Durante os meses seguintes, evolui muito no meu alemão, umas das razões para isso foi a intimidade que surgiu entre mim e o George, sim agora trato-o por George, já que supostamente era meu namorado.
Ao fim de um mês de aulas, já nenhum de nós conseguia negar atracção que sentia.
O nosso primeiro beijo foi muito romântico. Estava um dia de sol e tinha chegado a hora da aula acabar. Fui levá-lo a porta, tinha-se tornado um hábito e, para mim, a parte mais dolorosa do dia. Sempre nos despedíamos com um beijo longo e muito doce na cara, mas naquele dia, não sei porquê, eu fiquei estática a olhar para ele, hoje eu sei o que aconteceu e agradeço. Fintei-o durante um longo momento, e, de repente, dei por mim a envolver-lhe o pescoço com os meus braços e a encostar os meus lábios finos nos seus lábios maravilhosos.
Nunca tinha sentido tal sensação, foi um misto de desejo, vergonha e necessidade, tudo parecia certo e errado ao mesmo tempo, estava completa e estranhamente vazia por dentro.
Fez-se um click dentro do meu cérebro, quando me apercebi o que tinha acabado de fazer, o tão presente rubor rosa intensificou-se nas minhas bochechas. Não consegui acreditar que tinha beijado o George, o meu professor de 21 anos, eu só podia estar louca, mas soube tão bem e certo.
Depressa fugi escada acima para o meu quarto, não me preocupando com deixa-lo á porta. Já chegava de o ver amanhã, iria ter uma aula extremamente embaraçosa.
Quando ouvi passos no corredor, cobri a minha cabeça com os meus travesseiros lilases, não queria ver minguem. Ouvi a porta do meu quarto abriu e eu espreitei!