Learning to love escrita por Hermione Uckermann


Capítulo 15
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que eu falei que ia postar esse cap antes mas eu realmente não pude, podem me dar a bronca que eu mereço heuhuheuh



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526383/chapter/15

Hermione acordou tranquila. Havia tido um sonho maravilhoso. Primeiro encontrara-se com Draco na Torre de Astronomia, como em todas as vezes que estiveram lá, a situação não era animadora. Até que ele pediu para que ela passasse a noite com ele. Ela aceitou. Os dois foram para a Sala Precisa e foi lá que o sonho mudou de rumo. Eles se beijaram. E adormeceram abraçados um ao outro.

Ainda com os olhos fechados, ela relembrou todo o sonho. As imagens e sensações eram tão nítidas que ela podia jurar que realmente vivera tudo aquilo. Até mesmo o perfume dele ela podia sentir...

levantou o braço direito, queria tocar os lábios que pareciam ainda ter o gosto do sonserino. Abriu os olhos assustada. Um braço forte em volta da cintura a impediu de movimentar o braço. Hermione olhou em volta – ainda paralisada – e percebeu que estava no quarto com o qual havia “sonhado”. Não percebeu o enorme sorriso que brotou nos lábios. Virou-se para o sonserino, tomando cuidado para não acordá-lo; ele dormia sereno, como há muito não devia acontecer. Estava ainda mais lindo, os fios sedosos caindo displicentes sobre os olhos. Hermione apoiou o peso do corpo sobre o cotovelo e com a outra mão passeou delicadamente os dedos por todo o contorno do rosto do loiro. Poderia ficar horas ali, velando o sono tranquilo que ele tinha. Depositou um beijo terno em cada pálpebra dele, aconchegou-se no peito macio, quente e acolhedor. Mesmo dormindo, Draco moveu-se, deixando-a ainda mais perto de si. Logo Hermione estava dormindo novamente, imensamente feliz.

Hermione abriu os olhos, agora consciente de que dormira nos braços de Draco, olhou para ele e quis não precisar sair dali nunca mais. Ela juntou forças para sair do sofá, ainda teria um longo dia pela frente. Espreguiçou-se, sentindo-se com forças renovadas para continuar na luta. Olhou para a imagem angelical de Draco e não pôde impedir que uma lágrima de felicidade lambesse seu rosto.

Já deve ser tarde, pensou desviando o olhar de Draco para o relógio.

– Oh! Meu pai! - exclamou assim que viu que já era muito tarde – Draco! Acorda! DRACO!

O sonserino tinha um sono tranquilo, como há muitos meses não acontecia. Sem pesadelos nem nada que o perturbasse.

– Draco! Acorda, por Merlim! - Hermione gritou mais uma vez, fazendo o loiro gritar em um pulo, quase caindo do sofá.

– Que foi? Está louca, Hermione? Quer me matar de susto? - perguntou irritado, principalmente porque ela estava rindo do quase tombo dele.

– Ei! Não dava para ser mais mal educado, não? - falou brava, indo para o banheiro – Já são quase nove horas, vamos perder a primeira aula desse jeito. Seu idiota...

– Parabéns, Malfoy! Argh! - agora irritado consigo mesmo, esbravejou assim que Hermione entrou no banheiro.

Toda felicidade que a grifinória sentia esvaiu-se, junto com o Malfoy do dia anterior. Devia ter deixado esse imbecil aqui. Ele que perdesse a aula!, pensou secando as lágrimas que teimaram em descer pela face dela. Arrumou-se o mais rápido possível, não estava a fim de perder uma aula que fosse por causa daquele projeto de Comensal. Abriu a porta com estrépito; pretendia sair sem nem olhar para o sonserino.

Draco estava apoiado no batente da porta do banheiro, com uma mão de cada lado, impedindo a passagem. Filho da puta, pensou Hermione, desviando o olhar que teimava em pousar no corpo dele.

– Sai da minha frente, Malfoy. Eu quero ir para aula!

– Mione, olha pra mim – deu um passo para frente, tentando se aproximar dela, que foi o máximo que pôde para trás, até encontrar a pia. - Desculpa, vai? Eu não queria ter falado daquele jeito...

– Pois deveria ter pensado nisso antes de falar. Agora já foi! E me dá licença , não vou perder uma aula por sua causa – disse empurrando-o de seu caminho.

– Mione! - tentou Draco, ela já estava na porta. - Ah! - Gritou socando o espelho a sua frente e arrumando um enorme corte na mão.

xx

Hermione correu o máximo que conseguiu, mas ainda assim chegou atrasada; agradeceu, naquele momento, por ser uma das favoritas do Slughorn. Bateu na porta e, abrindo-a, perguntou:

– Com licença, professor. Desculpe o atraso, posso entrar?

– Claro, Srta. Granger, fique à vontade.

Ela entrou e logo encontrou Harry e Rony, indo sentar-se entre eles.

– Onde você estava? - Harry perguntou assim que ela ficou perto o suficiente para ouvir.

– Bom dia para você também, Potter. - Harry revirou os olhos – Eu me atrasei. Perdi a hora, só isso.

– Você não estava no seu quarto, Hermione! Desde de ontem que não te vemos. Vocês não estavam em lugar nenhum. Nem você nem o Malfoy! - o tom acusatório impregnado na voz baixa. - Onde você se meteu?

– Sabe, Harry, é invasão de privacidade ficar vigiando as pessoas com esse seu mapa. E você não deve ter olhado direito, porque eu fiquei o tempo todo no meu quarto. E quanto ao Malfoy, eu não sou mãe dele para saber onde ele se enfia.

– Tudo bem, Mione. Você já é bem grandinha, deve saber o que faz. - Harry pegou o mapa e o colocou em cima da carteira. Assim que saísse da aula iria tirar satisfações com Malfoy.

Rony percebeu que Hermione estava com o olhar distante, triste. Passou o braço pelo ombro da amiga, aconchegando-a em seu peito, em um gesto carinhoso e acolhedor, que ela aceitou de bom grado.

xx

Draco preferiria ter levado várias Cruciatus ao invés de ter deixado Hermione daquele jeito. Ela não merecia, depois de tudo o que fez para tentar ajudá-lo, que ele fosse grosso daquele jeito.

Ele ficou na sala precisa por toda a manhã, deitado no sofá, pensando no quanto a vida dele havia mudado em menos de um ano. Em certo ponto ele teve um sonho. Não saberia dizer quando havia dormido, ou se havia dormido. Não poderia ao menos dizer se aquilo fora um sonho. Ele sabia que Voldemort podia implantar imagens na mente das pessoas e desconfiou que aquele fosse o caso; o que o deixou ainda pior.

No sonho, ou seja lá o que tinha sido aquilo, Hermione estava em algum lugar tétrico, sendo torturada por Lúcio; Bellatrix o segurava, forçando-o a assistir aquilo e ainda falava “Esta vendo, Draquinho, é isso o que acontece com esses sangues ruins que acham podem se misturar com séculos de sangue puro. Está vendo?”. A voz estridente e exitada dela o dava náuseas.

Durante todo o resto da manhã ele não conseguiu tirar as imagens da mente. A perspectiva de que aquilo realmente acontecesse quase o deixou louco.

À hora do almoço, o sonserino foi para o salão principal. Ele não estava com um pingo de fome, mas sabia o quanto Pansy o perturbaria se ele ficasse sumido mais um dia. Assim que passou pela enorme porta viu uma aglomeração na mesa da Grifinória. Cátia Bell estava rodeada por colegas curiosos. Draco virou-se para a mesa da Sonserina, Pansy e Blaise lançavam-no um olhar interrogativo; ele apenas meneou a cabeça a saiu do salão.

O sonserino estava tão atordoado que não se deu ao trabalho de ir à torra de astronomia, rumou para o banheiro da Murta – desejando desesperadamente que Hermione estivesse com ele. E também não percebeu que tinha alguém o seguindo de perto.

xx

Hermione e Rony estavam voltando para as aulas após o almoço. Harry havia sumido segundos depois de falar com Cátia Bell e ainda não aparecera. A monitora, embora ainda não estivesse falando com o amigo, já estava ficando preocupada.

– Relaxa, Mione – disse Rony tentando acalmar a amiga -, quantas vezes ele já não sumiu e voltou são e salvo? Anda logo, se não vamos chegar atrasados.

Quando os dois já estavam próximos à sala de aula, dois garotos que deviam ser do quarto ano passaram aos cochichos. Hermione só conseguiu ouvir algumas palavras, mas foram o suficiente para deixá-la alerta.

– Rony, você ouviu o que aqueles dois estavam falando? - perguntou quase arrancando o braço do amigo.

– Meu braço, Mione! Que dois?, nem vi ninguém...

– Eu não ouvi direito – continuou como se não tivesse ouvido o que Rony disse -, mas eles falaram o nome do Harry e do Draco... e-e falaram de sangue! E que o Snape tinha chegado bem na hora...

Ela não conseguiu continuar falando, grossas lágrimas surgiram no olhar perdido dela. Rony a puxou para perto, sem saber o que dizer. Em outros tempos ele diria algo como “Tomara que o sangue seja do Malfoy e não do Harry.”, mas isso com certeza só pioraria a situação.

– Vamos procurar os dois, Rony – pediu entre soluços.

– Mas e a aula, Mione? - diante do “Ron” suplicante dela, ele concordou: - Tudo bem. Vamos.

Visto que não faziam ideia de onde ir, resolveram procurar primeiro no sala comunal da Grifinória. Por sorte, Harry estava lá, com um olhar desolado, sentado em uma das poltronas perto da lareira.

Hermione correu para perto dele e o abraçou, agradecendo por ele estar. Mas se não havia acontecido nada com ele...

– Onde está o Draco? - perguntou aflita. - O que aconteceu, Harry?

Ele não conseguiu dizer. Abaixou a cabeça e a mexeu em negação. As lágrimas voltaram ao rosto de Hermione, que se jogou na poltrona mais próxima.

Vários minutos depois, Harry conseguiu contar o que havia acontecido no banheiro da Murta; como, levianamente, ele usara o feitiço do livro de poções. O que Snape havia feito e, antes que Hermione pudesse dizer para se livrar do livro, disse que já tinha dado um jeito nele.

– Ele vai ficar bem, Harry? - assim que o amigo terminou, forçou a voz a sair. - Harry! Vocês não devia ter feito isso!

O garoto se absteve de responder. Dessa vez Hermione estava certa, ele não deveria ter atacado Draco com um feitiço cujo efeito era desconhecido.

Quando os alunos começaram a voltar das aulas, os três acharam melhor sair do salão comunal. Foram para o jantar sem a menor vontade de comer. Quando, algumas horas mais tarde, Harry disse que ia se deitar, Hermione exigiu que o amigo emprestasse a capa da invisibilidade. Ele queria questionar, mas o Rony o puxou para o dormitório e disse à Hermione que pegaria a capa para ela.

Quando já não havia mais nenhum aluno na sala comunal, Hermione saiu sorrateiramente pelo retrato da mulher gorda. Sob a capa da invisibilidade, foi direto para ala hospitalar. Nunca, na pior nas hipóteses, havia se imaginado entrando lá por causa de Draco. Talvez porque ele tivesse causado algum dano para seus amigos, mas jamais o contrário.

Logo ela conseguiu ver os fios loiros dele sobre uma das camas. Quando viu a imagem dele dormindo tranquilo, percebeu que há menos de vinte e quatro horas eles estavam dormindo juntos. Naquele momento briga alguma importava. Ela só conseguia pensar nos inúmeros cortes que cobriam toda a pele alva com manchas carmim. Os ferimentos pareciam controlados, mas inflamados. Ela não pôde deixar de pensar que fora Harry quem fez aquilo.

Ela tirou a capa e se ajeitou em um cadeira que tinha ali, passeando a mão calmamente pelo rosto e cabelo do sonserino. Ele parecia sedado e não acordaria tão cedo.

Ao que pareceram horas mais tarde, Hermione ouviu a porta sendo aberta. Rapidamente cobriu-se com a capa outra vez e agachou-se em baixo da cama. Não queria correr o risco de quem quer que fosse sentasse em cima dela.

A pessoa caminhou apressadamente ao encontro de Draco. De onde estava, Hermione só conseguiu ver que era uma menina. Ela teve ímpetos de esganar a criatura que agora estava debruçada sobre o loiro. Logo ela começou a falar com a figura inerte de Draco e Hermione reconheceu rapidamente a voz de Pansy Parkinson; aos poucos, a vontade de pular na garganta de sonserina foi diminuindo.

– Seu idiota! - sussurrou para Draco. - O que você está fazendo, hein, Draco? Eu sabia que isso não ia acabar bem! Parece que você nem existe mais. Mal fica no salão comunal, não come, não dorme, falta às aulas. O que está havendo com você? Estamos sentindo sua falta, sabe, eu e o Blás. Você ao menos ficou sabendo que começamos a namorar... já não era sem tempo, não é mesmo?!

Hermione percebeu que ela estava chorando; não pôde deixar de se sentir condescendente em relação à Pansy. A grifinória também estava sofrendo por causa de Draco, mas ela pelo menos sabia o que estava causando tudo aquilo... e a relação deles era completamente diferente da relação que ela tinha com o sonserino.

A garota ainda ficou vários minutos conversando com Malfoy. Contou como estavam as coisas sem ele, disse como ela e Zabini finalmente tinham se acertado e, antes de depositar um beijo na testa do amigo e sair, disse:

– Se o Blás sabe que eu vim aqui e não falei para ele vir junto, ele me mata. Fica bem.

Embaixo da cama, Hermione se encolheu ainda mais, sentindo-se completamente vulnerável com tudo o que estava acontecendo. Queria ela poder falar com Draco como Pansy acabara de fazer, parecia tão fácil. Como sempre o via acompanhado pelos dois idiotas do Crabbe e do Goyle, ela nunca pensou que ele poderia ter amigos de verdade. E descobrir que não era a única que estava preocupada com ele, mas a única que sabia de tudo e tinha uma remota esperança em poder ajudá-lo, desesperou-a.

Hermione deu um último olhar complacente a Draco e voltou para a torre da Grifinória. Se ela realmente queria ajudá-lo teria que começar a procurar maneiras para fazer isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então eu acabei a fic e vou postar o ultimo capitulo logo, era pra ela ser muito maior mas estão MUITO sem tempo mesmo me desculpem por isso e por o tamanho ridiculo dessa cap, Bjuus :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Learning to love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.