um tipo de ritual. Ela não se lembrava de muita coisa, mas tinha visto um colar no pescoço de seu inimigo, e ela o descreveu para mim. O colar era como esse.

–Mas, para que servia esse tal de ritual? –Perguntei preocupado.

–A mulher gritava muito, estava em um hospital para desequilibrados, entre outros sintomas. Então levo a crer que ela era uma Banshee.

–Ótimo, sou uma louca desequilibrada. –Reclamou Lydia.

Sorri e num impulso segurei sua mão, o que ela não me impediu.

–Bem, mas eu fui atrás de pesquisar sobre esse tal ritual. E acho que agora entendo o que Kate fez com você.

Ele disse indicando Lydia.

–Kate usou o colar em um tipo de ritual, um ritual usado para aumentar os poderes dela. Não sei muito sobre poderes de Banshees, mas Kate usou Você, Lydia, para aumentar os poderes dela.

Todos na sala estavam chocados.

–Ótimo, se Kate já estava fazendo uma Chacina antes, o que ela fará agora que esta mais forte.

–Esse processo demora um pouco, isso deve explicar porque de ela não ter matado Lydia. Todo o processo ainda não esta completo. Se Lydia morrer agora ela perderia sua fonte.

–Ta, mas porque ela soltou Lydia, porque a deixou ir? Não faz sentido.

–Talvez Lydia ficar presa a atrapalhasse de algum modo, então ela deixou que Lydia voltasse.

–Ainda não faz sentido.

–Essa não é a maior parte que me preocupa. –Disse Deaton. –Vocês tem razão quando dizem que Kate não deixaria Lydia sair assim, então. –Ele hesitou. –Acho que Kate planeja algo contra Lydia depois que o processo do ritual acabar.

–Ela não tocará em Lydia novamente. –Eu disse. Jamais deixaria que Kate fizesse algo com Lydia novamente. Jamais.

–Com certeza não. –Confirmou Scott.

–Fiquem de olho nela. Ainda tenho que... Pesquisar mais coisas. Quando souber de mais alguma informação eu aviso.

–Okay. –Concordamos.

No caminho de volta a mãe de Lydia ligou para ela três vezes, então ela me deixou que eu a levasse para casa. Já estava de noite.

–Tem certeza de que vai ficar bem? –Perguntei quando chegamos à porta da casa dela.

–Tenho Stiles.

–Se precisar de algo me ligue.

–Ligar no meio da noite?

–Claro, qual o problema? Se precisar me ligue, não importa a hora.

Ela sorriu, parecendo... comovida.

–Obrigada. –Ela disse e abriu a porta da casa. Se virou para mim e sorriu novamente.

–Boa noite Stiles.

–Boa noite Lydia.

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POV Lydia.

Senti algo estranho quando fechei a porta, como se faltasse algo. Como se eu tivesse me esquecido de dizer algo. Fui para o meu quarto depois de dar inúmeras explicações para minha mãe que agora estava sempre querendo saber de todos os meus passos.

Tomei um longo banho e deitei em minha cama quentinha. Apenas pensando em tudo o que tinha acontecido ultimamente.

Fechei os olhos, aproveitando o silencio da casa.

“-Pode me ligar se precisar de algo.

–Stiles, você deve ter um sono muito leve ou uma noite horrível. Sempre atende quando eu ligo, e eu ligo muitas vezes.

–Eu não meu importo de te atender.

–Eu sei. Mas precisa dormir de vez em quando também. Tipo, a noite toda.

–Lydia, nem brinque, nunca hesite em me ligar se precisar. Prometa.

Pensei um pouco e respondi.

–Prometo.

–Ótimo. –Ele disse e sorriu. -Tenho que ir. –Estalou um beijo em minha bochecha e se levantou da minha cama.

–Stiles. –Chamei.

Ele se virou novamente.

–Sim?

–Você... Ainda tem pesadelos? –Perguntei.

Ele hesitou novamente, forçou um sorriso e respondeu.

–Não.

Fiz uma cara de incredulidade.

–Diga a verdade.

Ele respirou fundo, me olhou e respondeu.

–Quase todas as noites.

Me levantei da cama, fui até ele e simplesmente o abracei.

–Se você precisar. Pode me ligar. –Eu disse. –Qualquer hora.

Ele sorriu enquanto nos separávamos do abraço.

–Pode deixar.

Nos olhamos por vario minutos até que ele decidisse ir embora. Relutante.”

Ouvi um barulho vindo de minha janela, abri os olhos e me sentei rapidamente na cama enquanto a janela era aberta. Uma mulher loira apareceu e pulou a janela, abri a boca para gritar e então em um priscar de olhos ela estava na minha frente, tapando minha boca.

–Não ouse dar um pio.

Meu coração começou a bater rápido no peito, o medo começando a tomar conta de mim. Ela me levaria de novo. Kate me levaria de novo.

“–Eu poderia ter uma doce vingança e te fazer cocegas até você chorar implorando para eu parar.

–Mas não vai. –Ele disse colando seus lábios no meu novamente. Me afastei relutante e sorri me levantando.”

Aquela... lembrança repentina e sem sentido veio na minha cabeça sem explicação. Mas que momento mais estranho para ter uma lembrança. Seria levada novamente, quando Stiles acordasse no dia seguinte eu teria sido levada.

–Xixixi, Calma garota. Não vou leva-la hoje. –Disse Kate com um sorri maligno.

–Não? –Falei surpresa.

–Não, só vim me certificar de que estava bem, segura. Viva.

Aquilo não fazia o menor sentido.

–Vim lhe trazer um pequeno presente, sabe. Achei que já estava na hora.

Então a mão dela se direcionou até meu peito, bem em cima do coração. Me debati ao sentir o toque ardido da mão dela. Mais ardido que o normal. Ela me conteve com a outra mão.

–O que esta fazendo. –Eu disse tentando em desvencilhar de sua mão. Aquilo ardia muito, queimava.

Ela finalmente tirou a mão e sorriu.

–Desculpe pelo meu presente ser um pouco dolorido.

–O que você fez? –Eu disse ao notar minha pele vermelha onde ela tinha tocado.

–Dei um prazo para a sua vida. –Então ela abriu a janela e saiu.

Minha respiração ficou acelerada e minha cabeça começou a doer. O que ela havia feito?

Algo estava acontecendo comigo, senti o mundo girar a minha volta e a única coisa em que pensei em fazer antes que tudo ficasse escuro. Foi gritar.

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POV Stiles

Acordei assustado ao ouvir um grito alto e ardido, parecendo tão perto e desesperado. Eu o reconhecia muito bem.

–Lydia.