As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 1
Capitulo 01 - Os Segredos de Tarmor




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– Ouço gritos.

Sussurra o príncipe para seu pai, agarrando em seu braço o jovem assustou-se com aquela noite, não sabia o que estava para acontecer, era à primeira vez que seu pai o Rei Ivos III o emcaminhava ao ritual secreto denominado de “três rosas”. Não era permitida a entrada de mulheres, o ritual era realizado nas noites de Lua cheia de cada mês, sempre em uma sala iluminada apenas com as tochas na parede, no centro uma grande mesa em formato triangular, homens vestidos com capuz negro e mascaras de prata, apenas o rei e os de sua família usavam trajeis reais. A sala encontrava-se nas entranhas da cidade da Casa de Tarmor,o lugar era mantido em segredo pelos homens da família real e sacerdotes.

Os gritos que o jovem escutará eram de uma jovem completamente nua que vinha sendo arrastada por homens com capuz cinza, e sem mascaras. A jovem ruiva provavelmente era uma escrava capturada em alguma batalha, afinal, nunca se ouviu falar de uma tarmordiana ruiva.

Deitaram a jovem na grande mesa de formato triangular, um homem para cada braços e pernas, a jovem gritava desesperada, abriram suas pernas lhe preparando para um ato sexual, outros homens entram na sala, vestidos de capuz vermelhos, traziam um cavalo negro, a jovem ao ver o cavalo entrou em desespero. O jovem príncipe de apenas 17 anos começou a entrar em um profundo desespero, não estava acreditando no que estava para contemplar, olhava assustado para seu pai, mas o olhar não era respondido. Os homens começaram a cantar enquanto a jovem parecia estar sendo violentada por um garanhão, ninguém parecia se importar, parecia algo normal para todos e isso perturbava ainda mais a mente do jovem príncipe.

O jovem não consegue contemplar sem tomar as dores da jovem para si e em um ato de desespero perde suas forças e cai sobre o chão gelado até acordar em seu quarto aos cuidados das servas de sua mãe.

– Espera mesmo que ele seja o rei de Tarmor? - Sussurrou o velho aos ouvidos do rei, estavam na entrada do quarto do garoto.

– Ele é o meu único filho, o que posso fazer se o garoto é fraco? - Respondeu o rei.

– Não entendo porque nossa rainha não lhe dar mais um filho, de onde sai um, pode muito bem sair dois, será que os deuses não a amam? -Então o velho deu dois passos para traz e continuou - precisamos de um rei forte, que esteja pronto para erguer Tarmor, precisamos que Trenur encarne, só assim poderemos tomar de voltar o nosso rio sagrado.

– A vinda de Trenur não está no meu poder, está nas mãos dos deuses___ Replicou o rei Ivos III virando-se para o velho e manifestando sua fúria com um olhar.

– Eu sei majestade, mas pense, se nosso príncipe é fraco para nossos rituais no dia em que for rei, poderá não permitir que seja feito, confesso temer a isso, nosso rei é poderoso, mas os deuses são muito mais, por isso não me entenda mal.

O rei então segura forte nos braços do velho e com um tom ameaçador responde - Quando esse dia chegar, Ivos o príncipe estará pronto e se os deuses querem muito que possuamos de volta o rio sagrado, eles que nos enviem Trenur, até então ficaremos aqui, no que é nosso. - Então o rei se retira e deixa o velho, nesse momento a rainha entra no quarto do garoto, ela parecia bem assustada, mas não deixou de desejar a morte do velho com apenas um olhar, ele percebendo o tom ameaçador e se retira também da presença do garoto.

–Meu príncipe, está bem?

–Tudo bem minha mãe - Respondeu o príncipe, mas sua mente não lhe deixava fugir a imagem da jovem sendo violentada pelo garanhão negro, os seus gritos ainda perturbavam seus pensamentos. Muitas perguntas começavam perseguir sua mente.

Em um quarto pintado de branco estava a jovem ruiva, deitada, em uma cama de lençóis vermelhos, despida e sangrado acordava do que ela desejava ser um pesadelo, pois seria mais confortável em seu coração tal sonho do que acreditar que tudo aquilo era verdade. Ela olhou a sua volta e percebeu que estava sozinha, apenas uma mesa com todo tipo de bebidas e comidas, quase não tinha forças para se levantar, mas conseguiu se aproximar da mesa e depois de ter ceado deitou-se outra vez, a porta do quarto se abriu e o pânico toma conta de seu coração, uma velha entra e a examina e depois se retira do quarto, a jovem volta aos seus choros e lembra-se de sua casa, na pequena aldeia de Que’lar, uma vila feita de camponeses refugiado do norte, lembra-se de sua casa e do doce cheiro dos bolos de mel de sua mãe, da caça que seu pai trazia para o jantar e de um jovem rapaz com quem ela acreditava que um dia iria se tornar esposa.

Alguns dias se passam o jovem príncipe tentou de todas as formas descobrir o que realmente havia acontecido naquele dia, mas sabia que precisava ser sorrateiro em suas investigações, não podia apenas sair perguntando e nem tão pouco buscar respostas de seu pai, afinal o rei já lhe havia pedido total sigilo em tudo e o ameaçou até cortar a cabeça se o contasse a alguém. O jovem enfim consegue roubar um livro negro e tinha o símbolo de sua casa na capa do livro, uma grande pirâmide. Por noites o jovem leu e releu todo livro até intender tudo sobre a crença de sua Casa, ele continuou suas investigações e descobriu que varias garotas havia sido mortas daquele jeito. Apenas se passou quatro dias do acontecimento e em uma noite o jovem se vestiu de preto e foi aos mais profundos calabouços do castelo, aqueles mais escondidos nas entranhas da grande cidade, precisavam passar por despercebido pelos guardas, mas ele havia sido treinado por seu pai e pelos melhores mestre, afinal, um diria seria rei e precisava ser um forte guerreiro, embora fosse considerado um fraco por seu pai pelas dificuldades que o príncipe tinha na arte da luta com espadas, todo príncipe precisava ser o melhor para que um dia se tornasse rei, em Tarmor um príncipe só viria a ser rei depois de vencer seu pai em uma luta de espadas, isso acontece quando o príncipe atinge a idade de 25 anos.

O jovem consegue encontrar um corredor que o levou a uma porta branca, ele levava consigo uma chave mestra que havia ganhado por um chaveiro da cidade em seu ultimo aniversario. Ao entrar no quarto, encontrou a jovem deitada, ainda estava nua, ela tendo vergonha se cobriu com os lençóis, temeu ser o jovem um guarda que a levaria a tal tortura.

– Calma - Pediu o príncipe se aproximando da jovem continuo - Estou aqui para lhe salvar.

Ela parecia não acreditar, e com um olhar medonho o perguntou - E como fará isso?

–Eu ainda não sei - Respondeu o príncipe e continuou -Provavelmente você não está entendendo nada, mas sei o que fizeram com você - Nesse momento a vergonha toma conta da jovem e lagrimas amarga caem dos seus olhos.

– Porque fizeram isso comigo? Seria melhor que me tivessem matado - Ele gemia, parecia ter nojo si.

– Compreendo sua dor, embora me esteja muito longe de saber o que senti nesse momento, mas coisas piores podem acontecer daqui pra frente se eu não conseguir te ajudar. - As palavras do príncipe trouxe mais tristeza ao coração da jovem, ela não podia entender o que seria pior do que tal crueldade que a fizeram passar.

–Eles esperam que você esteja gravida. - Continuou o príncipe tenta explicar - E caso não esteja, eles iram lhe matar.

– Mas como posso ficar gravida? Acaso poderia eu dar vida a tal monstro? - Perguntou a jovem muito mais assustada.

– Não creio que seja possível que fique gravida, tudo isso é parte da crença de meu pai, na possível volta do deus Trinur, a terceira divindade da sagrada família.

– Então está me dizendo que serei morta?

– Bem provável, mas meu coração se enche de tristeza, nunca pensei que tal pratica era realizada em minha cidade, sua tristeza acaba sendo minha tristeza.- Disse o príncipe.

– O que faremos? - Perguntou a jovem.

– Só ah um jeito - Disse o príncipe e logo depois o silencio tomou conta dos dois, ela havia entendido a mensagem.

– Eu preciso ficar gravida, só assim eles me deixaram viver.

– Mas do que deixar viver, você será tratada como um instrumento sagrado, a escolhida.

– Você precisa me engravidar, ou então me tirar daqui.

–Não creio ser possível te tirar daqui, mal conseguir entrar sozinho. - A jovem ainda estava machucada, ele cobriu o rosto da jovem com um dos lençóis e se masturbou e derramou todo o seu sêmen nas mãos dela, ela colocou todo o sêmen dentro de seu membro sexual. Antes de sair da sala o jovem a olhou e disse - Esse será nosso segredo.

– Eu o agradeço pela sua compaixão, mas preciso saber quem é você?

Ele saiu do quarto sem responder a sua pergunta. Depois de alguns dias a velha voltou para examinar a jovem, ela já estava com mais saúde e 35 dias haviam se passado e a jovem ainda não havia sangrado, a velha a olhou assustada, passou as mãos no ventre da jgarota e a olhou profundamente e sussurrou - você está gravida!. - E correu para a anunciar aos sacerdotes.

O rei estava em uma viagem com sua rainha e filho. Estavam a caminho de Annis, acompanhados por 100 cavaleiros reais, tiveram por vários dias que acampar no meio do caminho, isso porque a viagem demorava um mês, quando o rei, ou a rainha e seu príncipe estavam cansados, armavam tendas com a cor da casa (preta), uma grande tenda para o rei e a rainha, outra grande tenda para o príncipe e outras um pouco menores para os servos.

Em um desses momentos o jovem príncipe foi ao encontro de seu pai em sua tenda, sentou-se ao lado de seu pai e sua mãe e disse - Não creio que seja uma boa ideia que eu me case com uma anniana.

– Eu sou o rei e sei o que é bom e o que é ruim, não está em suas mãos tal julgamento.

–Filho - Disse a rainha - sei que os annianos não parecem um povo amoroso como nosso, mas nosso reino precisa desta aliança, vivemos em uma terra fria e nossa antiga casa nos foi tomada, preciso tomá-la de volta em nome de nossa honra e os annianos tem um forte exercito que pode nos ajudar neste sonho.

– As filhas de Annis são conhecidas por se comportarem como homens, dizem que nem os pelos por debaixo do braço elas tiram. - Disse o jovem príncipe com um desespero desenhado em seu rosto.

– Eu sou rei, o que eu dizer pra você fazer, você fará, às vezes tenho duvidas se você é mesmo meu filho, você mais parece uma garotinha do que um rei de verdade, temo pelo o meu povo.

O jovem sai da tenda com todos os seus sonhos destruídos, casar com uma anniana não estava em seus planos. O rei ainda não tinha noticias da jovem ruiva em Tamor e no vigésimo nono dia da viagem pode avistar o grande estandarte verde com uma grande arvore desenhada no centro da bandeira, Ivos III pediu aos seus cavaleiros de frente que levantassem sua bandeira o mais alto que pudessem para que os atalaias de Annis identificassem sua casa.

A grande cidade de Annis era diferente de tudo que o jovem príncipe já havia visto, enormes colunas brancas que sustentava tetos de pedras, não existia paredes a onde quer que ele olhasse, no máximo algumas divisões feitas com panos verdes. A cidade não tinha muros, nem muralhas, mas um forte exercito de homens e mulheres, de fato as historia que contaram ao jovem príncipe pareciam ser verídicas, as mulheres de Annis eram fortes que nem os homens, embora os annianos não gostassem de armaduras de ferro. Eles usavam um estilo de armadura única, feita de couro de animais, seus elmos eram feitos das cabeças de suas caças, todos os guerreiros possuíam arcos e flechas. A cidade era cercada por um lindo jardim sustentado por colunas pintadas de verde e aonde se olhasse podia se ver imagens de seus deuses.

Te fato muito diferente de tudo que o jovem já viu porem tudo muito bonito. Os olhos do jovem príncipe assustados com as mulheres de Annis era perceptível a todos, algumas guerreiras pareciam zombar do jovem príncipe de uma forma discreta, embora os tarmodianos fossem conhecidos pela arte do ferro (isso porque tinham as armaduras mais leves de todos os Reinos), eram também conhecidos por dominarem bem a arte da luta com espadas pesadas, os tarmodianos também assustavam com seus tabardos negros com o símbolo da casa em seu peito (uma pirâmide), eram verdadeiros cavaleiros medievais.

Depois da caminhada pela estrada principal da cidade finalmente encontraram o palácio real que ficava no centro da grande cidade, suas colunas eram todas pintadas de verde, e eram as mais grossas de toda a cidade, em cada coluna um pouco da historia dos annianos desenhadas em vermelho, o povo de Annis foi saudoso com a entrada da família real de Tarmor e quando todos já estavam no centro do palácio, um grupo de dançarinas tomaram de conta do pátio principal, tambores e flautas fazem a musica e depois de uma linda apresentação de uma dança bastante exótica finalmente é anunciado pelo o servo de Ivos III sua entrada. O rei de Annis sentado em um trono que parecia ter sido feito de galhos de arvores e a sua volta suas mulheres e filhos, todos vestidos como guerreiros.

– Feliz em unir nossa casa com a sua. - Disse o rei Abuelho, o grande rei de Annis, então Ivos III se aproximou do trono e respondeu. - Nunca na historia de todos os Reinos se viu uma aliança como essa.

– De fato, me apresente o príncipe, preciso ver seu espirito real. - Pediu o rei de Annis. Então o jovem príncipe Ivos IV se apresentou, o rei Abuelho se assustou com idade do príncipe, esperava um homem e não um garoto, o jovem príncipe não possuía músculos, e não parecia bem um cavaleiro de Tarmor, estava mais para um musico, um pintor ou coisa parecida.

O rei Abuelho se levanta e diz - Ele não será um bom marido para minha filha, o que me parece que ele não tem noção nenhuma de como segura uma espada e além disso é apenas um garoto.

– Não se deixe assustar com o garoto, afinal de contas ele tem meu sangue e essa é a maior prova de que pode ferir qual quer homem nesta sala com uma espada - Respondeu o Rei de Tarmor.

O rei de Annis então apresentou sua filha prometida ao jovem príncipe, era uma grande mulher, alta e forte, tinha músculos como de um homem, cabelos longos e escuros, vestida com uma armadura de couro pintada de verde, sobre suas costas carregava o estandarte de sua casa, na cintura uma espada e uma adaga amarrada e um olhar assustador pintado em seu rosto. O jovem sentiu medo em seu coração, ficava pensando o que poderia ter debaixo dos braços da guerreira.

– Na minha casa todos estão prontos para uma boa luta. Bem, vejamos o que podemos fazer, se seu filho conseguir vencer minha filha em uma luta, eu a deixarei casar com ele. - Disse o rei de Annis.

O rei Ivos III terceiro virou o rosto em direção ao jovem príncipe e pode ver o medo desenhado em seus olhos, ele caminhou em direção ao príncipe e deu sua própria espada para o jovem e sussurrou em seu ouvido - Está na hora de você fazer algo importante para seu povo. - Uma roda foi aberta no centro do pátio, e os tambores começaram a tocar, a mãe de Ivos IV começou discretamente a rezar a Elhar (a figura feminina das três divindades de seu povo). A princesa de Annis sentiu que o jovem não era um verdadeiro cavaleiro, mas sem compaixão o atacou com sua espada e por um pouco de sorte do jovem ele conseguiu se esquivar. Mal conseguia ele levantar a espada de seu pai quando mais uma vez a princesa o atacou e em uma tentativa de se esquivar o jovem caiu ao chão, algumas pessoas presente no pátio começam a rir, a princesa a espera do jovem o viu se levantar e percebendo o olhar desesperado do jovem e como às vezes ele olhava para seu pai entendendo desapontamento que recebia de volta ela então corre e o tenta ferir, mas desta vez ele conseguiu levantar a espada e se defender do ataque, ele consegue ficar de pé, ele agora consegue se defender de todos os ataques usados pela princesa até que em um rápido movimento consegui deixa a princesa sem alternativa, mas ele percebeu que não fora uma vitória justa, entendeu que a princesa o deixara ganhar por pena e mesmo com os aplausos vindo de todos a tristeza tomou de conta de seu coração e o fez sentir um fraco. Não pareceu que o rei Abuelho ficou convencido, mas por sua honra manteve sua palavra.

Durante os dias que Ivos III terceiro ficou em Annis os sacerdotes de Tarmor lhe enviaram uma pomba com uma mensagem, embora a mensagem tenha lhe deixado muito feliz parecia não está satisfeito com o casamento, de fato lhe deixaria mais feliz saber que seu filho se casaria com uma tarmodiana do que uma selvagem anniana. A família real de Annis partiu junto com os tarmodianos para Tarmor, lá seria realizado sobre os olhos de Abhater (o deus principal da família sagrada) a cerimonia de casamento. As cerimonias em Annis eram totalmente diferentes em Tarmor, mas o rei de Annis sabia que o povo de Tarmor era totalmente inflexível quanto suas crenças, porem os annianoss tinham o costume de tomar para si todos os deuses de seus aliados e inimigos (mesmo acreditando que os quatros deuses; morte, sol, lua e luz fossem os mais sagrados de todos os Reinos, eles acreditavam em todos os deuses).

Tarmor ficava em uma alta montanha, chegar à grande cidade não era uma tarefa muito fácil, os tarmodianos escolheram esse lugar logo depois que sua grande cidade antiga próxima ao rio sagrado lhes fora tomada pelos exércitos de Fropar, os tarmodianos acreditavam que com uma cidade no topo de uma montanha iria dificultar qual quer ataque de seus inimigos, além de terem que se preocupar com o clima frio. A cidade medieval demorou anos até se tornar na fortaleza de pedras que é hoje, Ivos III foi o responsável dessa nova conquista tarmodiana.

Os annianos tiveram que se cobrir com suas roupas feitas de pele de animais não estavam acostumados com frio, os tarmodianos também não foram tão receptivos como os annianos em suas terras, os sacerdotes tinham preparado todas as coisas para cerimonia de casamento, a cidade estava em grande festa, mas o que mais alegrava o coração dos sacerdotes era o possível nascimento da reencarnação de seu deus O rei Ivos III não estreitou sua oportunidade de ir visitar a jovem ruiva que estava gravida, conversou com os seus conselheiros e decidiram que não era a melhor hora de anunciar ao povo por conta do casamento de seu filho.

As tochas estavam acesas no grande palácio, foi colocado ao centro da sala real as imagens dos três deuses tarmodiano, Trinur, Abhater e Elhar. As famílias mais importantes já se encontravam no local, o jovem príncipe vestido de uma roupa real preta (que era a cor de sua casa) e uma bandeira de Tarmor em seu ombro direito se encontrava sentado no centro da sala real e aos seus pés um rio de flores. Do lado de fora do palácio se encontravam todas as famílias de Tarmor esperando o momento certo para começar a grande festa, do lado direito do príncipe a família real de Tarmor e do seu lado esquerdo a família real de Annis. A princesa anniana passara todo dia sendo preparada pelas sacerdotisas de Tarmor para esse momento e quando os sinos da cidade tocou a princesa entrou na sala real sendo guiada pelas sacerdotisas, vestida de pele de urso branco e por debaixo da pela de urso uma armadura de couro anniana feita especialmente para aquele momento. Quando ela se aproximou do príncipe jogou no rio de flores que estava aos pés do príncipe sua espada (simbolo de seu respeito).

– Oh povo de Tarmor, amigos de Annis - Disse o sacerdote chefe da casa dos três deuses e continuou - Estamos aqui diante da família sagrada para festejar a união, não só do amor sagrado entre um homem e uma mulher, mas de dois povos que hoje fazem uma aliança, ditas essas palavras - então o sacerdote se calou para que a princesa se colocasse de joelhos diante do príncipe e assim ela fez e disse - Teu corpo será meu corpo, teu povo será o meu povo e os teus deuses serão os meus deuses.

Então o príncipe se levantou, tirou a bandeira de seu ombro e colocou sobre as costas da jovem princesa e disse -Teu corpo será meu corpo, teu povo será meu povo e os teus deuses serão os meus deuses. -Então a princesa se colocou de pé e o príncipe a guiou até um quarto preparado ao lado da sala real para aquele momento. Quando as portas do quarto foram fechadas o príncipe e a princesa ficaram a sós. O jovem estava muito nervoso, ela se aproximou da cama e antes de deitar se despiu deixando toda a sua armadura cair ao chão, embora ela também fosse virgem assim como o príncipe, a princesa tinha mais conhecimento sobre sexo do que o jovem, isso porque seu povo não costuma ter paredes em suas casas e por muitas fezes ela pode testemunhar os guardas pegando as mulheres em sua cidade, até mesmo seu pai com suas esposas.

–Você pode me possuir meu senhor - Disse a princesa se deitando na cama, o jovem tirou sua roupa de baixo e deitou ao lado dela, ele estava muito nervoso e não sabia como toca-la ou se deveria beija-la, ela então mais uma vez toma a iniciativa, se deita sobre ele. O príncipe ainda era um garoto de apenas 17 anos de idade, a princesa já uma mulher de 28 anos, ela tinha mais corpo que ele e era muito mais forte. Ela se posiciona para ajustar seus membros e mal houve a penetração e ele ejaculou. Ele então se levanta e veste uma roupa branca, estava envergonhado, abriu a porta e sai para anunciar que o ato havia sido feito, quando aparece para o povo que estava na sala real então os tambores, flautas e violas tocaram a canção dos noivos e junto com o grito de celebração do povo podia, também se ouvira alguns sorrisos, talvez por ter sido tudo muito rápido, o sino é tocado mais uma vez e desta vez todo o povo festeja em toda cidade.

O jovem entra de volta e fecha a porta, estava envergonhado pelos sorrisos, senta em uma poltrona e bebe um pouco de vinho que estava ao lado da poltrona, então ele escuta - enquanto você não vencer a vergonha de quem você realmente é nunca poderá ser mais do que deseja - Ele vira seu rosto na direção dela e diz - De fato não sei se realmente sou um rei, ou se devo ser.

–Você só saberá se realmente deve ser um rei no dia em que souber o que o povo realmente precisa ter, sentar em um trono não te faz um rei de verdade, ser o que seu povo precisa é o que te faz um rei.

Então o jovem príncipe deixa as lagrimas caírem de seu rosto e chorando diz - Não sei se devo ser. Não sei se sou o melhor para você.

–Você pode até não saber, mas vai precisar ser, porque eu sou uma rainha, nasci para ser uma rainha. Rainha de meu povo e agora do seu, portanto trate de ser um rei, porque agora você é o meu marido.


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