O Namorado Que Eu Fiz escrita por lubizinha


Capítulo 2
Capítulo 2: Por que aquela garota está correndo?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, antes de vocês lerem preciso dizer duas coisas:
1 - Eu ia botar uma imagem aqui para ajudar na visualização da casa da Megan para vocês, mas acabei que não conseguindo então basicamente a casa dela é pequena com uma suíte, uma sala e uma cozinha.
2 - Vai acontecer (se não já aconteceu) de quando eu responder para vocês de duas palavras acabarem ficando juntas, é algo que tem acontecido nesse site comigo e não sei porquê.
É só isso.
Boa leitura.



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Acordei com o telefone de casa tocando. Tateei a mesa, que fica de frente ao sofá onde eu estava deitada, e o peguei.

– Alô? – falei com uma voz estranha de pessoa-que-bebeu-muito-na-noite-passada, mas não foi de propósito.

– Emma, quero falar com a Emma. – disse uma voz na outra linha.

Ah não, eu conhecia aquela voz! Era a voz da mãe da Emma, a mulher mais bem vestida de Nova York, dona de uma das empresas de moda mais incríveis do mundo e principalmente a mulher que super me detesta.

Abri os olhos finalmente quando escutei aquela voz e olhei para Emma dormindo no chão da minha sala. Ela parecia acabada, imagina como eu devo estar...

– Sra. Johnson a Emma ainda está dormindo. – disse tentando fazer com que a minha voz saísse normal e não de uma garota de dezesseis anos bêbada. Eu não duvidaria que ela chamasse a polícia e me prendesse por isso.

– Megan... – falou a Sra. Johnson com desgosto. – Só lembre a Emma que se ela não estiver aqui em uma hora, ela irá ficar sem cartão de crédito e terá que morar debaixo da ponte! – no final da frase ela gritou e eu tive que afastar o telefone. Quando o botei de novo no ouvido a Sra. Johnson já tinha desligado.

Levantei-me do sofá e senti um peso monstruoso. Olhei para as minhas costas... Não havia um elefante ali, apesar de que poderia existir um elefante invisível, eu não duvido disso.

Chamei Emma, ela não mexeu. Comecei a cutucar ela com o pé e ela se virou, mas não abriu os olhos.

– Sua mãe ligou, disse que se você não estiver lá em uma hora ela tira o seu cartão de crédito e faz você morar debaixo da ponte. – assim que falei isso Emma abriu os olhos assustada e se levantou.

Se conheço a Sra. Johnson ela faria isso mesmo especialmente a parte de fazer a filha morar debaixo da ponte se fosse desobediente e faltasse nos compromissos.

Emma entrou no banheiro para tomar banho. Peguei algumas roupas minhas e deixei em cima da cama e avisei para Emma que ela poderia usar. Fui para a sala limpar a bagunça e depois fui para a cozinha para ver o que tinha para comer.

Os armários estavam vazios e a geladeira quase vazia, se não fosse o suco de uva. Botei o suco de uva em dois copos e deixei em cima da mesa.

Uns minutos depois Emma entrou na cozinha vestida com um vestido laranja bordado meu.

– Só tem suco de uva. – falei meio triste. Emma se sentou a mesa e bebeu rápido.

– Tenho que ir. – disse ela se levantando.

– Já? – perguntei.

– Se eu perder o ensaio do desfile da nova coleção minha mãe me mata. – disse Emma saindo da cozinha. A segui e a vi pegando sua bolsa no chão e abrindo a porta da frente. – Tchau amiga!

– Tchau. – disse antes de fechar a porta.

Fui tomar um banho e foi à sensação mais gostosa do mundo quando a água bateu na minha pele. Vesti um short jeans e uma camiseta listrada.

Depois fui olhar os meus e-mails. Meus olhos olharam triste quando percebi que não havia nenhum e-mail novo dos meus pais.

Meus pais são biólogos, eles foram fazer uma pesquisa na Austrália já faz oito meses e eu deveria estar na casa da minha tia em Nova Jersey, que é só vinte minutos de trem de Nova York, mas eu preferi gastar as minhas economias e alugar um apartamento aqui. Assim que cheguei fui procurar emprego e consegui um de garçonete, não ganho muito, mas é o suficiente para pagar o aluguel e comer. Meus pais acham que eu estou na casa da minha tia. Só que como a minha tia é muito legal ela fingi que eu estou lá mesmo sabendo que estou aqui. Sabe o que é? Desde pequena eu queria morar aqui em Nova York e a minha tia Trudy sabe disso por isso me ajudou. Claro com tanto que eu consiga me sustentar sozinha, se não eu poderia voltar a morar com ela sem problemas. Relembrei-me das suas últimas palavras antes de eu pegar o trem.

– Quando enjoar da cidade grande você pode voltar querida. – ouvi o som do interfone tocando na cozinha e afastei os meus pensamentos.

Fui atender e era o porteiro, obviamente.

– Bom dia senhorita Megan.

– Bom dia.

– O seu namorado está aqui embaixo e disse que quer falar com você.

Como assim meu namorado? O Chad estava aqui? Mas o que aquele idiota veio fazer aqui? E ele não é mais o meu namorado! Só pra deixar claro.

– Pode dizer para o Chad que...

– Não é o senhor Chad. – me cortou o porteiro.

Então quem seria? Será que aquilo era uma brincadeira de alguém da escola? Se fosse, eu iria descobrir e o responsável iria sofrer as consequências.

– Estou descendo. – desliguei o interfone e calcei minhas sapatilhas.

Peguei o elevador e apertei para o térreo quando o elevador abriu vi dois pares de olhos azuis olhando para mim.

– Oi amor. – o garoto disse com um sotaque britânico. – Tudo bem?

Olhei para ele confusa tentando entender o que se passava ali.

– Quem é você? – perguntei.

– Como quem? Sou seu namorado, Peter. – respondeu o garoto.

– Eu não tenho namorado e não conheço nenhum Peter. Passar bem. – falei me virando, mas alguém puxou o meu braço.

– Meg onde você vai? – perguntou o tal Peter.

– Isso é alguma brincadeira? – perguntei para ele que me olhou confuso.

– O que? Não.

– Escuta você deve estar me confundindo com outra pessoa e... Espera você me chamou de Meg? – perguntei, ele assentiu. – Só a minha família e as pessoas mais próximas de mim me chamam assim.

– Não existe ninguém mais próximo de você que eu Meg. – falou Peter sorrindo. Ele tinha um sorriso lindo, os seus dentes eram tão brancos e alinhados, quase conseguia desviar a atenção dos seus olhos.

– Escute aqui. – disse irritada com as mãos na cintura. – Eu não sei quem é você, mas obviamente você deve ser um daqueles psicopatas que perseguem as pessoas então se afaste de mim ou eu chamo a polícia. – me virei e fui andando rápido para fora do prédio.

Enquanto andava na rua, eu olhava de vez em quando para trás para ver se não havia ninguém me seguindo. Respirei aliviada ao perceber que não havia ninguém. Não sabia o que havia acontecido ali, talvez seja só um sonho ou alucinação do álcool. Falando em álcool... Ai minha cabeça!

Parei em uma farmácia e comprei remédio para passar a enxaqueca. Depois passei em algum lugar e comprei água para poder tomar o remédio.

Depois, como eu não estava com vontade de voltar para casa, eu fui para um dos lugares que eu mais amo em Nova York, a livraria Barnes & Noble na Quinta Avenida de Manhattan. Eu quase nunca tinha dinheiro para comprar livros (porque tinha que pagar o aluguel, as contas de luz, água e ainda não morrer de fome) então eu sentava no chão encostada a uma das prateleiras e pegava um livro e começava a ler. Se eu gostasse muito do livro, eu vinha no outro dia e continuava a leitura até acabar.

Ouvi alguns passos vindo em minha direção. Alguma pessoa interessada na... Que sessão mesmo eu estou sentada? Assim! Sessão de Astrologia. Abaixei o livro para ver a pessoa e me levantei rápido levando um susto.

– Você! – falei com a mão no coração. – Como descobriu que eu estava aqui?

– É um dos seus lugares favoritos em Nova York. – respondeu Peter como se aquilo fosse uma coisa óbvia e eu fosse uma idiota por perguntar.

– E como você sabe disso? – perguntei ainda assustada com sua aparição repentina.

– Sou seu namorado, eu te conheço muito bem. – respondeu ele se aproximando.

– Fique longe de mim seu... S-seu psicopata! – falei largando o livro no chão e correndo para fora da livraria com os olhares das pessoas sobre mim provavelmente se perguntando: por que aquela garota está correndo?

Corri, corri, corri até os meus pés começarem a doer.

Olhei para trás e não havia ninguém, mas ainda não me sentia segura.

Eu precisava de ajuda e rápido! E havia uma pessoa que eu poderia contar sempre que eu precisasse.


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Notas finais do capítulo

Deixe um comentário me dizendo o que você achou do capítulo. Inclusive você leitor fantasma, você não sabe, mas eu sei que você está aí. O.o Fui.



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