Pov’s Sakura

O jantar ontem terminou tranquilo, bom, depois que Sasuke levou a sua ruivinha aos berros para o hospital por causa do tornozelo quebrado. Comemos bastante pizzas, eu conheci Temari, uma garota muito brava porém muito amigável, e já temos algo em comum, nós não vamos com a fuça da Karin, e isso é bom. Depois que eu voltei para casa, tomei um longo banho de água fria, desejando que a minha aflição descesse junto com a água pelo ralo...

– Aí Tenten, o que eu faço? – estava no meu quarto, deitada na cama e abraçada á um travesseiro, enquanto Tenten estava sentada na cadeira do computador.

– Saky, eu juro que até agora eu não entendi essa história direito, resume, por favor. – pedia ela pra mim. Suspirei e então comecei:

– Quando eu tinha sete anos, meus pais e eu fomos passar as férias em Tokyo no Japão. – olhei para ela e a mesma deu um leve aceno com a cabeça. – Daí em um dia eu e minha mãe fomos á um supermercado e eu acabei me perdendo dela, bom, chorei muito e a dona Mikoto me viu e...

– Quem é Mikoto? – Tenten me interrompeu.

– Mikoto é a mãe de Sasuke. – disse e a morena arregalou os olhos surpresa. – Pois é! E então ela falou que ia me ajudar a achar a minha mãe e de fato achamos, daí as duas ficaram amigas e bla bla bla, por fim conheci Sasuke, ele era tão legal sabe? Não tem como explicar. – eu falei e Tenten me olhava com um mínimo sorriso. – Ficamos amigos, e nesse um mês e meio que passei lá nossas famílias ficaram super amigas, e eu me “apaixonei”. – fiz aspas com as mãos e Tenten deu uma risadinha balançando a cabeça em um sinal negativo.

– E então? – ela me incentivou a continuar.

– Te contei que ele tem um irmão mais velho? Chama Itachi, era um gato, deve ser ainda... – falei pensando em como Itachi estaria hoje em dia.

– Ele tem um irmão mais velho? Deve ser uma picanha. – disse com os pensamentos longes, talvez imaginando como ele fosse.

– Uma picanha Tenten? – falei divertida atacando a almofada nela e a mesma pegou fácil.

– Qual é Saky? Adoro picanhas. – eu ri com seu comentário. Ela conseguia ser muito boba às vezes.

– Verdade... Aquele Neji é um pedação de picanha mesmo. – falei e vi Tenten corar um pouco. – Aí meu Deus, você está corada? Não acredito! – coloquei a mão na boca finginda drama.

– Para de graça e continua a história. – falou emburrada atacando a almofada pra mim de volta.

– Enfim, um dia antes deu ir embora ele também falou que também “gostava” de mim. – fiz aspas novamente. – Então fizemos uma promessa de que iriamos nos encontrar e ficar juntos. – sorri com a lembrança. – Olha como o mundo é pequeno, nos encontramos... E olha como á vida é triste, ele não liga mais pra mim. – completei abaixando o olhar.

– Sakura vocês eram crianças. Quem que bota fé em palavras de criança? – tinha uma pontada de indignação no que ela falou.

– Eu sei Ten, mas parecia tão verdadeiro, o olhar dele, desde aquela época aqueles ônix parecia tão profundo e intenso. – e parecia mesmo, pensei olhando pela janela.

– Olha, eu não sou a melhor pessoa em conselhos, mas, se ele seguiu com á vida dele significa que você pode e deve seguir com a sua. – Tenten disse séria apontando o dedo para mim.

– Talvez sim... – respondi desviando os olhos da janela para ela.

– Talvez não, sim, e você vai. – ela disse me dando um sorriso encorajador.

– Aí Tenten, muito obrigada. – falei me levantando e a abraçando com força.

– Magina, vou estar sempre aqui para te ajudar. – ela retribuiu meu abraço com mais força ainda. Era reconfortante saber que eu sempre teria amigas verdadeiras para me apoiar e ajudar.

– Desculpa atrapalhar o momento amizade de vocês, mas precisamos ir procurar emprego, afinal dinheiro não nasce em árvore. – falou Ino encostada na porta. Eu nem tinha percebido ela ali. – Afinal, se nascesse eu teria um tanto plantada aqui no quintal. – completou.

– Aí Ino, para de falar merda, vamos logo. – disse puxando as duas para fora do meu quarto e fechando a porta.

Chegando lá embaixo Hinata estava no meio da sala dobrando a manga de sua camiseta, assim que ela me viu dirigiu um sorriso a mim que logo eu retribui e dei um beijo na sua bochecha. Saímos na garagem e Hina trancou a porta. Nossos carros estavam um do lado do outro, da Ino na ponta, o meu do lado, da Hina do meu e o da Tenten na outra ponta, entramos no carro e não sei por que tive o intuído de olhar para os dois lados e vi as meninas arrumando seus cintos. Senti uma leve adrenalina fluindo no meu interior como se fossemos apostar um racha, seria... Divertido. Saí de meus devaneios assim que escutei o barulho da buzina do carro de Hinata do lado de fora da garagem, que logo deu partida e saiu dali, dei ré e saí da mesma vendo Hina dobrar a esquina, os carros de Ino e Tenten nem se via mais.

– Boa sorte para nós. – sussurrei sorrindo e apertando o botão para fechar o portão da garagem. Dirigi meu olhar à casa dos meninos e a mesma se encontrava totalmente fechada. Sorri! Eu iria esquecer o Uchiha, porém antes iria de qualquer modo tentar falar com ele para ver se iriamos por um ponto final ou não em tudo. Olhei para frente dando partida no carro, o dia seria longo...

Pov’s Ino

I hopped off the plane at LAX/ Eu saí do avião no aeroporto de Los Angeles
with a dream and my cardigan/ com um sonho e meu cardigã
Welcome to the land of fame excess (whoa),/ Bem-vinda à terra da fama em excesso,
Am I gonna fit in?/ Terei de me adaptar?

Estava tocando a minha musica favorita na rádio, Party In The U.S.A. da Miley Cyrus.

Jumped in the cab/ Peguei um táxi
Here I am for the first time/ Aqui estou eu pela primeira vez
Look to my right and I see the Hollywood sign/ Olho para a direita e eu vejo o letreiro de Hollywood
This is all so crazy/ Isto tudo é tão louco
Everybody seems so famous/ Todo mundo parece tão famoso

De alguma forma aquela música parecia um pouco com a minha situação. Uma menina nova em um lugar novo.

My tummys turnin' and I'm feelin' kinda homesick/ Meu estômago está virado e estou sentindo uma saudade de casa
Too much pressure and I'm nervous/ Muita pressão e me sinto nervosa
That's when the taxi man turned on the radio/ Foi quando o taxista ligou o rádio
And a Jay Z song was on/ E estava tocando a música do Jay-Z
And a Jay Z song was on/ E estava tocando a música do Jay-Z
And a Jay Z song was on/ E estava tocando a música do Jay-Z

Eu cantava junto com a música a pleno pulmões, nem me importava com quem me via do lado de fora pensando que eu fosse louca, eu só queria ser apenas eu, como sempre sou. (hehe)

So I put my hands up/ Então eu joguei minhas mãos pra cima, eles estão
They're playing my song/ Tocando a minha música
And the butterflies fly away/ A ansiedade vai embora, eu estou balançando minha
Noddin' my head like yeah/ Cabeça como "É isso aí! "
Movin' my hips like yeah/ Mexendo meus quadris como "É isso aí"
I got my hands up,/ Coloquei minhas mãos pra cima, eles estão tocando
They're playin my song/ Tocando a minha música
They know I'm gonna be okay/ Eu sei que eu ficarei bem
Yeah, It's a party in the USA/ Sim! É uma festa nos Estados Unidos!
Yeah, It's a party in the USA/ Sim! É uma festa nos Estados Unidos!

Chegou o refrão, á parte que eu mais gostava. Eu cantava dançando no banco e pulando, jogando os meus cabelos para o lado e pro outro, batia minhas mãos no volante e até encenava caretas. De repente o rádio para de funcionar.

– Droga! – esbravejei em alto e bom som parando o carro no sinal e apertando freneticamente os botões do som. – Más justo no refrão? – falei para mim mesma choramingando, era triste de mais a situação. Oh macumba.

Enquanto eu ainda apertava os botões do som, se fez presente um barulho muito alto de uma moto se aproximando. Virei o rosto e meu queixo caiu. Uma moto monstro, preta parou no farol do lado do meu carro. A moto era muito linda, tinha umas rodas que até brilhava de tão preta e bem cuidada, era uma Feizer 250, quem estava pilotando também estava todo de preto e com um capacete também preto no estilo espelhado. Daí eu me pergunto, como que nesse calor do capiroto a criatura consegui ficar com uma roupa toda preta dessa? Deve ser doente, porque né... Estava tão absorta em meus pensamentos que nem notei que a pessoa de preto estava olhando para mim. Subiu um frio na minha espinha, talvez ele fosse aqueles homens de preto da MIB e iria me sequestrar. O tal motoqueiro levantou e ficou ereto em sua moto, putz, esse sinal que não abre logo. Ele ergueu os braços em direção à cabeça e retirou seu capacete dando uma jogada em seus cabelos e logo passando a mão em cima. OH MEU DEUS. O cara era gato de mais, ele segurava o capacete em um dos seus braços e a outra mão estava na cintura e tinha um sorrisinho de lado extremamente sexy. O pior é que ele lembrava um pouco o cara que a Saky gosta o tal Sasuke. A diferença é que esse tinha os cabelos mais curtos e era mais branco, quase pálido, um fantasma, parecia que ele tinha anemia. Logo eu estava sorrindo também completamente boba, nem sei se o sinal tinha aberto.

– Você está me secando tanto que eu já estou sentindo meu corpo desidratado. – disse o tal motoqueiro gato sorrindo debochado. Ok, o meu sorriso sumiu e eu deveria estar soltando raios pelos olhos porque eu sentia que estava queimando de raiva de uma hora para outra.

– Ora seu... – eu já estava quase abrindo á porta do carro e voando pra cima dele. – Não vou nem te responder. – completei olhando para frente e pisando fundo no acelerador. Que homenzinho inconveniente.

Uns quinze minutos depois eu já estava parando o meu carro no grande estacionamento de uma das maiores agencias de modelos do mundo todo...

– Chanel Number Five. – sussurrei parando em frente às grandes portas de entrada do prédio da agencia. Eu estava com uma blusa azul marinho transparente soltinha, mas óbvio com uma regata preta por baixo, e com um cinto fino dourado, uma calça branca com a escrita do bolso traseiro direito em dourado e na mesma o nome Chanel, afinal eu tinha que fazer bonito né. E coloquei um sapato meia pata alta e preta. Caminhei até o balcão onde a recepcionista levantou os olhos para mim parecendo me analisar.

– Bem vinda a Chanel Number Five, posso ajuda-la? – a recepcionista era muito bonita. Tinha os cabelos num tom lilás e o mesmo estava na altura dos ombros. Tinho os olhos cor de mel clarinhos, e um piercing embaixo da boca, só que era um strass, daqueles que se coloca no nariz, mas ficou muito bonito ali nela. Usava uma maker rosa claro, as bochechas tinham um pouco de pó rosinha e um gloss transparente. Nada chamativo, mas á deixava extramente bonita. A única coisa que me incomodava era o sorriso falso de recepcionista, definitivamente não combinava com ela.

– Ah sim claro. – respondi depois de uns minutos perdidas em pensamentos. – Prazer, meu nome é Ino Yamanaka e queria saber se vocês tem vaga para modelo? – perguntei.

– Olha... – disse ela olhando talvez uma lista no computador. – por sorte hoje estamos fazendo chamadas para modelos de revista, já que uma das nossas quebrou o tornozelo. – disse olhando para mim.

– Karin era modelo de revista? Ela não desfilava? – sim, eu estava surpresa, no jantar ela disse que desfilava junto com as suas galinh... Ops! Amigas.

– Não, ela só fotografa. – respondeu me olhando desconfiada. – vamos dizer que a ruiva tem corpo de mais para desfilar. – fez gestos com as mãos insinuando que Karin era gorda de mais para isso e fez uma careta engraçada que eu ri.

– Você também não gosta dela né? – perguntei sorrindo.

– Não ela é uma bruxa. Acha que manda em tudo. – assim que ela falou a mesma arregalou os olhos. - Desculpa eu falo de mais, esquece isso que eu disse.

– De boa, eu também não gosto da vaca. – falei apoiando um dos meus braços no balcão e dando uma piscadela.

– Sério? – dessa vez o sorriso dela era verdadeiro. – Prazer, meu nome é Konan. – estendeu a mão para mim em um cumprimento e eu apertei sorrindo mais ainda. – Olha a sala que as meninas que se candidataram estão esperando fica no segundo andar e está escrito recepção, mas antes tome essa ficha e preenche pra mim. – ela estendeu um papel e eu o peguei agradecendo e me virei indo me sentar em uma das poltronas que tinha ali. Preenchi rapidinho e entreguei a ela, logo subi as escadas e cheguei na sala falada, estava lotada de meninas bonitas, eu não venceria elas.

Quatro horas depois...

– Parabéns meninas e meninos. Se vocês chegaram aqui é porque realmente mereceram. – o dono da empresa veio pessoalmente avaliar os testes. Ele se chamava Orochimaru e era muito elegante, alto, levemente forte e cabelos negros cumpridos, que honra. – Só vamos esperar um pouco porque os candidatos a fotógrafos não chegaram. – disse olhando seu relógio dourado meio impaciente. Hoje tinha candidato para tudo, modelos homem e mulher, fotógrafos também, recepcionistas e assistentes. Mas só seria escolhido um para cada, e isso me deixava nervosa.

– Desculpe Orochimaru, o transito estava lamentável. – falou um moreno chegando atrás dele e meio ofegante. Eu não acredito, eu só posso ter sambado na cruz, e ter ajudado a crucificar Jesus. NÃO É POSSIVEL! Gritei no meu interior.

– Gente esse é o Sai, um dos melhores modelos homens da Channel. – disse o apresentando e vi muitas meninas suspirarem, que idiotas. – Ele irá me ajudar a escolher os dois novos modelos e fotógrafos. – completou. Sim, eu não tinha dúvidas que eu sambei na cruz, e de salto 15 ainda.

O mesmo olhou para mim e deu um sorriso totalmente aberto e totalmente falso, que raiva. Segurei-me para não mostrar o dedo do meio para o mesmo. De repente uma cabeleira rosa se aproxima junto á um grupo, era Sakura. Ela parecia exausta, tadinha, nem me viu.

– Finalmente o grupo de fotógrafos, bem vindos. – Orochimaru disse sorrindo abertamente. – Agora é a etapa final. Aonde Sai irá me ajudar á escolher os dois novos modelos e o fotógrafo, e Konan, - apontou para a azulada que estava ali perto, eu nem tinha visto ela. – Irá me ajudar com o novo recepcionista e assistente. – completou e todos suaram frio, inclusive eu. De 80 meninas candidatas a modelos passaram 10 e dessas 10 uma era eu, e de homens tinha 49 e passaram 7, de 75 recepcionistas passaram 15, de 60 assistentes passaram 5, e pelo que eu sei tinha 96 fotógrafos e disso passaram 9 e uma dessas era a Saky, que felicidade. Até agora ela não me viu. Fui andando sorrateiramente até ela que mexia entediada no celular.

– Por que não me contou que viria? – sussurrei no ouvido dela que tomou um susto fazendo seu celular cair e deslizar no chão, parando nos pés dele, Sai!

– Eu não sabia que viria pra cá, estava passando aqui em frente e olhei a placa lá fora, como já fiz cursos de fotografia resolvi parar para fazer o teste, e se quer saber se estou feliz em te ver, sim eu estou e muito, mas agora vai pegar meu celular antes que eu te parta no meio. – ela disse tão séria que eu já estava indo correndo pegar, porém outra pessoa chegou até nós antes.

– Aqui está moça. – disse o tal Sai entregando o celular a Saky com um sorriso “sexy” de lado e a mesma pegou sorrindo boba. Putz, que besta.

– O-obrigada. – eu não acredito que a Sakura gaguejou, esse menino é falso pra caramba.

– Prazer meu nome é Sai, e o de vocês? – perguntou o “homenzinho inconveniente do semáforo” bufei.

– Sakura e o dela é Ino. – falou meio corada, aff eu não acredito nisso.

– O prazer é meu de conhecer garotas tão bonitas como vocês. – revirei os olhos com tanta formalidade falsa vinda dele. Sakura sorriu mais ainda.

– Fotógrafos aqui, por favor. – chamou Orochimaru sério.

– C-com licença. – a Sakura está parecendo a Hinata gaguejando desse jeito. A menina saiu correndo dali. Sai se aproximou e ficou do meu lado olhando as pessoas á frente assim como eu, a diferença é que eu estava com a cara fechada e os braços cruzados enquanto ele estava com as duas mãos no bolso sorrindo despreocupado.

– Ainda me deve uma garrafinha d’água. – disse e o olhei indignada e os mesmo apenas abriu mais o sorriso ainda olhando para frente.

– Vai se ferrar. – falei e saí dali á passados largos e decididos, que raiva eu estava.

Contínua...