It's All About Destiny escrita por Sarah Cassidy, Jennet


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Não se desanimem com a imensidão do texto, ele é bem interessante



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Catherine D' Angelo Jenkins

Acordei no dia seguinte, me sentindo um tanto preguiçosa. Talvez fosse porque só teria a faculdade pra ir e depois o seminário ou talvez fosse por causa da correria de ontem no Starbucks. Me levantando e agitando meus cabelos, comecei a me preparar para a aula. Peguei uma muda de roupa e fui para o banheiro. Não demorei muito e logo já estava na cozinha, preparando o café. Como tinha visto que Ian havia acabado com a comida e a água, reabasteci as tigelas. Acariciei Ian um pouco antes de pegar minha mochila e partir para o ponto. Tive sorte, pois o ônibus chegou rápido. Achei um lugar vazio perto da janela e sentei, encostando minha cabeça nela. Cheguei bem rápido na faculdade, já que o motorista tinha posto o pé no acelerador. Cumprimentei alguns colegas e fui para a sala, para mais uma aula. Foi então que recebemos a notícia de que não haveria aula, pois a sala de experimentos próxima tinha explodido. Fiquei um pouco triste, mas fui saindo da faculdade e pensando no que faria com aquele tempo livre. Ainda não estava na hora de ir pro Starbucks, mas podia ir pra lá e esperar o meu turno. E foi o que fiz, caminhando em direção ao ponto. Demorou um pouco, mas logo peguei o ônibus e já estava a caminho do Starbucks. Poderia dar um tempo nos fundos do café, estudando um pouco ou fazer hora extra arrumando algumas coisas. Quando cheguei, vi que não tinha muito movimento, mas havia poucas mesas vazias. Muitas pessoas aproveitavam pra tomar café ali. Falei com alguns clientes assíduos e cumprimentei meus colegas, indo para os fundos. Troquei de roupa pelo uniforme e sentei numa mesa, com meus livros.

Ainda estava esperando meu turno começar quando o chefe veio falar comigo. Ele disse que o seminário tinha sido adiantado para um pouco mais cedo do que eu pensara e ele já devia ter começado. Me liberando e me passando o endereço de onde seria realizado o seminário, ele desejou que eu aproveitasse e buscasse adquirir bastante conhecimento. Meio que pega de surpresa, fui tirando meu uniforme e trocando pela minha roupa. Me despedi dos meus colegas e saí do Starbucks. Já na rua pensei que seria melhor voltar pra casa e mudar de roupa, afinal era certo que estaria em meio a vários empresários e isso exigia uma roupa mais adequada. Comecei a caminhar em direção ao meu apartamento e após alguns quarteirões e escadas, cheguei nele. Era um pouco estranho estar de volta naquele horário, mas também era muito bom voltar pra casa. Mas não poderia ficar muito tempo, tinha que comer algo e me arrumar. Seguida por Ian, fui até meu quarto onde deixei os livros e a mochila e voltei até a cozinha preparar uma refeição. Abastecida, voltei ao meu quarto onde peguei uma muda de roupa e fui pro banheiro. Depois, ao me ver no espelho, quase não me reconheci: estava muito diferente, afinal nunca precisar me vestir daquela forma. Me acostumando aos poucos, peguei uma bolsa pequena e acariciei levemente Ian antes de sair. Pelo endereço, achei melhor pegar um táxi e foi que fiz assim que sai de casa. Demorou alguns minutos até que chegasse ao local e vi que já tinha começado há algum tempo, pois o auditório estava bem cheio. Com muito esforço, consegui um bom lugar no meio e foquei a minha atenção no palestrante. Fiquei surpresa ao ver que quem falava era o mesmo cara "arrogante" que tinha atendido num outro dia e que ele era o presidente das Empresas Kent. Bem, aquele dia tinha sido bem corrido e eu não o tinha reconhecido. Meneando a cabeça, voltei a focar minha atenção no seminário e achei incrível a preocupação da empresa com a saúde das pessoas, eles se esforçavam mesmo. Fomos informados de que haveria um baile de gala na National Gallery no sábado e que quando saíssemos, não esquecêssemos de assinar uma lista que nos permitiria ir ao baile, onde teriam atrações ilustres além da presença da Família Real. Achei aquilo ótimo, pois apesar de ter crescido em Londres, nunca tinha tido a oportunidade de vê-los, alguma coisa sempre acontecia para atrapalhar. Durante a palestra, recebi uma mensagem de Lua, pedindo que guardasse um lugar para ela. E foi o que fiz, deixando uma vaga ao meu lado. Quando Lua chegou, a palestra estava perto do final. – Tudo bem, pena que já tá acabando, né? Mas depois te conto os detalhes. – disse sorrindo e voltamos a nos concentrar no que o rapaz "arrogante" que atendi outro dia falava. Depois que o seminário acabou, não esqueci de assinar meu nome na lista, afinal cruzaria os dedos e rezaria bastante pra que nada me atrapalhasse em finalmente ver um pouco de perto a Família Real. Expliquei a Lua sobre o baile e que se ela quisesse participar, teria que assinar. Ainda estava falando com Lua, contando algumas coisas sobre o seminário quando acabei sendo empurrada e pensei que iria cair se não fossem por braços envolverem minha cintura e me puxarem de volta. Quando me virei para ver que tinha me salvado da queda, fiquei admirada por ter sido o tal rapaz “arrogante”, Christian, o presidente da empresa. Ele pediu desculpas e, após me olhar por alguns segundos, me reconheceu naquele dia em que eu o atendera no Starbucks e também pediu desculpas por ter sido um tanto indelicado. – Obrigada... Sim, sou eu. Tá tudo bem, eu já estou um pouco acostumada com isso... – disse ajeitando uma mecha do cabelo, feliz por ele ter se desculpado.

Ouvi Lua me perguntar quem era ele e respondi bem baixo, somente para que ela ouvisse, o que tinha acontecido e quem ele era. – Ele é Christian Kent, o presidente da Empresas Kent e foi quem ofereceu a palestra. Ele foi no Starbucks outro dia e eu atendi ele... Ele foi um pouco, como posso dizer, meio grosseiro, sabe? Como logo ficamos rodeados por pessoas querendo falar com ele, fiz questão de deixá-lo com elas e sair dali logo.– Tenho que ir, até. Você vem, Lua?– perguntei a ela, já fazendo menção de ir. Ela disse que sim e sugeriu que fossemos pro Starbucks, pois tinha coisas pra me contar. – Está bem, mas tem que ser rápido. Ian deve estar com fome... – disse começando a segui-la, mas olhei brevemente pra trás e ainda consegui ver Christian falando com as pessoas ao seu redor, sendo que ele também se virou e nossos olhares se encontraram. Desviei o olhar, voltando minha atenção a Lua e saímos do local. Não demorou muito e chegamos ao Starbucks. Assim que achamos uma mesa vazia e sentamos, Lua começou a me falar do amigo de infância que ela não via há uns 9 anos. Eles tinham se encontrado ali mesmo, no café e assistiram um filme juntos na casa dele. – Que bom... Legal que vocês tenham se encontrado. Pena que não vejo meus amigos de antigamente como antes... Então o que achou do seminário? Foi bem interessante, gostei da preocupação deles com as pessoas...

Concordei com o que ela disse, Ian devia estar faminto, afinal ele comia bastante. – É sim. Bem, a gente se vê amanhã então. Tchau. – disse me levantando e dando um rápido abraço nela, saindo do Starbucks logo depois. Comecei a caminhar em direção a casa, pensando em Ian e em meus pais, além do baile no sábado. Não demorei muito e logo tinha chegado em casa. Jogando minha bolsa no sofá, peguei Ian no colo e comecei a acariciá-lo enquanto ia para a cozinha. – Oi fofinho. Sentiu minha falta? – disse vendo que as tigelas dele estavam praticamente vazias. Tratei de reabastecê-las, colocando Ian no chão. Depois de preparar e saborear um rápido almoço, achei que seria interessante uma sobremesa, e um sorvete cairia muito bem. Tomei um banho rápido, trocando de roupa e me despedi de Ian. – Não se preocupe, fofinho. Volto daqui a pouco. – disse fechando a porta atrás de mim. Me sentia bem sortuda por morar tão perto de vários lugares interessantes, como a sorveteria e o meu trabalho, além de alguns parques. Caminhei alguns metros até chegar nela. Fui direto ao balcão, onde esperei alguns minutos até ser atendida. – Oi, boa tarde. Bem, por favor, vou querer um de duas bolas; frutas vermelhas e chocolate com calda de menta, num cascalho. – fiz meu pedido e fiquei esperando ele ficar pronto. Ainda esperava meu sorvete quando reconheci uma voz ao meu lado. Ao virar, não conseguia acreditar que ali estava Christian. Tive que concordar com o que ele havia dito. – Verdade... Não acredito muito em coincidências, mas tenho que admitir que isso é estranho. – ri um pouco com minha própria observação, afinal era mesmo difícil encontrar um desconhecido "conhecido" duas vezes no mesmo dia. Finalmente meu pedido tinha chegado e sentando no balcão, passei a saboreá-lo.
Achei estranho o comentário dele, mas não dei de ombros procurando não ligar, afinal já tinha percebido o quanto ele parecia meio esnobe. Então ele perguntou meu nome, não achei algo incomum, afinal sabia o nome dele. – Catherine, Catherine Jenkins. – respondi tomando mais uma colherada do sorvete, atingindo a bola de frutas vermelhas. – Obrigada. – agradeci o elogio enquanto continuava a saborear meu sorvete. Então o ouvi e vi apontar para uma garota que ele parecia conhecer, junto a dois rapazes. Reparei que os dois rapazes não me pareciam estranhos, aliás eles me pareciam bem conhecidos. Eram dois irmãos que trabalhavam no Starbucks, mas no turno da manhã e um deles cursava a mesma faculdade que eu, só que em outra matéria. – Hum... Aqueles dois não me são estranhos, eles trabalham no Starbucks também... – disse terminando minha casquinha. Ele me perguntou o nome deles, mas me lembrava vagamente. – Hum... Não ficamos no mesmo turno, mas acho que são Thomas e Arthur Milles... Se não me engano, o Arthur é que tem um skate... Mas não tenho certeza. – disse olhando para o trio por algum tempo e depois voltando ao sorvete, na verdade, a casquinha. Dei uma olhada no relógio e vi que era bom voltar pra casa. O tempo ia esfriar e queria estar em casa, envolta num cobertor enquanto lia e bebia uma xícara de chocolate. – Bem, tenho que ir. O tempo está esfriando um pouco... – disse apertando um pouco mais meu casaco e levantando do balcão. Fiquei meio surpresa por ele ter se oferecido para me acompanhar até em casa. – Bem, eu... Normalmente não aceitaria... Mas acho que não tem problema... – disse caminhando em direção a saída da sorveteria. – Sim... Fica a alguns metros daqui... Hum... Sei que minha opinião não é importante, mas gostei do seminário. A preocupação que você, se assim posso te chamar, e sua empresa tem com a saúde das pessoas é incrível... – comentei apertando um pouco meus braços, com um pouco de frio. Uma das carreiras que queria ter seguido talvez fosse de médica, pensei comigo mesma. Mas meu fascínio pela leitura e em ensinar me levou a escolher Letras. Também havia notado que algumas pessoas tinham dormido com a palestra, e ri um pouco com isso. Mas fiquei séria quando o ouvi falar sobre os experimentos e possíveis descobertas de novas curas para várias doenças. Podia ser algo lucrativo trabalhar com remédios e novos métodos de cura, mas havia algo mais profundo nisso, havia um objetivo: salvar vidas. – Nossa, espero que realmente tenham sorte nos experimentos. Salvar uma vida não tem preço... – disse sorrindo. Parei em frente ao meu prédio, tínhamos chegado. – Bem, chegamos. Moro aqui, num dos apartamentos. Obrigada por me acompanhar, foi muita gentileza de sua parte. Mas agora tenho que ir. – disse já subindo as escadas e abrindo a porta da recepção. Ele acenou se despedindo,no que acenei de volta. Entrei no prédio em seguida e fui subindo as escadas, pensando na coincidência de ter encontrado Christian duas vezes no mesmo dia. Até que ele não parecia tão antipático quanto eu tinha pensado, talvez fosse só a impressão que tivera dele ou ele fosse mal compreendido. De qualquer forma, agora não me sentia mais acuada ao falar com ele. Cheguei ao meu apartamento e fui logo pegando Ian nos braços. – Eu disse que não demorava, não foi? – disse depois de acariciá-lo e colocá-lo no chão. Depois de tomar uma ducha rápida e vestir uma roupa mais quente, fui para a cozinha preparar um chocolate quente e voltei para a sala, assistir um pouco de TV. Ian subiu no sofá e deitou ao meu lado, e ficamos a assistir uma série de comédia bem interessante por algum tempo.

Alguns minutos depois, acabei ficando cansada e decidi ir dormir. Desliguei a TV e fui a cozinha lavar a caneca. Depois fui para meu quarto e troquei de roupa, por algo mais confortável. Mas olhando para a minha estante com livros, pensei melhor e achei que seria interessante ler um pouco. Peguei um leve romance e voltei ao sofá, acompanhada de Ian. Fiquei acariciando-o enquanto lia. Após ler um pouco, finalmente o sono chegou. Levantei e fui para meu quarto, guardando o livro antes de deitar na cama. Puxei as cobertas, dando um pequeno espaço para Ian, que deitou ao meu lado. Acomodei-me melhor e logo adormeci.

Roupa no seminárioRoupa na sorveteriaRoupa de dormir

Christian Edward Kent

Logo amanheceu, e depois de me arrumar, peguei o carro e fui para o trabalho. A empresa estava agitada, alguns funcionários ajeitavam a sala de reuniões (uma das salas de reuniões, essa era uma que comportava um grande número de pessoas) e conversavam entre si. Segui para a minha sala a fim de encontrar Saphira para ajeitarmos algumas coisas, antes que a palestra começasse. – Bom dia Saphira. – falei para ela enquanto ajeitava alguns papéis em cima da minha mesa: – O seminário vai começar mais tarde... Você sabe me dizer se o lugar onde vai acontecer está pronto? – perguntei enquanto fitava-a. Assenti para a resposta dela e então voltei a ajeitar alguns documentos. Passado algum tempo, eu fui ver os preparativos para o seminário. Estava tudo certo, logo, eu ainda voltei para pegar os papéis com as coisas que eu iria falar no seminário. Passei pelos corredores e logo fui para a sala de reuniões onde ocorreria a palestra e avisei a um dos funcionários: – Pode mandar as pessoas entrarem. – disse e o rapaz logo entendeu. Sorri um pouco e entrei na sala de reuniões. Essa era mais como um auditório, com várias fileiras de cadeiras e no palco uma tela do tamanho de uma tela de cinema e uma tribuna. Até eu me perguntava como um lugar tão grande poderia existir ali. Mas enfim... Subi no palco e fui para a tribuna, ajeitando os meus papéis nesta, enquanto alguns funcionários ajeitavam o microfone e o sistema da tela. Eu dava as instruções sobre o microfone e sobre o sistema da tela e tudo mais para os funcionários e observava as pessoas chegando ali. Como ainda não havia muita gente e como os preparativos ainda não estavam completos, esperei mais um pouco para começar...


Depois de esperar um tempo, decidi começar. Haviam ajeitado todos os equipamentos e eu estava na tribuna. Fiz um aceno com a cabeça para as pessoas que comandavam o sistema de luzes e de projeção da tela. As luzes do auditório abaixaram e a tela ligou, começando a passar o comercial da empresa Kent. Era um comercial com pessoas felizes, crianças correndo e dizia que essa felicidade toda era graças à proteção que a empresa Kent oferecia à saúde das pessoas, e terminou mostrando o logo da empresa. Particularmente, eu achava que aquela propaganda era pura hipocrisia, mas era bem convincente.
Quando ela acabou, as luzes subiram um pouco e eu sorri e tossi um pouco, para começar o discurso: – Bem vindos ao seminário sobre a empresa Kent. Eu sou Christian Edward Kent, presidente da empresa. Mais uma vez, sejam bem vindos. – disse sorrindo mais uma vez e então observando os papéis na tribuna: – A empresa Kent foi fundada pelo meu próprio pai, Theodore Kent... – e então comecei um longo discurso, sobre como, quando e porquê o meu pai tinha fundado a empresa. Foi algo longo e parecia bem otimista, mas em geral, meu pai era apenas um médico obcecado. Mas fazer o quê? Comecei a passar uns "slides" na tela, que agora mostrava sobre os remédios que a empresa Kent fabricava e quais eram os propósitos dele: – ... e esse é o Aqua Cure, nosso mais novo medicamento. Ele reagrupa as células danificadas, sendo eficaz não só em lesões, mas também dá um aspecto rejuvenescedor. – e depois de mais meia hora falando sobre remédios e curas, finalmente terminei: – E é esse o legado que a empresa Kent quer deixar na vida de vocês. – disse sorrindo: – Nós iremos promover um baile de gala, na National Gallery, no sábado. Quando saírem, não se esqueçam de deixar seu nome na lista, pois só quem estará com o nome nela irá participar do evento. O baile vai contar com atrações ilustres e com a presença da Família Real Britânica. Obrigado. – disse sorrindo mais uma vez e finalmente parando para respirar normalmente. Eu estava acostumado a falar por tanto tempo, mas aposto que para esse pessoal da platéia, tudo isso foi uma chatice... As pessoas começavam a se dispersar, levantar das cadeiras, irem embora... Eu desci do palco e fui passando pelas pessoas. Algumas me cumprimentavam, outras diziam "Ótima palestra" e tudo o que eu respondia era um "Obrigado" ou dava um aperto de mão. Fui passando pelas pessoas, até que esbarrei em uma garota, mas consegui segurá-la antes que ela caísse: – Perdão. – disse rapidamente. Até que olhei direito para ela e percebi que já a conhecia: era a atendente do Starbucks: – Eu conheço você... é a garota que me atendeu no Starbucks... – disse fitando-a e então suspirei: – Desculpe ter sido... indelicado naquele dia. – disse sorrindo um pouco e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa para a garota, outras pessoas vieram apertando minha mão, perguntando coisas como "Como consegue administrar uma empresa tão grande?"... Se essas pessoas são assim, imagine os jornalistas.

Depois de voltar para a minha sala e ajeitar algumas coisas, eu decidi sair um pouco. Sem o carro, eu andava pelas ruas. Às vezes era boa a sensação de sentir o vento no rosto, caminhar... E então entrei numa sorveteria, vendo que a Laura e mais umas pessoas estavam sentadas ali. Ah, isso sim era coincidência. Sorri um pouco, mas fui para o balcão fazer o meu pedido: – Um sundae de chocolate. – disse e fiquei esperando. Quando eu me virei para ver as outras pessoas na sorveteria, vi aquela garota de hoje mais cedo. A atendente do Starbucks, a que foi no seminário... Acabei sorrindo um pouco também: – É a segunda vez que nos encontramos hoje. – comentei, rindo um pouco, enquanto esperava meu pedido ficar pronto. Desviei o olhar para a mesa da Laura e acabei suspirando um pouco... Mas logo voltei o meu olhar para a garota do seminário. O sundae chegou e peguei-o, saboreando-o e então assentindo na direção da garota: – Ah sim, hoje é um dia cheio de coincidências... – disse fitando Laura e então vendo que tinha um rapaz que segurava a mão dela e logo a minha expressão sorridente mudou: – Isso está se tornando até que... irritante. – disse e então me virei para a garota e sorri novamente: – Mas não me leve a mal. – comentei fitando-a: – Afinal... Qual o seu nome? – perguntei enquanto saboreava mais uma vez o sundae. – Bonito nome. – disse tomando mais uma colherada do sundae. Voltei a fitar a Laura com aqueles dois garotos e me voltei para Catherine: – Está vendo aquela garota perto daqueles dois rapazes? Ela me ajudou com o meu paletó, certo dia. – comentei fitando Catherine e desviando o olhar para Laura. Assenti para Catherine e dei mais uma colherada no sundae: – Ah, é mesmo? – perguntei fitando-a e desviando o olhar para Laura e os seus... amigos: – E qual é o nome daquele ali? O que tem um skate? – perguntei desviando o olhar para Catherine. Terminei o sundae, e assenti: – Ah, claro... Se você quiser eu... poderia te acompanhar até em casa? – perguntei fitando-a. É, acho que pelo menos essa vez eu deveria ser cavalheiro. Eu teria outras oportunidades de falar com Laura e com... Arthur e Thomas Milles... Ah, teria. Mas antes que eu pudesse pensar mais alguma coisa eu vejo Saphira chegar perto de Laura e dos irmãos Milles. Saphira, é? Agora as coisas irão se tornar mais interessantes. Assenti para Catherine e fui andando em direção à saída. Coloquei as mãos nos meus bolsos e fitei a Laura uma última vez, e então voltei a olhar para frente: – Sua casa fica perto daqui? – perguntei, fitando-a, enquanto caminhava. Acabei sorrindo um pouco com o que Catherine disse: – Você realmente gostou? Eu via pessoas dormindo no auditório... – comentei rindo um pouco: – Mas sim, estamos sempre tentando obter novas curas... e eu diria que os experimentos com possíveis curas para o câncer estão indo muito bem. Se conseguirmos vai ser mais uma realização da Empresa Kent para a vida das pessoas. – disse fitando-a. Podia até ser que a burocracia que envolvia a empresa não fosse algo... bonito, mas no fundo o objetivo de achar curas era real. E apesar de que seria realmente lucrativo achar uma cura para o câncer... iria ser mesmo bom. Assenti para ela e acenei rapidamente para ela. Esperei a garota entrar no apartamento e então voltei a andar pelas ruas de Londres.

Fazia um frio até que bem agradável e o céu estava começando a escurecer...E depois de andar um pouco mais por Londres, eu decidi voltar à sorveteria. Talvez a Laura e seus amigos estivessem lá, e... quem sabe eu poderia ser agradável? Andei até lá e quando entrei na sorveteria, vi a cena mais detestável que poderia me ocorrer, naquele dia. Aquele tal de Arthur Milles beijava Laura. Mas eu me controlei. Virei o rosto para o lado oposto e continuei andando até o balcão: – Me dê um sorvete. Qualquer tipo de sorvete, eu só quero que você me dê um sorvete. – disse ao atendente. Peguei na minha carteira uns $50 euros e joguei para o atendente, sendo que o sorvete valia no máximo... $10: – Fique com o troco. Apenas seja rápido e me dê a droga do sorvete. – disse, tentando controlar qualquer emoção que a minha voz passasse. E em menos de um minuto eu tinha o sorvete. Era uma casquinha, com um sorvete verde. Provavelmente de menta. Segurei o sorvete com força e andei até onde Saphira e o outro Milles estavam e a Laura e o Arthur que estavam se beijando. Fui até Saphira e falei: – Saphira... Eu sei que não deveria falar coisas do trabalho fora do trabalho... Mas eu queria te avisar de antemão para desmarcar qualquer compromisso do resto da semana. Obrigado pelo ótimo trabalho. – disse e então saí da sorveteria, enquanto continuava segurando com força o sorvete. Eu estava caminhando lentamente, e agora fora da sorveteria, eu estava começando a tremer. O sorvete na minha mão caía e para variar um rapaz esbarrou em mim, me fazendo derrubar o sorvete na roupa dele. E o mesmo protestou dizendo: "Francamente, porquê não toma mais cuidado?! Você sujou a minha camisa!"- e foi nessa hora que eu cerrei os meus punhos com mais força ainda e agarrei o indivíduo pela camisa, jogando-o na parede do prédio que era colado com a sorveteria: – Você acha que eu quero tomar mais cuidado? Quem é você para me dizer que eu devo tomar mais cuidado? – e ele imediatamente começou a se desculpar, dizendo que estava indo para o trabalho, mas que isso não importava: – Também não me importa o fato de que você sujou a droga da sua camisa! – gritei e soltei o cara, dando um soco nele a seguir e fazendo-o cair no chão. E então as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. E eu saí correndo. Parei de correr quando ouvi uma voz me chamar. Mas eu continuava chorando. Eu não conseguia parar de chorar. Mas se eu fosse falar com quem quer que seja, eu tinha que parar. Enxuguei os meus olhos e me virei para trás, para encarar a pessoa. Era Laura: – O-oi... Laura. – disse enxugando as lágrimas que saíam sem a minha permissão: – Des-desculpe, eu acho que... tenho que ir... – disse e já ia me virando para voltar a andar... Ela segurou o meu braço e me fez fitá-la: – Eu... estou bem. Está tudo bem. – menti enquanto fitava-a e então ela me perguntou o que aconteceu. Eu desviei o olhar da Laura. Eu iria dizer que não havia acontecido nada, mas já basta o "Eu estou bem" como mentira: – Eu deveria estar acostumado, Laura... mas dessa vez o amor não correspondido que eu tive por uma pessoa doeu mais do que o comum. – disse deixando mais algumas lágrimas caírem. E então eu vi Saphira chegar com o carro: – Não... eu já estava indo embora, por favor, me deixe ir. – disse tentando me afastar. Vi Laura entrar no carro e assenti para Saphira, entrando no carro também. Sentei-me ao lado de Laura, me afastando um pouco e ficando mais perto da janela. Eu fitei Laura e vi que ela cobria o rosto. E agora, além de estar acabado eu me sentia péssimo. Eu não deveria ter falado a verdade. Deveria ter dito que foi alguma coisa no trabalho. Apoiei meus cotovelos nos joelhos e então segurei minha nuca. "Você me decepciona Christian. É um fracassado." Era a frase que se repetia novamente na minha cabeça. Foi o que meu pai me disse por último, e agora eu sei que é verdade. Além de não ter um amor recíproco, fiz a mulher que eu amo achar que é culpa dela. Eu deveria acabar com tudo isso. Eu deveria sair daqui.

Suspirei quando Saphira me deu a caixa de lenços e apenas a segurei sem pegar nenhum lenço. Ouvi-a pergunta dela e apenas continuei fitando a caixa que eu segurava: – Não terminei. – disse em um murmuro rouco. E então eu virei um pouco da minha cabeça para fitar a Laura. E larguei aquela caixa com lenços ao meu lado. Eu não iria usá-los, de qualquer maneira: – Já chega, pare o carro. – disse para Saphira, mas ela não parou: – Então, eu não tenho escolha. – murmurei e fitei Laura mais uma vez, porém desviei o olhar, quando senti as lágrimas descerem de novo pelos meus olhos. Virei-me para perto da porta rapidamente e a abri, e antes que Saphira pudesse frear ou me segurar eu já havia pulado. Caí na calçada, rolando por esta. Posso dizer que a dor que eu senti agora doeu bastante, mas não se compara a de dentro.
As pessoas começaram a vir até mim perguntando se estava tudo bem ou "Chamem uma ambulância, ele é Christian Kent!" e então eu me levantei com esforço. Meus braços doíam, meu rosto ardia e estava provavelmente arranhado, fora que eu mancava: – Não precisa... eu estou bem... – murmurei e mais pessoas tentavam me ajudar a caminhar: – Eu já disse que não quero ajuda! – disse me soltando delas e voltando a caminhar, mesmo que mancando. E então começaram a vir pessoas com câmeras, e repórteres perguntando "Sr. Kent, você nunca esteve pior. Isso significa a decadência da Empresa Kent?" e coisas como "Sr. Kent, o senhor estava pensando em se matar? Se sim, quem seria o herdeiro da Empresa Kent?"– e eu apenas continuei andando: – Me deixem em paz! – vociferei tentando sair do meio daqueles repórteres. É Sr. Kent, você não poderia estar pior. E depois da Saphira me dar uma tapa na cara, que acho que não devo citar como doeu e quando ela me puxou para o carro, trancando-me lá novamente do lado de Laura, ela me perguntou o que eu tinha na cabeça. Virei-me para fitá-la e a encarei por um tempo, e então me voltei para frente e assenti : – Nada. – murmurei, sem fitá-la: – Eu não tenho nada. E por isso não tenho nada a perder. – disse ainda que murmurando e enquanto fitava o banco da frente. Virei-me para Laura quando ela tocou no meu rosto e a fitei quando ela dizia tudo aquilo sobre as pessoas que se importavam comigo. Eu me aproximei mais um pouco dela e toquei-a no rosto, da mesma maneira que ela me tocou e sorri um pouco, mesmo que aquele sorriso não fosse de felicidade, mas sim de uma admiração que eu tive ao ouvir Laura dizer aquelas coisas: – Ninguém se importa comigo, Laura. – sussurrei e então me afastei, voltando a me ajeitar no banco, e ouvi o que Saphira disse. Então eu balancei a cabeça assentindo: – Mas é claro... – disse enquanto fitava o banco da frente: – Como poderia esquecer da Empresa Kent? Christian Kent tem a empresa Kent. A grande merda que é a Empresa Kent. A ótima Empresa Kent, que faz remédios e fabrica armas biológicas, mas é claro, ninguém sabe sobre os vírus que podem matar uma população inteira, e estão matando, a serviço do governo. É muito dinheiro para que alguém saiba. Eu deveria me casar com a Empresa Kent. Ela me traz tanta felicidade com aquele dinheiro sujo... e é claro, é a única que me ama não é? Ah, eu tenho certeza que quando eu chego perto daquele prédio de concreto ele mostra os sentimentos mais nobres por mim. – disse me encostando no banco. É, tudo é sempre sobre a Empresa Kent. Christian Kent é a empresa Kent? Eu deveria admitir isso logo e mandarem implantar meu cérebro ao prédio. Iria ficar mais real do que eu em meu corpo físico. E então vi Laura atender o celular. "Arth". Era o Arthur Milles, é claro. É, essa deveria ser a hora que eu deveria ter aberto a porta e pulado. E essa deveria ser a hora que o carro deveria estar em velocidade, ou até em velocidade normal, contanto que outro carro passasse por cima de mim. Por que aí, eu não precisaria ouvir a conversa com o "Arth", e o Christian Kent, deixaria de ser a empresa. Apenas desviei o meu olhar para a paisagem que passava pela janela. Eu iria gritar, iria dizer tudo aquilo que se passava comigo. É, eu era um idiota, insano, fracassado, imbecil. É o que eu ouvia a minha vida toda. E dói mais quando você ouve de alguém que você ama, sabe? Não que elas entendam, e nem quero que entendam. Mas quando você está na cama, com o seu pai perto da morte e segura a mão dele dizendo "Pronto pai, eu estou aqui com você" e ele diz algo como "Você me decepcionou. Você foi um fracasso" como últimas palavras... É,é besteira sentir algo com isso. É besteira, por que ele foi a sua única família a vida toda, e além de ser o culpado pela morte da sua mãe, agora você vive com o fardo de saber que é um fracassado. Que o seu próprio pai disse isso. E que agora que você não tem ninguém e só tenta ter alguém, continua sendo o idiota, fracassado e mal-agradecido de sempre. Assenti para tudo o que elas disseram: – Tem razão. Diga ao Arthur Milles que eu sinto muito. – disse e balancei em negativa com a cabeça quando Saphira perguntou se eu queria que elas fizessem mais alguma coisa: – Não. Obrigado. – disse e quando vi que ela destravara a porta, eu saí por ela e comecei a caminhar em direção oposta ao hospital o mais rápido que eu conseguia. Não queria hospital nenhum, quero dizer, qual hospital consegue curar um idiota, ingrato, que só olha para si mesmo? E essas coisas físicas um dia vão se curar sozinhas. Nem se fosse depois de muito tempo. Já estava de noite e eu continuava andando. Finalmente cheguei onde queria: a empresa Kent. Peguei a minha chave reserva da empresa, entrei nela e fui até o depósito de limpeza, pegando bastante álcool em seguida. E então voltei para o estacionamento, onde estava o meu carro, aquele de um milhão de euros, com portas que abriam para cima. Joguei o álcool no carro e então revirei meu bolso que por sorte tinha um isqueiro: – Não se preocupe Empresa Kent, eu tenho algo bem maior para você. – disse e então joguei o isqueiro no carro, que rapidamente pegou fogo e minutos depois, explodiu.


Continuei andando pelas ruas de Londres e então parei quando vi um grupo de mendigos que faziam uma fogueira dentro de um barril. Aproximei-me deles e perguntei: – E aí gente? Importam-se que eu fique com vocês hoje? – perguntei fitando-os. Eles sorriram e disseram "Claro, venha e se aqueça!". Fui até eles e tirei meu paletó, dando para um dos senhores: – Você parece estar com mais frio. – disse e ele agradeceu. Peguei minha carteira e a abri falando para um dos caras: – Vamos, a nossa fogueira não está tão quente assim... – disse e então virei a carteira, deixando cair todos os euros, cartões de crédito e depois joguei a própria carteira que realmente alimentou o fogo. O mendigo riu e bateu nas minhas costas dizendo "Você é bem divertido!" e eu acabei rindo também: – É o primeiro que me diz isso. – comentei. E depois eu dou um jeito no meu apartamento e na "Empresa Kent". Vou aproveitar essa noite, com os meus novos amigos, que são realmente mais agradáveis do que qualquer pessoa que já conheci.


Permaneci me aquecendo na fogueira junto aos moradores de rua, até que Saphira chegou perto de mim e me abraçou perguntando se eu não queria lhe dizer o motivo de eu estar daquele jeito: – Por que o tempo todo, eu só tive coisas e não pessoas. – disse fitando-a: – E sempre que eu tento ter pessoas elas tem aversão a mim. – falei e então suspirei: – Isso dói. Dói por que não acontece com alguém que eu conheça, aconteceu com todos que eu conheci. – murmurei e voltei a fitá-la: – Mas, está tudo bem... Você deveria ir para casa. Vou ficar mais uns tempos por aqui. – disse me encostando em uma parede e suspirando de novo. Assenti para o que ela disse e suspirei: – Tudo bem... – disse e então fiz um aceno com a cabeça para que começássemos a andar: – Sabe Saphira, é difícil eu contar isso para alguém... – disse fitando-a e então comecei a falar: – Minha mãe morreu logo depois que eu nasci. Desde então era o meu pai quem cuidava de mim, mas... ele sempre me culpou por minha mãe ter morrido. E como se já não bastasse isso, ele estava sempre obcecado com a sua medicina e eu não sei como sobrevivi depois de ser a cobaia humana dele tantas vezes... – disse e balancei a cabeça tentando esquecer os detalhes ruins que vinham à minha mente: – E por mais que eu tentasse agradar ele, eu sempre fazia alguma coisa de errado. Ele morreu recentemente por causa de uma doença degenerativa, mas mesmo assim, fui eu quem cuidou dele. E quando ele já estava no leito de morte, eu me lembro bem que eu segurava a mão dele e dizia que estava com ele, mas... ele disse que eu o decepcionei. Que eu era e sempre fui um fracasso... – disse enquanto fitava o chão e então deixei uma lágrima cair, mas logo a limpei: – Desculpe-me... sei que parece besteira... – disse desviando o meu olhar para ela. Suspirei um pouco e fitei um pouco o chão, quando voltei a olhar para Saphira: – Por que ele era o meu pai. Ele era o único que eu tinha, e se eu não acreditasse nele, Saphira... eu não teria mais ninguém em quem acreditar... – disse fitando-a e então suspirei novamente: – Mas de qualquer jeito, eu terminei sozinho. – murmurei enquanto continuava andando e fitando o chão. Eu não estava dizendo aquilo por conta de Laura, na verdade, tinha um pouco a ver com ela, mas eu não poderia forçá-la a me amar. Poderia doer em mim, mas é uma guerra perdida, de qualquer jeito. O que eu quero dizer é que, agora eu não tenho mais nenhum tipo de família... O que me resta é a "Empresa Kent" e as pessoas que eu considero meus amigos, que... Eu consigo contar nos dedos. Assenti para Saphira com o que ela disse: – Eu deveria. – murmurei enquanto fitava o chão. A questão é que, eu não posso mais voltar no tempo e dizer para mim mesmo algo como "Não dê ouvidos a ele, acredite em você" sendo que depois eu contestaria. A submissão que eu tinha às coisas que meu pai dizia, não era uma questão de que eu pensava nas imposições que ele fazia, não era algo racional; era passional, e eu o atendia, por mais terrível que a "ordem" ou o que ele dissesse, fosse. Isso não foi certo. Assenti novamente para Saphira e continuei andando em direção ao hospital. Por mais que eu achasse que isso não era necessário... Achei que não deveria contrariar mais alguém hoje... Ouvi atentamente suas palavras de incentivo e sorri um pouco: – Vou tentar Saphira. – disse e fitei-a: – Muito obrigado e... desculpe se arrumei problemas para você de alguma forma... – disse e acabei rindo um pouco: – Eu te abraçaria, mas não acho uma boa ideia... – disse apontando para os meus arranhões no braço e no rosto que ainda sangravam um pouco, enquanto entravamos no hospital. Uma enfermeira chegou e me levou para uma sala, fazendo uns curativos e tudo mais. Quando terminou, eu voltei ao "pátio" principal do hospital, procurando por Saphira. Eu queria me despedir dela, antes de ir para casa... Logo a encontrei e sorri um pouco: – Desculpe Saphira, eu estava te procurando na verdade. – disse e me aproximei dela: – Então... eu queria te agradecer por ter feito... tanta coisa por mim. Você realmente me ajudou. – disse fitando-a: – Eu não deveria pedir alguma coisa, mas... poderia manter em segredo aquelas coisas que eu lhe disse sobre meu pai? – perguntei, encarando-a.
Assenti para o que ela disse e sorri um pouco: – Obrigado. – disse e abracei-a, mas logo a soltei: – Eu... eu vou para casa. Te vejo depois. – falei e coloquei as mãos nos bolsos começando a andar em direção contrária a de Saphira. Ainda me virei e acenei uma última vez, antes de apressar o passo para ir para casa. É, aquele dia foi mesmo cheio, e apesar de me sentir um pouco mais leve, me dei conta de tudo o que eu fiz. E vai dar realmente uma enorme confusão. Depois de andar por um tempo, cheguei ao edifício, peguei o elevador e subi ao meu flat. Peguei uma das diversas garrafas de Jack Daniels em cima da mesa de centro perto do sofá, abrindo-a e bebendo na garrafa. Caminhei até a varanda onde podia observar toda Londres. Depois de observá-la durante algum tempo, pensando em tudo o que acontecera, voltei para dentro da sala, deixando a garrafa em cima da mesa de centro. Tirei meus sapatos, meu paletó e segui para a suíte, onde antes de dormir e ser confrontado por algumas outras ideais, eu tomaria um bom banho e descansaria para amanhã...


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Notas finais do capítulo

Desculpem o texto longo, mas muita coisa tinha que acontecer e não podíamos esperar tanto tempo pra postar...



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