As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 14
Capítulo 14 - O nasce o sonho de vingança.


Notas iniciais do capítulo

Não revisado.



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Eus não havia entendido porque a batalha seria travada no vale de Ennis, um lugar frio cercado por montanhas que mal permitia a entrada do sol no vale, mas a pedido do seu rei atendendo ao chamado de Tarmor ele marchou por dias em direção ao que seria para ele o marco de sua história, não sabia ele que tudo fazia parte dos planos do Lorde Negro para dominar Annis e acobertar o assassinato de Annar.

Eus e o exército de Annis encontrou o lugar deserto, nenhum rastro de algum tarmodiano, e isso fez com que seus homens levantassem suspeitas, mas Eus estava convicto que a qualquer momento os exércitos de Tarmor apareceria por entre as montanhas com alguma desculpa por seu atraso.

A noite chegava com o frio, embora o local escondido pelas montanhas não diferenciava o dia da noite, ao sul existia algum tipo de vegetação, mas ao fundo arvores enormes, mas secas nem nenhuma folha ou fruto. A parte onde eles estavam era plana e foi ali mesmo que resolveram montar acampamento, um pouco mais escondido do centro do vale no qual acreditavam onde se travaria a batalha.

Era difícil montar vigilância, era possível perceber quem vinha do norte, mas praticamente impossível saber se algo vinha do sul. Eus mandou homens se esconder por entre as arvores secas com trombetas para anunciar qualquer tipo de manifestação suspeita.

Eus estava com mais de mil e quinhentos homens e mulheres para se unir com Tarmor nessa guerra. Era praticamente todo o exército de Annis. Poderia parecer pouco, mas cada homem e mulher em batalha valeria por noves homens de Fropar.

Estava Eus com alguns de seus guerreiros se esquentando em volta de uma fogueira quando um deles então resolveu chamar a atenção.

– Eu não acredito que os tarmodianos venham! - Disse o guerreiro não muito contente de ter que passar a noite naquele lugar.

– Partimos em nome de nosso rei e de nosso povo, estamos aqui para cumprir nosso papel como annianos - Respondeu Eus com um tom ameaçador e uma expressão não muito contente das queixas do guerreiro.

– Eus, tenho certeza que você o entende - disse uma das guerreiras de confiança de Eus que estava ao seu lado perto da fogueira e continuou - eu também tenho um pressentimento ruim sobre tudo isso.

Eus virou o rosto para a guerreira de cabelos ruivos e disse sussurrando para que somente ela escutasse - não sei se devo esperar e cumpri as ordens do nosso rei ou partir desobedecendo ao nosso senhor, de qualquer forma estamos perdidos Saga.

– Então você tem o mesmo pressentimento, de que tudo isso não passa de uma armadilha - disse Saga sussurrante. Eus respondeu positivamente com a cabeça e olhou para todo acampamento pensativo.

Já era madrugada, um dos guerreiros que vaga por entre as arvores secas escutou o que parecia o som de galhos quebrando perto de onde estava. Começou então a andar lentamente como uma leoa ao redor da presa, ao chegar no local do qual ele acreditava vim o barulho não encontrou nada. Estava tudo tão escuro, as sobras, o vento, os animais da noite, tudo era suspeito e perigoso, ele parou por alguns instantes, ficou imóvel e atento e quando ficou convencido de que não era nada se virou para continua sua patrulha, mas foi surpreendido por fropano que sorrateiramente o golpe sem dar tempo para que tivesse algum tipo de reação.

Eles não sabiam, mas os fropanos já estavam no vale a muito tempo, mas diferente dos annianos, eles resolveram acampar nas montanhas, nas partes mais baixa delas. Eram mais de cinco mil homens que estava ali para lutar pelo direito da cidade do rio sagrado. Eles viram quando os annianos chegaram e esperaram que todos fossem descansar para atacar.

Eus não conseguia dormir, algo o incomodava, mas foi o barulho das chamas que verdadeiramente começou a incomodar e não demorou muitos segundos para que os gritos dos homens desesperados tomassem conta do lugar. Eus puxou seu machado feito especialmente para ele e correu para fora da tenda, e encontrou seus homens correndo de um lado para o outro, alguns tomados de chamas pelo o corpo, eles pareciam não saber com quem lutar, a fumaça atrapalha a visão em meio a escuridão e o brilho do fogo era escondido por entre as a fumaça negra.

Parecia ser covarde o que ele estava para fazer, mas foi um ato de desespero por não saber de onde via as flechas flamejantes que caiam do céu, ele correu por entre seus homens a procura de seu cavalo, até que o encontrou, montou deixando tudo para trás, levando somente o seu cavalo e fugiu na direção do norte, pelo mesmo caminho do qual trilhou para aquele momento. Somente olhou para traz quando percebeu que estava muito longe e as lagrimas então caíram de seus olhos, o eu pensamento lhe acusava, "você levou seus homens para a morte" e o sentimento do qual ele nunca sentiu despertava em seu coração, ele nunca se sentiu tão acuado, humilhado como naquele momento.

Ainda podia ouvir os gritos de seus homens e irmãos, mas tudo era tão desesperador que ele não encontrava forças para voltar e lutar por seus irmãos, ele sabia que seria morte certa, então continuo a sua fuga até desparecer no meio da neblina daquela noite.

O sol nasceu e Eus encontrou o rio do qual ele e seus homens haviam acampado para almoço no dia anterior a suas mortes. Ele desceu de seu cavalo para beber e mais uma vez foi tomado por uma dor então orou aos deuses pedindo perdão e redenção de seus pecados, então escutou um barulho vindo por traz segurou forte o seu machado que ele havia deixando no chão ao seu lado e virou formando sua posição de combate e contemplo o que de primeiro ele acreditou ser um fantasma, era Saga para na sua frente com o corpo coberto de sangue e com uma olhar do qual por toda a sua vida ele desejou nunca encontrar no rosto de algum de seus guerreiros.

Ele deixou seu machado cair no chão, se colocou de joelhos e pediu perdão para ela. Saga nunca tinha visto Eus se humilhar, ela colocou a mão por entre seus cabelos e disse - vamos fugir antes que eles se aproximem.

Eus se colocou de pé, não teve coragem de olhar nos olhos de sua guerreira, tomou seu machado e montou em seu cavalo. Saga também havia fugido montado em um cavalo e os dois tomaram o caminho do norte sem proferir uma só palavra.

Horas de silencia até que Eus depois de muito pensar tomou coragem para perguntar.

– Você viu se outros fugiram.

–Não! apenas eu fugir quando o vi correndo em direção dos cavalos - respondeu Saga.

O silencio voltou por alguns minutos, até que Saga resolveu então perguntar.

– Para onde iremos?

– Estamos voltando para casa - respondeu Eus.

– Você não percebe - disse Saga como quem não acreditava que um dia poderia ver um homem como Eus tão perdido como ele estava naquele momento.

– Do que você está dizendo - respondeu Eus realmente não entendo a intenção da guerreira.

– Fomos enganados, os tarmodianos queriam que estivéssemos aqui sozinhos para sermos massacrados pelos fropanos, provavelmente a essa hora Annis não pertence mais a nosso povo, agora é casa de Tarmor.

Eus virou com o rosto na direção de Saga e parou seu cavalo e ficou parado por alguns instantes, então disse.

– Vamos para Guinor, é a casa mais perto desse caminho e lá faremos investigações para tentarmos descobrir alguma coisa.


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