This is War escrita por Society of Bones


Capítulo 7
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Filha dos Céus : Eu e a Kushina vamos ter que amaldiçoar vocês? Comentem! *macumba macumbê*



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Acordei no meio da noite, com soluços baixos, mas que eu podia ouvir do lado de fora do chalé. Me arrastei com dificuldade para fora da cama, meus olhos quase se fechando sozinhos e meus músculos parando de funcionar me fazendo cair no chão e dormir ali mesmo. Fui até a porta e a abri e dei de cara com a pessoa que eu menos esperava encontrar algum dia chorando assim.

– Ly?

A grega respondeu com um soluço, e mais lágrimas rolaram pelo seu rosto.

– Aconteceu alguma coisa? Você está bem? O que houve?

A filha de Mércurio... Hermes não parava de chorar. Me ajoelhei ao seu lado, e senti o sangue esquentando minha cabeça.

– Fala, cacete! Por quê você tá chorando, inferno? Se não for falar, vai chorar em outro lugar porque eu to morrendo de sono, minha filha.

Ela deu uma risadinha e enxugou as lágrimas do rosto, ainda frágil. Eu senti pena dela.

Então era assim que a Evanna se sentia quando me viu chorar desolada. Eu odiava ser alguém que mereça pena, e me amaldiçoei baixinho.

– Eu... estou com medo. Eu tive um sonho horrível.

Fudeu, pensei.

Sonhos de semideuses sempre tinham um significado. Ou eram coisas que já tinham acontecido, ou coisas que aconteceriam, ou coisas que estavam acontecendo.

– Me conte com o que você sonhou.

– Eu vi meu irmão... Connor. Você não sabe quem ele é, lógico, mas eu o amo. No meu sonho... a profecia havia começado, e o Acampamento Meio-Sangue... o Acampamento de onde eu vim, estava sendo atacado como o começo. Connor estava caído no chão, e saia muito sangue do braço dele, e os filhos de Apolo chegaram e...

Ly recomeçou a chorar. O choro dela era tão penoso e triste que estava preso nos meus ouvidos, e danificando o meu coração. Eu a abracei.

– Talvez os filhos de Apolo tenham ajudado e cuidado dele... Calma...

Ela balançou a cabeça em afirmativa e parou de chorar.

– Se você falar pra alguém que eu chorei assim algum dia, eu enfio minha faca na sua garganta, e apenas, apenas se você gostar de ter todo o chalé de Zeus pintado de vermelho ao invés de azul, é melhor ficar de boca fechada.

– Júpiter.

Corrigi automaticamente, pensando na ameaça na verdade.

Credo.

Eu morria de medo daquela menina. Os olhos dela eram meio castanho e meio pretos, mas quando observei bem, vi chamas vermelhas faiscando neles.

Santo Júpiter, me proteja desse diabo, pensei.

Me levantei, e segui para meu chalé, deixando a garota ali, os cabelos voando e batendo na porta azul do meu chalé.

Aquilo poderia dar uma ótima capa de filme. Depois desse pensamento totalmente sem sentido, praticamente desmaiei na minha cama.
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No dia seguinte, dizer que acordei cedo seria pouco. Levantei praticamente 5:00 da manhã, e já me vesti com a primeira roupa que vi no armário. Andando pelo Acampamento, parei ao chegar no chalé de Belona, o chalé de Reyna. Não olhe pela janela, pensei, mas quando percebi meus olhos curiosos já estavam encarando tudo por dentro. A cama de Reyna. Reyna. Valdez.

Puta que pariu.

Sério. De novo eu estou a isso aqui de me matar.

Tento não me importar, e vou tentar encontrar alguma alma caridosa que me distraía, e paro exatamente na frente do chalé de Netuno.

– Ô IDIOTA, ACORDA! - grito com a força do meus pulmões, nem me fudendo por poder ter acabado de acordar metade do acampamento as 5:00 da manhã.

Matt desceu as escadas do chalé de Netuno, só de bermudas e com a barriga (e que barriga, puta merda) nua.

– Sua filha da Puta, são 5:00 horas! Sabe que horas eu fui dormir? 3:00 da manhã!

– Foda-se. Não quero ficar sozinha nessa porra de Acampamento. Esse povo não sabe ser trabalhador, cadê as pessoas acordando 4:30 da manhã?

– O que você fumou? Você tá ligado, Hay.

– Vai se fuder.

Mostro o dedo médio para ele.

Vejo outra pessoinha correndo até nós dois. Lyana vem gritando.

– ESSE POVO NÃO ACORDA NUNCA, MEUS DEUSES. NO ACAMPAMENTO IA ESTAR TODO MUNDO TRABALHANDO!

Ela para de uma vez e dá uma boa olhada em Matt, e um sorriso surge na minha boca. Eu realmente tomei Lyana como minha amiga. E espero que ela tenha feito o mesmo.


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