Viagem de Família escrita por D C S Martim


Capítulo 14
Titio


Notas iniciais do capítulo

Bem, não há muito o que dizer.

O que diabos estou eu fazendo com minha pobre e finita vida? Eu deveria estar estudando ¬¬'



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Bateram apressadamente à porta do quarto de Dam enquanto ela lavava o rosto. A batida era desajeitada, fazendo com que ela risse enquanto se apressava para sair.

–Lisa.- disse, reconhecendo a existência de sua filha adotiva parada do lado de fora do quarto –Eu achei que tivesse dito para vocês ficarem no quarto.

–Elas ficaram. Estão dormindo. É muito chato ficar lá dentro.

Dam estancou, arregalando os olhos.

–Ah, não. Você não fez isso.

–Não sei do que está falando.- Lisa olhou para cima, fugindo dos olhos da mãe.

–Aaaaahhhhh, dona moça!!!!! Você faz ideia... VOCÊ FAZ IDEIA?!

–Dam, calma! Eu só sentei lá por alguns minutos e tomei um suco...

–Aquilo é um bar, Lisa! Preste atenção! Um bar é um lugar perigoso!

–Ai que saco!

–Lisa, preste atenção. – Dam segurou a mão da filha - É que... Estamos em um lugar perigoso, amor. Eu sei que você não entende, e que eu provavelmente devo estar soando como uma...

–Mãe. Você soa como uma mãe, Dam. Eu entendo o que você quer dizer. Sinto muito. Não vai acontecer outra vez, provavelmente. É que eu vi uma coisa.

Dam apurou os ouvidos.

–O que quer dizer, coisinha?

Lisa abriu um sorriso caloroso.

–Ele é tão lindo, Dam! Você nunca me disse que ele era tão... Grande. Musculoso. Másculo. E aqueles olhos! Só de imaginar aqueles braços em volta da minha cintura, aqueles olhos presos aos meus, e aquela boca suculenta...

Dam acertou um pedala Robinho na cabeça da filha.

–Ele é seu tio, um príncipe e um guerreiro. Olhe o respeito.

–Ao que me consta, sou adotada.- Lisa sorriu, exatamente como Loki faria se estivesse no lugar dela.

–Aiaiai!!!- esbravejou Dam, gracejando.

–Só estou dizendo. Que ele é uma delícia.- Lisa sorriu.

Dam revirou os olhos.

– Comporte-se, menina. Seu pai ficaria furioso.

–Repito: AO QUE ME CONSTA, EU SOU ADOTADA! E ELE TAMBÉM, AO QUE ME CONSTA!

–Pare de repetir “ao que me consta”.

–Ao que me consta, essa é uma boa expressão.

–Já chega. O que foi que você disse sobre “ver alguma coisa”?

Lisa olhou para baixo, meio tímida.

–Ah... Eu senti.

–Sentiu...?- Dam pareceu desconfiada.

Lisa suspirou.

–É constrangedor.

Bem, agora ela estava tão mais tranquila!!!

–Lisa, docinho. Tem alguma coisa que você não está me contando?

Lisa deu um sorriso cansado.

–Eu sinto coisas.

–Que tipo de coisas.

–Eu sinto... Coisas importantes. Não sei explicar, Dam, eu só sinto. É... Colorido. As vezes é a temperatura, as vezes é uma sensação, um aroma, as vezes é uma porrada na cara. E eu senti quando ele passou.

–Uma porrada na cara?

–Dam!

Ela riu.

–Desculpe, desculpe!

–Ele veio nos ajudar a trazer Loki de volta!- Lisa sorriu, e seus olhos se encheram de lágrimas.

–Veio, querida. E ele trouxe amigos. Eu estava a caminho de encontra-los.

–Eu vi. Foi por isso que desci até o bar. Eu o segui até ali. Talvez os tenha assustado um pouco, mas não consegui parar de encará-los.

–Bem, então aparentemente temos algumas explicações para dar. É melhor eu ir buscar suas irmãs.

Lisa assentiu.

Enquanto isso, na andar de baixo, Clint Barton resmungava para si mesmo.

–Maldita viagem de arco-íris. O que eles acham que isso aqui é?! My Little Pony?! Porra de ponte do arco-íris. Essa porra estragou a regulagem do meu aparelho auditivo. ESSA PORRA ESTÁ ESTALANDO! – agarrou um rapaz magricelo pelo ombro- VOCÊ SABE QUANTO CUSTA PARA CONSERTAR ISSO?! PUTA QUE O PARIU, MENINO, EU SOU UM SUPER HERÓI, NÃO UM MAGNATA DO PETRÓLEO! AI!

Ele atirou a pecinha pequena sobre o balcão, com uma expressão frustrada.

–Eu nem queria vir mesmo. Por que foi que eu vim?! Natasha deve ter me obrigado. Tenho certeza que ela obrigou. Maldita Natasha.

Tony Stark parou atrás dele, com uma expressão pouco divertida no rosto. Agarrou o pequeno aparelho, puxou um pequeno kit de ferramentas do bolso e começou a examiná-lo. Era um gênio, pelo amor de maionese!, tinha de ser capaz de concertar aquele pequeno aparelho auditivo.

–Natasha não te obrigou a fazer nada, sua gralha ingrata. Você andou atrás de nós a semana toda, gritando que não iria por nada nesse mundo, mas mudou de ideia no ultimo instante, fazendo um alarde, colocando uma fantasia ridícula, com duas malas. Duas malas, Clint. Cheias de queijo. E um par de meias extras. Disse que não perderia uma viagem grátis à Asgard por nada nesse mundo, mas fez questão de deixar bem claro que não moveria uma palha para nos ajudar a salvar Loki. Você. É. Desprezível. Clint Barton.

Clint soltou um suspiro e olhou para frente, fazendo um beicinho e deitando-se sobre o balcão.

Para um gênio, Tony Stark deixava muito a desejar em aspectos muito básicos, como perceber que o cara surdo não conseguia escutar sem o aparelhinho bege que ele segurava entre seus super-dedos de super-genio, super-bilionário.

Porra, Tony.


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Notas finais do capítulo

WHO WE GONNA CALL?! GHOSTBUSTERS!!!!