Ghostly escrita por Xtraordinary Girl, Kep


Capítulo 17
Lembranças Roubadas


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY UHUUUU TO VIVAA!!!!!!
Cara, eu realmente peço desculpas por demorar doze dias pra atualizar, mas eu acho que valeu a pena. Pelo menos, não foi rápido, um capítulo ruim, pequeno e xulo. Demorou sim, mas com quase 3 mil palavras (um recorde, mas eu preferia ter escrito menos, pra não ter a chance de ficar cansativo). Mas assim, como o capítulo é daqueles bombásticos, que tem treta e descobertas relacionado, e além disso, é TOTALMENTE Cortter. (CornerxPotter)
1/3 do capítulo, o começo, é total da X.Girl. Mas o resto é totalmente meu.
Sobre a demora: Eu escrevi o capítulo, mas exclui tudo, porque, mesmo que eu tenha escrito, eu não via nenhum futuro Ghostly mesmo, porque assim, se eu tivesse postado aquele, não teria muito o que escrever depois, além de que ficaria cansativo.
Além disso, eu fui Aceita em Teste no Kat Fanfics, para Capa de Nyah e Design Completo (que eu descobri, por ter postado aquela capa anterior da atual, que capa 500x800 agora é aceito aqui no Nyah HEEEE!!!!) Mas eu acho que vou acabar o teste apenas para DC, porque eu não quero ocupar muito tempo meu, já que, se eu fosse aceita, eu teria que fazer os pedidos de CN, DC, escrever a Ghostly e ainda tentar escrever outras histórias minhas, ALÉM de que minhas aulas começam dia 9.
Girls, eu queria saber o que há de errado na fic. Atualmente, temos 50 acompanhando, mas nos capítulos, praticamente apenas DUAS comentam. Pessoal, nos digam, o que há de errado? O que precisa melhorar? Enredo? Comédia? Tamanho dos capítulos? Demora? O que? Eu realmente quero evoluir, e duvido que a X.Girl também não queira, apesar de que ela já é uma escritora maravilhosa.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527281/chapter/17

Point of View by Alex

Assim que soltei aquelas palavras para Harry Potter, ele me olhou. Encarou-me por alguns segundos, e então se voltou ao filho. Seus olhos não transpareciam emoção alguma. Estavam vazios, como se ele fosse indiferente a toda a situação, como se ele não fosse o culpado por tudo.

Fale alguma coisa! – gritei para o mais velho, exasperada. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas as segurei. – Se você teve coragem de esconder uma possível filha, você tem que ter coragem de falar alguma coisa!

– Você não é a minha filha! – ele gritou de volta, liberando a raiva. – Mas que droga, você não é a minha filha.

Se por um lado essa informação me aliviou, por outro me destruiu por inteira. Ao ouvir a palavra “filha” sair dos lábios do Potter, dei-me conta de que se – pela primeira vez na vida – Cho estivesse dizendo a verdade, eu perderia a única pessoa que realmente me importava na minha família. Meu pai. Será que eu ainda podia chamá-lo assim?

Balancei a cabeça, me sentando no chão e abraçando meus joelhos. Era como se todo meu mundo estivesse desabando ao meu redor, e eu não pudesse fazer absolutamente nada. Uma lágrima solitária desceu na minha bochecha, e a deixei escorrer. Ela seguiu pelo meu rosto e pingou em meu joelho, sendo seguida por mais outra, e mais outra.

– Você não tem ideia, Harry Potter. – respondi finalmente, encarando-o, mas ainda desviando o olhar de James. – De o quanto eu quero que você esteja certo.

– Acho que isso é um desejo de todos nós. – ele concluiu, olhando para o filho. – Eu vou dar um tempo para vocês dois. – e saiu, deixando a sala – que agora parecia incrivelmente grande – para mim e para James.

Levantei o olhar aos poucos, encontrando os sapatos do moreno, depois a roupa e, por fim, o rosto. Quando meus olhos encontraram com os dele, desabei, afundando minha cabeça entre minhas pernas e chorando.

Potter. Eu não me chamava Alex Potter. Talvez viesse a me chamar – merda, eu não deveria pensar nisso, mas não agora. Meu nome é Alex Corner. Nem Chang, nem Potter. Ou, pelo menos, é o que eu gostaria de acreditar.

O meu pai entenderia, eu acho. Não me expulsaria de casa, ainda me amaria e eu poderia ignorar o fato de que ele não é meu pai biológico. Tudo estaria certo, ou a ser consertado, se não fosse pelo garoto de pé na minha frente.

James Sirius Potter. Idiota, moreno, irritante, lindo, ladrão de corações. E, possivelmente, meu irmão. Aquilo doía muito em mim, mas muito, o que fez meu choro ficar mais descompassado e mais alto, chamando a atenção dele.

Imaginei que fosse me dizer alguma coisa, como “Vai ficar tudo bem”, mas ele não disse. Talvez porque não fosse ficar. Ele sentou do meu lado, suspirou, então senti seus braços me envolverem. Nada foi falado, mas tudo já estava subentendido. Encolhi-me em seus braços, me aconchegando em seu peito, de modo que ele ficou com o queixo na minha cabeça. De repente, senti meu cabelo umedecer, e percebi que James também chorava. Aquilo quebrou o meu coração em mais pedaços ainda.

Tudo o que eu queria era esquecer. Dele, de mim, de tudo. Mas eu não podia fazer isso, deixar todos e partir para uma nova vida. Porém, podia melhorar as coisas, pelo menos para o Potter. Sofrer já fazia parte da minha vida, mas eu não deixaria que fizesse da dele. E mesmo que aquilo me machucasse, mesmo, que me destruísse, eu devia isso a ele. Porque James Potter é um completo idiota. Mas que merece ser absolutamente feliz, com alguém que mereça ele. Ele merece esquecer-se do que aconteceu, mesmo que isso vá apagar boas memórias.

Levantei a cabeça com calma e encarei os olhos verdes e molhados dele, tristemente. Levei minha mão a seu rosto, limpando as lágrimas, bem mais discretas do que as minhas. Depois disso, me aproximei mais e mais, até colar nossos lábios.

Dor, amor, esperança, decepção. Aquele beijo era tudo que precisávamos, mas era também como uma despedida. Separamo-nos lentamente e eu o encarei, transmitindo tudo o que eu queria passar para ele.

– Eu te amo. – disse, com certa dificuldade em conter as emoções. – Eu espero que você me desculpe.

E então, tirei minha varinha da capa e apontei para ele, fazendo a escolha mais difícil e dolorosa de toda minha vida:

– Obliviate.

Uma lágrima escorreu de seu olho, enquanto suas imensidões esverdeadas perdiam o brilho que sempre havia.

Levantei-me, correndo para longe dali. Eu sabia que havia me roubado de sua memória, mas á cada passo corrido, um sentimento bizarro invadiu meu peito, enquanto minha consciência tentava me convencer á voltar lá.

Parei ofegante apoiando-me na parede, tentando entender o que havia feito para minha vida acabar assim. Um soluço escapou de meus lábios, ecoando pelo corredor vazio.

O que foi que você fez?

Respirei fundo, encarando os olhos azuis de Harry Potter.

Nada disse, apenas mostrei minha varinha ainda em mãos. Ignorei sua expressão desviando o olhar. Continuei a andar, mas sua voz fez-me parar.

Ele se esqueceu de você?

Eu sabia que havia feito um feitiço rápido, mas eu vi em seus olhos, a indiferença de um desconhecido para outro. Eu vi seus olhos mudarem, eu vi, que eu não estava mais ali.

Quando disse que sim, eu queria dizer talvez.

Apenas, para me confortar que James Potter já não era mais meu.

Doeu-me quando percebi, que talvez ele nunca fora.

–Foi melhor para todos. – Falou, andando e parando na minha frente, com aquela expressão convencida, que parecia ser a marca dele.

Sinceramente, eu não sei como eu ainda não havia voado no pescoço dele.

É melhor você ir logo embora, Harry Potter. Se você não percebeu, ninguém além de eu e James, viu você. Ou seja, se, alguém te ver aqui, e perguntar para Lily, Albus ou James, nenhum deles saberá responder. Lily é jovem demais, e Albus eu conseguiria contornar. Porém, se houver chances de alguém ter-me visto junto de você, e abrir a boca, James me perseguiria, perguntando o porquê de alguém que ele “não conhece” estar conversando com o pai dele, sem ninguém saber. Por Merlin, Harry Potter, eu pensei que você conhecia ao menos um pouco de seu próprio filho. Se ele descobrir sobre nós dois, sobre ela, e toda essa maldita história, ele nunca irá me perdoar. Potter, ele nunca mais vai olhar na minha cara.

Alexandra...

–É melhor você ir embora daqui. Quanto menos pessoas saberem que você esteve aqui, menor as chances de perguntem para seus filhos o que diabos você estava fazendo aqui em Hogwarts. – Praticamente gritei apontando para seu rosto, que mudou de uma expressão raivosa para uma arrependida. Passou a mão pelos cabelos, fazendo um aperto na minha garganta aparecer. Á cada minuto, expressão e gesto, Harry lembrava-me cada vez mais do garoto o qual roubei-lhe as memórias.

Meus olhos arderam enquanto eu tentava me achar naquele rosto.

˗Okay, okay, eu vou embora. –Começou á se aproximar. – Mas esse assunto ainda não acabou. –Ergueu meu queixo delicadamente com a mão. Ele era muito mais alto que eu, parecendo tentar me assustar. Continuou encarando-me, me obrigando á olhá-lo de volta. –Diga uma única palavra para qualquer pessoa sobre nós dois e você irá sentir a ira de Harry Potter.

Empurrei-o com os braços, andando rapidamente na mesma direção que antes.

Quase sentia o gosto de sangue mordendo meu lábio, impedindo-me de soltar o choro.

Desmoronando.

Minha vida estava desmoronando rapidamente, e eu não podia fazer nada.

As risadas das quatro gigantescas mesas agora simplesmente me irritavam. Meus olhos estavam abertos, mas do mesmo jeito, meu coração parecia cego. Pouco me importava os olhares de relance, apenas acabei de tomar o suco que antes era delicioso.

O mundo estava cinza, e minha consciência totalmente confusa.

Os Wesleay pararam de falar quando não respondi novamente Roxy, fazendo Fred pousar sua mão em meu ombro. A vontade de chorar na frente de todos permanecia, mas o que eu explicaria, quando eu estiver chorando e James nem ao menos se lembrar de mim?

Nenhuma lágrima desceu por meu rosto abatido.

Eu estava me negando.

Negando que eu realmente tinha feito aquilo.

–Alexandra, pelo amor de Merlin me responda! – Suplicou Rose levantando-se de seu banco, e colocando suas mãos pequenas e macias em meu rosto. Olhei em seus olhos, tentando dizer aquelas palavras. Queria pedir desculpas, implorar perdão, gritar de raiva, chorar de arrependimento. Queria realmente confessar logo meu pecado, já que quando Sirius passasse por aquela imensa porta, todos saberiam da verdade.

Pus a cabeça no ombro de Fred, fechando os olhos. O sono pareceu encobrir a culpa, e o perfume gostoso do garoto acabou relaxando-me. Consegui abrir meus lábios em um sorriso mínimo, acalmando Roxanne e os outros. Ajeitei-me, abraçando o Weasley de lado. O mesmo franziu as sobrancelhas rindo irônico.

–Que amor todo é esse, Alex? – Beliscou minha bochecha com os dedos, ganhando um resmungo de resposta. Escutei Hugo falar algo, mas tudo á minha volta não teve importância, quando a voz rouca e familiarmente amorosa alcançou meus ouvidos.

Já trocou o Parker pelo Wesleay, morena?

Arregalei os olhos me afastando de Fred, procurando aquele sorriso debochado nos lábios que eu adorava quando beijava. Procurei os cabelos um tanto ondulados que eu sempre me mordia de orgulho para não fazer cafuné quando o dono pedia. Procurei pelas esmeraldas que chamavam de belos olhos-mais exuberantes que eu já havia visto. Procurei pelo corpo malhado, que ficava totalmente marcado quando saía de um jogo de Quadribol, apenas com aquela clichê regata branca, adorada por mim e todas as garotas de Hogwarts.

Procurei pelo garoto que havia roubado meu coração, e em troca eu roubei o dele.

Mas apenas encontrei James Sirius Potter com as sobrancelhas grossas arqueadas, me perguntando silencioso porque não era ele sendo abraçado.

Encontrei, com aquelas lágrimas antes secas, o garoto que deveria ter me esquecido.

–A-Alex, desculpa... E-Eu... Desculpa, eu a-apenas- Gaguejou gesticulando, enquanto eu me levantava. Olhei ainda apavorada em seus olhos, ignorando os sorrisos que vinham e sumiam de meus lábios, tentando entender o que diabos estava acontecendo ali.

Ouvi Albus falar algo, mas ignorei tudo e todos. Aproximei-me tocando timidamente seu rosto. Acariciei sua bochecha, alcançando sua barba rala. Seu olhos acompanharam meus movimentos, em silêncio, quase fechando os olhos enquanto passei fracamente meu dedo em sua boca. Desenhei com os dedos suas sobrancelhas, por fim, sorrindo abertamente.

Uma lágrima rebelde desceu antes de outras muitas.

Pulei em seu pescoço, entrelaçando meus braços em sua nuca. Beijei seu pescoço, juntando ainda mais nossos corpos. – Você não esqueceu de mim. Você não me esqueceu. Se lembra de mim. – Solucei sentindo suas mãos em minha cintura, mas logo me afastando.

–Do que você tá falando, morena? – Sua expressão passou de confusa para desesperada, secando as lágrimas descendo por meu rosto pálido. – Porque eu te esqueceria? – Acariciou minha bochecha, tirando fios de cabelos dali. Funguei sentindo a vergonha se alastrar por meu corpo. Todos nos encaravam, incrédulos do que estavam vendo. Olhei de relance para nossos amigos, que gargalharam alto quando praticamente escondi meu rosto no peitoral do Potter.

–Alex?

Olhei para cima, sorrindo com a preocupação dele. Lambi os lábios, subindo na ponta dos pés.

Você está perdoado. – Beijei sua bochecha, tendo coragem para me afastar e encarar os malditos Wesleay, que sorriam, soltando risadinhas cortadas.

Passei por uma cabeleira loira, puxando “levemente” uma mecha oxigenada da Dominidiota. Olhou furiosa para mim, mas apenas sorri quando vi duas pré-cicatrizes abaixo de seus olhos.

Estavam avermelhadas, e eu esperava que continuasse assim por um bom tempo.

Apesar da detenção, aquilo havia valido á pena.

Sentei-me ao lado de Lily, que sorriu verdadeiramente, parecendo extremamente feliz por ser o leão que eu havia abraçado, e não o corvo. Esse, que continuava a encarar-me mortalmente de sua mesa, parecendo crucificar Sirius. Ignorei, sabendo que no próximo dia, teria uma bela conversa com a caçula ruiva.

Suspirei, tomando um gole da bebida escura. Olhei para o lado, observando o moreno. Virei-me, encarando Weasley.

–Frederich Wesleay. –Falei seu nome, rindo quando franziu o rosto em uma careta. – Abortar missão, soldado.

–Ah, calem a boca, seus bastardos. – Resmunguei fingindo estar irritada, bagunçando o cabelo platinado de Scorpius. O mesmo riu em meio á uma careta, passando discretamente o braço nos ombros de Rose. A ruiva parou de rir andando mais depressa, com o sonserino gargalhando e a abraçando de tempos em tempos. Balancei a cabeça, conversando aletoriamente com Lysander, que me surpreendeu ao ser uma pessoa tão diferente da vadia que é sua irmã mais velha.

Parei de falar com o loiro, quando o aperto da mão de Potter aumentou de repente, e o mesmo se pôs na frente da caçula, puxando-me junto. Olhei confusa para o moreno, que apenas continuou encarando mortalmente o que estivesse á nossa frente.

–Precisamos conversar branquela.

Fechei os olhos contando até dez, pela primeira vez odiando aquela determinada e profunda voz grossa. Observei o rosto de Parker, que continuou encarando o outro James. Afastei-me devagar do moreno, certificando-me que ele não iria voar no pescoço do corvinal quando eu lhe desse as costas.

–Vão indo na frente, eu chego à aula á tempo. – Falei fazendo sinal para passarem logo por mim. Suspirei com o olhar de Potter, enquanto puxava bruscamente o garoto pelo braço, entrando em um corredor que logo fora esvaziado. Passei a mão pelos cabelos, encarando os olhos tão negros quanto os meus. – O que você quer?

–O que aconteceu com o nosso trato? Se vingar de Potter? O que aconteceu, Alexandra? – Exclamou jogando as mãos para o alto, revirando os olhos. –Por Merlin, branquela. O que ele te prometeu? Falou que aquilo nunca aconteceria novamente? Que ele está arrependido? –Falou ainda com o tom de voz elevado, irritando-me ainda mais. – Pensei que fosse mais esperta.

–O que? – Gritei indignada. – Quem pensa que é para falar assim comigo?!? – Aproximei—me empurrando seu peitoral, ainda mais furiosa quando não fez efeito. – Ah, entendi agora-Ri sem humor, arqueando as sobrancelhas. – Esse, é o verdadeiro James Parker, não é? –Gesticulei, empurrando-o novamente.

Assustou-me com sua expressão, prendendo meus pulsos com suas mãos musculosas. Encarei-o sem render-me, tentando chutá-lo para me soltar. – O Potter colocou coisa na sua cabeça, não é? Fala, Alexandra. Diz logo mentira que ele-

O que você fez com a Lily?

Passou-se um minuto, enquanto eu tentava roubar alguma informação além da óbvia ira em seus olhos pretos. Afastou-se, soltando palavrões e virando-se de costas para mim. Arregalei os olhos, encostando meu corpo na parede. –Parker, o que você fez com a Lily?

Depois de repetir, não tive coragem de falar algo novamente. Franzi as sobrancelhas, sentindo um mau pressentimento crescer em meu peito. Mil e uma coisa passaram por minha mente, tentando conectar as peças diante a expressão raivosa – e vagamente arrependida- do loiro.

–Alex... – Seus ombros caíram, enquanto os olhos pareciam tão...cansados. Engoli em seco, percebendo que se continuasse ali, acabaria fazendo algo que me arrependeria depois. Fechei os olhos, colocando de volta minha armadura de garota furiosa.

–Se você não vai me falar – Comecei com a voz mansa, andando em direção ás salas de aula. Eu provavelmente estava quase atrasada, então teria que ir logo. Virei-me encarando aqueles olhos que pareciam tão diferentes da primeira vez que os olhei.

Eu pergunto para a caçula Potter.

.

.

Sentei-me na cadeira ao lado de Fred, que junto de James me perguntaram o que havia acontecido comigo. Bufei passando a mão pelo rosto, ignorando-os e tentando prestar atenção na aula que deveria ser importante, já que era o começo de um resumo para os N.I.E.M.S, mas como eu ainda não havia feito os. N.O.M.S, eu nem sabia se iria fazer a prova para Aritmancia. Afundei o rosto na mesa, irritando-me com as risadas dos dois.

Eles não sabiam que, antes de eu entrar em Hogwarts, eu era apenas uma garota estranha que conseguia jogar o livro de matemática na cara da professora só com o pensamento. Eu era apenas uma “filha ingrata”, que limpava todo dia a casa, mas quando estava dormindo exausta á tarde, apanhava escondido da mãe, que roubava os cintos do marido quando ele não estava em casa.

Ou seja, quase todo dia.

Eu tinha que estudar para o fazer a prova dali á poucos meses, para no final do ano fazer os N.I.E.M.S respectivos. Suspirei, sentindo uma dor gigantesca batucar na minha cabeça.

Quando o sinal bateu, nem esperei ouvir a deliciosa voz do Potter.

Eu precisava falar, era com a, Potter.

Fui correndo entre os alunos, procurando a querida e dócil de cabelos ruivos. Desci as escadas, indo para a Sala de Runas Antigas, torcendo para que Lilian estivesse por perto, sorrindo finalmente quando a achei acompanhada do irmão mais novo de Rose, Hugo.

–LILIAN LUNA POTTER! – Gritei ignorando os olhares mais novos em mim, passando por eles. Cheguei ofegante á garota, que riu docemente, arqueando as sobrancelhas.

–O que foi, Alex? Deu pra chamar todo mundo pelo nome completo? Quer que eu bata continência, Tenente Corner? – Brincou tentando arrancar uma risada minha, ficando séria quando não me viu rindo. –Alex, o que foi? Al- ALEX?!?

Puxei-a pelo corredor, tentando chegar rápido o suficiente na Torre de Astronomia. Quando a Potter percebeu onde estávamos indo, soltou-se de mim, caminhando apreensiva ao meu lado.

–Ok, Alexandra, o que está acontecendo? – Perguntou-me, quase me assustando com seu tom sério até demais. Respirei fundo, tentando perguntar logo.

Sentei-me, puxando delicadamente ela junto. Acariciei seu rosto, desviando o olhar.

–O que aconteceu realmente entre você e James Parker, Luna?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu tentei colocar o Banner de Capítulo que eu fiz, mas minha internet não coopera :/ Sorry. Mas e ai, ganhamos comentários?