Presente do Inverno escrita por Taichan


Capítulo 20
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer antes de qualquer coisa principalmente a leitora Luisa, que me acompanhou desde o início até aqui, e a leitores fantasmas e futuros acompanhantes



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"É horrível ficar sozinho"

O Hobbit


Era início da tarde quando o trem parou na estação de Nova Iorque, próximo ao Brooklyn. O sol da Primavera estava belo, mas quase cansado por ter despertado. Apesar de flores nas árvores e gelo derretido no chão, tudo indicava que esse não seria um bom dia para Anny: acordou cedo e teve que se apressar para pegar as bagagens e despedir-se de Angelina entre lágrimas. O pai a viu chorar, deuses. Isso nunca acontecera. Agora que saíra do trem que pousou na estação de Nova Iorque, seguiu junto ao pai a procura de um táxi, qual levariam eles ao Brooklyn. E, para piorar, teria que no dia seguinte ir para uma nova escola. Mas não uma escola normal, não uma escola qualquer. Nesse Inverno duradouro, seu problema de dislexia se manifestou e agora ela teria que ir para um hospício onde todos tinham hiperatividade ou algum problema mental como o dela.

O táxi seguia pela rua do Brooklyn, com os prédios altos e eficientes, com escadas de incêndio ao lado. Eles pareciam uma pintura em um telão.

O carro parou em um prédio não muito convidativo, mas aparentemente confortável. Anny saiu e esperou segurando sua bagagem o pai, que pagava o motorista. Entrou no prédio e teve que esperar novamente Algernon que estava falando com o dono da residência. Deu assim o primeiro passo no seu novo lar e...


Seu despertador tocava feito louco. Desligou ele subitamente e espreguiçou-se de baixo das cobertas e analisou novamente a casa. Queria começar tudo de novo com Angelina. Gostaria de tocar outra canção. Gostaria estar no seu outro lar, o acampamento. Mas como disse Fred uma vez: "só gostaríamos". Anny tinha certeza que havia mais coisas por trás dessa frase.

Levantou-se e ficou parada em frente ao guarda roupa, pensando em qual roupa seria a mais normal para não acharem realmente que ela era louca. Pegou um short jeans, qual usara várias vezes no acampamento, e se perguntou se veria eles novamente. Angelina. Henry. Fred. Lucy. Lucy... Teria ela continuado no acampamento? Voltado para casa? Suspirou e pegou uma camisa fina branca, qual usaria por de baixo das calças. Usou um all-star preto e viu como realmente parecia social, mesmo com o olhar morto e o cabelo ruivo. Que tal um sorriso? Que tal mais positividade?

Saiu com a mochila e foi para a escola a pé. Era perto, afinal. Dentro, sentou-se em um banco e ficou observando o pessoal que passava ali. Pareciam normais, certo?

Havia alguns que realmente pareciam hiperativos. Por exemplo um menino, que mais tarde ela saberia que estavam na mesma sala e que se chamava Felipe Williams, corria para lá e para cá como se estivesse pegando fogo. Passava sempre perto de uma garota solitária e puxava seus grandes cabelos pretos. Ela não fazia nada, mesmo que seu olhar parecesse agir. Apenas o encarava com seus olhos azuis como o céu e, quando ele saia, ela observava seus passos como se tivesse medo que ele voltasse. Parecia perdida. Parecia irritada. E como diria um grande amigo, "só parecia".


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Notas finais do capítulo

Oh. God. My. Heart. Vou ter que agora dar uma revisada na estória, porque sim, e essa estória continua na segunda temporada da Renascença dos Deuses Menores(ainda não publicada).



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