- Melissa... Melissa... – Escuto alguém me chamar e a voz vai ficando mais nítida - acorda se não você vai perder o ultimo dia de prova é vai ter que fazer a prova nas férias – levanto o mais rápido que consigo, mesmo que isso seja lento, olho para a quem me acordou reconhecendo minha mãe uma mulher em seus 34 anos, loira e de olhos castanhos.

- Eu já vou mãe... – digo sonolenta e volto a me deitar.

- Há aprece que alguém quer fazer provas nas férias, todos aqueles textos e perguntas... – acredite se quiser, mas isso foi o bastante para me fazer da um salto da cama, xingo em pensamento, maldita dislexia, meu ponto fraco, o que me faz odiar fazer provas e estudar quando aquelas malditas letras começam a dançar no papel como estivessem em um concurso – Se apresse meu bebe, já esta quase na hora de ir.

- Mamãe! – protesto – Não sou mais um bebe. - faço um bico e ela desata a rir, aperta minha bochecha e sai do meu quarto, vou direto para o banheiro fazer minha higiene matinal, depois disso me enxugo e pego as roupas que vestirei hoje uma blusa azul de alças e por cima um moletom azul folgado, e para completar uma calça jeans do meu numero que meu amigo me “ajudou” a comprar, não que eu não ligue para a aparência só não quero chamar muita atenção.

Penteio meu cabelo preto com uma mecha loira, herança da minha mãe, ela diz que seus genes foram mais resistentes do que meu pai esperava, misturo os fios loiros e pretos, fico olhando meu reflexo no espelho avaliando meu cabelo depois desço para o rosto e o que me chama atenção são meus olhos verdes, que minha mãe insiste em dizer que são iguais as do meu pai.

O.K. Acabou o tempo de se arrumar, saio do meu quarto e vou para a cozinha, antes mesmo de chegar o cheiro de panquecas chega até min, aspiro com força e assim que entro na cozinha as vejo disposta em um prato na mesa, me sirvo fartamente delas e começo a come-las – Estavam deliciosas mãe. – olho para ela e a vejo me observando – O que foi mamãe? – ela se aproxima e acaricia meu rosto.

- Minha menininha já vai fazer 13 anos amanha. – ela me abraça forte e eu a retribuo – Não vai demorar você arrumar um namorado e se casar e logo vai deixa a casa de sua mãe.

- Mãe isso ainda falta muito tempo, não exagera. – ela desfaz o abraço e me olhar buscando algo só não sei o que, ela suspira e antes que possa dizer qualquer coisa à campainha toca – Deve ser o Matt. – falo para ela.

- Eu abro vá escovar os dentes – ela segue para a sala e eu para o banheiro, depois de escovar os dentes sigo para sala e lá esta ele, Matt Sullivan, sim meu amigo tem o nome daquele monstro azul dos monstros S.A, e não por incrível que pareça ele não sofre bullying com isso, mas cantadas usando isso como assunto para se aproximar sim, eu não entendo isso, mistérios da vida.

- Já não era sem tempo né – ele reclama e me olha, ele contrai os lábios e já sei que vem reclamação – Você poderia para de usar esses moletons folgados, você é bonita sabe disso.

- Eu gosto do jeito que estou conforto antes de beleza esse é meu lema. – Não, não é, mas tenho que me defender de algum jeito, ele me olha e encaro seus olhos não me rendendo e em um piscar de olhos, vejo-os mudar para varias colorações diferentes e depois voltar para os castanhos, por fim eu desvio os olhos, cansada desse joguinho, ele esta vestido com uma blusa vermelha e um jeans preto, seus cabelos castanhos ondulados com alguns cachinhos, sua pele morena parece em harmonia como vermelho da blusa.

- Então já estão prontos? – minha mãe pergunta.

- Sim mãe.

- A senhora vai nós levar hoje?

- Claro meus amores, tenho que ir até o escritório hoje, e a escola de você é no caminho. – ela sorrir para nós e faz sinal para a porta, por onde logo atravessamos.

Já dentro do carro e se dirigindo a escola a avisto, mamãe para logo em gente – tenham um bom dia de prova – nós sorrimos e dizemos um obrigado antes de sair do carro, na frente do colégio há uma “manada” de pessoas entrando pelo portão, olho para Matt, mas ele já esta seguindo para o portão e o sigo ficando ao seu lado, passamos pelo portão e logo entramos na sala.

- Olha a baleia chegou! – alguém fala, eu olho de onde veio a voz e vejo Kelly a líder de torcida do colégio, a fuzilo com os olhos.

- Melhor que ser um saco de osso como você! – ela me olha furiosa e por um momento vejo os olhos dela ficarem vermelhos, mas não paro por ai – Você esta vomitando quantas vezes por dia em Kelly para caber nesse seu uniformezinho? – ela começa a andar em minha direção.

- Kelly aquieta o facho. – Matt fala e por um momento ela, olha para ele como se ponderasse a ideia, mas logo a descarta, e volta e vir em minha direção, Matt se coloca em minha frente – Você não que arrumar confusão agora quer Kelly? – ele pronuncia seu nome com escarno.

- Bom dia turma. – o professor anuncia assim que entra na sala de aula, Kelly olha para o professor e depois para nós.

- Logo vocês não terão alguém para ajuda-los – ela da meia volta e vai para a sua carteira.

- Vão para suas carteiras para que eu possa que eu possa entregar as provas. – nós seguimos para as nossas carteiras e logo o professor entrega nossas provas.

Como sempre minha dislexia me atrapalhou, somente ficara eu e Matt na sala, agradeço por ele ter dislexia também, mesmo sendo um mal que não desejo a ninguém, termino de responder a ultima questão, levanto e entrego a prova ao professor – Melissa Makartney, conseguiu fazer tudo direitinho – o professor me olha com solidariedade – Aceno positivamente – Muito bem então pode ir.

Saio de sala, mas nunca teria imaginado o que me esperava naquele momento, do lado de fora Kelly e mais duas lideres de torcidas conversando, mas de algum modo Kelly me ver e faz uma cara de desprezo, avezes tenho vontade de estapear a cara dessa vadia, mas não posso acabar com meu ano letivo como geralmente acontecem, situações bem estranhas, diga-se de passagem, ela fala alguma coisa para suas amigas e elas me olham, sigo pelo corredor, olho para traz e vejo que elas estão me seguindo e chegando rápido, faço a única coisa que vem em minha cabeça, corro, vejo as portas da liberdade logo em frente e as abro, mas nunca estive tão enganada na minha vida aquelas eram as portas do pátio que nesse horário estava deserto.

Escuto a porta se fechar atrás de min e vejo Kelly em frente à porta, ela se vira – Parece que agora nós poderemos acerta as coisas. – ela fala de u modo assustador.

- Kelly não faça nada que você vá se arrepender.

- Ah minha querida, mas não vou me arrepender nada disso, vou fica muito satisfeita.

Ela começa a correr em minha direção, quando dou por min vejo ela já com a mão quase em meu peito tento ir para o lado, mas ela segura a manga do moletom, sacudo o braço para a direção em que ela corria isso a faz perde o equilíbrio e cair e soltar um grito agudo.

Escuto um som de metal se chocando com cerâmica – Maldita, você vai pagar pro isso. – vejo seus cabelos começarem apegar fogo, mas isso não parece a afetar ela, e seu olhos ficando vermelhos, e consigo ver pequenas presas em sua boca, ela corre em minha direção, não consigo e mover assustado com essa transformação repentina, no ultimo segundo vejo agua se chocando com sua cabeça, ela para estativa, surpresa com o acontecimento, logo cai um balde em sua cabeça a cegando ela segura o balde com as mão e vejo um pedaço de pau ir de encontro ao balde.

Kelly cai inerte no chão, um garoto que nunca vi na vida, olha para min assustado e depois para Kelly no chão, ele corre ate min e segura minha mão – Vamos Melissa hora de ir. – ele começa a me puxar e vou seguindo ele ainda pasma com os acontecimentos, mas me lembro de Matt, não podia deixar ele com Kelly solta.

- Não o Matt! – digo e tiro minha mão da sua, já me recuperando o susto, e no mesmo momento escuto a voz dele me chama.

- Mel... Mel, onde você estava estou lhe procurando já faz um tempo. – ele olha para o menino perto de min, - E que é você?

- Não tenho tempo para explicação agora venham comigo e lhe explicarei tudo – não sei por que, mas eu confiei em suas palavras, olhei para Matt.

- Tudo bem, vamos. – ele acena com a cabeça e começamos a andar novamente.