As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 13
Capítulo 13 - A Sombre Negra.


Notas iniciais do capítulo

Não revisado.



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O Lorde Negro acompanhado com cinquenta cavaleiros cruzavam os caminhos das terras de Annis. Na capital anniana os atalaias já estavam avisados da presença da escolta real, o que levou o rei de Annis a pensar sobre a presença real em suas terras já que lhes haviam pedido o seu exército par o conflito contra Fropar. Um dos conselheiros pensou então ser a princesa que poderia ter decidido visitar a família enquanto os homens de Tarmor lutavam junto com o exército anniana nas terras fropanas, mas o rei achou estranho imaginar que sua filha poderia ter perdido a oportunidade de participar de uma guerra histórica.

O Lorde Negro cruzou a entrada da capital junto com seus homens, as bandeiras verdes da casa de Annis sendo balançando pelos ventos fortes não poderiam prever que o luto trazido de Tarmor lhe serviria de castigo. A cidade tinha poucos soldados, até mesmo as mulheres ais jovens haviam partido para guerra, as poucas pessoas que ficaram estavam assustadas com o senhor de máscara de ferro com sua armadura negra cruzando a entrada principal da cidade, parecia um pressagio de algo de muito terrível estava por vir.

O Lorde Negro cruzou as ruas até a entrada do palácio real, uma comitiva já o aguardavam para lhe saudar em nome do rei. Lhe foi oferecido comida e lugar para descanso.

Em uma sala especial o rei se reunia com seus conselheiros para uma breve discursão a respeito das intenções de Ivos. Estava o rei deitado em almofadas feita de couro de animais selvagens e seus conselheiros a espera de seu mensageiro pessoal, comiam e bebiam na presença de suas mulheres que também participavam das reuniões do conselho, a sala não tinha paredes como era o costume do povo tarmodiana, embora as colunas do palácio era as mais grossas já vista em todo os Quatro Reinos, só existia paredes para cerca o palácio, as divisões eram feitas com panos verdes.

– Meu senhor - falou o mensageiro cruzando os panos que dividiam a sala do conselho.

– O que tens a nos dizer - disse o rei.

– A comitiva tamordiana na presença de seu príncipe pede o direito a uma conversa formal na manhã que se aproxima - disse o mensageiro se colocando de joelhos na presença do rei.

O rei anniano mesmo sendo um homem de idade já avançada, ainda tinha o porte físico de um guerreiro anniano, mãos suas mãos não eram mais a mesma, pois tremia de uma forma da qual ele não podia controlar, seu olhar sempre transmitia segurança e força e ainda tinha o respeito de seu povo por suas vitorias.

Ditas as palavras do mensageiro um debate se início sobre as intenções de Ivos e o motivo de uma visita inesperado em dias de guerra.

Mas a noite cobriu os céus de Annis e junto com ela uma brisa fria tomava o campo e as ruas de Annis. Ivos estava hospedado em um quarto especial e seus cavaleiros dormiam em uma área reservada para alguns guerreiros no qual também se fazia presente homens de Annis. Ivos também estava com alguns servos que na calada da noite tomaram as ruas de Annis sem serem notados.

Um cavaleiro de Tarmor pediu para urinar, escoltado por um guerreiro de Annis até o local não percebeu que um outro cavaleiro de Tarmor o seguia. A emboscada foi feita, e o guerreiro foi surpreendido pela espada tarmodiana. Um dos cavaleiros tarmodiano se desfez de sua roupa e tomou as vestes do anniano para se passar por um anniano, contava ele com a escuridão da noite para que outros guerreiros não percebessem sua cara tarmodiana.

Os servos de Ivos haviam colocado um veneno na jarra das aguas que seriam entregues aos atalaias daquela noite. Enquanto os soldados annianos estavam levando as jarras com as aguas para os atalaias, os servos de Ivos caminhavam até a entrada da capital.

Um dos cavaleiros voltou para o local a onde os cavaleiros estavam para descansar, o outro desfaçado de guerreiro annianao tentava de alguma forma entrar no palácio. Na entrada do quarto onde Ivos descansava apenas cinco cavaleiros o guardavam.

Quando os servos chegaram perto da entrada da capital se esconderam nas escura, parecia esperar por algo. Alguns atalaias estavam nas torres a vigiar a cidade. A cidade não tinha muitos homens, pois a maioria dos guerreiros haviam partido para guerra. O rei de Annis não esperava ser atacado naqueles tempos, eram tempo de paz e qual era a casa que poderia pensar em saquear uma capital do norte?

Por horas os servos esperaram na escuridão. Um dos atalaias teve sede, ele bebeu um pouco e deu um copo para o outro que fazia vigília com ele, em pouco segundo os dois caíram, um dos atalaias da outra torre vendo que não havia ninguém na torre do leste, saiu de sua posição de vigia e foi tentar descobrir o motivo da torre está sozinha.

Fez o seu caminho na direção da torre e antes de subir foi surpreendido por uma luz forte que vinha do sul, ao se virar para saber do que se tratava o medo tomou seu coração ao contemplar que uma barraca pegava fogo. Ficou para surpreso, não sabia se subia na torre, ou se corria para ajudar a conter o fogo, mas o seu sentido de vigia fez com que subisse na torre para tocar o shofar.

O som do shofar se estendeu quando atalaias de outras torres escutaram o som do instrumento e tocaram o seus até todas as torres também anunciar o som do perigo. Mas em algumas torres atalaias estavam mortos envenenados.

Enquanto alguns tentavam conter as chamar que rapidamente se espalhava por entre as tendas e barracas, outros não demoraram a pensar e correram para matar os tarmodianos. Mas os tarmodianos não haviam cruzado as florestas só com cinquenta homens, Ivos foi escoltado com cinquenta homens para a capital, mas um exército inteiro se escondia fora da cidade por entra a floresta e matas, eles avançaram no caminho da emboscada quando a lua já chegava e com o brilho das chamas como sinal de ataque atacaram a cidade de Annis.

Annis não esperavam por essa traição, enquanto alguns guerreiros tentaram alcançar o local onde os cavaleiros tarmodianos estava descansando o exército invadia pelo leste, norte e oeste da capital. Eles chegaram ao local de descanso dos guerreiros, mas não encontraram os cavaleiros, só os corpos dos guerreiros annianos espalhados pelo chão. Um sentimento de ódio e desespero tomaram seus corações.

Os cavaleiros já estavam dentro do palácio a travar uma luta com os guardas reais. A cidade estava sendo atacada e perdendo suas forças. O rei mesmo tomado pelo cansaço da idade se colocou à disposição para lutar em favor de seu povo junto com sua rainha, filhos e conselheiros.

Eles lutavam bravamente e com uma coragem que contagiava seus guerreiros que ao seu lado lutavam, nem os mais bravos cavaleiros resistiam à sua força e destreza com suas armas, mas ao perceberem que o salão estava tomado de cavaleiros tarmodianos se rederam.

Ao se rederem os cavaleiros imediatamente executaram os guerreiros deixando somente o rei, sua família e conselheiros vivos. Ivos entrou nesse momento no salão quando seus cavaleiros anunciaram que tudo estava tomado. Ele ainda vestia sua armadura negra com a máscara de ferro e seu capuz sombrio.

Se colocou diante do rei de Annis.

– Quem é mesmo você? - Disse o rei de Annis ao encara Ivos.

– Quem eu sou? - respondeu Ivos, enquanto ele olhava para o rei ouvia vozes sobrando em sua mente, as vozes lhe perturbavam, mas a máscara escondia de todos a face de desespero e medo de Ivos.

– Os tarmodianos não tem honra? Nós fizemos uma aliança diante dos deuses! - Gritou o rei com um tom de revolta.

O Lorde Negro virou o rosto em direção do comandante de sua cavalaria e disse - Matem todos os conselheiros, filhos e filhas do Rei, matem até a rainha!

O rei gritou e tentou lutar, mas não tinha forças os cavaleiros de Tarmor o golpearam na cabeça, ele caiu fraco no chão e a única imagem que pode ver, foi sua rainha sendo morta nas mãos de um cavaleiro de Tarmor.

– Covarde! - Gritou o rei, se colocou de joelhos, virou o rosto e encarou o Lorde Negro nos olhos e disse - Todos as casas saberão de sua traição, você sabe o que vai acontecer com você?

O Lorde Negro deu alguns passos na direção do rei e o encarou e respondeu com uma voz mansa - Sim, eu sei. Eles me temerão!

Ordenou ao seu comandante que o matasse, o comandante se aproximou do príncipe e sussurrou em seus ouvidos - meu senhor, não posso matar um rei. Somente um rei pode matar um rei como nos manda as tradições dos Quatro Reinos, o que seu pai fará comigo se descobri que trouxe essa desonra a nossa casa?

Ivos colou uma de suas em seus ombros e o respondeu - Eu lhe farei senhor desta casa, voltarei a Tarmor e tomarei o trono de meu pai, olhe para mim, eu já sou o seu rei e o seu rei lhe ordenar a honrar esta casa. Lembre-se das profecias, sabia que ela começa a se cumprir nesta noite.

O comandante tomou sua espada, os cavaleiros colocaram o rei de joelhos e ele como um só golpe cortou a cabeça do rei de Annis. A cabeça caiu aos pés do Lorde Negro, todos os homens que ali estavam ficaram assustados com o que viram, um homem sem sangue real cortar a cabeça de um rei na presença de um príncipe.


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