Medo de falhar escrita por Mortícia


Capítulo 6
Ajuda exterior


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!

Peço mil desculpas pela demora, foram um mês e oito dias sem postar, mas eu posso explicar haha Finalmente minha vida está andando e caramba, eu nem acredito rsrs Devido a isso eu fiquei muuuito sem tempo, por isso a demora, mas agora estou um pouquinho mais folgada. Não vou atualizar a cada três dias como fazia até o 5º cap. mas prometo não demorar tanto.

Outra coisa, o quinto capítulo ficou cheio de erros me perdoem, nunca mais posto de madrugada quando estiver morta de sono -.- Ainda não tive tempo, mas ainda vou revisar e arrumar.

Ufa, agora chega! Muito obrigada pelos comentários, fico feliz que estejam gostando e bom, vamos lá!



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Sherlock estava deitado no sofá da sala enquanto John descansava no quarto.

Gostou muito de ter ido almoçar com o loiro, nunca tinham saído sozinhos, John o chamava para sair aos finais de semana com Lestrade, mas Sherlock sempre recusava.

O moreno notou que John olhava bastante para ele enquanto falava, mais que de costume, mas isso provavelmente teria sido porque estava embriagado, as pessoas tinham que fazer um esforço para manter o foco, então não era nada de mais. Mas o elogio aos olhos, isso surpreendeu Sherlock...

♥♥♥

John dormiu e quando acordou já estava escurecendo, sentia a cabeça pesada devido ao vinho, precisava de um chá para acalmar os nervos. Quando chega a sala encontra seu companheiro de apartamento dormindo no sofá, John se aproxima do moreno e percebe que ele está com frio então pega um cobertor e o cobre devagar, para não acordá-lo, aproveita-se da proximidade para observá-lo, Sherlock estava com uma feição tão tranquila, todas as linhas suaves, beirava o angelical, seu amigo era mesmo...lindo? Sim, sempre achou Sherlock um homem muito bonito, não há nada de mal em achar isso, não é? Nem parecia aquele capetinha hiperativo de quando estava em algum caso.

Assim, John vai para a cozinha preparar seu chá. Depois iria passar sua roupa e organizar suas coisas de trabalho.

Neste fim de domingo não aconteceu nada de especial no 221B da Baker Street.

♥♥♥

Segunda-feira, hoje John havia entrado mais cedo e ficaria até um pouco além de seu horário trabalhando na emergência, um dos médicos não pode vir. Em seu horário de almoço lembra-se de ligar para Mycroft. Talvez o Holmes mais velho pudesse entender o que se passava com o mais novo.

– Alô? Olá, Mycroft é o John.

– Olá Dr. Watson, como vai?

– Estou bem.. por acaso liguei em um momento ruim? – John sabia o quanto Mycroft era ocupado.

– Claro que não, acabei de sair de uma reunião, estou a caminho de outra. O que meu querido irmão aprontou dessa vez?

Mycroft assim como o irmão era ótimo em deduções.

– Bem, o Sherlock ultimamente tem estado meio estranho, quero dizer, mais do que ele normalmente é. A gente poderia marcar uma hora? Queria deixar os detalhes para quando nos encontrássemos.

– Claro, mas hoje estou ocupado poderia ser amanhã? Este é seu horário de almoço, correto?

– Sim, é sim.

– Prefeito! Vamos combinar neste horário.

– Ótimo! Até lá então.

Sabia que Sherlock iria mata-lo por isso, mas não aguentava mais não saber o que acontecia com o amigo, o que encontrou em seu histórico o deixou muito intrigado.

♥♥♥

Sherlock estava preparando a janta para quando John voltasse, primeiro porque queria continuar com seu plano de conquista, segundo porque fora desafiado por ele. Regra básica sobre os Holmes: nunca desafie um.

Quando tudo estava quase pronto, alguém bate a porta. Era Sarah.

– Olá Sherlock! Onde está John?

– O que faz aqui, Sarah?

– Achei que o senhor dedução acharia óbvio. – Sarah diz, debochada.

– Não sei se você reparou, mas não é bem vinda aqui.

– Desculpe, mas creio que John não pense assim, e sei o quão magoado ele ficaria se soubesse que fui destratada por seu amigo. Agora, com licença. – Sarah entra no flat e se senta na poltrona de Sherlock. – Ele ainda está no trabalho, não é? Irei esperar.

Sarah estava certa, John ficaria bravo caso ele a mandasse embora, o loiro teria que perceber sozinho o que Sarah é, mas isso não quer dizer que ele não pudesse dar uma ajudinha.

Passando-se alguns minutos John abre a porta.

– Olá amor! Que bom que chegou. – Sarah vai de encontro a ele.

– Oh, Sarah? Não sabia que vinha. Hoje fiquei cobrindo um médico que não pode ir. – A cumprimenta com um selinho.

– Sei que você me disse que queria ficar em casa hoje, mas estava perto e resolvi passar pra ver como estava meu lindinho.

John sorri para Sarah e olha em volta.

– Hm.. que cheiro bom? Onde está Sherlock?

– Aqui John, já está pronto.

John vai até a cozinha.

– Espero que esteja com fome. – Sherlock coloca na mesa um prato com dois ovos fritos, linguiças, bacons e baked beans.

– Esses são... mas como...? – John estava surpreso, como Sherlock sabia qual era seu prato favorito?

Sarah entra na cozinha, entende a situação e percebe o olhar que os dois trocavam.

– Oh que pena, não sabia que ele iria cozinhar para você, passei aqui justamente para jantarmos juntos.

– Tarde demais. – Sherlock diz dando um sorrisinho vitorioso para Sarah, que estava vermelha de raiva. – Sente-se John, e me desculpe Sarah, fiz apenas para dois.

– Sem problemas, na verdade odeio esse prato.

– Uma pena, John gosta muito.

Era impressão, ou John estava percebendo alguma rivalidade ali? Teria que dar um fim nisso.

– Ahn... Sarah me perdoe, mas Sherlock havia me prometido a janta de hoje, mas se quiser amanhã podemos jantar.

– Claro querido. Depois que terminar sua janta o que acha de sairmos pra um cineminha, talvez?

– Ok, pode ser sim.

Sarah se senta ao lado de John e os dois começam a conversar sobre o dia que tiveram. Sherlock ouvia o dialogo totalmente entediado, dando umas reviradas de olhos hora ou outra.

John havia adorado a comida de Sherlock, o amigo realmente estava ficando bom naquilo. O loiro ficou surpreso por Sherlock saber qual seu prato preferido. Terminando de comer, Sarah se levanta da mesa.

– Vamos, querido? – Sarah falava, apressada para sair.

– Não se desespere Sarah, John não vai fugir. – Sherlock fala com um tom entediado, jogando-se no sofá. Sarah o perfura com o olhar.

– Ahn... Sarah, eu estou meio cansado agora, como te contei hoje o trabalho foi puxado, poderíamos deixar para amanhã?

A expressão de Sarah muda rapidamente de sorridente para furiosa.

– Não acredito John. Poxa, eu me esforcei pra vir aqui hoje sabia? Fui até ao salão de beleza, era pra gente ter ido jantar juntos! – Sarah tinha o rosto todo vermelho.

– Sarah querida, eu não sabia. Tudo bem, podemos ir então.

– Ótimo! Então vamos logo se não podemos perder a sessão. – Sarah estava novamente de bom humor.

John estava abismado com essa mudança no comportamento de Sarah. Quando olha para Sherlock percebe que o amigo estava com uma expressão de quem disse ‘eu avisei’.

♥♥♥

Na manhã seguinte John estava muito cansado, as horas a mais e a saída com Sarah o cansaram, e ainda nem havia chegado no meio da semana.

Estava próximo de sua hora de almoço, ele ajeita alguns papéis de sua mesa e se levanta. Quando sai de sua sala avista Mycroft de pé ao lado da poltrona, com seu costumeiro guarda-chuva.

– Mycroft! Vejo que a pontualidade é mesmo de família. Como está? – John diz sorrindo e estende sua mão ao Holmes mais velho.

– Dr. Watson! Estou bem obrigado, vamos?

Os dois saem do hospital e John o leva a um restaurante que fica do outro lado da rua. Os dois sentam e John pede seu prato.

– Não vai comer?

– Não obrigado. Comer me de...

– Deixa lento, sim eu sei. Vocês são mesmo parecidos. – John interrompe terminando a frase.

– Pois bem doutor, acredito que não tenha me chamado aqui somente para notar nossas semelhanças. O que meu irmão tem feito?

John solta um pigarro e se endireita na cadeira. John conta tudo a Mycroft, todos os detalhes de sua reclusão no quarto, sua mudança após isso, o tratamento que da a Sarah, a organização da casa e os lanches preparados por ele e até o almoço que fizeram juntos no domingo e principalmente sua falta de interesse nos casos.

Mycroft ouvia a tudo muito atento, sua expressão se assemelhava muito a de Sherlock quando estava analisando um caso.

– E por último, esses dias havia lido um artigo científico de medicina interessantíssimo e não lembrava o site em que encontrei, então fui procurar pelo histórico e alguém, que não eu é claro, pesquisou sobre relacionamentos amorosos, mais especificamente em como conquistar alguém. É claro que eu não falei com ele sobre isso, se não havia me contado com certeza ele não falaria sobre.

– Foi muito esperto Dr. Watson – John sentiu um pouco de ironia na voz de Mycroft, que sorria a tudo isso. – A única coisa que me intriga foi essa falta de cuidado dele, acho que a situação está deixando ele lerdo. – Mycroft falava mais para sí do que outra coisa.

John percebeu que realmente ele tinha uma semelhança absurda com Sherlock que beirava ao ridículo.

– Bom... Você acha que ele, poderia estar, você sabe, apaixonado por alguém? – John termina sua fala e percebe que Mycroft ainda estava concentrado absorvendo tudo o que acabara de ouvir. Segundos depois ele responde.

– Dr. Watson, por mais que meu irmão não demonstre qualquer tipo de sentimento, muitas vezes sendo comparado a uma máquina, ele ainda é humano e sente como qualquer um, não duvide. – Mycroft estava olhando fixamente para John, que ruborizado desvia o olhar.

– Eu só estou preocupado com ele, Mycroft. De todos esses anos que convivemos juntos nunca o vi assim, ele nunca me falou muito sobre sua vida pessoal então... – John da um suspiro. – Olha, só vim falar com você porque achei que talvez pudesse saber o que acontece com ele. – John demonstrava extrema preocupação em sua fala e expressão.

Mycroft fita John com uma certa certeza no olhar. O doutor havia acabado de confirmar o que o Holmes mais velho suspeitava.

– É engraçado como as vezes a maldade se apodera de mim, justo agora estou com uma grande vontade de bater a cabeça de vocês dois uma na outra.

John balança a cabeça em forma de confusão.

– Como?

– Dr. Watson, me intriga o fato de um homem como você ainda não ter percebido demonstrações tão simples. Mas não se preocupe, eu darei um jeito nisso. Quero esclarecer que ele pode contar com seu irmão mais velho. Agora se me permite, tenho que ir. Muito obrigado por me contar. Foco lisonjeado de saber que você confia em mim. Foi um prazer, doutor.

Mycroft foi embora e deixou um John pensativo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e desculpem algum erro na escrita que por acaso venha a ter. Lembrando que comentários sempre me deixam muito feliz ^-^



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