Ghostly escrita por Xtraordinary Girl, Kep


Capítulo 4
Um Potter no meu sapato


Notas iniciais do capítulo

Kep: Oii! Tudo bom com vocês?!? Bom, eu fui ver as estatísticas da fic, e vi que Seis pessoas estão acompanhando!! Eeeh!! Mas apenas uma comentou dentre o trailer, o prólogo e o capitulo um!! Vamos la, pessoal! Se vocês comentarem, tem capítulo muito mais cedo!!
Então...
Enjooy!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527281/chapter/4


Capítulo Dois - Um Potter em meu sapato

G H O S T L Y


Depois de causar um certo transtorno no salão principal, eu apenas fui caminhando para fora dali. Porém, á cada passo que eu dava, parecia que o chão ia se alongando, assim como provavelmente as fofocas na manhã seguinte. Engoli em seco, tentando não olhar no rosto de ninguém. Porém eu acabei encarando um loiro na mesa mais afastada de mim, onde seu riso escondido me fez quase ter vontade de sorrir também. Pelo menos alguém não achou que eu sou louca, pensei irônica, enquanto sentia, mais do que os olhares de todos os bruxos no salão, aqueles olhos esverdeados queimarem minha nuca.

–Tch. Como eu vou encontrar o dormitório nesse castelo gigantesco? – Resmunguei olhando de um lado para o outro do corredor, procurando pelo menos um fantasma para me socorrer. Suspirei derrotada, andando na direção contrária. Eu já estava com dor de cabeça agora, imagine aguentar Hogwarts inteira fofocando sobre eu e a minha mão pesada? Virei no corredor, dando de cara com um quadro de uma mulher gorda. Ela me olhou com desgosto, mas logo sorriu. – Chegou mais cedo, garota? Comeu rápido, hein. – Sua voz carregada de sarcasmo me fez revirar os olhos. – Qual a senha?
–Senha do que? –Perguntei trocando o peso nos pés.
–Para você entrar no salão comunal, oras. – Resmungou sorrindo.
–Ah, aí fica os dormitórios? –Ela assentiu. – Pode me deixar entrar? Eu não tive tempo de perguntar para alguém. Cheguei aqui por sorte. – Falei meio sem esperanças. A mulher me olhou depois de fingir lixar as unhas, e sorriu. Daqui a pouco vou arrancar o papel da sua boca. Quero ver se você consegue rir depois.
–Hum... Não. – Arregalei meus olhos, abrindo a boca. – Você me lembra duma Corvinal do passado, que se achava a toda por ter aquele corpinho magricelo. Hunf. Como se ela fosse bonita!
Pus o dedo nas minhas têmporas, contando até dez. – Não me diga que está falando de Cho Chang.
–Ah, então a conhece? Acho que a personalidade dela é contagiosa, porque quase a confundi com você. Magricela. – Meu sangue subiu, me fazendo arrancar o quadro da parede. A gorda arregalou os olhos.
–NÃO ME COMPARE Á AQUELA MULHER! – Gritei para o quadro, enquanto ela se afastava assustada. Joguei o quadro de volta para a parede, saindo aos passos duros pelo corredor.
Eu já me importei com o que falavam de mim. Mas agora eu não me importo com opinião alheia. Mas eu não tolero uma coisa. Uma única coisa. Não me comparem com aquela mulher. Não me lembrem que eu nasci dela. Não ousem, falar dela. Não me falem o quão sou parecida com ela.
Porque, ser parecida com aquela mulher, seria eu, no fundo do poço.

Quando dei esse último passo, me deixei cair no chão, sentada. Encostei minha cabeça na parede, relaxando os ombros e o corpo. Inspirei o ar, tentando raciocinar algo. Você está perdida. Você poderia aguentar aquela mulher gorda, e esperar ali até alguém aparecer. Não. Eu não teria cara nem paciência de encarar alguém depois daquele vexame no salão. A pessoa ficaria me encarando, ou teria coragem de perguntar alguma besteira. Sim, mas seria melhor do que estar perdida nesse castelo maldito, Alexandra! Bufei, tentando bloquear a minha consciência, apesar de que como sempre, ela está certa. Encolhi as pernas, abraçando elas. Tinha puxado as mangas até o final, por causa do frio que aumentava naquela parte do castelo.
Fiquei murmurando tolices até dormir, quase sentindo alguém parado á minha frente.
Quando eu estava para cair no sono, meus olhos se abriram vagamente, e quase ironicamente, vi aquela mesma cabeleira loira flutuar em meus pensamentos.

Acordei de sobressalto, depois de um pesadelo mais que real. Respirando com dificuldade, meus olhos foram se acostumando com a claridade do lugar, que apesar de não ser muita, machucou meus olhos. Tirei a coberta das pernas, perguntando-me Como diabos eu vim parar aqui. Pus os pés no chão de mármore escuro, gostando da formigação que se estendeu neles por causa do frio.

Olhei em volta, dando de cara com mais três camas, onde nelas garotas dormiam tranquilamente.Dei de cara com minha a minha mochila jogada em cima de uma cômoda ao lado da cama, e um papel meio rasgado na mesinha encostada perto da porta. Caminhei em direção da mesa, pegando o papel em mãos. Olhei para as janelas, e ainda com o papel na mão abri as cortinas. Devia ser umas sete horas da manhã, por causa da cor azulada e viva do seu acima de mim. Abri uma das janelas, sentindo o vento frio quase congelar meu corpo, que ainda se mantinha com as roupas do dia anterior. Uma das garotas soltou um resmungo adormecido, mas não dei bola. Vi algumas janelas do provável dormitório, ainda fechadas. Dei de ombros para o nada, voltando-me para o papel e fechando a janela. Estendi-o na minha mão, observando a caligrafia corrida e bonita. E masculina, acrescentei em pensamento.

Diante de sua deslumbre pele quase sem cor,
Alguns lhe chamam de Branca de Neve.
Porém diante de sua respiração calma e tranquila no cair dessa noite,
Eu lhes digo. Você é apenas a Bela Adormecida.

Franzi a testa, relendo as palavras que haviam sido escritas naquele surrado papel. E então me lembrei. “-Podemos nos pegar logo também, Branca de Neve?” Bufei dando um sorriso com sarcasmo pingando de meus lábios, logo também vendo em minha mente, a silhueta da pessoa que provavelmente havia me trazido até o dormitório. Massageei minhas têmporas. Você não tem tempo de ficar tentando descobrir quem fez isso, Alexandra. Minha consciência se prontificou novamente. Você tem que arranjar coragem de entrar naquele salão novamente.
–Eu sei disso, pombas. – Murmurei para mim mesma, mesmo sabendo que não receberia quaisquer resposta.

–Até que não é tão ruim. – Resmunguei olhando para o espelho. Eu havia encontrado meu uniforme no pequeno guarda-roupa no canto do quarto, próximo ao banheiro. Saia de pregas, blusa branca, gravata vermelha e dourada assim como a saia. Suéter e capa. Como não fazia tanto frio agora já mais tarde, eu havia colocado no lugar do suéter, um casaco comprido e aberto cinzento, porém quase com a mesma cor do casaco original. Havia achado no fundo da mochila um par de meias calças pretas, que sabe-se lá quando eu comprei aquilo. Eu quase nunca usava vestidos, e muito menos saias, o que me fez surpresa ao me sentir confortável naquela saia no meio das coxas. As garotas continuavam dormindo, já que eu havia me adiantado no horário.
Peguei o mesmo par de allstars de ontem, quase rindo da própria precariedade. Junto com ele, alcancei com uma mão a capa, que deixei a maior parte aberta, para não ficar com tanto calor.
–Pronto Alex. Vamos nessa. – Abri a porta do quarto, abrindo-a para um extenso corredor. Fechei-a, vendo-a se trancar automaticamente, praticamente como magia. Dei de ombros, caminhando para fora dali. Fui passando por quartos, onde pareciam também serem divididos entre quatro garotas. Continuei caminhando, chegando ás escadas. Que se movem. Sorri divertida, pulando na escada á minha frente no momento em que ela se encolhia, quase até chegar ao chão. Fui descendo os agora poucos degraus, vendo a escada se alongar e ir à diagonal. Alguns alunos já estavam por ali, e logo que perceberam quem eu era, começaram a me encarar descaradamente, tentando descobrir o meu próximo passo. Bufei impaciente, andando em direção o que parecia a saída.
–Oh, deus. – Resmunguei, passando pelas costas do quadro que eu havia brigado na noite passada. Olhei para trás quando saí, sorrindo amargurada para o rosto sonolento da mulher gorda.
–Eu tenho que comportar o meu temperamento explosivo...– Falei anotando mentalmente. Virei à esquina, observando os vários alunos que já estavam acordados. Fui caminhando calmamente e vergonhosamente seguindo a maioria dos alunos, pois meu senso falho de direção nesse bendito castelo me impossibilita de andar realmente calmamente por aí.


Porra. – Soltei sem querer ao ver todo o salão acompanhar meus passos sem respirar. Alguns mantinham-se com sorrisos divertidos, outras, me encaravam com desdém e nojo no olhar. A maioria das garotas, grifinórias. – Tem uma barata na minha testa, por acaso? – Falei em alto e bom som, mal acreditando em minhas próprias palavras. – Porque se não, vão cuidar da vida de vocês, bando de fofoqueiros. – Resmunguei me sentando ao lado de Rose, que graças a Deus já estava ali, me dando mesmo que inconscientemente uma grande ajuda. A ruiva me olhou divertida, mas nada falou. Apenas continuou tomando um suco que eu chutava ser de abóbora, ou cenoura.
Mas como os fetiches dos não bruxos, Abóboras=bruxas. Então...
–Bom dia, flor do dia. – Uma boca beijou meus cabelos, me fazendo sorrir pela primeira vez naquele dia. Fred sentou-se ao meu lado, mexendo em uma mecha de minhas madeixas quase negras. – Dormiu bem, Branca de Neve? – Caçoou de mim, enquanto eu lhe dava a língua. Alcancei uma fatia do bolo de laranja, dando uma mordida.
– Ótima. Por sorte achei facilmente o nosso salão. – Falei depois de engolir. Eu não estava realmente mentindo, eu apenas alterei um pouco a história. No final eu estava dormindo na minha cama. Pronto. Isso que importa.
–Que bom. Pelo menos você dormiu bem. – Resmungou roubando um gole da minha bebida. Rose escutava tudo atentamente, porém mesmo assim lendo um livro no seu colo.
–O que foi? Ficou escutando aquele alien pervertido se lamentar pelo tapa? – Brinquei dando uma mordida em um sanduíche.
–Por aí. – Se espreguiçou colocando o cotovelo na mesa, apoiando a cabeça na mão. – James ficou se remexendo na cama a noite inteira, sem parar de resmungar direto. –Bufou fingidamente irritado. – Nem consegui dormir.
–Você quer mais é rir da cara dele. – A voz da ruiva soou, me fazendo rir levantando a cabeça.
–Fazer o que. Ninguém mandou ele cantar a Alex. – Fred sorriu e bagunçou meus cabelos. Sua gargalhada soou quando eu o encarei seriamente, mas depois o acompanhei.
–Então o nome do alien pervertido é James? – Perguntei arrumando minhas madeixas.
–James Potter, amor. – A voz irritantemente rouca me fez borbulhar o suco que eu tomava. Revirei os olhos, olhando para trás. – O tapa de ontem não foi recado o suficiente, Potter? – Perguntei amargurada. Voltei-me para a frente, mas logo olhei novamente para o moreno. – E eu não sou seu amor.
Sua risada curta me irritou um pouco mais, enquanto Fred dava espaço para o amigo sentar. Pôs o braço em volta de meus ombros, e mesmo com o infelizmente gostoso calor, eu empurrei seu braço com os ombros.
–Mas logo logo será, Alex. – Sua voz grave soou em meus ouvidos, e devido sua súbita aproximação, pude sentir seu hálito acariciar meu ouvido. Meu nome falado pela sua voz fica bonito. -Pra você é Corner, Potter.

–Só vai vai ser Corner Potter quando a gente se casar, morena. Por enquanto apenas aproveite o seu futuro marido. – A risada de Rose e do ruivo me fizeram fechar ainda mais a cara, enquanto eu empurrava seu braço para longe de mim. O moreno me cutucou na bochecha, mas o ignorei me aproximando mais da ruiva. Continuei á tomar meu café ignorando as risadinhas dos dois.
–Alex. – Fred me chamou depois de um tempo. Virei-me, á tempo de ver Jam- Potter aproximar-se, tocando seus lábios com os meus por apenas um momento. Meu olhos se arregalaram, e antes que ele se levantasse rindo da minha cara de tomate, lhe soquei o ombro.
Potter!
–Corner! – As risadas aumentaram, e não apenas meus novos amigos riam. O salão havia acompanhado nossa discussão inteira, e agora fitava meu rosto avermelhado e o sorriso maroto dele. Sem pensar duas vezes, peguei o livro de Rose em mãos, e taquei com toda minha força na direção dele. Rindo feito um idiota, quase se esquivou, levando uma livrada nas costas.
–Alex! – Rose indagou frustrada, mas ainda com um doce sorriso nos lábios.
–Desculpe Rose. – Inconscientemente, levei minha mão na direção do livro. – Accio. – Arregalei repetidamente meus olhos, vendo o livro voar de volta á minha mão. Rose sorriu agradecida, mas havia surpresa igualada em seu rosto. – Ah... Como eu fiz isso? – Resmunguei mais para mim mesma, mas a espécime de alien pervertido resolveu se meter.
–Você é uma bruxa, morena. – Fechei a cara diante do novo apelido me dado. Ele sorriu com a minha raiva, e continuou. – Coisas assim acontecem normalmente aqui em Hogwarts. É melhor se acostumar, morena.
–Meu nome não é Morena, Potter.
–Tudo bem, Alex. – Seu sorriso simplesmente me fazia ferver o sangue do meu corpo inteiro.
–Não me encha Potter. – Resmunguei soltando o ar pelas narinas. Dei mais uma mordida, sem olhar novamente para o moreno. –Ahn! – Soltei um grunhido/grito ao sentir um belisco na cintura, e logo ver Potter sair correndo salão afora. Bufei irritada.
–Esse ano vai ser realmente divertido... – Ouvi Fred sussurrar em meio sorriso.
Só pra você mesmo.

Porque o Potter, é apenas uma pedra no meu sapato.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ain, eu vou adorar escrever com o James!! Ele me da vontade de escrever