–papai? Ela está gravida? –endrew pergunta exaltado.

–não, ela vai imprimir um filho. –digo com ironia – claro que ela está gravida, gênio! E você deu uma ajudinha considerável, não acha?

–eu não sei o que dizer, nem o que fazer, eu tenho 18 anos! Minha vida só está começando, eu não tenho emprego. Não posso sustentar uma criança.

–ah, maia você vai ter que sustentar. Sorte a sua que tem sogros ricos. -Coloquei o dedo no peito dele - Você vai assumir esse filho, porque se você não assumir, eu vou fazer você sumir do mapa e vou dizer pro seu filho que o pai dele era um vadio desgramado que abandonou ele antes mesmo de o ver nascer. E trate de acabar logo com esse pití de mulherzinha, porque na frente da minha amiga você vai ser o namorado apaixonado e compreensível que eu sei que você é. – digo e ele apenas assente com a cabeça.

Quando entramos no quarto de brih ele fez exatamente o que mandei: foi apaixonado e compreensível. Ele se aproximou da cama dela e segurou sua mão entre as dele, ela começou a chorar descontroladamente.

–me d-desculpa endrew, eu devia ter me cuidado melhor, eu sei. Mas por favor, não me peça para desistir do meu filho! –ela disse entre lagrimas.

–eu nunca faria isso –ele disse. Bom, não foi o que pareceu lá na sala de espera, Sr. Compreensão em pessoa. –quero estar com você nesse momento, quero estar presente na vida dele, quero ver os primeiros passos e ouvir suas primeiras palavras. Quero pentear o cabelo e levar ao primeiro dia de aula, quero ensinar a andar de bicicleta e depois de skate, quero comprar roupas e dar seu primeiro celular, quero dar muitas festas de aniversário e ouvir ele contar sobre como foi o dia na escola, quero dar muitos beijos e dizer muitos ‘’eu te amo’’, tanto pra você, quanto pra ele. Eu quero isso pra gente, quero isso pra mim. –ele disse emocionado, derramava muitas lágrimas. –eu te pediria em casamento agora, mas eu não trouxe anel, então faço isso amanha. – um coro de ‘’awnr’’ chegou aos meus ouvidos, as enfermeiras estavam na porta, algumas choravam.

–seu idiota, me pede agora. –ela disse e ele ri

–tudo bem então –ele ajoelhou, ainda segurando a mão dela - bridith Valentine, você quer...

–sim! –ela o interrompe – sim, sim, sim, sim! –ele ri, se aproxima dela e a beija. Um beijo ardente e cheio de paixão. Dou um pigarro

–eh, ham, gente, eu ainda estou aqui, o momento e lindo e talz, mas eu odeio ficar de vela! Então eu vou indo -digo e saio andando, ouço brih rir.

Ando até o estacionamento e lembro-me de uma coisa: endrew veio na ambulância, ele não veio de carro. Mando uma mensagem para brih dizendo ‘’ a chave está embaixo da roda da frente, vou a pé. ‘’

Desci pela calçada e fui pela trilha do parque, só tinha um problema: já era noite. Eu simplesmente odeio caminhar de noite, tenho um medo horrendo de sequestradores em potencial.

Quando cheguei na rua do colégio um carro parou do meu lado, o carro de Gabriel.

–gabriel? –perguntei

–sou eu. –ele disse, abaixando o vidro do carro pra me olhar – entra ai.

–acho que não. Eu já andei o caminho todo até aqui, posso andar o resto do caminho até a escola.

–e quem disse que eu quero te levar pra escola? Entra logo ai. –ele disse, abriu um dos seus melhores sorrisos, que cretino! Acha que vai me convencer assim? Affs, ele não tem vadias pra beijar hoje? Entrei no carro, ele vai aprender a não me tratar como segunda opção.

Ele dirigiu até chegar em uma casa mais afastada da escola e do mundo, por assim dizer. Ficava em uma rua quase deserta, era uma casa bonita, toda branca e com janelas enormes, uma porta de correr feita de vidro, tinha um laguinho do lado da casa, perto de uma arvore. deve ser aqui que ele traz suas vadias.

–bem vinda ao meu lar. –ele diz. –vamos entrar? –ele me olha, desce do carro e abre minha porta – pode vir, Srta. –ele pega minha mão e me conduz pra dentro da casa.

–nossa, que cavalheiro. –eu digo. Que cara sínico, ele acha que vai me convencer que eu sou a primeira que ele trás aqui?

–você é a primeira que eu trago aqui – é, parece que sim. – você é especial pra mim. Eu tenho tentado te superar a semanas.

–nossa, isso parece até decorado heim, sinceramente? Eu não aprovo seu método de superação. Eu quero ir pra escola, então me leva de volta, tipo, agora.

–eu não quero te levar pra escola, nem agora, nem daqui a 10 minutos.

–se você não vai me levar, eu vou chamar um taxi, ai você pode voltar a sua estratégia de superação. –disse e virei de costas pra ele, peguei meu celular e comecei a discar um numero aleatório.

–ah, qual é every! Porque não acredita em mim? –ele disse, me puxando pelo braço.

–pergunta pra magrela que você estava engolindo lá na fonte do colégio! Pergunta pra todas as outras que você comeu nos dias anteriores e nos posteriores! Pergunta pra sua consciência, seu idiota!

–vai dar uma de namorada ciumenta agora? Só um problema: eu não sou seu namorado!

–e é exatamente por isso que eu não devo, nem quero, estar aqui!

–é claro que quer.

–você é muito metido, meu jovem! Sinto muito, mas eu realmente não vou fazer o que você quer só porque você pede.

–eu sei que não – ele se aproximou de mim e pegou meu celular –deve ser por isso que eu te quero tanto.

–e é exatamente por isso que você não vai me ter, eu sinto muito. –ele disse –me leve embora, agora!

–me escuta, every!

–não! Me leva daqui, porra! Que caralho Gabriel! Eu não estou mais pedindo, e me devolve essa bosta desse celular! –gritei, ele me entregou o celular e pegou a chave do carro, andou até a porta e, quando eu achei que ele ia destravar a porta, ele lançou a chave dentro do laguinho.

–ops, foi um acidente, sério mesmo... Acho que se você quiser ir embora, vai precisar nadar pra pegar, mas não se preocupe por que nesse lago não tem peixe, só acho que essa sua roupinha é muito cara pra molha-la no lago. Que pena, vai ter que tirar.

–ou talvez você possa pegar pra mim.