Livin'On A Prayer escrita por Sr Birchler


Capítulo 6
Reviravolta


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo >< Espero que gostem



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Gina só voltou a abriu os olhos na manhã seguinte, quando estava no hospital. Ao seu lado, segurando sua mão estava Tommy. Quando a viu, seu rosto cansado se iluminou por completo.

– Bom dia, querida. – disse ele – Você esta bem?

Ela simplesmente assentiu, pois estava fraca demais para falar.

– Que bom que você acordou. – disse Lindsay. Ela estava em um sofá de frente para cama de Gina. – Você me assustou, sabia?

Gina forçou um sorriso.

– Lindsay me contou que suspeita que você esteja gravida. – disse Tommy – E eu adoraria ter um filho com você, Gina.

Por um momento, Gina ficou triste por Tommy. Ela nunca pôde dar um filho para ele. Certa vez, sua mão dissera que as mulheres sentem quando estão esperando um bebê, e algo dentro de si dizia que ela não estava. Mas mesmo assim, ela fingiu estar contente.

O médico chegou logo depois, o bordado em seu jaleco dizia “Dr. James”. A primeira coisa que Gina reparou nele foi sua expressão. E isso não a deixou muito alegre.

– E então Doutor? Gina esta grávida? – perguntou Tommy, ansioso.

– Ahm... Nós ainda não temos como provar o que é. Por enquanto são só suspeitas e... Só o que podemos dizer é que ela não espera uma criança.

O rosto de Tommy, antes iluminado de alegria, agora se desfizera em traços tristes de dúvida.

– Mas... Mas então... O que ela tem? – perguntou ele, confuso.

Sentada no sofá, Lindsay olhava para o chão, como se estivesse fazendo cálculos mentais. Ela parecia finalmente estar ligando os pontos.

– É só suspeita Senhor Watson. – disse Doutor James - Nós vamos fazer alguns exames, e então...

– Pois me digam do que é que vocês suspeitam, oras! – Tommy estava começando a levantar o tom de voz.

Deitada na cama, Gina parecia estar mais confusa que Tommy.

O médico respirou fundo, e por fim disse:

– Suspeitamos que Gina tenha contraído o vírus da AIDS.

Aquelas palavras comprovaram os pensamentos de Lindsay.

Gina tentou organizar seus pensamentos que pareciam girar em torno de si.

Tommy estava boquiaberto.

– O-o que foi que você disse? – gaguejou ele.

– Foi isso mesmo que você ouviu Senhor Watson. – disse o médico - Receio que o Senhor também tenha de fazer o exame.

– Mas então... Eu também estou contaminado. Gina só transa comigo, e...

Gina sentiu que todo seu passado viria à tona. Ela não poderia deixar que Tommy se sentisse culpado. Então, ela juntou o resto de força que tinha e disse:

– Tommy... Sobre isso... Nós precisamos conversar a sós.

Ele a olhou abismado, e sentiu que explodiria a qualquer momento. Não podia acreditar no que estava ouvindo.

– Gina... Você... Por quê?

– Acalme Tommy – aconselhou o Doutor James – Gina ainda esta fraca. Não a pressione com perguntas desse tipo. Quando ela melhorar vocês conversam. Agora quero todo mundo fora do quarto, o horário de visita acabou.

Então, Gina ficou sozinha em seu quarto de hospital. Tentou dormir, mas não conseguiu. O rosto de Tommy não lhe saia da mente. O jeito com que ele a olhou, seus olhos tentando compreender suas palavras.

Ele precisa entender... Pensou ela Ele tem que me entender.

E durante seu dia no hospital, Gina procurava palavras para explicar a Tommy sobre seu passado enquanto podia.

...

Na sala de espera, Tommy andava de um lado para o outro. Lindsay estava sentada em uma das cadeiras ao lado de um cacto.

– Me diga o que sabe Lindsay. – exigiu ele.

– Já te disse Tommy... Isso não cabe a mim te contar.

Ele bufou.

– Não acredito que Gina pode ter feito isso comigo...

– Se tem uma coisa que eu posso te dizer Tommy, é que ela te ama muito. Eu converso com ela todos os dias, e tudo o que ela diz é a sobre você. Ela te ama muito. Pense nisso quando conversarem.

Tommy não aguentaria de tanta ansiedade. O que ela queria me dizer? Gina me deve uma explicação pensava ele.

E foi assim o resto do dia. Aquela duvida maldita que só crescia em sua mente.

...

Gina ainda estava em observação, portanto, não receberia alta tão cedo.

Depois de ter se recuperado um pouco, Tommy voltou sozinho ao quarto. Quando entrou, Gina sentiu falta de ar.

– Oi - disse ele.

– Oi – respondeu ela.

– Você quer me dizer algo?

– Sim... Mas... Eu não sei por onde começar.

– Que tal do começo?

Ela assentiu.

– Quando eu era adolescente, antes de te conhecer, - começou – eu não tinha dinheiro pra faculdade, não conseguia emprego, não tinha família e o aluguel da minha casa estava atrasado. Então, eu me prostituía pra conseguir dinheiro e me manter viva.

Um pensamento rápido passou pela cabeça de Tommy, que só de imaginar ficou perplexo.

– Gina... E quanto àquele dinheiro que você usou para recuperar meu violão? – perguntou ele.

– Tommy... Entenda que eu só queria te ver feliz. Foi por amor!

Ele parecia não acreditar em Gina.

– E-eu não sei... Preciso pensar. – gaguejou ele.

Ela parecia estar prestes a chorar.

– Por favor, Tommy... Por tudo que passamos... – pediu – Por amor.

Realmente pensou ele se não perdoasse Gina eu seria um monstro.

E de repente, todos os momentos em que eles estiveram juntos lhe voltaram à mente: Nas horas em que Tommy mais precisou, era Gina quem estava por perto. Nos momentos de necessidades, foi Gina quem controlou a situação o mantendo calmo. Nas horas de sufoco, Gina nunca o abandonou. E agora que ela precisava de seu apoio e compreensão, ele jamais poderia lhe virar as costas.

– Por amor... – disse ele – Por amor.


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Notas finais do capítulo

Review? Review.