Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 36
As oito páginas - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Levei um tempinho além do que esperava, mas aqui está o capítulo =D

Infelizmente (ou felizmente) a fic está acabando, agradeço a todo mundo que a acompanhou até aqui, mesmo com alguns tempos de demora e mesmo com a mudança de rumo da narrativa por o Slender ficar mais "observando o que tom tava fazendo", hehe.

Espero que gostem do capítulo =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527081/chapter/36

As Oito Páginas - parte 2

—-------------------

Por estar escuro no túnel, os dois não perceberam que se afastaram. Ainda tenho muito jeito em fazer pessoas verem “o que não está lá”.

Tom correu pela floresta, com tanta urgência que saiu do caminho da trilha e em pouco tempo estava perdido entre as árvores. Seguiu dessa forma até cansar de correr e perceber que estava sozinho, que Sophia não estava mais com ele.

— Soph? Soph! Ah, não, droga. Droga!

“Você sabia que isso iria acontecer.” — Falei em sua mente — “Por que se preocupar agora?”

— Sai da minha cabeça…

“Está com medo do que pode acontecer com ela?”

— Pare de falar! Cale a boca!!

“Hu… Me dizer isso é irônico.”

— Apareça!

“Você não quer me ver de verdade.”

Tom começou a sentir um formigamento na espinha e crescer o sentimento de medo.

“Você tem medo, não apenas de mim. Bem que, na verdade, deveria sentir culpa.”

A cabeça dele começou a latejar, tão forte que e ele colocou as mãos sobre a cabeça e ficou de joelhos.

“Você sabe quem é a pessoa que você viu no túnel?”

—--

Ele se aproximou do veículo e deu uma batida de leve na lateral do carro.

— Olá, com licença. Poderia me dar uma carona?

— Desculpe, estou ocupado.

— Oh, que pena… — ele discretamente tirou uma arma do bolso da frente de seu moletom — Deixei parecer que estava pedindo? Hu hu.

O homem arregalou os olhos. Desviou o olhar pro guarda volumes por um segundo e o outro disse:

— Essa é a sua, peguei emprestado nessa madrugada, espero que não se importe, huhu. Bom… É melhor me dar a carona, se não fizer isso, você e o garoto ali — Hoodie fez um gesto com a cabeça — morrem. Como vai ser?

—--

— Não! Não!

“Hoodie é o melhor ponto de vista que posso mostrar disso. Tanto a visão, quanto a sensação.”

— Para! Para!

“Quer saber o que acontece depois? Ou você já sabe?”

— Não… Não!

Me transporte para perto dele e andei devagar o encarando. Ele estava tremendo e respirando forte, quase pronto de “quebrar”. Assim que Tom levantou a cabeça e olhou pro meu “rosto”, veio flashs em sua cabeça.

O pai dele sair de casa para buscá-lo não estava nos meus planos, mas contribuiu em parte para o que aconteceria. Ele dirigiu para uma área isolada da cidade. Foi empurrado para fora do carro e mesmo assim tentou lutar e foi derrubado. Hoodie poderia terminar por aí, apenas o dando um tiro na cabeça, porém atirou na perna para que esse não fugisse, pegou um cano de metal que estava solto no beco, andou lentamente na direção dele arrastando a ponta do cano no chão e logo em seguida bateu no homem como se estivesse usando um taco de baseball.

Foi golpe após golpe, tanto na cabeça quanto nos membros, quebrando, com isso, alguns ossos.

Proxies costumam perder a cabeça fácil quando mata alguém de forma mais lenta, mesmo o Hoodie, que dos quatro ativos é o mais controlado. Ele bateu até o pai do garoto parar de se mexer e de fazer grunhidos de dor. Vinha nele um leve riso, que refletiam um pouco na expressão de Tom quando sua mente chegou nessa parte.

Lágrimas estavam escorrendo dos olhos do garoto, mas seus soluços se misturavam com um riso fraco. Dessa vez sua mente já era.

O riso começou a se intensificar, ele pegou o canivete em seu bolso e não parava de rir. Nele havia uma queimação no peito e um grande sentimento de ódio.

Ele me encarou, no seu rostos ainda haviam lágrimas e seu olhar era um mistura de raiva e insanidade. Tom avançou e tentou me acertar com a faca, simplesmente me transportei para o lado e desviei sem o mínimo de esforço.

“Não há por que descontar em mim. Nós dois sabemos que ele morreu por que você voltou pra cá. Não acha que outra pessoa mereceria pagar por isso?”

Ele me encarou novamente. É… Isso confirma o que já suspeitava sobre aquela “sombra”.

Tom deu um passo em minha direção, porém no segundo seguinte “desapareci” do local. Agora quero ver o que ele fará.  

—--

Sophia correu até chegar nas Paredes Cruzadas . Eram duas paredes num formato de x a nordeste do parque, das quais até hoje não sei o que era para ser essa construção.

— Tom… Cadê você?

Ela se via sozinha e preocupada. Tinha percebido, uns minutos atrás, que Tom não estava com ela e por isso tentava encontrá-lo, mas em vão. Em uma das paredes, ela achou a página “SEMPRE OBSERVANDO. SEM OLHOS.”, então a pegou, porém pensando se Tom estaria ou não muito longe dali.

Ela olhou para os lados tentando pensar e não deixar as emoções que a assolavam a tirasse do foco, porém, ela ouviu uma voz.

— Sophia. Sophia!

Essa voz era familiar, veio a ela um momento de choque, ela não podia acreditar que estava ouvindo essa voz.

— Soph, você está aí. Vamos embora.

Ela olhou para trás e viu seu pai. O homem fazia um sorriso gentil e calmo. Vinha nela uma mistura de sentimentos e uma parte dela gritava dizendo que havia algo errado.

— Por que está tão assustada?

— P-pai… — ela recuou e lágrimas começavam a cair de seus olhos.

— Vamos pra casa, não é seguro andar num lugar assim a noite. — apesar de continuar sorrindo, a expressão dele era assustadora e sombras negras começavam a aparecer atrás dele — Venha.

— N-não… (“Não é ele, não é ele!”)

— Hu. Sou eu, Sophia. — começou a surgir um hematoma roxo envolta do pescoço dele, sua pele foi ficando pálida e seus dedos machucados, além de seus olhos ficarem totalmente brancos — Não devia ter ficado mais tempo no colégio… Por que não foi direto pra casa? Daria tempo se tivesse chegado antes.

— Não!

Ela se virou e começou a correr. Vinha nela aquele enorme sentimento de culpa e também medo de encarar esse “fantasma do passado”. Ela apenas queria vir pra cá e evitar que acontecesse novamente o tipo de coisa que aconteceu com ele. Francamente, muito ingênua acreditar em Toby e vir “direto pra teia” achando que poderia acabar comigo. Bom, esse jogo das oito páginas foi interessante.

Soph correu, até que se distraiu por um segundo e bateu de frente com Tom, assim ela quase perdendo o equilíbrio, mas conseguindo ficar estável.

— T-Tom. Você está--

O momento de alívio cessou no segundo que ele olhou para ela. No instante que seus olhos se cruzaram, o olhar de Tom tinha um ar assustador e seus olhos escuros tinham um tom de roxo, isso fez a garota por instinto recuar. O garoto avançou na direção dela com a faca em mãos e ela tentou desviar, porém não o suficiente para evitar de receber um corte leve no braço, assim cresceu o medo nela, pois ela percebeu que isso que estava acontecendo no momento era real.

— Tom, sou eu!

Ele deu um riso leve, ignorando suas palavras e avançando para cima dela. Soph esquivou novamente e deu mais uns passos para trás. Ela tentou novamente chamar o nome dele e trazê-lo de volta à razão, mas em vão. Tom a atacou de novo e dessa vez ele conseguiu derrubá-la no chão e ficar sobre ela com a faca apontada para a garota.

Sophia tentava segurar o braço de Tom, ele é mais forte que ela, então seria certo que ela perderia dessa forma, mas aí a garota disse “desculpa” e levantou rapidamente o joelho, o acertando e assim dando brecha para ela sair debaixo dele e correr. Ela seguiu na direção dos tanques, na região central do parque.

No caminho, ela pegou o celular e discou um número, a intenção era ligar pro seu tio e pedir ajuda. Já desviei a polícia para outro local, não dá para eles virem pra cá ainda!

Causei interferência e ela apenas ouviu chiado no aparelho. Soph teve que se esconder entre os vários tanques enquanto Tom tentava achá-la. Ela não conseguia se conter e começou um choro leve, porém tentando se segurar para não fazer barulho:

“Droga, o que faço agora?” — vinha na mente dela — “preciso fazer Tom voltar à razão e sair daqui viva. O que eu faço?”

De repente, meu foco desviou por um segundo em meus proxies, no lado de fora do parque.

—--

— Droga! Ainda assim não dá também.

— Pega alguma coisa!

— Nem assim dá, né! Encosta nessa porra DE LUVAS e ATÉ EU me queimo nessa desgraça!

—--

“Ótimo”. Eles não conseguem abrir o portão e entrar por não conseguir tocar, mesmo com ele danificado. Então não posso sair ainda…

Hum… Se Tom matá-la pode haver uma chance, mas, se não funcionar, vão ter dois monstros presos nesse lugar. Não tou muito afim dessa reunião de família. Bem, tenho uma ideia melhor.

Tom a encontrou e a atacou novamente, a garota tentou desviar, mas estava abalada na situação, aí a esquiva não foi efetiva e ela foi atingida no ombro.

O garoto ergueu o canivete para dar outro golpe, porém soltou a lâmina e veio nele uma dor de cabeça. Ele se apoiou em um dos tanques com uma das mãos na cabeça. Ele gaguejou “S-Soph…”, antes dele olhar para ela de novo com seus olhos pretos novamente.

— Tom!

— Fuja… Agora! AARG!

Tom grunhiu com a dor de cabeça voltando. A garota deu uns passos para trás, logo em seguida se virou e correu.

Soph chegou na grande e chutou no lado onde estava o cadeado. Ela chutou umas vezes, sem olhar pra trás para saber se Tom estava perto e são ou louco novamente.

Ela conseguiu quebrar o cadeado no outro lado e assim conseguiu abrir o portão. Soph pensou rápido, que seria melhor deixar isso fechado então se virou para fechar o portão. Ela viu Tom correndo em sua direção e gritando “Fecha! Fecha!”.Veio-lhe um dilema entre deixar aberto para ele passar, ou fechar de fato, porém ela não teve tempo de decidir.

Uma bala atravessou sua cabeça, e então ela caiu no chão. Tom desacelerou o passo ao chegar perto do portão e ver o corpo dela caído. Ele se aproximou e olhou na direção de onde veio o tiro e lá estava uma pessoa de máscara branca.

— Seu maldi-- Aah!

Finalmente consegui sair dessa “gaiola”. Transportei-me atrás de Tom quando ele estava olhando para Mask e com um tentáculo atravessei seu abdômen. Saiu sangue pela sua boca e assim que tirei o tentáculo dele o garoto caiu no chão.

Ele ficou grunhindo pela dor e encarou o corpo de Sophia inerte.

“Foi rápido, ela se foi sem dor.”

— P-por quê…

“Não é nada pessoal. Se eu não fizesse isso, continuaria aqui. Apesar de tudo, vocês conseguiram o que queriam, não vou mais trazer problemas para esse lugar.”

Tom ouvia em sua mente cada palavra e se perdia na dor, tanto física como emocional. É… Fiz ele sofrer um pouco além da conta.

“Agradeço por ter me sido útil. Isso é um adeus, ou um até breve.”

Passei um tentáculo envolta do pescoço dele e o quebrei. Fazendo Tom finalmente morrer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Conseguiram o que queriam, mas perderam o que tinham", lembrei disso quando terminei esse capítulo, hehe X'D (~Lê vocês querendo me matar)

Nem tenho certeza, mas acho que esse capítulo foi o mais pesado (e ficaria mais por conta de uma frase que decidi não colocar), enfim, desculpa por quem esperava que tido terminasse bem, mas olha o lado bom, tio Slender está livre o/

E acho que a fic terá no máximo mais uns três capítulos... Nos veremos em breve, até o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Slenderman: Beginning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.