Cinde...rela? escrita por Devvy


Capítulo 5
Dama da Noite


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, eu devia ter postado ontem :/
Eu tive um compromisso! Desculpem mesmo!
Espero que gostem do capitulo, não esqueça de disser o que melhorar! Beijos!
Obrigada Purpurinada por favoritar a historia



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Era noite quando elas me mandaram sair. Mandaram-me colher uma flor: Dama da Noite. Elas me avisaram que queriam em boas condições se não era melhor eu não voltar para casa. Estava nevando quando sai, já era tarde. A rua estava silenciosa e eu podia ouvir minha pesada respiração. Parecia que o mínimo suspiro acordaria a população inteira.

[...]

Finalmente cheguei à beira do lago onde crescia lindos ramos da flor. Agachei-me e colhi boa parte delas. Quando me viro, deparo-me com Mark. Ele abraçou-me, pude sentir seu hálito forte de álcool.

–Me solta Mark! O que você pensa que está fazendo?- Tentei empurra-lo, porém ele era muito forte.

–Bê... Você não sabe que é perigoso ficar fora de casa a essa hora?-Ele riu

–Me larga seu porco! Você está bêbado!

Ele não me soltou, ao contrario, me apertou mais contra seu peito.

–Eu te disse Bê... -Ele falou tocando meus lábios num tom de malicia-Você será minha...

Ele tentou levantar meu vestido, eu o impedi. Tentei gritar, porém ele colocou uma faca na minha garganta e disse:

–Shhh... Se gritar fica pior... -Ele lambeu meu rosto

Ele colocou sua mão tampando a minha boca e a outra segurava meus braços em minhas costas. Ele estava me levando para uma cabana velha. Eu sei oque ele quer. Não sou tola.

Pisei com força em seu pé e me afastei dele correndo em direção à mata e ele foi atrás de mim estava parecendo um louco.

Eu corri, e corri o mais depressa que eu pude, porém não prestei atenção ao chão e cai de um barranco, eu senti as pedras arranhando meu rosto o mato cortando meu vestido e quando finalmente parei de rolar, cai numa parte do lago. A água estava fria e ao toque de minha pele queimou um pouco. Eu comecei a afundar, eu lutava para respirar, lutava para voltar à superfície, mas eu não sabia nadar, nunca soube. Senti minha respiração falhando, meus pulmões arderem. Não tinha forças para lutar, finalmente me entreguei à escuridão do lago... Esse era meu fim...

Eu achei que era...

Ainda com poucas forças pude sentir braços me levando para cima, para a superfície. Mas quando finalmente abri meus olhos e descobri quem era meu “herói” desejei que pudesse voltar à água.

Mark me levantou tirando uma mecha do cabelo molhado de meu rosto. Não tinha forças para correr, tentei me livrar de suas mãos imundas, mas eu estava mais fraca do que antes.

–Você fica tão sexy molhada... –Ele me disse com um sorriso de malicia.

Ele me beijou, um beijo quente. Senti vontade de vomitar. Então sem pensar muito o mordi. Ele reclamou qualquer coisa que eu não entendi direito e me deu uma tapa com as costas das mãos.

–Sua pequena vadia. Isso não é jeito de me agradecer!

Tentei me levantar, mas minhas pernas não me obedeciam e fui me arrastando como pude para me afastar dele, ele me segurou pela cintura e me levantou colocando-me contra ele.

–Vamos lá. Vamos tirar as peças desnecessárias.

Ele tirou meu vestido pondo-me nua. Eu sentia fraca, tentei cobrir meu corpo magro, mas ele me impediu. Ficou olhando para meu corpo enquanto segurava meus braços. Ele beijou meu pescoço e olhou no fundo dos meus olhos e disse:

–Vamos acabar logo com essa brincadeira... Você é minha.

[...]

Eu abri os olhos... Tudo tinha acabado. Mark estava ao meu lado ofegante.

Me senti impura... De novo a ânsia de vomito voltou à tona. Fiquei em pé, minhas pernas estavam bambas, a vontade de chorar veio, mas eu resisti tinha passado por muita coisa antes. Não ia chorar agora.

Encostei-me numa árvore, observei com nojo Mark deitado... Ele estava... Dormindo? Não sabia dizer. Tentei andar mas, no primeiro passo, cambaleei e cai no chão. Minhas coxas estavam manchadas de sangue. Escutei Mark se mexendo do meu lado. Uma sensação de pânico passou por mim. Meu sangue ficou mais acelerado.

–Bê...? O que foi “Bêzinha”? Já está pronta para outra...?

Eu o odiei muito mais do que qualquer coisa naquele momento e uma sensação muito ruim tomou conta do meu corpo. Eu estava tremendo, mas não de medo. Era de raiva. Ele chegou mais perto de mim e mordeu minha orelha. Em um surto de raiva rasguei com as unhas sua pele do rosto. Ele caiu no chão assustado.

–S-seu maldito... -Minha voz estava tremula e soava como um sussurro.

Pus-me de pé depressa. Tão rápido que me assustei com a confiança que eu tinha ganhado das minhas pernas. Eu ainda estava nua e pude sentir o frio cortando minha pele.

–Você irá pagar... - Não se havia mais controle sob minhas palavras ou minhas ações.

Me joguei em cima dele apertando sua garganta com força mas ele não deixou de fazer uma ridícula piada.

–Minha “Bêzinha” você é muito mais tarada do que eu imaginava...

Não conseguia mais suportar a voz imunda dele invadindo meus ouvidos...

–Qual é Bê... Nem foi tão ruim assim...

Num impulso arranhei novamente sua pele. Vi o sangue jorrar. Mas minhas mãos ainda estavam fracas. Fracas e tremulas demais para mata-lo enforcado.

–Qual é você acha que consegue me matar assim?-Ele riu.

Ele tinha razão.

Levantei-me rapidamente e encostei-me a uma árvore.

Ele se levantou, tocou minhas costas nuas e tentou me beijar. Eu não ia desistir.

Dei outra tapa dele deixando-o desnorteado. Estava escuro, o primeiro objeto que eu peguei usei-o para me defender. Era um ganho seco, porém, firme. Quebrei em cima da cabeça dele deixando-o caído no chão. Peguei uma pedra. A maior que eu pude levantar.

–Maldito... -Meu sangue estava correndo muito rápido. Minhas pernas estavam perdendo a confiança em mim de novo. Eu bati com a pedra em seu crânio. Bati repetidas vezes ele gritava. Bati até ouvir sua cabeça rachar, mas continuei batendo, só pelo prazer de estar destruindo sua cara. Bati até minhas forças se extinguirem e eu cair no chão. Seu sangue brotava da sua cabeça fazendo uma grossa poça que caia no lago. Eu respirei profundamente aquele cheiro de sangue que cobria meu corpo. Minha respiração estava se acalmando.

–O que diabos eu fiz...?-Eu me encolhi. Fiquei observando sua cara toda amassada e seu maxilar que pendia fora da boca...

Vomitei, vomitei muito... Eu matei... Eu fiz... Eu fiz o que tinha que ser feito.

[...]

–Isso são horas de chegar Cinderela?-Minha madrasta disse assim que eu atravessei a porta de entrada, meu cabelo ainda estava molhado devido ao curto banho que tomei no lago.

–E-eu sinto muito milady. Tive um... Imprevisto...?- A resposta me saiu mais como uma pergunta. Tentei não responder de forma agressiva. Estava ainda um pouco abalada e não queria briga naquele momento.

–De qualquer forma não queremos mais o chá. Anna e Hellen já foram dormir.

Suspirei... Tudo aquilo para nada...

–O que é isso em seu rosto Cinderela?

Toquei meu rosto com a minha mão vazia. Era sangue. Sangue do Mark.

–Eu me cortei enquanto colhia as flores...

–Desastrada... Vá dormir. Você tem muito que fazer amanha.

Assenti e me retirei da sala em direção ao pequeno quarto.

Sentei-me em frente ao espelho e tirei do bolso do meu vestido um dente de Mark.

De repente me deu uma súbita vontade de rir...

[...]


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? :D
Se divertiram? Haha
"Ah, mas porque você não escreveu o que rolou com o Mark e a Rebecca?"
Nop, sem hentai na minha história (até porque eu não sei escrever esse tipo de coisa o.O)
Se a imagem não aparecer: https://pbs.twimg.com/media/BvSmYFOIgAE7S8q.jpg



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