As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 10
Capítulo 10 - A Festa do Tributo


Notas iniciais do capítulo

Não revisado. Não tenho muito tempo pra revisar, qualquer coisa me envie um mensagem com os erros que irei corrigir, ficarei grato pela ajuda.



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O sorriso logo tomou de conta de Arther quando ao longe pode ouvir o som das cornetas, harpas, gaitas, violinos, adufes, e as batidas dos tambores, era o som da festa que se iniciava na cidade mais bela de todo os Quatro Reinos, era o anuncio de que os deuses celebravam com os povos a chegada do verão. Ele vinha acompanhado com seus servos mais leais e sua esposa e seus dois filhos Belá, Ardená e sua filha mais jovem Camila.

Arther era o Lord da pequena casa de Stryper que era protegida por Frater, sua casa tinha como escudo a imagem de um Leão e suas cores eram preto e amarelo em forma de xadrez. Eles viajaram com apenas pausas para dormir a duas semanas para chegar à capital de Frater, era uma tradição que ele recebeu de seu pai que ele pretendia manter a seus filhos e alguns morados da pequena cidade de Stryper.

– Adoro o cheiro dos bosques da capital. - Disse Camila ao retirar seu véu deixando o vento que trazia o cheiro das arvores que ela tanto amava balanças seus cabelos escuros enquanto contemplava os portões de Frater que se abriram a chegada da família, o barulho de festa fez com que os corações da pequena casa de Stryper palpitasse junto com as batidas da festa, mesma de fora já podia se ver a cidade adornada com laços com as cores de todas as casas protegidas por Frater.

A festa do Tributo como era conhecida por ser a festa onde todas as pequenas casas celebravam os sete deuses e tinham a oportunidade de oferecer o seu melhor tributo aos deuses, sempre era realizada em Frater com a presença de todos os Lord's das pequenas casas protegida por Frater e algumas das grandes casas do Quatro Reinos que vinham para se alegrar com a família de Frater que era a casa com mais respeito em todo os Quatro Reinos.

As ruas estavam todas adornadas e todas as tabernas lotadas com pessoas de vários lugares, mas a festa principal acontecia no castelo do rei com a presença de todos os Lord's e seus familiares, príncipes e princesas, sacerdotes, rei Jhonas com sua família e os principais cavaleiros. Todos os homens, mulheres e crianças sonhavam um dia participar da grande festa no castelo real, mas era exclusivo as famílias mais nobres.

No salão de festa do castelo real algumas das famílias mais nobre de Frater já ocupavam o espaço para visitantes e no fim do salão algumas mesas para príncipes e familiares dos Lord's de outras casas e uma mesa central para a família real e Lord's cearem na presença do rei. O Salão estava adornado com as bandeiras de todas as casas e luminárias, no centro a bandeira de Frater tinha maior destaque, existia na frente das mesas um palco para a apresentação dos tributos de todas as casas e um altar com as imagens dos sete deuses venerados por Frater.

Algumas casas já se faziam presente no salão real, o evento começaria ao pôr do sol, então a medida que os Lord's chegavam com suas famílias tomavam acento a mesa à espera do momento, não era permitido cear até que se chegasse o momento da cerimonia, então eles aproveitavam para discutir política uns com os outros enquanto seus filhos e familiares passeavam no salão real. A música alegrava o salão e muitos aproveitavam para fazerem suas orações.

Hamer já se encontrava no salão vestido a sua armadura de general da guarda real, alguns cavaleiros dos mais honrados também estavam presentes, todos vestidos com suas armaduras reais. Hamer avistou a entrada da casa de Builhes, eles não tinham um rei, tinha um sistema de governo diferenciado de todas as outras casas, e embora fosse considerada uma das grandes casas dos Quatro Reinos sempre participavam de todas as festas de todas as grandes casas como forme de manter seu respeito aos seus aliados.

Quando Hamer avistou aqueles homens entrando vestidos de cinza e alguns com tabardos da casa de Builhes seu olhar passou a investigar a todos, não que ele estivesse preocupado com algum tipo de ataque, mas parecia procurar alguém e de fato ele encontrou, um Lord Sabio da casa de Builhes que era muito seu amigo, um homem calvo e alto de meia idade, com uma barba negra e longa, tinha um olhar sereno e uma cicatriz na testa, seu nome era Fox e era um grande amigo de Hamer, na verdade o jovem cavaleiro tinha muitos amigos em Builhes.Hamer foi recepcionar seu amigo com forte aperto de mão e um sorriso saudoso.

– Bom mestre, feliz com a sua presença. - Disse Hamer ao aperta com muita força a mão do sábio.

– Um cavaleiro frateano, quem diria que você se renderia as riquezas dessa casa! - Os dois riram auto de forma que chamou a atenção dos que estava próximo. Fox não estava vestido de armadura, na verdade uma túnica cinza, ele também usava um tabardo da casa de Builhes com o símbolo de sua casa no centro, um livro aberto.

Hamer conduziu seu amigo para um lugar mais reservado, ele tinha muitos interesses sobre os recentes estudos da casa de Builhes.

– Crox atendeu nosso pedido e foi em busca do achado de alguns homens para o sul. - Disse Fox.

– Me parece que viveremos tempos de luto nos Quatro Reinos, grandes casas estão se aliando e trazendo guerras com suas alianças, mas o pior é que nunca sabemos quando Tarmor voltará a sonhar com a coroa de Montrar.

– Meu senhor amigo - Disse Fox descansado um de suas mãos no ombro do cavaleiro - Não posso acreditar que Tarmor queira reviver esse sonho depois da aliança das grandes casas, a era amarela se findou, vivemos um novo tempo, um tempo de mudanças e coisas novas.

– Isso é um presságio? - Perguntou Hamer com um tom sarcástico.

Fox deixou escapar meio que sem querer um sorriso e respondeu - Nossas crenças estão mudando meu amigo cavaleiro, os filhos de Builhes hoje se permitem acreditar no divino.

Hamer fez uma cara de assustado, logo ele era cético e não acreditava em divindades e tinha aprendido sobre a ciência e a filosofia das coisas com os sábios de Builhes e não acreditava um dia poder ouvir um filho de Builhes dizer tais palavras.

– A anos estamos escondendo alguns fatos importante sobre novas descobertas, achamos que não seria ainda importante revelar a pessoas fora do clã dos sábios.

– Mas eu preciso saber - Disse Hamer com um tom desesperado por conhecimento.

– Você sempre foi um bom discípulo meu jovem.

– Então me conte. - Pedia Hamer.

Fox olhou para os lados, aproximou-se de Hamer e falou sussurrante para o cavaleiro - Alguns anos atrás encontramos ruinas nas montanhas do norte, ruinas de uma antiga cidade de um povo que para nós até então era desconhecido. Encontramos alguns pergaminhos com escritas muito diferentes das dos homens, demoramos anos para tentar entende-las e até hoje temos dificuldades para decifrar algumas palavras, porém todos os anos alguns sábios viajam para lá afim de tentar entender de quem realmente pertencia a cidade em ruinas.

– Não poderia ser dos antigos Andus? - Perguntou Hamer.

– Caro amigo cavaleiro, os fatos são mais intrigantes, a estrutura da cidade além de ser totalmente diferente de qualquer estrutura que já estudamos ela possui paramentos bastante exagerado para homens.

– O que você quer dizer com isso? - Mais uma vez perguntou Hamer intrigado com toda essa história.

– De alguma forma os moradores desse lugar possuíam uma estrutura corporal acima do normal, encontramos armaduras antigas feita de ouro e seu tamanho é bastante desproporcional a um homem natural, até os pergaminhos são maiores que os comuns.

– Eles conseguiram decifrar algumas coisas das escritas?

– Sim, mas muito pouco. O que sabemos é que essa civilização vivia no alto das montanhas do Norte muito antes mesmo de Montrar existir. Eles já habitavam lá antes mesmo de existir alguns Andu e o que parece ouve algum tipo de conflito, alguns desenhos foram achados e mostrava a guerra entre homens e dragões.

– Dragões? - Sussurrou Hamer. Existia muitas lendas sobre dragões contada pelos Andus (os nativos dos Quatro Reinos).

Antes mesmo que Hamer tivesse a oportunidade de fazer outra pergunta as trombetas anunciaram a entrada do rei, isso significava que a cerimonia estava preste a começar. Distraído com o toque das trombetas Hamer nem percebeu que Fox já havia se retirado de sua presença e tomado seu acento a mesa dos Lor's.

O rei da casa de Frater se sentou a mesa central a sua direita estava sentando a Mão Direita do rei que era seu irmão e a sua esquerda a rainha. Essa era ordem dos Lord's que também sentaram a mesa do rei, a direita estavam Fox da casa de Builhes, Arther da casa de Stryper, Benor da casa de Bennilar, Bouron da casa de Armo e Dontrez da casa de Harneclar. A esquerda estavam Tobias da casa de Ursos, Antri da casa de Aruiler, Martos da casa de Bontrinar, Abate da casa de Fenix e Antri da casa de Hornon.

As mesas esquerdas do rei estavam as familias das quatro casas pois apenas Fox e alguns servos vieram para representar a casa de Builhes. E nas mesas a esquerda do rei estavam as famílias dos lord's das cinco casas da esquerda.

Os sacerdotes anunciaram o início da festa do palácio e todos no salão de festa se colocaram de joelhos até mesmo o rei de Frater e fizeram uma oração aos setes deuses.

Depois de fazer a sua oração Diana levantou os olhos a procura de Hamer e ela o encontrou em pé no fundo do salão e para a sua surpresa ele também o olhava, ela estava sentada na mesa das princesas do lado direito do rei. Ele fez um sinal com a cabeça e ela respondeu com um sorriso.

O silencio acabou e junto com ele as orações, o palco estava pronto para receber os tributos e o primeiro tributo foi da casa de Hornon, era uma mulher vestida de linho branco e trazia em suas mãos uma taça de ouro, o Lord Antri ficou de pé e falou - Nós somos a casa do melhor vinho de todo os Quatro Reinos e nosso tributo e essa taça de ouro e o mais puro vinho de Hornon. - Ditas as palavras a mulher derramou o vinho sobre seu corpo e colocou a taça aos pés das imagens dos sete deuses e se retirou do palco, os aplausos foram fracos e Antri percebeu o desprezo dos que ali estavam no salão, o próprio demonstrou desprezo a oferta da casa de Hornon. Antri voltou a seu assento envergonhado.

O segundo tributo era da casa de Bennilar, era um guerreiro alto e forte vestido em uma armadura de couro com um enorme machado nas mãos, logo depois um cavaleiro da casa de Bontrinar o Lord benor e o Lord Gotras ficaram de pé, Gotras então disse - Ofereceremos aos sete deuses um duelo do mais valoroso guerreiro de nossas casas. - O salão foi tomado por um brado de todos que ali estavam presentes.

– Que vença aquele que os deuses escolheram e que a honra esteja no coração de todos os homens, que comece a luta. - Foram as palavras do lord Benor.

O guerreiro não se preocupou-se em se defender e levantando seu machado com toda a sua força atacou o cavaleiro de Bontrinar que vestia sua armadura de ferro com um tabardo de sua casa da cor laranja. O cavaleiro se defendeu com o escudo de prata e mesmo que o golpe tenha vindo com muita força ele conseguiu se manter na base de defesa, aproveitando o desequilíbrio do guerreiro por conta de toda força que aplicou em seu golpe o cavaleiro aproveita para o empurrar fazendo com que o guerreiro perca a direção e em um rápido movimento com sua espada corta a mão do guerreiro, a mão que segurava o martelo fazendo com que a plateia gritasse de euforia.

O guerreiro mesmo com tanta dor e em meios aos seus gritos rapidamente corre para a sua direita a fim de distrair o cavaleiro que não podia se mover com tanta rapidez por conta do peso de sua armadura. O cavaleiro se move a fim de manter sua visão ao alcance do guerreiro e nesse momento o guerreiro corre mais uma vez agora para sua esquerda e consegue pegar com a outra o machado que estava no chão.

– Os guerreiros da casa de Bennilar aprendeu a nunca desistir. - Dizia o lord da casa de Bennilar aos demais lord's a mesa, ele realmente não parecia estar preocupado e o orgulho tomava de conta de suas intenções ao ver como o guerreiro ainda tentava vencer o duelo.

O guerreiro correu mais uma vez para atacar o cavaleiro que rodou para sua direita fazendo o guerreiro passar direito em seu golpe e como o mechado era muito pesado teve dificuldade para levanta-lo com rapidez e foi nesse momento que o cavaleiro cortou a cabeça do guerreiro que foi lançada para longe, os homens no salão bradavam forte em meio aos gritos histéricos das mulheres assustada com a cena de horror.

O rei de Frater ficou de bem e o silencio tomou de conta do salão, o cavaleiro se colocou de joelhos.

– Cavaleiro da casa de Bontrinar, você se mostrou um estrategista e um lutado honrado, estou admirado com sua técnica, mas posso também considerar seu oponente muito fraco, quero ver você lutar com um cavaleiro de verdade. - Disse o rei de Frates.

– Sim minha majestade, ficaria honrado a seu desafio. - Respondeu o cavaleiro.

– Qual é seu nome, para que todos lhe conheçam.

– O meu nome - então ele arranca seu elmo para que o rei pudesse ver seu rosto - Marcos de Copas, filho de Annulim.

Algumas pessoas ficaram assustadas, Annulim foi um bruxo que o próprio rei de Frates mantou enforcar por suas feitiçarias.

– Seu pai, foi meu inimigo e inimigo também da casa de Bontrinar - disse o rei e desviou seu olhar para Benor, depois voltou seu olhar para o cavaleiro e perguntou - por acaso és também meu inimigo?

– Nunca meu rei! O inimigo do meu rei é também meu inimigo. - Respondeu o cavaleiro.

– Hamer! - Gritou o rei de Frates - Eu convoco sua presença.

Hamer veio atravessando o corredor do salão na direção do palco, Diana o olhava apavorada para Hamer tentando imaginar do que seria capaz o seu pai.

– Hamer, ordeno que duele com esse cavaleiro para que pareça ser justa a luta, cavaleiro contra cavaleiro. - Ordenou o rei e tomou seu assento outra vez.

Hamer olhou para Diana, ela parecia lhe dizer algo com os olhos. Hamer não queria traumatizar o coração da jovem se apresentando como assassino. O cavaleiro de Bontrinar colocou o seu elmo de volta e formou a sua base de defesa. Um outro cavaleiro se aproximou trazendo nas mãos do elmo de Hamer e seu escudo, mas Hamer recusou.


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