Learning to love escrita por Hermione Uckermann


Capítulo 14
Sala Precisa


Notas iniciais do capítulo

Oee amoreees te que enfim achei tempo pra escrever :3 me desculpem ta demorando pra postar um pouco mais consegui escrever 2 caps nesse tempo que fiquei sem postar,mas só vou postar 1 hj e amanha já posto o outro e.e Espero que gostem....



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As semanas iam correndo e os sentimentos de Draco por Hermione apenas aumentavam. Ele não sabia porque, mas sabia que havia surgido uma barreira entre os dois, e mesmo ele sentindo que Hermione também nutria algum sentimento por ele, não baixava a guarda nunca e que, tão cedo, eles não deixariam de ser apenas amigos. A cada dia ele sentia uma necessidade maior de ficar sempre mais e mais perto da morena. Os poucos momentos no qual passavam juntos eram os únicos momentos da semana em que ele sentia-se em paz. Só com ela ele conseguia esquecer do mundo, esquecer de todos os milhões de problemas com os quais tinha que conviver. Ao lado de Hermione, a única preocupação de Draco era não se esquecer de como respirar ou até mesmo andar sem tropeçar nos próprios pés, porque Hermione tinha este poder, de deixa-lo bobo, hipnotizado.

Hermione, assim como Draco, sentia que a cada dia seu coração clamava por mais dele, tanto quanto o dele por ela. Ela queria poder ficar ao lado do sonserino e ajuda-lo com tudo o que ele estava passando. Mas ela sabia que isso implicaria em muitas coisas, principalmente, porque - mesmo fingindo que não - ela sabia que Harry e Rony não tiravam os olhos dela, vigiando todos os passos que ela dava. A grifinória sentia parar o coração, e todos os outros músculos do corpo, cada vez que encontrava Draco - em qualquer lugar que fosse - abatido. E a cada dia em pior estado físico e de espírito. A vontade de sair correndo para abraço-lo e dizer-lhe que tudo ficaria bem a consumia. E ela realmente corria, com lágrimas as quais já eram constantes, banhando a face cansada, mas na direção oposta, assim não teria chances de sucumbir à tentação.

As noites de ronda eram as únicas nas quais ela se permitia esquecer de tudo a sua volta. Duas vezes por semana havia apenas Hermione e Draco. Sem sobrenomes, sem sangue, casas. Apenas dois adolescentes, mesmo que só amigos, amantes.

xx

Hermione estava reclusa em seu quarto, o único lugar onde conseguia fugir, por um tempo, de todas as coisas terríveis que a eminente Guerra trazia. Os livros, mais do que nunca, eram seus companheiros fieis. Ela relia, sabe-se lá por qual vez, O Morros dos Ventos Uivantes, seu livro preferido, quando uma coruja que ela desconhecia entrou pela janela e deixou uma carta em cima da cama. Era de Draco.



“Hermione,

Eu sei que não devia te pedir isso, mas eu preciso te ver. Por favor, me encontra na Torre de Astronomia . Te esperarei às 20 horas.

Um abraço,

Draco.”

A morena sabia que a chance de Harry e Rony descobrirem que ela havia se encontrado com Draco era muito grande, mas ela não deixaria que isso a impedisse de encontra-lo, principalmente porque ela queria saber motivo para tal encontro.

Ainda faltava três horas e o nervosismo não a deixaria continuar lendo. Ao pegar o livro para guarda-lo, Hermione leu um trecho que havia há muito grifado: “Só não quero que me deixes neste abismo, onde não te posso encontrar! Oh Deus! É inexprimível! Não posso viver sem a minha vida! Não posso viver sem a minha alma!” Relendo esse trecho, Hermione se pegou pensando se, assim como Heathcliff perdeu Catherine para a morte, o que ela faria se perdesse Draco. Ela sabia que eles poderiam nunca ter a chance de ficarem juntos, mas ela nunca pensou que isso poderia acontecer porque um dos dois havia morrido. E com a aproximação da guerra, e o modo como ambos estavam envolvidos nela, isso não seria difícil de acontecer.

Hermione jogou o livro o mais longe que sua escassa força permitiu. Não queria pensar naquilo. Não queria imaginar quão verdadeiro aquele pensamento poderia ser. Resolveu dormir um pouco.

xx

Quinze minutos antes do horário marcado, Draco já estava na Torre de Astronomia esperando por Hermione. Ele, definitivamente, estava no seu limite e não aguentaria mais tanta pressão se não tivesse alguém com quem contar. E mesmo estando em lados opostos na Guerra, era para Hermione que ele pediria - novamente - ajuda.

Subir por aquelas escadas, nervosa para encontrar com o sonserino, trouxe a Hermione lembranças das duas últimas vezes nas quais esteve lá com Draco. E ao relembrar as imagens do loiro em péssimo estado um calafrio percorreu o corpo da morena, que congelou por alguns segundos antes de continuar subindo. Não queria ver aquelas cenas outra vez.

Draco estava lá, encostado em uma janela, observando os jardins de Hogwarts, e o reflexo da lua no Lago Negro. Dessa vez, ele não olhava como se quisesse pular dali para resolver seus problemas. Olhava como se pudesse tirar dali as soluções para para seus problemas, como se aquela imensidão que ele tanto admirava, pudesse responder todas as inúmeras perguntas que pairavam a mente do sonserino.

O olhar de Draco estava longe, perdido em algum momento anterior àquele. Hermione precisou chamá-lo algumas vezes antes de ser notada.

– Mione! Desculpa, não estava prestando atenção... Na verdade, eu achei que você nem viria. - falou sem emoção alguma, num fio de voz nada típica de um Malfoy.

– Mesmo tendo sido trágicas todas as vezes que nos encontramos aqui, eu não pude deixar de vir. - a voz quase tão baixa quanto a do sonserino. Aproximou-se da janela e, ficando ao lado dele, olhou para fora – Adoro a lua assim, refletida no lago...

Draco nada respondeu. E eles ficaram lá, em silêncio, por longos minutos, observando os movimentos que a leve brisa fazia nas águas escuras do lago.

Um soluço escapou da garganta de Hermione e o tirou do seu estado de torpor. Ele a abraçou e deixou que lágrimas rolassem por seus olhos também. Não precisava de palavras para saber o porquê daquele choro.

– Mione, eu não aguento mais... Você não tem ideia do que estão fazendo comigo, Mione. – sussurrou, ainda abraçado à morena – Não dá mais. Eu não sou isso que eles querem que eu seja.

Um soluço, e mais uma vez Draco parecia uma criança. Uma criança que, no meio de uma multidão, se perdeu dos pais e acha que nunca mais encontrará o caminho certo de volta para casa.

Hermione apertou mais forte os braços em volta da cintura dele, mesmo sabendo que não podia fazer muita coisa, não queria que ele saísse dali nunca mais. Como se pudesse protegê-lo de tudo.

Entre soluços, tentou acalmar o loiro, e a si mesma.

– Se acalma, por favor. Vamos dar um jeito nisso, você vai ver. Vai ficar tudo bem...

– Não tem como ficar tudo bem, Mione. Não tem ninguém que possa me ajudar... - afrouxou um pouco os braços em volta dela, secou as lágrimas que ainda teimavam em descer pela face dele. Com delicadeza segurou o rosto de Hermione com ambas as mãos, secando com os polegares as cascatas que nasciam nos olhos dela - Eu preciso de alguém pra me ajudar, Mione. Eu preciso contar pra alguém.

Ela fechou os olhos, tentando controlar todos os sentimentos daquele momento. Depois de alguns segundos, negou com a cabeça.

– Não, você não pode contar nada. – ele ia falar alguma coisa, mas ela não se deixou ser interrompida – Eu vou te ajudar, não precisa me contar o que você tem que fazer. Eu te ajudo, faço qualquer coisa que estiver ao meu alcance. Qualquer coisa pra não te ver mais desse jeito.

– Mas você não pode me ajudar sem saber no que está se metendo... - tentou argumentar, sendo cortado.

– Confia em mim, eu vou te ajudar e não me importa o que você precisa fazer. - mentiu.

– Você vai me odiar pro resto das nossas vidas quando souber o que eu tenho que fazer. - disse mais para si mesmo, separando-se dela e começando a andar em círculos.

Hermione secou as lágrimas, respirou fundo e, com um aceno de varinha, prendeu em um coque os fios desalinhados que desciam grudados no pescoço banhado por lágrimas.

Ela ainda não havia pensado em nada que pudesse fazer para ajudar Draco. E agora, que ele sabia que ela poderia ajudar, as coisas ficariam um pouco mais fáceis para a morena. Agora, o sonserino pediria para ela fazer o que ele precisasse. Assim ela esperava.

Draco parou mais vez em frente à janela. Olhou para a imensidão estrelada que era o céu naquela noite, e clamou em sua mente para que se realmente houvesse um Deus acima dele, o ajudasse. Ele não achava certo enfiar Hermione naquela buraco no qual estava, sem que ela ao menos soubesse o que a esperava.

Hermione foi para o lado de Draco outra vez, um vento frio entrou pela janela e ambos se encolheram. A morena voltou seu olhar para as íris acinzentadas, estavam perdidas em pensamentos. Tocou-o no braço direito e afundou-se no peito definido do loiro assim que ele se virou. Abraçaram-se, sem lágrimas, apenas buscando reconforto um nos braços do outro.

– Acho melhor irmos dormir, já deve ser tarde. - disse a grifinória, ainda ouvindo o martelar descompassado que era o coração de Draco.

– Fica aqui comigo, Mione. Não quero voltar pra Sonserina, aquele lugar me sufoca. - pediu fitando as órbes castanhas.

Hermione não respondeu. Queria ficar com ele, mas não voltar para o dormitório seria arriscado. Pensou por alguns segundos, analisando as consequências para se caso não voltasse para o Salão Comunal.

– Você pretende passar a noite toda aqui?

– Pretendia... Tudo bem, eu sei que se os seus amigos descobrissem que você passou a noite comigo eles brigariam com você. Não precisa ficar... - as últimas palavras morreram num fio de voz.

– Eu não disse que não ficaria, só acho que aqui não é um bom lugar. - Hermione falou puxando-o para fora da torre.

xx

Depois de alguns minutos caminhando sorrateiramente pelos corredores do castelo, sonserino e grifinória param em frente à tapeçaria do Barnabé.

– O que a gente vai fazer aqui? - indagou confuso.

– Desculpa, mas minha cabeça tá a ponto de explodir, eu, com certeza, estou parecendo um monstrinho – Draco riu, para ele Hermione nunca iria parecer um “monstrinho” - e não pretendo passar a noite em claro.

Depois de ter passado as três vezes em frente à parede, uma porta surgiu e Hermione puxou Draco pela mão, entrando com ele na Sala Precisa.

Hermione havia desejado um lugar confortável e aconchegante onde eles pudessem passar a noite. Havia um enorme sofá-cama de couro preto, com seis travesseiros, e um cobertor para cada um. Tinha também algumas estantes repletas de livros e uma porta que dava para o banheiro. O lugar não era muito grande, mas muito acolhedor.

– Pra que tantos travesseiros, Mione?

Ela rui, não tinha reparado na quantidade – exagerada, diga-se de passagem – de travesseiros que surgiu ali.

– Não sei. Eu gosto de dormir com vários travesseiros, deve ser por isso.

– Ah... e a gente vai dormir na mesma cama? - perguntou o loiro, gostando da ideia.

– Isso é um sofá, e sim, vamos. Não tem problema, né?! - questionou com medo dele não querer dormir no mesmo lugar que ela.

– Nenhum. - respondeu indo em direção às estantes.

A morena viu que ele olhava com um ar de interrogação para as estantes ali presentes e respondeu à pergunta estampada no rosto dele.

– Eu me sinto bem perto de livros, não sei, parece que me acalma. - ele não disse nada, estava cansado demais, tirou os sapatos e deitou-se na “cama” - Se eu estou certa, aquilo – apontou para uma das portas – é um banheiro e deve ter um chuveiro e roupas limpas lá.

– Então, com certeza tem tudo isso lá... - disse indo em direção ao banheiro.

Poucos minutos depois Draco saiu de lá, ele queria ficar horas com o corpo em baixo daquela água quente, mas sabia que Hermione estava esperando para também tomar banho.

A grifinória estava sentada no sofá lendo um livro qualquer enquanto esperava Draco sair do banho. Ao ouvir a porta do banheiro sendo aberta, virou-se e teve que forçar sua mente a se lembrar de como fazia para respirar. A imagem que viu a deixou completamente sem fôlego e fez seu coração parar algumas batidas antes de assumir um ritmo completamente descontrolado.

Draco estava com um ar sereno, os fios molhados do cabelo caiam displicentemente sobre os olhos. E ele trajava apenas uma calça clara de malha, deixando todo o peitoral definido à mostra. Hermione ficou boquiaberta analisando-o, poucos pelos – tão claros quanto o cabelo – traçavam um caminho no abdome sarado. Mas a morena não pôde seguir a escassa trilha de pelos até o final. Draco a tirou dos pensamentos nada saudáveis, sem ao menos notar que ela o admirava.

– Você se importa se eu ficar sem camisa? - perguntou meio sem graça – Esse pijama deve ser um número menor que o meu... ele ficou apertado.. - disse erguendo a camiseta que estava em sua mão.

Só naquele momento Hermione percebeu como a calça estava curta nele... e apertada. Problema que poderia ser resolvido com um simples feitiço, mas nenhum dos dois se lembrou disso.

– T-tudo bem. Sem problema nenhum. - falou a mais firme e convincente que sua voz rouca permitiu – Eu vou tomar banho.

Sem nem olhar para Draco, saiu correndo para o banheiro. Ao contrário de Draco, tomaria um banho gelado, ou seria impossível passar a noite ao lado daquele loiro.

Não demorou muito e já estava devidamente preparada para dormir. O pijama não era muito diferente do de Draco: uma calça de malha e uma regata de alças fininhas, com um decote bem discreto. Ao colocar a mão na maçaneta da porta pediu aos céus para que Draco já estivesse dormindo – e de preferência com o cobertor até o pescoço.

O sonserino olhava as estantes com demasiado interesse e não percebeu que Hermione estava paralisada atrás dele, visualizando a silhueta perfeita que ele tinha. Quando conseguiu recuperar o fôlego, ela deu um pigarro, chamando-o em seguida:

– Draco. - no que ele se virou ela não pôde deixar de respirar fundo (o que não ajudou nem um pouco, já que o cheiro dele a invadiu) – Pensei que já estivesse dormindo. - conseguiu falar.

– Eu até tentei, mas fiquei virando de um lado para o outro, e nada de sono.

– Ah... Talvez agora você consiga, já é quase uma da madrugada. - apontou para o relógio acima do sofá – é melhor nos deitarmos.

– Aham.

– Você se importa se eu deixar um archote aceso? Não gosto de dormir com tudo escuro.

– Tudo bem.

– Boa noite.

– Boa noite, Mione.

Ambos aconchegaram-se, de costas um para o outro. Hermione respirou pesadamente, tentando esquecer que era Draco quem estava deitado a centímetros dela, e tentando fazer com que o maravilhoso perfume dele não a deixasse louca.

Vários minutos se passaram e enquanto Hermione fingia dormir, o sonserino virava de um lado para o outro. Ela pôde ouvi-lo tirando o cobertor, abandonando o mesmo no chão, e sentiu o coração martelar fortemente contra o peito.

Draco não era tão bom quanto a grifinória e não conseguiu ignorar a presença dela, assim como ela fazia com ele. Depois de vários minutos virando de um lado para o outro ele desistiu de tentar dormir. Estava começando a suar com aquele cobertor sobre ele, deixou-o em algum lugar no chão e virou-se, ficando bem próximo ao ouvido da morena.

– Mione? Você está dormindo? - sussurrou e um arrepio percorreu todo o corpo da grifinória, sob a luz fraca ele pôde ver os pelos da nuca dela se eriçarem, fazendo-o deixar um sorriso bobo escapar pelos lábios. Ela pretendia continuar fingindo, mas, com voz manhosa, ele insistiu – Eu não consigo dormir, Mione.

Ela apertou os olhos mais um pouco, querendo que aquilo fosse um sonho e ele não estivesse realmente grudado nela. Porque nos sonhos, as consequências também não eram reais.

Mas toda pouca força que ainda tinha para fingir que ele não estava ali foi-se embora quando ele inspirou profundamente o perfume dos cabelos dela. Ele adorava aquele cheiro, e foi como um presente dos céus tê-lo tão perto.

– Draco... - respondeu resignada, voltando-se para ele.

– Eu não estou conseguindo dormir. - repetiu.

– Deu pra perceber. Eu também não estou. - disse enquanto sentavam-se.

Segui-se alguns segundos de silêncio no qual ficaram se fitando. As respirações ficavam mais irregulares a cada batida descompassada dos corações. Hermione tentou desviar o olhar, mas Draco tocou-a no rosto, fazendo com que cinza e castanho continuassem mergulhados um no outro.

Ele acariciou a bochecha esquerda da grifinória com a polegar, e ela fechou os olhos. Esse gesto foi o convite que ele precisava para continuar. Delicadamente depositou beijos por toda a extensão do rosto dela. Afastou-se poucos centímetros, apenas o suficiente para admirar a beleza daquela cena. Queria ter uma máquina fotográfica para eternizar aquela imagem. Logo levou seus lábios de encontro aos dela.

Por três segundos ficaram assim, apenas com os lábios encostados uns nos outros, como se Draco pedisse permissão para o que estava fazendo. Depois do choque inicial, Hermione envolveu os finos lábios sonserinos com os seus. Um toque macio e quente. A delicadeza e paixão com que se moviam fez o coração de ambos parar para em seguida voltar ao ritmo acelerado que compunha aquela melodia.

Naquele momento não existia nada além de Draco e Hermione. Sentimentos e puro desejo.

Hermione levou as mãos até a nuca de Draco, puxando os fios loiros a fim de aprofundar mais o beijo. Sem pestanejar, Draco puxou-a para seu colo, colocando uma perna da grifinória em cada lado de si. Segurou com força a cintura dela, garantindo que ela não lhe escapasse. Mordeu de leve o lábio inferior de Hermione, rompendo o beijo e seguindo uma trilha de beijos até o pescoço macio, deliciando-se com o perfume inebriante que os fios revoltos do cabelo dela exalavam.

A grifinória pareceu recobrar os sentidos que lhe foram roubados com todas aquelas sensações que só Draco conseguia fazê-la sentir. Congelou por um segundo antes de tentar se afastar do loiro.

Draco percebeu que Hermione havia congelado em seus braços, mas não deixou que ela se afastasse. Puxou-a para mais perto de si. Delicado,... Abraçando-a.

Hermione respirou fundo. Sentiu o perfume que a havia feito se apaixonar, ali, nele... nela. Mesmo depois do banho o cheiro estava ali. Dele.

O perfume dele. E ela, dele.

Não disseram nada, palavra alguma seria capaz de descrever o que sentiam.

Draco podia sentir a jugular de Hermione pulsar freneticamente sob seus lábios. E imaginava que se não fosse pelas respirações pesadas, Hermione certamente ouviria o sangue dele sendo bombeado na mesma velocidade com que era o dela.

Mais calma, ela voltou as mãos ao cabelo de Draco, subindo e descendo em movimentos curtos. Ainda abraçada a ele depositou um beijo casto sobre o pescoço alvo. Inspirou mais uma vez. E aquele perfume a atingiu como uma droga. Não sabia mais como viver sem ele. Sem Draco.

Afastou-se um pouco, apenas o suficiente para olhá-lo nos olhos. Cinza e castanho. Draco e Hermione. Medo e... medo. Ambos tinham medo no olhar. Medo. Era o que mais sentiam nos últimos meses. Medo de tudo... Da guerra. Da perda. De não terem mais um ao outro e de não conseguirem sobreviver a isso.

Draco não queria sair nunca mais daquela sala. Ali ele tinha tudo. Tinha Hermione. E não precisava de mais nada. Tê-la em seu colo o havia feito esquecer de tudo, mas as coisas não eram tão simples assim, aquela não era a realidade deles.

– Mione... - começou a falar, sem saber ao certo o que dizer.

Ela o fitou mais intensamente. Calmaria, era isso que o olhar dela trazia. Ela meneou a cabeça em sinal de negação. Colocou nos lábios um sorriso de canto e disse:

– Não fala nada. Eu não preciso de palavras... Não agora. - quanto menos ele falasse, melhor. Ele já havia falado. Falado tudo. E Hermione guardava muito bem as palavras dele na memória. Não faria ele repetir nada, não enquanto essa guerra não estivesse acabada.

Draco olhou sem compreender direito, mas assentiu. Tirou uma mecha que caia sobre os olhos castanhos e colocou-a para trás.

Mergulharam no olhar um do outro por breves segundos. E naquele momentos de palavras não ditas eles entenderam que se amavam. Que fariam de tudo para terem um ao outro.

E colaram seus lábios novamente.


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Notas finais do capítulo

E ai, gente?? O que acharam?? Será que agora eles conseguem ficar juntos?? heuhuhueheuheuh Rose pronto ta ae seu cap deles na Sala Precisa.
Comentem amorees! Bjuss :*



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