As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 8
Capítulo 08 - O menino deus.




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– Mais uma jarra de água minha senhora? - Perguntou a serva que fazia companhia a Catle.

– Não, obrigado! - Responde Catle. Durante todos aqueles dias o que ela mais deseja era rever sua família o qual ela não tinha informações, o rei de Tarmor e nem os sacerdotes permitiam que ela saísse da cidade e nem que tivesse qualquer tipo de contato com sua casa.

Catle a cada dia se apegava a criança em seu ventre e temia muito o seu futuro, não sabia o que aconteceria depois que a criança nascesse, e temia que um dia alguém pudesse descobrir a verdadeira história de sua gravidez. Os dias passam lentamente para Catle em Tarmor, todos os dias milhares de pessoas deixavam na porta da casa sagrada (casa na qual foi construída para a morada de Trenur) oferendas, manjares, ouros, armaduras e muitas outras formas de demonstração de devoção a quem eles chamavam de "A Mãe".

Catle estava sempre em contato com os sacerdotes que diziam como ela devia se comportar e as vezes ela aparecia na janela da casada de sua casa para cumprimentar os morados de Tarmor a pedido dos sacerdotes, as únicas pessoas além dos sacerdotes que matiam contado com Catle eram servas escolhidas a dedos pelos sacerdotes para a servirem.

A angustia toma conta do coração de Catle que a todo tempo se escondia em seu quarto para chorar sua solidão, as vezes passava a mão em sua barriga e conversava com a criança.

Catle havia terminado o seu banho quente, ao sair da banheira feita de tabuas da mais rara arvore das montanhas de Tarmor, uma serva correu para cobrir o seu corpo com um casaco de pele de urso branco, isso porque era muito frio em Tarmor. Outra serva preparava sua cama, era tudo do mais alto valor, Catle tinha do melhor, as vezes até mesmo o proprio rei não tinha as regalias que Catle usufruía.

Uma forte dor toma Catle e a faz cair de joelhos no chão, desesperada uma das serva que lhe servia no banho grita para outra - Chamem os sacerdotes! - Ela presta socorro junto com outra serva e a levam para cama, Catle começa a gritar de dor, logo elas imaginaram que ela estava para dá a luz a criança.

Minutos depois os sacerdotes aparecem cantando canções a Trenur em volta da cama, triês parteira preparavam Catle para o parto. Alguns dos sacerdotes até choravam de emoção, em pouco tempo a notícia se espalhou por toda a cidade e milhares de pessoas esperavam do lado de fora cantando hinos em homenagem a Trenur.

Catle se esforçava para da luz a criança, as lagrimas caiam de seu rosto, ela estava muito emotiva e seus gritos as vezes eram até mais alto que as canções que eram entoadas, o som de seu grito dava para ser ouvido do lado de fora da casa e se ecoava por entre os corredores.

– Força "Mãe", força! - Pedia uma das parteiras emocionada a espera para agarra co beber em suas mãos, se podia ver no rosto da senhora a alegria desenhada em cada detalhe de seu olhar e um sinal lhe foi dado, já podia se ouvir o choro da criança, e todos os olhares naquele quarto estavam para o beber.

– É um menino! - Diz a parteira com um sorriso mais emocionado que se pode ver em épocas em Tarmor. Os sacerdotes deram pulos de alegria e todos sorriam. Catle pedia, deixem eu ver meu filho, mas o pedido lhe fora negado, as parteiras levaram a criança e Catle começa a gritar mais alto "Deixem eu ver o meu filho!"

– Calma minha senhora, elas iram prepara a criança e logo a senhora poderá lhe dar a primeira refeição de nosso deus. - Disse uma das servas segurando uma das mãos de Catle.

A criança foi levada a um quarto especial, Catle não teve nem a oportunidade de ver seu rosto, ela chorou amargamente enquanto ouvia o som que vinha de fora da casa, a cidade inteira de Tarmor festejava como quem festeja uma vitória e fraca Catle desmaiou em um sono do qual ela não queria voltar.

Catle estava em um bosque sombrio e andava com os pés descalços por entre a neblina que era empurrada por uma leve brisa e por entre as arvores com muito esforço ela pode avistar um garoto vestido com uma armadura, era bastante jovem, deveria ter 16 a 17 anos de idade e estava parado no que parecia ser o fim do bosque. Catle se aproximou do garoto que parado esperava a chega dela, ele a olha nos olhos e com seu olhar desviado lhe mostra fora do bosque um vale, Catle se esforça para ver e percebe que por detras do garoto existia uma vela de corpos caídos ao chão, eram corpos de mulheres, crianças, idosos e guerreiros, todos mortos.

Ela volta o seu olhar para o garoto o qual estava com os olhos em lagrimas e com um olhar desenhado arrependimento diz - Mãe! O que eu fiz? - Nesse momento Catle acorda de seu sono.

Uma de suas servas se aproxima e sussurra calmamente - Minha senhora, veja o nosso deus. - Catle olha para o lado e ver o seu filho nos braços do sacerdote, ela não conteve seu sorriso e rapidamente juntou suas forças para estender seus braços e pela primeira vez sentir o calor de sua criança em seu colo.

– Ele é lindo! - Diz Catle tomada de uma alegria, a criança olha profundamente em seus olhos como quem a muito esperava por aquele momento, nesse momento o coração de Catle foi tomada de uma paz que lhe fez pensar, "nunca que alguém tão doce poderia fazer o mal a alguém.

A cidade vivia uma grande festa, as pessoas nas ruas passaram a madrugada acordada cantando e se embriagando com ágar e cerveja com mel. O próprio rei foi visitar Catle na casa sagrada. No dia seguinte um mensageiro partiu para a Cidade Velha levar a mensagem ao príncipe, ele também trazia consigo a armadura negra que o príncipe havia encomendado.

O mensageiro desceu a montanha acompanhado de um guarda particular, ela sabia que estava levando algo de muito valor, não sabia o que aquilo representava. Quando estava no pé da montanha e olhou para o alto e podia avistar o brilho de Tarmor no alto da montanha e nem as nuvens podiam esconder sua luz, ele olhou para frente e ainda muito longe ele avistou a Cidade Velha, ele não entendia o porquê, mas sentia algo estranho em seu coração, como se fora um pressagio.

Enfim depois de alguns dias de viagem ele chegou na Cidade Antiga e entregou pessoalmente a mensagem ao príncipe e sua armadura. Ele pode notar algo de estranho que tomava de conta dos corredores do velho castelo, como se algo sussurrasse naquele lugar, algo muito sombrio. Ele também ficou maravilhado com a reforma na antiga cidade e como ela estava se tornando uma arte gótica tarmodiana.

O príncipe foi tomado de fortes emoções ao saber da notícia do nascimento de Trenur, pois sabia em seu secreto que se tratava de seu filho, ele abraçou o mensageiro e perguntou - Como ele é?

– Ele é lindo meu senhor, forte e cheio de saúde como um deus deve ser! - Respondeu o mensageiro todo sem jeito com o abraço de seu príncipe.

– Vamos cantar canções, é um sinal de nossa vitória, os deuses estão com os tarmodianos! - Gritava o príncipe a todos na sala real.

O príncipe havia enviando dois mensageiros, um para Fropar e outro para Annis. A mensagem para Fropar era um desafio para Fropar reunisse todo o seu exército para lutar contra a casa de Tarmor e Annis nos vales de Ennis, pois Tarmor estava reivindicando uma vingança por todos esses anos que foram humilhados pela perda da Cidade Antiga.

Para Annis a mensagem pedia que o rei como prova de sua lealdade a aliança feita com Tarmor enviasse todo o seu exército para encontrar com os exércitos de Tarmor no vale de Ennis para lutar contra o exercito de Fropar que vinha para tomar a Cidade Antiga e que jurava vingança tanto a casa de Tarmor como também para a casa de Annis por terem se aliançado a Tarmor. O príncipe não mencionou nada sobre a princesa Annar, embora não tenham encontrado a serva ele acreditava que Annis ainda não sabia do ocorrido, ele enviou espias nos caminhos de Annis para que esses matassem qualquer mulher que se assemelhasse a serva.

Um dia novo seguiu, o exército que habitava com o príncipe na Cidade Antiga estava pronto para uma guerra. Do lado de fora da cidade já em formação esperavam a ordem para partirem para uma guerra do qual eles mesmos não entendia. Um corredor foi formado entre o exercido e no meio do corredor uma comitiva passava para tomar a frente do exército, mas os cavaleiros e homens não acreditavam no que viam. O homem montado em um cavalo negro, vestido com uma armadura negra com o escudo da casa de Tarmor em evidencia em seu peito, não se podia ver seu rosto, pois uma capa negra o cobria. Eles começaram a se perguntar de quem se tratava, a presença do cavaleiro negro fazia tremer seus corações.

O cavaleiro negro tomou a frente da tropa junto com os generais. Um dos generais gritou - Homens de Tarmor, o nosso deus Trenur nasceu e por tanto os deuses nos dizem, tome os quatro reinos, pois ele é nosso! - Os homens gritam altos brados e em pouco instante o silencio volta.

O cavaleiro negro desembainha sua espada e aponta para o seus, o general continua a falar - o nosso príncipe, que a partir de hoje será temido por todas as casas nos promete que todos os homens de Tarmor, mulheres e crianças teram que ser respeitado por todas as nações, hoje nasce e vocês iram testemunhar o dia em que o príncipe Ivos, filho legitimo da casa de Tarmor se tornou o maior símbolo já visto na casa de Tarmor e de todas as casas o Lord Negro! - Os homens mais uma vez tomados por de honra começam a gritar "Lord Negro! Lorde Negro!

O Lorde Negro aponta sua espada em direção do norte e começa a marchar e os homens da Cidade Velha o seguem como quem seguem a um rei.

Enquanto os exércitos de Annis marcham para o Sul para o vale de Annis, o Lord Negro marcha para o norte o encontro da casa de Annis.


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