My sister, my queen escrita por Annary Morgensterse


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoal!!
Pois é, fiz vocês esperarem de novo, mas tive um bom motivo: eu não sabia em que pessoa escrever uma batalha, ou como escrever uma batalha. Então escrevi, apaguei, escrevi de novo e apaguei, pra conseguir finalmente o que está no capítulo em terceira pessoa.
Já estou começando a agradecer a vocês, já que a fic está mesmo acabando, e por favor fantasminhas lindos, vocês fazem falta nos comentários, comentem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526749/chapter/16

PoV Observador

Sebastian estava na frente de seu exército, o sol já a pino, em direção ao lugar onde acreditava que as fadas e alguns dos Caçadores de Idris estariam esperando por ele. Suas vestes vermelhas faziam o calor de Edom piorar, mas não era nada comparado com o calor que sentia dentro de suas veias.

Na noite anterior ele tinha beijado Clary. Mais que isso: tinha feito sexo com ela, e sexo por amor, diferente dos demais que havia feito. E agora tinha certeza que ela o amava. Doía nele tê-la deixado, mas sabia que jamais conseguiria lutar sentindo a presença dela do seu lado. Ah, claro, havia também Jace, que era tão motivo de ele deixar a irmã com a mãe do que a própria concentração. Não podia arriscar perder tudo de novo.

Agora estavam naquela situação, possivelmente próximos de perder a vida. Sebastian caminhava sério, embora não pudesse deixar de levantar os lábios entre certa quantidade de passos quando se lembrava da madrugada. Amatis, ao seu lado, ficava mais séria a cada sorriso. Ela sabia que Clary o corrompia, que o fazia querer ser melhor, e desprezava isso. Por ela, Clarissa seria a primeira a morrer na guerra, mas jamais ousaria dizer isso alto o bastante para que o chefe que tanto admirava ouvisse.

Claro, falar com os outros Crepusculares era outra coisa e, por isso, todos estavam tensos naquela caminhada. Tensos com medo da morte. Tensos com medo de que uma certa ruiva aparecesse, mais do que com medo de enfrentar outra ruiva.

–Parem! –Gritou Sebastian depois de andarem mais alguns metros. –Eles estão em frente –parou para respirar um pouco e separar com cuidado as próximas palavras. –Vamos... vamos tentar conversar primeiro, fazer eles saírem do reino da minha... mãe. Mas mantenham armas a postos.

–Sim, Majestade –responderam os Crepusculares, em coro, alguns com fúria na voz, mostrando a clara vontade de lutar de uma vez.

Ficaram parados mais um minutos, e logo os inimigos surgiram no campo de visão.

Em primeiro plano, estava um exercito de fadas, com as comuns armaduras brancas. Se destacando no meio dela estavam os Caçadores e seus bichinhos, o morcego e o cachorrinho, todos de preto. Mas não era eles que Sebastian procurava, e a encontrou logo atrás de todos, se mantendo protegida, mas em posição de olhar nos olhos do seu procurador, com a fúria de um animal que perdeu seu filhote.

Jace, no exército das fadas, por outro lado, não teve sucesso na sua busca. Da mesma forma que Luke, imaginou sua amada amarrada e presa entre Crepusculares, gritando para fugir, para a guerra parar, mas não se surpreendeu a não vê-la lá. Conhecia Sebastian e sabia que ele manteria suas posses a todo custo, mesmo que a posse fosse uma pessoa.

Sebastian parou de olhar para Seelie quando sentiu o olhar de Jace sobre si. O ódio estava estampado na cara do irmão adotivo, mas, por mais que tentasse, ele não conseguia fazer o mesmo. Via nele agora só o que Clary deixou, e quase podia sentir pena dele, que devia ser o que estava no seu rosto quando o do Jace se alterou ainda mais em fúria e ambos andaram para frente ao mesmo tempo. Pararam a uma distância que uma espada ou flecha facilmente romperia, mas aparentemente nenhum dos dois lados estava com regras de seguir em frente.

–Isso não é necessário –falou Sebastian, assim que seu oponente parou. –Haverão mortes desnecessárias se continuarmos com essa luta.

–Então não continuemos –respondeu Jace, no mesmo tom respeitoso apesar de tudo. –Pode se sacrificar agora, e salvar todos os seus. Ah, espere, os seus vão morrer com você quando eu o matar.

–Eu não fiz nada horrível que seja motivo da sua rivalidade contra mim, Jace.

–Quer uma lista? –Jace falou, cuspindo no chão e molhando os sapatos de Sebastian. –A começar por matar Hodge e Max. Depois, por tantas outras mortes causadas por você que me atingem indiretamente, e tudo o que você fez com Clary. ONDE ELA ESTÁ?!

–Bem longe daqui –respondeu, arfando por todas suas culpas terem sido jogadas sobre suas costas de uma só vez. Podia até ver pelo canto do olho Isabelle e Alec se segurando pela lembrança do irmão mais novo, uma das mortes que causava mais arrependimento nele. –Em um lugar seguro, longe de toda essa confusão e longe do perigo.

–Longe de mim, você quer dizer.

–Nem tudo no mundo roda em torno de você, Jace.

–Nem tudo no mundo orbita em torno de você, Sebastian.

–Isso não é sobre mim. O que está feito está feito, já era hora de me deixarem em paz.

–Você matou meu irmão, seu monstro!! –Gritou Isabelle em fúria, chegando perto de Jace e tirando uma adaga de seu cinto. –Matou meu irmão e está acabando com minha amiga. Você não merece paz. Merece arder no inferno, em uma tortura eterna!! –Concluiu, e jogou a adaga em direção ao peito de Sebastian.

A arma sabia que não iria atingir seu alvo, e assim aconteceu. Sebastian desviou no último segundo, em estado de choque. Recuou alguns passos por isso, mas não adiantava explicar: tinha passado a imagem que se preparava para lutar, e seus Crepusculares começaram a fazer isso por ele.

Ambos os lados se armaram. Os Crepusculares fizeram o primeiro lance, cada três escolhendo um do time oposto, deixando de sobra a Rainha Seelie e Jace, já que para a primeira só faltava estar sentada em um trono de ouro no meio de Edom vendo a luta de longe e a decadência de Sebastian e o segundo só queria e só podia enfrentar um do time oposto.

A batalha estava sendo rápida. Nenhum dos times parecia ter plena estratégia. As fadas estavam caindo depressa, com o ferro nas armas dos Vermelhos, mas mais surgiam a todo o instante, fazendo Sebastian finalmente entender a estratégia deles, a mesma que ele próprio tinha usado na Cidadela Adamant.

–Não vai desistir, Morgenstern? –Perguntou Jace, enquanto dava mais um ataque que foi desviado imediatamente.

–Morgentern. Até outro dia, você acreditava ter esse sangue.

–E agradeço ao Anjo todos os dias por ter descoberto a verdade –respondeu Jace arfando um pouco ao desferir outro golpe.

–Onde está seu temido Fogo, menino anjo? –Foi a pergunta que seguiu um desvio. –Acho que já é hora de pesar na balança, use-o.

Sebastian quase não teve tempo de terminar quando os Brancos mostraram outra estratégia. Mais fadas apareceram, e dessa vez carregavam catapultas carregadas com algo em tons de vermelho e azul. Ele não precisava perguntar: sentia em seu sangue que era o Fogo Celestial retirado do corpo do Jace e concentrado em capsulas pronto para incendiar Edom e tudo nele.

A primeira catapulta foi ativada, e o Fogo caiu a metros da batalha. A Rainha sorriu para Sebastian, quando esse a olhou, mostrando que podia fazer muito melhor que isso se quisesse, e faria. Sebastian passou seu olhar para Jace, que também sorria, o mesmo sorriso maligno da outra, o mesmo sorriso que já vira a si mesmo fazendo inúmeras vezes no espelho.

–Você não sabe de nada, Jon...

Antes de Jace concluir o nome que já considerava pejorativo, ouviram um uivo. Ambos olharam na direção dele e viram Luke, agora novamente na forma humana, cair com uma flecha nas costas atravessando o peito, e Amatis com o arco ainda vibrando.

–Luke! –Gritaram Jace, Simon e Magnus, enquanto corriam em seu socorro.

Sebastian olhou horrorizado para Amatis, que não mostrava remorso nenhum em ter matado seu próprio irmão, e os outros Crepusculares continuaram a lutar como se nada tivesse acontecido, como se o que tivesse morrido não fosse ninguém importante para a rainha deles e até mesmo para o rei.

Não sabia o que fazer. Tentou se afastar da batalha, mas não poderia ser um covarde. Continuou olhando, de olhos arregalados, enquanto os outros faziam tentativas inúteis de salvar o lobisomem. Ele sabia que não havia volta, as armas dos Crepusculares eram demoníacas demais, poderosas demais, e Amatis sabia também. Jace pareceu perceber, e veio para cima de Sebastian com toda força enquanto outra bola do Fogo era lançada ao ar e matava pelo menos meia dúzia de Crepusculares imediatamente.

–E é só isso que você causa, Sebastian. A morte te acompanha. Você jamais deveria ter nascido- e desferiu mais golpes, com a espada de Sebastian sempre o desviando, em sincronia perfeita.

Jace estava se cansando. Se afastou de Sebastian e antes que este tivesse tempo de dizer qualquer coisa, ele colocou uma folha na própria mão, e Sebastian a reconheceu. A pele de Jace começou a brilhar, o Fogo sendo ativado e preparado para o uso. Ele apontou a mão para o inimigo, e Sebastian teve medo, não pela sua vida mas por sua vida com Clary.

Ele podia sentir o calor em seu corpo, quando de repente parou. Olhou de volta na direção de Jace, mas seus olhos, assim como os dele do outro lado estavam centrados no minúsculo ser de cabelos ruivos entre os dois, separando ambos com os braços esticados.

–Por favor, parem –arfou Clary.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários para mim??