Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 20
E o espelho de minha alma multiplica..




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Bem, nós tínhamos ensaiado as treze músicas do repertório, eu me sentia incendiante e totalmente viva, já era tarde passava das sete horas da noite, o meu empresário veio até nós pulando de alegria:

_ Vocês arrasaram! - ele disse saltitante, perdão mais às vezes ele parecia até um Lord Viado. _ E você Jenny, está melhor do que nunca! - ele disse me abraçando.

_ Obrigada. O show é que dia mesmo? - é eu sei, eu disse a Marta que seria semana que vem ,mais não tinha certeza disso.

_ No domingo. - ele disse mais animado ainda. _ Faltam só quatro dias.

_ Hum... preciso ir agora. - eu disse colocando a guitarra em um canto.

_ Jenny! - Pietro gritou meu nome. _ Eu te acompanho! - ele disse me encarando tipo “claro se você quiser".

_ Obrigada Pi. - esse era o apelido que dei-o há muito tempo atrás.

Nós saímos do estúdio e fomos a caminho de minha casa, conversávamos sobre coisas aleatórias, como estava as coisas nos Estados Unidos, como estava sua carreira de modelo, é ele também era modelo, não tinha como não ser, ele era lindo com aquele cabelo liso e loiro, seus olhos azuis e sua pele branca, seu corpo escultural e aquelas covinhas totalmente fofas, parou Jenny! Bem, ele me contou que foi chamado para estrelar no tapete vermelho como o homem mais gato do Rock, me contou que meu pai e minha mãe estavam muito bem na carreira deles, bem, me informou de tudo! Chegamos á porta de casa e eu abri-a sorrindo, dando de cara com um ruivo irritado e extremamente nervoso, ele encarou o Pietro bem estranho e olhou para mim como "quem é esse cara?":

_ Bem, até amanhã Jen! - era como Pietro me chamava.

_ Até Pi. - dei um beijo em sua bochecha e ele se foi.

Fechei a porta atrás de mim e passei pelo ruivo que me encarava com uma áurea negra, ele segurou meu braço forçando eu encará-lo:

_ Quem é esse cara? - ele perguntou irritado.

_ Pietro James. - eu respondi cínica.

_ O que ele veio fazer aqui?

_ Como um grande e educado homem, veio me trazer em casa. - eu disse rindo.

_ O que vocês faziam juntos?

_ Ora essa Castiel! - me soltei dele irritada. _ Não te devo satisfação. - eu disse irritada.

_ Só quero saber com quem você anda. - ele disse ofendido.

_ Não preciso de suas preocupações. - eu disse subindo as escadas.

_ Podemos conversar? - ele perguntou me encarando desanimado.

_ Não. - terminei de subir os degraus e fui para o meu quarto.

Garoto estúpido!Peguei uma pequena mala e comecei a ajeitar algumas roupas dentro, é eu sei, não vou viajar hoje, mas também não sei que dia, então melhor me preparar logo, coloquei todo tipo de roupa e depois coloquei a mala arrumada em um canto vazio do quarto, fui para o banheiro e tomei uma ducha, vesti um moletom cinza e um short branco e me joguei na cama, quero só voar para longe e fazer o que faço de melhor... CANTAR!

(...)

No outro dia, acordei com meu celular vibrando abaixo da minha barriga, peguei-o sonolenta e atendi sem observar quem era:

_ Jenny! – uma voz masculina e bem animada me chamava da outra linha.

_ Eu? – perguntei confusa.

_ Oh! Sou eu Jenny! – assim, era a voz do Lord Viado, ops meu empresário.

_ Oi e que horas são? – eu perguntei levantando e abrindo a cortina da enorme janela.

_ São seis e treze. Liguei para te avisar que viajaremos amanhã à tarde. – ele disse meio corrido, normal ele sempre anda com pressa.

_ Ok! Agora vou me arrumar para o colégio. – eu disse animada e ao mesmo tempo não, qual é?! Quem acorda cedo e já vem ligada no botão “ Crazy”.

Desliguei o celular e joguei-o encima da cama, fui para banheiro e tomei um banho bem demorado da cabeça aos pés, sai do banheiro enrolada em uma toalha e fui até o armário escolher uma look para o colégio, já estava ficando difícil de achar algo de meu agrado, isso me diz que está na hora de um banho de loja:

Peguei meu celular e os fones e desci para cozinha, apareci correndo na mesa, onde estavam meus tios e o ruivo e peguei uma maça, mordi a mesma e me afastei da mesa:

_ Aonde vai com tanta pressa, querida? – tia Juliana me perguntou com ar de preocupada.

_ Dia corrido hoje, ensaio depois programação para um clipe e amanhã a tarde Nova York. – falei ofegante e o ruivo me encarava de canto, parecia querer sorrir.

_ Ah é! Quase me esqueci de que a fabulosa Jenny está de volta. – meu tio disse sorrindo e depois concluiu. _ Seus pais ligaram e disseram que estão ansiosos com sua chegada lá.

_ E eu louca para rever minha linda e esplêndida cidade! – eu disse sorrindo e mordendo a maça. _ Bye! – eu disse saindo e minha tia gritou.

_ Não vai com o Castiel?

_ Não vou fazer o mesmo caminho que ele. – eu disse o encarando, ele parecia desapontado com a resposta.

Sai o mais rápido o possível e fui para escola, por mais que fosse fazer o mesmo caminho, a distancia era a melhor coisa a se fazer, não quero me machucar mais, não deveria nem ter sido tão idiota. Entrei no colégio animada e Alexy acompanhando da Rosa veio correndo em minha direção:

_ Me leva, me leva, me leva! – ele repetia enquanto agarrava meu pescoço.

_ Ei, fofo! Para onde? – eu perguntei sem entender tanto drama.

_ Para seu show! Eu vi a noticia que será domingo. – ele disse com cara de choro.

_ Oh! Bem que eu queria levar todos comigo, mas infelizmente não posso. – eu disse tentando consolá-lo.

_ Ai Meu Deus! Que mundo injusto, que mundo triste, que mundo preto e branco, eu tão azul e sorridente não mereço isso! – ele disse chorando de mentira.

_ Para de drama azul. – Rosa disse e ambas rimos. _ Assistiremos ela daqui. – ela disse dando uma tapa no ombro dele.

_ Fazer o que?! – ele se rendeu e fomos para sala, eu e Rosa ambas rindo ás escondidas.

A aula de química consegue ser mais insuportável que o normal, o professor mandou resolvermos uma pequena ligação de carbono e eu odiava isso, o tempo passava e ele falava e falava, eu olhava para janela de onde entravam raios solares magníficos, a aula finalmente acabou dando inicio a outra insuportável... HISTÓRIA.

_ A Guerra da Independência dos Estados Unidos, também conhecida como Guerra da Revolução Americana ou ainda Revolução Americana de 1776, teve suas raízes na assinatura do Tratado de Paris, que, em 1763, finalizou a Guerra dos Sete Anos. – o professor debatia sobre isso.

Finalmente ás aulas acabaram e deu espaço para o intervalo, outra coisa que me admirou foi não ver o ruivo na sala, bem. Era difícil vê-lo assistir aula, mas hoje não seria por um motivo especial, seria?! Sai da sala acompanhada da Rosa, Alexy, Mellody e Nathaniel, incrível que depois do beijo desses dois no verdade ou desafio, eles começaram a ficar, torcendo por eles sempre, riamos e conversávamos no pátio, até chegar uma garota de pele branca, olhos verdes e cabelos castanhos, vestimentas bem vulgares e várias tatuagens pelo corpo... OMG

_ Então você é a garota de ontem?! – ela disse apontando para mim de modo ameaçador e ofensivo.

_ Eu, o que?! – perguntei sem entender suas palavras.

_ A garota que me viu com o Castiel no quarto ontem e saiu fazendo draminha. – ela disse rindo sarcástica e me subiu uma raiva sem tamanho.

_ Ah sim, você é a vadia que estava com o ruivo. – eu disse rebatendo suas ofensas.

_ Você me chamou de que, garota? – ela disse se aproximando de mim e Rosa se pós em minha frente.

_ Vá embora daqui, Debrah! – rosa disse irritada.

_ Eu te chamei de V-A-D-I-A. – soletrei bem para ela, enquanto empurrava a Rosa para se sentar.

_ Vai se arrepender disso. – ela disse pondo o dedo em meu rosto.

_ Ah é?! Me mostra como! – eu disse a enfrentando.

Foi o momento de explosão, ela desferiu uma tapa em meu rosto e eu nem esperei parar de arder, voei em seus cabelos e os agarrei dando uma joelhada em sua barriga, ela caiu no chão contorcendo de dores, mais logo se levantou e deu um chute em minha perna que me fez cair, ela subiu em cima de mim e começou a desferir várias tapas e unhadas em meu rosto, com minhas unhas cravei em sua testa e vi seu sangue escorrer, ela caiu no chão com a mão na testa e aproveitei e subi encima dela, bati uma cabeça no chão várias vezes e quando ela não estava mais reagindo, senti braços fortes me tirando de cima dela e me arrastando dali:

_ Você ficou louca? – o ruivo me perguntou assim que chegamos a uma sala vazia.

_ Nunca estive tão lúcida dos meus atos. – eu disse tentando sair dali, mais ele segurou a porta com o braço .

_ Isso tudo por causa de ontem? – ele perguntou preocupado.

_ Não. Isso tudo porque fui idiota, mais agora não mais e não deixarei ninguém mais montar em mim, principalmente uma vadiazinha que se dá á qualquer um. – eu disse irritada.

_ Sabe Jenny, ela já foi minha namorada! – e quando ele disse isso eu parei pasma.

_ Vocês se merecem! – foi à única coisa que conseguir dizer.

_ Ela me deixou há muito tempo atrás e seguiu sua carreira, me traiu e me machucou, agora ela voltou e jurou tantas coisas, eu estava carente e com medo de te perder e num momento de fraqueza me deixei levar. – ele disse me encarando triste e eu no fundo queria correr, abraça-lo e dizer “está tudo bem, agora”, mais não conseguia.

_ Passado doloroso. Mas infelizmente seu medo se tornou realidade porque você já me perdeu. – eu disse empurrando seu braço e saindo pela porta, ele não merecia minha compaixão, não dessa vez.

No corredor dei de cara com a Rosa e o Kentin, o que?! Eles já se conhecem?! OMG! Eu caminhei até eles e vi suas caras de preocupados, também eu estava com vários arranhões e eles não viam por dentro de mim, mais eu estava mais acabada que por fora, Rosa em um ato de desespero me abraçou e Kentin me olhou de canto meio ríspido:

_ Quando eu tentar te defender, aceite! – ela disse me dando uma tapa no braço e eu me contorci de dor. _Desculpa. – ela disse rindo leve.

_ Olá Kentin. – eu disse o olhando preocupada.

_ Oi... – ele respondeu frio.

_ Vou acalmar o Alexy, Kentin pode cuidar da Jenny para mim? – ela perguntou e ele assentiu com a cabeça.

Ela saiu e foi para o pátio, o moreno segurou em minha mão e me puxou até onde eu saiba era a enfermaria, ele pediu para eu me sentar em uma das camas e foi até um armário voltando com uma maleta de primeiros socorros, ele limpou os arranhões e machucados com algodão e anti-inflamatório, passou um pouco de pomada e depois colocou alguns curativos, no meu rosto ele tratou com mais cuidado e sempre em silêncio:

_ Kentin, porque me trata assim? – perguntei incomodada com a situação.

_ Como?

_ Frio, ríspido e direto.

_ Impressão sua! Só fiquei preocupado, pois da última vez que vi você brigando, você foi parar no hospital e eu fiquei duas semanas sem lhe ver. – ele disse se referindo ao tempo em que namorávamos e briguei com uma guria do colégio, ela bateu minha cabeça tão forte no chão que eu desmaiei e quase tive um traumatismo craniano.

_ Desculpa, não queria que você ficasse assim. – eu disse o abraçando e senti seus braços me envolverem como resposta.

É antes eu pensava que poderia não ser bom a volta dele, mais acho que vai ser ao contrário, vai ser bom tê-lo aqui comigo!

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.


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