Dreamy's Girls escrita por Liaa Kun


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Hello helloooo, olha eu aqui cumprindo a promessa da segunda-feira hehehe''. Bom, vou ser breve, só quero agradecer a Abigail Schneider Braz, Glitchlorde e Vanessa Lima por favoritarem a fic, muito obrigada minhas lindas!
Esse capítulo é mais sobre a vida da Hinata, a todos que queriam entender o que aconteceu, finalmente chegou rs''
Boa leitura pessoal :D



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Pov’s Hinata

Depois de termos voltado ao normal com Sakura, cada uma foi para seus trabalhos, inclusive eu. Estava começando a me sentir meio só na biblioteca, apesar deu adorar livros, a falta de contato com outras pessoas mais frequentemente estava me deixando meio triste. Suspirei fechando meu livro, eu não iria conseguir mais ler. Comecei a jogar paciência no computador quando a porte da biblioteca é aberta.

– Oh não. – falei não acreditando no que eu via, ou melhor, em quem eu via.

– Eu deveria ter jogado na mega sena, acertei em cheio em que biblioteca você trabalha. Há essa hora se eu tivesse jogado na mega estaria rindo da tua cara em Miami pegando um sol e ostentando dinheiro pelas cuecas. – Kiba falou parando em frente ao balcão com as duas mãos na cintura.

– Mas como me achou... Foi tão fácil assim? – perguntei colocando uma mecha atrás da orelha nervosa. Eu queria a presença de humanos ali, mas tinha que ser justo um homem bonito desses?

– Foi... – ele começou com um sorriso galanteador. – não, não foi mesmo. Eu demorei um tempão pesquisando quantas bibliotecas tinha por aqui, e advinha? Um tanto. Se você não tivesse me falado pelo menos com o que trabalhava eu estaria te procurando até agora.

– Mas porque você tanto queria me achar? – perguntei e um rubor apareceu levemente em suas bochechas e ele coçou a nuca nervoso. Espera! Ele estava nervoso?

– Queria te chamar para ir almoçar comigo hoje... Você topa? – falou corando mais um pouco.

Me pegou totalmente desprevenida esse convite para um almoço. Nenhum homem na vida tinha me chamado para sair, e deve ser por isso que agora eu estou com uma cara de idiota, revezando entre abrir e fechar a boca para responder. Mas, não tem o porquê deu não aceitar, sou mulher, adulta e solteira. Ficar nessa para sempre, esperando um príncipe encantado aparecer é bobeira, eu nem sei mesmo se esse príncipe existe, e se existir quem sabe não é esse que está a minha frente me olhando ansioso e corado. Respirei fundo, reunindo todas as minhas forças e dei o meu melhor sorriso.

– Aceito sim Kiba. – falei esfregando as mãos que estavam suando e tremulas por debaixo do balcão. Kiba soltou o ar aliviado e eu fiz o mesmo. Aliás, eu nem tinha notado que tinha prendido o ar.

– Por um momento achei que levaria um fora. – ele falou sorrindo amarelo e eu ri baixo.

– Não passou muito longe viu, mas vamos lá, já está na minha hora de almoço mesmo. – me levantei pegando minha bolsa e as chaves para trancar a biblioteca.

Restaurante Donatello, San Diego 12h35min.

– Isso aqui é muito bom, nunca tinha comido. – limpei minha boca com um guardanapo, aquela comida era realmente uma delicia.

– Ratatouille sempre é muito bem vindo, não importa onde e quando, sempre vai ser um prato delicioso. – Kiba terminou seu discurso dando uma piscadela e eu ri, ele era uma pessoa muito engraçada.

Estávamos em um restaurante chamado Donatello. Era um restaurante beira mar, do outro lado da rua já se encontrava a praia. Respirei fundo aquele cheirinho de comida francesa e maré, tudo muito leve e bom. O restaurante continha um ambiente interno e externo, e nós resolvemos sentar do lado de fora para apreciar a paisagem. As mesas eram rusticas e tinham guarda sol em cima, esse ambiente externo era cercado apenas por uma cerca branca, baixa e delicada. O barulho do mar era maravilhoso, dava até vontade de dormir por ali mesmo.

– Desde quando me mudei para cá ainda não consegui ver muita coisa. Minha rotina está se resumindo a casa, trabalho e corrida. – falei dando mais uma garfada no meu prato.

– Você vai começar a ir às corridas? – Kiba perguntou inclinando a cabeça para o lado.

– Vou, deixar Sakura ir sozinha está fora de cogitação. – mexi no meu suco de abacaxi com o canudo.

– Entendi. Mas fala aí agora um pouco sobre você, ou sobre a sua vida até o momento. – ele colocou um palito entre os dentes e descansou um dos braços na cadeira.

–Minha vida é meio doida, nem sei por onde começar. – respondi abaixando os olhos, que conversa desagradável.

– Começa pelo começo. – sugeriu. Respirei fundo e comecei.

– Bom, eu nasci no Japão e morei lá até meus quatro anos com meus pais e minha irmã. – fiz uma pausa. – Minto, minha irmã nasceu em Londres, eu era filha única até então. – continuei e ele acenou. – Meu tempo no Japão foi muito bom sabe, até então tudo era em paz e harmonia. Eu tinha um primo, quer dizer, tenho né. – ri pelas narinas. – Ele era como meu irmão mais velho, a nossa diferença de idade é só de dois anos, e por isso sempre fomos muito unidos, ele cuidava de mim e eu cuidava dele a minha maneira de criança, amava muito ele de verdade, não imaginava minha infância e o resto da vida sem ter ele comigo. – parei um pouco e recuperei o folego. – Pouco tempo depois deu completar quatro anos de idade, meu pai e meu tio tiveram uma briga feia. Meu pai queria levar a empresa para outro país, expandir o negócio sabe, abri filiais, porém a do Japão seria sempre a matriz. Bom, meu tio não gostou nada dessa história, pelo visto ele não queria que a empresa saísse de debaixo dos olhos dele, ou melhor, do comando dele.

– Que burro, era uma maneira de ganhar mais dinheiro e ainda fazer da empresa um sucesso internacional. – acenei positivamente e Kiba cruzou os braços estalando a língua.

– Enfim, depois dessa briga meu tio queria entrar com um processo para tirar o nome do meu pai da empresa e deixar só o dele, assim ele seria o chefe de tudo e não precisaria mais divertir os lucros. – pisquei rapidamente para afastar as lágrimas que começavam a brotar, era difícil pra mim falar da minha vida. – Mas meu pai resolveu facilitar as coisas e ele mesmo tirou seu nome da empresa, para alegria do meu tio. – Kiba revirou os olhos. – E daí meus pais resolveram se mudar, mas eu não achava que seria de país, o que me assustou um pouco. No começo foi um pouco complicado me adaptar ao novo idioma e costumes de Londres, mas como eu era criança eu acostumei fácil. Minha família sempre mandava cartas para os meus tios no Japão, mas nunca tivemos respostas. Era frustrante, eu sentia muita falta do meu primo, eu fui embora sem me despedir na época, pois meu tio não quis nos ver. Eu acho que eles definitivamente cortaram os nossos laços, o que me fez suspeitar o porquê das cartas nunca terem respostas. – suspirei cansada. – Quatro anos depois morando em Londres nasceu minha pequena Hanabi.

– Sua filha? – Kiba arregalou os olhos e eu arregalei junto.

– Não né, como eu ia ter uma filha com oito anos? – senti minhas bochechas esquentarem só de pensar em ter filhos, ou melhor, da maneira que os fazem. – Continuando... – voltei logo para o assunto original. - Nasceu Hanabi, a minha irmã. – enfatizei o irmã e ele riu. – Ela era uma princesinha, uma cópia minha só que de cabelos castanhos claros. Depois que ela nasceu meu pai começou a mexer com o ramo de cinema, e por uma macumba de não sei aonde ele conseguiu se dar bem nessa área, aliás muito bem. Eu falo macumba, mas é brincadeira, se ele tem o que tem hoje foi pelo seu esforço, ele estudou muito então realmente merece, é um exemplo para mim. Sou filha nada mais do que nada menos de Hyuuga Hiashi. – falei e Kiba quase despencou com o queixo no chão. – Foi aí que meus problemas começaram, eu queria fugir das câmeras de qualquer jeito, nunca quis ser famosa ou os centro das atenções, queria ser apenas eu, uma cidadã normal com uma vida normal, e consegui... – suspirei levantando os olhos para Kiba que me olhava atentamente. – O mundo não sabe que Hyuuga Hiashi tem duas filhas.

– Uau. – Kiba parecia muito surpreso. – Isso não te chateia?

– Um pouco, tipo, eu queria que eles soubessem que eu sou filha dele, porém que não me perseguisse, mas eu sabia que isso não ia acontecer, exemplo perfeito disso é a Hanabi que é dançarina e é o foco das atenções, e ela ama isso, se exibir. – novamente as lágrimas teimavam em querer cair. – Eu pensava que minha irmã seria minha melhor amiga, me iludi feio. Hanabi nasceu já em berço de ouro praticamente, sempre teve tudo que queria e cresceu sendo mimada e bajulada pelas câmeras. Ela sempre foi muito metida, não tem como negar, e por causa disso ela sempre me esnobava, falava que eu era um bicho do mato, porque vivia me escondendo dos flashes. – de repente a minha autoestima despencou, mas eu resolvi continuar. – Ela sempre foi a mais perfeita em tudo do que eu, a queridinha da mamãe, a princesinha do papai, a filha ideal, educada e fina com tudo e todos, exceto comigo. Ela sempre arranjava um jeito de me alfinetar, mas eu nunca consegui revidar nada, eu sempre procurava ser como ela só que em silencio. Tentava sair mais, me arrumar melhor, ser menos tímida, mas não dava certo. Eu podia colocar o melhor vestido, fazer a melhor maquiagem, mas sempre era em vão, Hanabi sempre ficava na frente e ainda fazia questão de esfregar na minha cara, e meus pais nem notavam, afinal, eles estavam sempre prestando atenção nela e na carreira de dançaria dela, enquanto eu ficava enfiada no quarto com meus livros entediantes segundo minha irmã.

– Espera um minuto, esse sucesso que sua irmã faz como dançarina teve dedo do seu pai né. – Kiba perguntou estreitando os olhos. Hesitei um pouco e por fim acenei positivamente. – Sabia. – ele torceu o nariz em desgosto.

– Mas apesar de tudo eu amo ela, é minha irmã, sangue do meu sangue, eu sempre vou ama lá independente de como ela é e se comporta. – virei o resto do meu suco que já estava quente, fiz uma careta em desagrado.

– Você é boazinha demais para o meu gosto. – Kiba bufou olhando para o lado e eu apenas sorri.

– Continuando. Em um belo dia a dois anos atrás quando tinha acabado de completar meus dezoito anos, eu conheci as duas meninas que fariam parte da minha vida, Sakura e Ino, e que eu não sabia na época, mas eu ia amar aquelas duas incondicionalmente. Bom, nos tornamos melhores amigas junto a Tenten, por obra do destino nos encontramos em uma cafeteria e nunca mais nos separamos desde então, e eu não vejo a minha vida sem elas. Depois de dois anos resolvamos que nós quatro iriamos nos mudar, porque Londres tinha se tornado chato e entediante na visão de Ino. – ri lembrando a loira e Kiba mostrou um leve sorriso. – Então San Diego começou a ser o lugar perfeito para quatro solteironas morar. Depois de um longo processo com a resistência do meu pai, enfim nos mudamos. Eu logo já amei aqui, realmente era um lugar perfeito, e agora eu teria minha independência, minha vida como sendo a segunda opção de tudo tinha acabado e agora eu poderia respirar tranquilamente sem me preocupar em ser humilhada pela minha irmã mais nova, sem as câmeras do meu pai e sem a submissão da minha mãe, pois ela nunca me defendeu de Hanabi, sempre foi submissa ao meu pai que falava que problemas de irmãs éramos nós que tínhamos que resolver. – Kiba e eu reviramos os olhos juntos, ao percebemos isso caímos na risada. Depois de um tempo voltei a falar. – Mas como Kami sempre resolve me dar desafios, eu me mudei justo para o lado do meu primo, aquele que eu deixei no Japão quando eu tinha quatro anos de idade.

– Nossa que macumba das bravas essa em. – Kiba disse entre risos e eu acompanhei.

– De inicio eu não queria que ele soubesse quem eu era, mas não durou muito, Ino ficou bêbada e acabou contando. Ele ficou furioso e me odiou quando soube que era eu. Eu não entendia o porquê de tanto rancor, mas depois fiquei sabendo que o meu tio havia dito que nós os abandonamos no Japão e queríamos ter pegado a empresa só para nós e levar embora. Fiquei indignada e logo quis tirar essa história a limpo, pois isso era uma baita de uma mentira. Então eu pedi para o Neji ligar para o pai dele que a gente ia conversar direito, no começou ele hesitou um pouco em ligar, mas por fim ligou, e quando o pai dele soube que era eu quem estava querendo falar com ele, logo tratou de falar que estava muito ocupado e desligou o telefone na cara do meu primo. Neji foi inteligente o suficiente para perceber que tinha algo por trás disso e começou a ser mais gentil comigo, mesmo a gente não tendo mais tocado no assunto, mas eu não desisti de resolver isso não, ainda vou. – falei séria e Kiba concordou. – Daí em diante, minha rotina virou casa, trabalho e agora corrida, e no momento eu acabei de contar a minha história de vida inteira para uma pessoa que eu mal conheço, mas sinto que eu posso confiar. – dei um sorriso e ele logo ele retribuiu.

– Sabe Hinata, na minha opinião você é perfeita do jeito que é. Dane-se a patricinha da sua irmã e os bobões dos seus pais, eles não conseguem enxergar a joia preciosa que eles têm, mas as suas amigas conseguem, e é nelas que você tem que da o devido valor e amor, porque elas merecem. E assim como eu, eu tenho certeza que elas acham que é esse seu jeitinho meigo, tímido e maduro de ser que te torna uma pessoa única e especial. Você Hinata, é como se fosse um vagalume, pequena demais, porém tem um brilho lindo que fazem todos te quererem por perto, assim como eu quero.

Eu nunca tinha escutado palavras tão bonitas vinda de um homem em toda a minha vida. Eu já não conseguia mais segurar minhas lágrimas, o meu sorriso e nem nada. Levantei-me e dei a volta na mesa abraçando Kiba fortemente e deixando finalmente minhas lágrimas caírem. De repente eu estava pondo para fora tudo aquilo que eu guardava entalado na garganta durando anos, e agora eu me sentia leve, como se tivesse tirado um peso dos meus ombros. Chorei com força, eu estava me livrando daquele sentimento, de agora em diante eu seria mais eu, lógico que eu não conseguiria deixar de ser extremamente tímida, mas eu ia começar a dar toda minha atenção a aqueles que realmente merecem, e agora Kiba estava entre eles. Me afastei dele fungando o nariz, e o mesmo me deu um lenço que eu aceitei de bom grado.

– Está se sentindo melhor?

– Bem melhor. – sorri contente, parecia que eu tinha recuperado todas as minhas forças em uma simples conversa.

– O papo parece estar bom, mas, podemos nos sentar com vocês dois?

De repente uma voz conhecida se fez presente fazendo eu e Kiba olharmos para cima. Qual foi a minha surpresa ao ver um Naruto com um sorriso que não chegava aos olhos como ele costumava dar e um Sasuke com um sorrisinho quase imperceptível com as duas mãos no bolso. Os dois estavam trajando ternos o que dava a perceber que também estavam em horário de almoço. E eu não sei se estava vendo muito ou coisa parecida, mas Naruto não parecia de bom humor.


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Notas finais do capítulo

Quem achou o Kiba fofo levanta a mão e diga EU o/ hahaha''
Gente eu ainda não respondi os reviews do último capítulo, mas prometo que vou fazer isso o mais rápido que eu conseguir, vou encarnar o flash rsrs''
Comentem o que achar e eu estou aceitando recomendações okay??? Hehe beijinhos meus amores, até a próxima segunda!



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