As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 2
Capitulo 02 - O Guardião honrado de Frater




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526965/chapter/2

O rei de Frater mandou buscar um famoso discípulo de Nelor (Um dos maiores cavaleiros da historia de Frater), Hamer era seu nome, conhecedor da arte da guerra e discípulo amado de Nelor. Uma escolta real o guiava até a grande cidade de Frater. A cidade mais linda de todos os Reinos, ela se encontrava no coração da floresta do Norte, cercada de uma grande muralha e com um enorme castelo branco no centro da cidade, o vermelho era a cor de suas bandeiras e o sol com olhos era o símbolo de sua Casa. O ouro era bem presente em toda cidade, frateanos eram o povo mais rico de todos os Quatro Reinos e tinham as mulheres mais desejadas de todos os cantos, mulheres de lindos corpos e cabelos da cor do mel, pele alva e de uma delicadeza diferente de qual quer outras filhas dos Quatro Reinos. No castelo fizeram uma grande recepção para receber Hamer, sua fama precedia em todo o norte, Hamer era filho de Nontro, porem nunca foi criado com um nontreano, toda sua vida foi ao lado de Nelor, quando criança fora abandonado na porta da casa do cavaleiro.

Cabelos castanhos até a altura dos ombros, algumas tranças, um pouco de barba falhada e nenhuma cicatriz no corpo que era muito raro em um cavaleiro, era jovem e saudoso, estava vestido com uma armadura de um cavaleiro da floresta ( um grupo de cavaleiros criados por Nelor o grande cavaleiro de Frater) e uma espada dourada feita especialmente para ele com o seu símbolo (uma águia) na ponta do cabo. Hamer não deixou de notar a beleza da princesa Diana a filha mais velha do rei Jhonas, em todo o norte e de todas as mulheres de Frater de fato ela era a mais formosa, um rosto delicado e rosado, e seus cabelos cor de mel era o orgulho de sua casa, seus olhos eram mais belos que os rios da floresta de Nefá. O rei Jhonas não fora abençoado pelos deuses com filhos homens, cinco filhas mulheres, Diana a mais velha fora prometida para seu primo Thomas, isso porque Jhonas não queria que um estranho que não fosse da família real reinasse em seu lugar. O pai de Thomas era a mão direita do rei (o supremo conselheiro real) Brorá, ele era irmão mais novo de Jhonas.

Hamer não conseguia tirar os olhos da princesa Diana, ainda que tentasse ser discreto. Thomas percebeu o olhar perdido de Hamer para sua prometida e fez despertar em seu coração um ódio contra Hamer.

Hamer estava sendo nomeado um cavaleiro da guarda real, não só um simples cavaleiro, mas o general de todos eles, isso o tornava depois do rei e da mão direita do rei a terceira pessoa mais importante de todo o reino. Um posição importante para um jovem de 28 anos, isso despertava ciumes nos nobres cavaleiros mais antigos da Casa de Frater.

– Filhos de Frater! - Gritou o regente da sala real da coroa. - Aqui estamos, para saudar e honrar ao nosso irmão Hamer de Nontro. - Nesse momento Hamer é aclamado por todos da sala e o rei ao se levantar do trono ergue seus braços e a sala volta a ficar em silencio.

– Sua fama precede a todo o norte caro jovem cavaleiro - disse o rei com as mais boas intenções - E não poderia ser diferente, eu mesmo lutei com a espada que meu pai entregou em minhas mãos quando ainda era um príncipe ao lado de Nelor e minha admiração por ele vou levar até o tumulo e por isso não me admiro que alguém que tenha sido criado ao lado desse homem posso ser conhecido por todo o norte por honra, coragem e caráter - O rei se direciona até Hamer que estava um pouco abaixo do altar do trono e um servo da corte lhe traz uma capa vermelha e entrega nas mãos do rei, Hamer se coloca de joelhos e o rei o cobre com a capa com o simbolo da casa de Frater - Eu te nomeio General da casa de Frater. - E toda a sala grita em festa, os cavaleiros reais erguem suas espadas em homenagem a Hamer ao som dos harpas, adufes e tambores.

Logo após a recepção, a jovem princesa foi ao seu jardim (feito por seu pai especialmente para ela), estava ela junto com suas servas sentada no chafariz (o mais belo de todo o norte) onde costumava ficar em suas manhãs do sétimo dia da semana dos deuses quando ouviu algumas de suas servas comentarem “quem será o mais belo homem de Frater, Hamer ou Thomas?” Então a jovem princesa responde - Aquele que for mais honrado, com certeza é o mais belo.

– Desculpe minha senhora. - Pediu uma das servas - não imaginavam que a vossa graça escutaria um pensamento soltou de uma serva.

– Não se preocupe. - Disse então a princesa estendendo sua mão, então a serva a beija na mão e a princesa então pede - Continuem.

– Soube que Hamer é um bravo conquistador de terras, e é mais rico do que se parece, como cavaleiro tem terras em todos os reinos. - Disse uma das servas.

– Provavelmente isso não seja verdade, pois, ainda que seja um grande cavaleiro, com certeza não seria aceito em todos os reinos tendo em vista que teve que matar alguém para possuir essas terras. - Disse outra serva.

– A lenda torna o homem maior do que realmente é - Disse a princesa e continuou - quem realmente será este homem, apenas um matador? Ou um verdadeiro nobre cavaleiro? Eu não vejo nobreza na morte e não vejo honra na guerra, não vejo força em quem mata e nem caráter em quem não sabe o valor da misericórdia!

“Sim senhora” responderam as servas.

Hamer recebeu uma das belas armaduras de cavaleiro, sua armadura era diferente de todas as outras, isso para o diferenciar dos outros cavaleiros já que ele se tratava de um general. Recebeu sua primeira missão, tomar os impostos de uma pequena aldeia que estava em dividas com o rei na qual fez questão de ir pessoalmente. Hamer partiu levanto com ele apenas 50 homens, a aldeia era miserável, e vivia em uma pobreza total, Hamer se compadeceu com os aldeões, mas sabia que também teria que levar o que era por direito do rei (mesmo sabendo Hamer que os impostos eram altos e injustos). Em uma das casas Hamer se reúne com alguns lideres de famílias daquela aldeia. Sentava Hamer a mesa com todos os homens como se fosse um igual, a casa estava cheia, não havia cadeiras suficiente para todos os homens.

– Me digam quais as suas reivindicações - Disse Hamer.

– O que o rei nos pediu por sua proteção e mal é muito alto e temos puco para nossas famílias, se levarem o que pedem teremos fome e morreremos. - Disse um dos aldeões.

– Sabemos da importância de nossa aldeia ter a proteção da casa de Frater, mas jovem senhor, me perdoe a fraqueza, nos sentimos lesados da mesma forma quando salteadores e ladrões nos atacam - disse um agricultor da aldeia.

– Muito cuidado com as palavras meu pobre homem - disse um dos cavaleiro que estava com Hamer com um tom ameaçador.

Eu lhe entendo - disse Hamer pedindo com uma das mãos para que seu cavaleiro se acalmasse e voltou seuS olhos para os homens daquela aldeia - Vocês tem o direito de proteger suas famílias e também entendo que a proteção da Casa de Frater é importante, se pensarmos um pouco poderemos descobrir um jeito onde todos ganhamos e ninguém perde. - Então o silencio toma de conta da sala.

Então Hamer pede para um de seus cavaleiros lhe ajudar a tirar a armadura, depois ordena que dez dos cavaleiros também fizessem o mesmo. Hamer então começou a orientar e trabalhar com os aldeões, passou dois meses naquele lugar e pode levar o que o rei cobrava dos aldeões e até um pouco mais, os aldeões ficaram muito confiantes isso porque as dicas que fora dada por Hamer vinham das terras de Annis, e os annianos nunca passavam por necessidade, não importava o tempo e nem o lugar.

Ao voltar Hamer para a grande cidade de Frater, os cavaleiros que com ele estavam, admirados por sua postura e sabedoria espalharam sua fama por entre os frateanos e até o próprio rei se admirou quanto ele retornou com o que foi cobrado e até um pouco mais.

Em uma sala com seus conselheiros disse Arnós (um dos conselheiros) - Vejo que Hamer é um homem sábio além de ser um bom lutador.

– Então fizemos a escolha certa - Disse o rei.

– De fato meu rei. Mas precisamos falar de algo muito mais importante nesse momento. - Disse Brorá (a mão direita do rei).

– Continue - Pediu o rei.

– Uma mensagem chegou hoje de um de nossos espias, Tarmor fizera uma aliança com Annis, acredito que eles querem ganhar forças para recuperar sua antiga cidade.

– Não creio que eles usariam dois exércitos para atacar um, isso seria uma falta de honra, duas casas contra uma. - Disse o rei.

– Mas então porque motivo eles fariam uma aliança com os annianos? O povo de Tarmor é conhecido por seu orgulho e só algo como a necessidade poderia quebrar esse orgulho. - Disse Inos (um dos conselheiros).

– Tarmor teve seu tempo de honra, nesses tempos vivem de aparencia, tentam transparecer força quando vivem em constante luta para ergue um reino que um dia já fora o mais forte do leste, não tem um grande exercito, os Annis diferentes deles são fortes com seus exércitos, até as mulheres lutam como homens e conhecendo bem os tarmodianos, eles nunca fariam aliança com os annianos se um interesse maior não estivesse em jogo, e com certeza eles dariam tudo pela aquela maldita cidade. - Disse a mão direita do rei.

– Ainda é cedo para pensarmos nas conspirações tarmodianas, espero que o conflito deles seja apenas com os fropanos e que esqueçam suas antigas crenças, a muito tempo que os annianos tem o seu espaço entre as grandes Casas dos Quatro Reinos - Falou o rei, levantou-se e contemplou o tabuleiro na mesa de estrategia que ficava próxima a mesa do conselho.

– Vamos esperar, não podemos só apenas julgar suas intenções. - Disse Inos - e rezemos aos deuses para que as guerras não venham para o norte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Crônicas dos Quatros Reinos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.