Que Droga, Cas! escrita por Tribitch


Capítulo 9
Não é a Minha Primeira Vez


Notas iniciais do capítulo

Eu estou ciente que eu poderia prolongar a fic, but, eu estou no fim de ano de uma escola e ano que vem entrarei para uma nova. Ritmo muito mais pesado que a atual, fora que é integral.
E ainda terá o empregoney :v
isso tudo com apenaxxx 15 anos! Trabalhador!
Por isso que não assumo um compromisso de longa data com vocês. Não quero ser aquele escritor que posta uma vez por mês,no mínimo, quero uma coisa mais imediata -q
É isso que eu tenho a falar-lhes. Espero que gostem desse cap.
e um recadinho mais pessoal agora: EU VI HEIN.
beijos de luz ****



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Dean estava dirigindo seu Impala pela Rua II. Pouco transito graças a Deus. Ou qualquer outro que tenha pegado o trono.

Minutos antes, ele havia saído do supermercado da cidade, com sacolas e mais sacolas de compras. Entocando tudo no porta-malas no seu tão estimado carro. Porta-malas que antes era tomado por armas, amuletos, agua-benta e quaisquer outras coisas que matassem o sobrenatural.

Dirigindo por uma das ruas mais movimentadas do Condado de Fairfield, viam-se crianças passeando junto às suas mães, sorrindo por que viram um palhaço animando a porta de alguma loja, na esperança de atrair mais clientes. Ou choramingando por que queriam entrar na sorveteria mais próxima e se lambuzar de sorvete de chocolate. - Quaisquer desses motivos pareciam melhor do que os motivos que Dean tivera para chorar na infância. Seus pensamentos rolavam calmamente em sua cabeça. Uma coisa ainda nova para ele. Estar sem seus pensamentos aterrorizantes o fazia sentir e afirmar que de fato havia largado aquela vida para trás. Sem mais preocupações com o mundo. Algum caçador deve estar fazendo o trabalho por ele, e a hora desse caçador descansar um dia chegará. Isso se ele não morrer no meio do caminho. O que muitas vezes, significa literalmente o meio do caminho.

Já fazia um ano desde que Dean se mudará para cá. Nesse um ano, ele experimentou o que é ser uma pessoa normal. Como é ir ao supermercado e ser cantado pela moça do caixa. Ou ir à farmácia para comprar um remédio para dor de cabeça. Como uma pessoa normal fazia. Aproveitar os dias de folga era uma das coisas que ele mais apreciava por aqui. Ficar o dia inteiro sentado no sofá pescando entre as bobagens da tv, que ele nunca se cansava de ver. Todos esses momentos bons eram dignos de serem divididos com alguém. Seja o irmão mais novo ou a pessoa que você pensa ao acordar e antes de ir dormir. Compartilhar esses momentos com Sam parecia mais real para Dean. Ele não via muito bem Castiel indo ao mercado, usando dinheiro e olhando as embalagens dos produtos. Mas ele daria tudo para poder ver esses momentos cômicos. Ele sacrificaria até mesmo a paz que ele encontrou aqui, só para poder ficar mais presente na vida do anjo. E ele teria feito isso, se adiantasse alguma coisa.

A caçada que Castiel tem feito, não é para qualquer caçador, que cresceu junto ao pai e o irmão pulando de hotel a hotel por todo o país. Mesmo ele tendo salvado o mundo algumas vezes. Aquilo era diferente.

Aquilo era sobre Castiel.

Dean parou o carro em frente a sua casa, ouvindo o motor se silenciar a cada segundo. Musica para os ouvidos de Dean.

Como de costume, contornou o jardim, que graças às chuvas recentes, estava verde e saudável. Destrancou a porta e esperou ver a sua costumeira sala redecorada há poucos meses. Ver sua tv nova de 42’ - segundo xodó de Dean, depois do carro claro. O sofá preto, e a mesinha de centro, que estava mais pra descanso para os pés. Porém, a imagem que seus olhos verdes captaram foi uma totalmente fora do comum. E assustadora.

Um homem de sobre-tudo se encontrava apoiado ao sofá, com a peça marrom toda ensanguentada na altura do ombro esquerdo.

Dean encarou-o por um segundo antes de reagir. Estava vendo coisas? Ou seria um sonho? Ele já sonhara com uma situação dessa uma vez, mas fora há meses. Aquilo parecia ser bem mais real. A cara de dor do homem era claramente real. O sangue ali também era.

— C...Cas? – Ele largou o saco marrom e comprar no chão e foi correndo amparar o anjo. Ele se assustou um pouco com a presença do loiro. Devia estar perdido em pensamentos ou na própria dor. Depois do pequeno susto, apoiou-se em Dean que iria coloca-lo no sofá, mas não era o melhor lugar. Com todo o cuidado que pôde, subiu para seu quarto. Ambos em silencio.

— O que diabos aconteceu com você? – disse isso e sem esperar resposta, foi tirando o sobre-tudo do anjo para dar uma checada nos ferimentos. Era mais grave do que parecia. O corte imediatamente identificado por Dean atravessou o ombro, dando quase um buraco perfeito no ombro do anjo. Um pouco mais para baixo e adeus coração.

­— Eu estou bem... Estou bem...

­— Tem um enorme furo no seu ombro, quase atravessando seu coração e você ainda quer me dizer que está bem? Corta essa Castiel. – ele sabia o que fazer. Foi até o banheiro e pegou o kit de primeiro socorros que ganhará uma vez comprando umas coisinhas na farmácia. Pegou um pouco de Álcool para desinfetar o ferimento, e despejou no buraco. Castiel urrava de dor ao sentir aquela queimação do álcool chocando com a pele exposta em carne viva. Em seguida, Dean pegou um pouco de gaze e fez um curativo como pode no ferimento.

­— Isso deve aguentar até chegarmos ao hospital. Vem, vamos. – Dean começou a erguê-lo, mas houve um protesto na parte de Castiel.

— Não preciso de hospital. Lá eles não resolvem o problema de anjos... feridos com uma Faca especial. Eu sou... Um anjo... Me recuperarei sozi... nho... – A dor praticamente o fazia soletrar as palavras. Dean estava atônito demais para discutir aquilo. Não havia se preparado para aquilo. Não sabia que numa tarde comum acharia um anjo machucado em sua casa. Principalmente quando esse anjo diz muito para você.

— Você tem certeza Cas? Isso não parece uma coisa que vai cicatrizar sozinho e muito rápido.

— Não é minha primeira vez...

— Então vou deixar você sozinho para se recuperar... – ele ia em direção à porta, mas ouviu a voz de Castiel soar atrás de si.

— Não, fique... Um ano... Já foi muito. – Dean pela primeira vez em muito tempo, olhou para aqueles olhos azuis que conhecia tão bem e tão pouco ao mesmo tempo. Sentia falta daqueles pequenos pedaços de céu diante dele. E queria demonstrar isso de alguma forma. Mas não achara um jeito de fazer.

— Cas... – Sem dizer mais nada e finalmente achando um jeito, permitiu-se ir até a cama onde ele estava deitado e o abraçou. – bom, só o lado direito. Mas ainda sim arrancou uns gemidos de Castiel. - Eu... Senti sua falta, seu anjo filha da mãe. – Prolongou o abraço o máximo que pode. E merecia.

— Eu também senti sua falta Dean. Tive... hum... Uma jornada difícil.

— Achou o que procurava?

— Não... Sinto que minha busca foi em vão. Perdi meu tempo atrás de respostas... – Dean ponderou as palavras antes de dizer.

— Eu posso não acreditar nisso, mas, e se for algum tipo de milagre? O mundo é um lugar estranho.

— Deus está morto Dean... Não vejo mais ninguém que seja capaz. – Dean queria poder fazer algo para além de tirar a dor física do anjo, tirar todo esse desapontamento com consigo próprio. Ele havia dedicado meses de sua vida para encontrar A Resposta. Mas falhou. Dean não sabia se ele iria atrás delas de novo assim que se recuperar. Mas enquanto ele ainda está aqui. E vivo.

— Chega um pouco para lá. – Castiel fez uma leve cara de confusão. – Não vou deixar você sozinho. Como você mesmo disse, um ano já foi muito.


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Notas finais do capítulo

Aquilo foram luzes .---.