Medo de falhar escrita por Mortícia


Capítulo 12
Último acerto de contas


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Preparados para o último capítulo?

Espero que gostem e obrigada a todos que chegaram até aqui, fico muito feliz!



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Era noite de Natal. John tinha convidado Sherlock para um encontro. O mereno, é claro, aceitou.

Estavam no táxi, Sherlock pergunta para onde vão.

— Se dissesse não teria graça.

— O que adianta se posso descobrir antes de chegarmos?

— Ficaria contente se você não o fizesse.

Um minuto se passou até Sherlock se pronunciar.

— Alyn Williams?

— Nem escutou o que eu disse, né?

— John, fico lisonjeado, mas esse restaurante é mais do que você pode pagar.

— Calado.

O táxi para e os dois descem em frente ao local. Alyn Williams é um restaurante sofisticado de Londres, faz parte do The Westbury, um dos hotéis mais famosos da cidade. Possui um ambiente refinado, seus clientes sempre muito bem vestidos, o atendimento era excelente e a comida avaliada pelos críticos gastronômicos mais renomados do mundo. Havia ganhado 1 estrela no guia Michelin, era um ambiente aconchegante e perfeito para jantares românticos.

Quando entram foram recebidos pelos funcionários, caminham até o elegante lobby onde está o restaurante. O funcionário guarda seus casacos e os conduzem até a mesa reservada. O garçom os cumprimenta oferecendo-lhes bebidas e entregando o cardápio. Estão sentados a mesa ao lado de uma janela, possuindo uma vista encantadora da cidade.

John olha o cardápio sem ter muita ideia do que pedir, não era um cardápio extenso, mas não estava familiarizado com nenhum prato contido nele.

— O lunch menu seria interessante. - Sherlock diz olhando para John.

— Como?

— Você está indeciso, não conhece a maioria dos pratos, então sugiro que peça o lunch menu. É o que também irei pedir.

John chama o garçom e faz o pedido.

— Já conhecia o restaurante?

— Sim, estive aqui para um caso.

— Assassinato?

— Sim, serial killer. Ele levava a pessoa para jantar, subia para o quarto do hotel para relações sexuais, torturava e em seguida a matava. Era seu padrão, nada em especial. O restaurante tentou abafar o caso mas não conseguiu, o que atraiu diversas pessoas é claro

— E você foi a isca?

— Exato. Estava agindo por conta própria o que levou um certo atraso da polícia. Estávamos no quarto quando ele foi detido e levado ao seu país de origem.

— No quarto? O que faziam?

— Ele me amarrou na cadeira e eu fingi que gostei de vê-lo fazendo streap tease. Foi de fato uma tortura. - Sherlock disse de forma nostálgica.

— Sherlock, você se pôs em risco. - John disse indignado com a imprudência do moreno.

— Antes de abordá-lo eu estudei bem seu modus operandis, não tinha risco se a polícia chegasse no momento que previ que fosse chegar.

— E e não chegasse, você teria sido torturado e morto.

— A probabilidade era baixa.

— Como quiser. Mas que situações como essa nunca voltem a ser repetir. - John falava sério.

O garçom os interrompe chegando com a entrada. Para amenizar o clima, John muda de assunto, queria falar apenas dos dois essa noite.

— Está muito bonito hoje, mas do que de costume.

— Obrigado! Você também está, e está cheiroso. Gosto de quando está cheiro mais do que de costume.

John sorri.

— Me diga uma coisa, todo aquele esforço realmente foi para me conquistar?

— Ora John, achei que a essa altura já estava claro.

— Sim, é que eu ainda não acredito que você pudesse fazer toda essa mobilização por alguém.

— Não é por "alguém", John. É exclusivamente por você. - faz aspas no ar.

Pigarro. Mudança de assunto.

— O que você acha do caso do seu irmão com Greg?

— Isso não me interessa. Só quero os casos de volta.

— Não finja que não se importa, pelo menos não pra mim.

O garçom chega com o prato principal.

— Não acho tão ruim, assim Mycroft larga do meu pé já que Gavin aparentemente não o deixará com tempo sobrando.

— Greg. - corrige Sherlock. - Para mim foi inesperado, devo dizer.  Mas fico feliz que estejam bem, parece ser algo natural para os dois.

— Que seja. - o moreno responde sem interesse.

John percebendo que o moreno não diria nada, puxou mais um assunto. Deveria arrumar um pretexto para dizer o real motivo que o levou até ali.

— Você comprou um livro sobre relacionamentos?

— É.

— E foi bom?

— Serviu para pouca coisa, afinal não segui a risca as instruções ridículas. Aquilo é para pessoas comuns.

— Estranhei algumas atitudes que não conduziam com você mesmo. Ainda bem que desistiu. Apesar dos vários defeitos, eu gosto de você assim.

Os dois dão risada. Até que estavam se saindo bem com isso.

John achou que agora fosse o momento. Pigarreou novamente e começou a falar. Sherlock não o interompeu.

— Sherlock, eu sei que mal começamos a explorar esse novo mundo entre a gente, mas eu sempre soube que era você, desde os primeiros meses em Baker Street, indo contra minha natureza heterossexual até de então. - sorri sem graça. - Nunca senti o que sinto por ninguém, na verdade não achava que esse tipo de sentimento existisse, e isso me assustou, era um sentimento avassalador, ainda é, mas que aprendi a controlar. Você me deu um novo significado da palavra amor. Nunca disse nada porque na minha cabeça tinha absoluta certeza de que nunca aconteceria algo a mais, você é inteligente, lindo, único, vive rodeado de pessoas, muitas interessantes, alguém simples e comum como eu nunca seria seu alvo, então aprendi a conviver como conviviamos, apenas sua companhia e estar ao seu lado nos casos e ver como aquilo te deixava em êxtase já me bastava, não queria estragar o que até então era perfeito para mim. Mas, agora que este sonho se torna realidade, agora que você me possibilita esse algo a mais, eu queria muito levar a um passo mais adiante. Se você quiser é claro, antes de começarmos, eu acho que apesar de - é interrompido por Sherlock.

— Diga logo, John.

John molha os lábios para dizer.

— Você aceitar casar comigo? - Sem alianças, sem mais cerimônias.

— Achou que eu fosse ingênuo, não é? Mas durante esses dias eu sabia que você estava planejando algo assim.

— Sherlock, pelo amor de Deus, responda a pergunta. - John estava ficando apreensivo.

— Sim.

O garçom troca os pratos. John fica imóvel, estava se recuperando do que acabava de dizer e ouvir.

— John, vamos para casa. - Sherlock mantinha o olhar fixo no loiro. Olhar esse carregado de significados.

Se levantam, John deixa o dinheiro na mesa, mesmo não tendo terminado todos os pratos. Deixando um garçom confuso.

Abrem a porta do 221B. Retiram seus casacos um de frente para o outro, sem quebrar o olhar, cientes do que poderia acontecer. Iniciam um beijo casto, que logo aquece e vai tomando mais intensidade. Suas mãos passeando pelo corpo um do outro até então sem pressa, vão ficando mais eufóricas. John segurava forte a nuca de Sherlock enquanto sua outra mão pressionava sua cintura, o aproximando mais de si. Sherlock sentia seu corpo reagir instantaneamente aos toques. John tinha pegada, firmeza, sabia o que estava fazendo.

John os conduz ao quarto do moreno que fica em baixo. O apertamento estava todo apagado, com excessão das janelas da sala e do quarto que estavam abertas e refletindo a luz da noite enluarada Felizmente não havia ingerido nenhuma bebida alcoólica, nem Sherlock. Queria ter ciência de todos os detalhes e aos beijos pergunta.

— Tem certeza de que quer isso?

— Absoluta, doutor. - provoca Sherlock.

— Se iniciarmos será dificil parar.

Sherlock responde com um beijo, em seguida John o empurra para cama e se senta por cima, desabotoando a camisa do moreno enquanto beijava seu pescoço.

Sherlock se deixava levar, estava extasiado pelas novas sensações.

— John... - gemia ofegante.

— Você me enlouquece, sabia? - sussurra no ouvido do moreno, que reage ainda mais. John beijava todo seu corpo, descendo pelo tórax, abdômen, retirou seu cinto e calça, deixando-o totalmente nu. Sherlock estava vermelho e muito ofegante, seus cabelos desalinhados deixavam John ainda mais excitado. O loiro beijava e mordia suas coxas, segurando-as firme até que o suga. Sherlock perde totalmente o controle, segurando os cabelos de John.

Estava amando ver seu melhor amigo, agora noivo, se descontrolando desse jeito, perdendo todo fio de lógica que o mantinha. E o melhor: ele estava sendo o responsável por isso. Sherlock Holmes estava totalmente entregue a John Watson.

Voltam a se beijar com urgência.

— Quero você agora, John. - Sherlock pedia como uma ordem.

O loiro se ergue em cima do moreno. Ligeiramente pega sua carteira e retira um preservativo. Se levanta com agilidade e retira o resto de suas roupas, dando visão de seu corpo nu e forte ao moreno. Notando sua observação John pergunta.

— Gosta do que vê?

— Muito.

John sorri olhando para baixo. Deita-se sob Sherlock e o beija intensamente. Com os dedos tenta introduzi-los na entrada do detetive que de início sente desconforto.

— Machuca? Eu posso parar.

— Não, continue.

Dois dedos, sem pressa, tinham todo tempo do mundo.

Três dedos, entre gemidos e beijos, John introduz devagar seu membro rijo em Sherlock, que gente alto, perdendo a última gota de racionalidade que existia em seu ser. Agora agia apenas por instinto, nunca imaginou que seria possuído, como ele dizia, por instintos tão primitivos, mas estava e estava adorando. Exceto pela dor que sentia agora.

— Você é enorme.

— Sherlock, você não precisa ir tão longe se não quiser. - John estava preocupado, não queria oferecer dor ao companheiro.

— Não! Apenas fique parado por um tempo. É natural que me acostume.

Os dois estavam com a testa cilada uma na outra, sentindo a respiração e os batimentos um do outro. John de olho fechado quebra o silêncio.

— Nem acredito que isso esteja acontecendo, você não sabe quantas vezes te imaginei assim.

— John, seu menino safado.

Sorriram.

Se beijam longamente. Sherlock segura os quadris do loiro, movendo-os, para que esse voltasse aos movimentos. Entendendo como uma permissão, John volta a se mexer com cuidado. A dor estava amenizando e cada vez mais foi substituída com prazer.

— Mais forte.

John obedece, suas estocadas eram tão fortes que a cama batida na parede, em estrondos ocos.

Alguns minutos desse vai e vem, Sherlock finalmente chega a seu ápice. John chegando logo em seguida.

John cuidadosamente sai de Sherlock, deitando-se a seu lado. Ambos suados e ofegantes.

— Agora sei porque as pessoas dão tanto valor ao sexo.

John ri.

— Fico feliz que tenha gostado.

— Vou querer todos os dias.

— Seu pedido é uma ordem, alteza.

— John?

— Hm?

— Eu te amo.

— Eu também te amo.



 

FIM


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Notas finais do capítulo

Nota sobre o restaurante citado: ele existe de verdade e faz parte de um hotel, mas nem todas as informções da história são verdadeiras, procurei no Google o nome de algum restaurante de Londres e encontrei esse, inventei em cima hahah.



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