My sister, my queen escrita por Annary Morgensterse


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu gostaria de agradecer muito por todos os comentários que ganhei no prólogo! É sério, gente, deixaram meu dia muito mais feliz, obrigada a todos! Obrigada também a todos que adicionaram essa fic para acompanhar, me incentiva muito. Esse capítulo é pra todos vocês, e para Lais, uma amiga que me tirou de uma fala! Espero que eu não os decepcione!



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PoV Clary

Pelas minhas contas, já fazia quase 2 dias que eu estava naquele quarto. Sebastian tinha me levado pra lá, praticamente quebrando meu pulso pela força que me arrastou. Não faço a menor ideia de onde a gente veio, a que direção está o salão em que tudo mudou. Ele tinha aberto a porta e me conduzido pra dentro. Começara a falar algumas coisas, mas como eu não prestei atenção em nada, nem respondi, ele fechou a cara e saiu batendo a porta.

Não sendo totalmente injusta com ele, era um grande espaço. Um quarto bege, com um armário grande em uma das paredes que eu não tinha tido coragem de olhar, iluminado com algo semelhante a pedras de luz, mas sendo com certeza outra coisa, uma mesa que tinha uma garrafa de água, da qual já havia bebido, e um banheiro, bem abastecido, embora não tive coragem de tomar um banho, considerando que Sebastian podia aparecer a qualquer momento. Estava com fome, mas o que isso importava? O fato de ele ter me deixado em um quarto que claramente era só pra uma pessoa me assustava.

No momento, estava sentada no chão aos pés da cama, descalça e sem o cinto, que estava em algum lugar na parede. Passara a se tornar inútil. Se meu irmão não estava comigo, ele poderia estar em qualquer lugar, incluindo perto das pessoas que amo e estão aqui. Ele podia estar as torturando, até matando ele po...Não, ele não faria isso. Foi o nosso trato! Ele não ousaria destruí-lo, ousaria?

Nesse momento, ouvi passos do lado de fora da porta. Apressei-me em ficar de pé, ficando instantaneamente em posição de ataque, mesmo sabendo que agora era impossível que eu conseguisse o ferir.

A porta se abriu, revelando minhas suspeitas. Sebastian, com uma blusa azul muito escuro e uma calça cinza, parecia muito mais normal, mais humano, se é que podia parecer assim. Ao ver a posição em que estava, sorriu e fechou a porta atrás de si.

_Bom dia!- Disse ele, estranhamente entusiasmado. Quando viu que eu não responderia, completou. - Olhe, não sei se você ouviu, mas eu disse bom dia. Já que você vai viver eternamente junto a mim, o adequado é que responda a altura. “ Bom dia, meu rei”, “Bom dia, majestade”, “Bom dia, querido e amado irmão”, “Bom dia, Imponência”... Coisas do tipo, entende?

_Eu nem sei se é dia... -Murmurei só alto o bastante pra que se ele estivesse prestando atenção ouvisse. Estava tentando me controlar.

_É dia. Quase meio dia, aliás. - Foi em direção a cama, onde se sentou, olhando preguiçosamente para mim.- Que bom que resolveu falar. Achei que teria que se comunicar sempre de uma forma mais eficiente.

_Meus amigos- Solto, sem conseguir segurar as palavras. - Eles estão bem? Você os machucou?

Sebastian, com um gesto desleixado com as mãos, afirma com a cabeça, se levantando e parando um pouco na minha frente.

_Todos estão perfeitamente bem. Não foi isso que eu lhe prometi? Você está cumprindo a sua parte, que motivo eu teria para que não cumprisse a minha?

_Claro, apenas não haja como se eu estivesse fazendo isso de livre e espontâneavontade, porque não estou.

Bem, estava claro que eu não estava controlando tão bem quanto gostaria. Na verdade, não me senti tão mal por isso. Foi bom ver o rosto do meu irmão vermelho de raiva, só para descontrair um pouco.

Vi os olhos de Sebastian brilhando com ódio e com alguma outra coisa que não identifiquei, segundos antes de senti-lo me empurrar em direção ao chão. Tentei resistir, mas ele era forte demais, me fazendo cair de costas. Ele ficou deitado sobre mim, suas mãos prendendo meus pulsos e seus joelhos sobre minhas pernas, pressionando-as de forma incômoda. Não que eu soubesse por que estava me preocupando só com um pequeno incômodo.

_ Vai entregar todo o jogo tão cedo, irmãzinha?-Sebastian sorria maleficamente agora, e começava a descer as unhas pelos meus braços, rasgando o tecido da manga comprida. Se eu ao menos estivesse com o cinto de armas...- Você está acabando com o nosso trato. Seus amiguinhos e sua mãe-tirou a mão de onde havia parado no meu braço esquerdo e gesticulou para a porta- estão desprotegidos de minhas forças. Sabe muito bem que eles podem pagar pelo que você faz, sendo que eu preciso fazer pouco esforço para acabar com eles.

_ Em primeiro lugar, ela é sua mãe também!-Tentei me levantar, aproveitando da posição desequilibrada em que ele estava, mas ele rapidamente percebeu minhas intenções e me prendeu ainda mais firme ao chão. - E em segundo lugar, eu não estou fazendo nada com o maldito trato. Me lembro das palavras; prometi ascender ao trono e ficar do seu lado para sempre, jamais prometi gostar de nenhuma das duas coisas.

_Não vejo como uma pessoa pode prometer ficar com outra para os restos de suas vidas sem gostar dela. Do mesmo jeito que eu passei a te amar, você passará pelo mesmo. Somos iguais. Em algum momento, você vai assumir isso. E por sinal, você acaba de me lembrar de que prometeu presença na minha vida. Hora de começar a fazê-lo.

Nesse momento, ele firmou ainda mais as pernas dele sobre o meu corpo, e movia as mãos rasgando minha jaqueta de combate, depois a blusa e a calça, enquanto eu me debatia inutilmente.

Eu estava arfando de olhos fechados enquanto ele abaixava a própria calça, com pensamentos rondando minha cabeça, de como seria péssimo, do que minha mãe pensaria, do que Jace pensaria, quando de repente sinto que ele parou de se movimentar, e não sentia nada em mim. Me obriguei a abrir os olhos, bem a tempo de ver meu irmão se levantando e consertando a calça, antes de se dirigir a porta com um olhar discreto e cruel em minha direção.

Peguei os restos das roupas e apertei-os sobre meu corpo nu, enquanto olhava confusa para a porta que já estava fechada e assim ficaria sabe-se lá por quanto tempo, mas que guardava um gesto hesitante de grande mistério.


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Notas finais do capítulo

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