Invisível escrita por ladytitania


Capítulo 9
Aquele sentimento de invisibilidade


Notas iniciais do capítulo

Olá! Consegui postar ainda hoje, foi meio corrido e pode ter alguns erros, mas qualquer coisa é só me corrigirem.
Tenham uma boa leitura!



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No dia seguinte os funcionários dos Kuchiki foram buscar a mudança de Rukia, que os acompanhou com uma expressão triste, deixando para trás as lembranças daquele lugar. Ela demorou a crer que Renji realmente não se importava em estar perto dela, mas decidiu dar um novo rumo a sua vida e o primeiro passo era tirar aquele semblante fúnebre do rosto.

Ao chegar à mansão ela ficou admirada com a beleza do lugar, Ginrei de longe observava as atitudes da moça que eram exatamente iguais as que tinha visto há anos atrás, quando Hisana tinha adentrado as mesmas portas demonstrando as mesmas reações, um nostálgico vislumbre.

Byakuya tinha dado ordens para que todos ficassem quietos em relação a estadia de Hisana na mansão, nenhum assunto relacionado seria tolerado. Rukia tinha recebido ordens de se apresentar a sala onde ficava o escritório dele na casa.

— Esse é um dos motivos pelos quais pedi que morasse nas dependências da mansão, devido a alguns problemas de saúde de uma membra da família, tenho passado algumas horas do dia trabalhando em casa. Assim que tudo se normalizar, voltaremos às funções normais somente na Universidade. - Explicou Byakuya.

— Entendido Senhor e a propósito já estou estabelecida e pronta para começar a trabalhar, peço que cuide de mim. - Disse a garota se curvando diante dele. Aqueles movimentos o torturavam, assim como a presença dela, mal podia esperar para poder abrir o jogo com ela.

— Sim, vamos trabalhar pois tenho negligenciado por tempo demais a Universidade, temos muito a fazer. - Respondeu ele, sempre evitando o contato visual com a pequena.

É claro que Rukia notava que ele estava sempre mantendo uma grande distancia entre eles, mas achava que poderia ser por sua baixa idade ou por já ter passado por experiências ruins antes, de qualquer forma ela também evitava o contato com qualquer que fosse o cara, pois ainda tinha muito a estudar e trabalhar, não queria nada que ficasse entre ela e seus objetivos.

Byakuya, por outro lado, passava os dias tendo flashbacks constantes, fazia algumas semanas que Rukia tinha começado a trabalhar com ele e havia momentos em que ele, perturbado por seus pensamentos, já não conseguia diferenciar o que era real de suas lembranças e déjà vus, a tortura era interminável.

Uma noite cansado de tudo aquilo, acabou embriagado na varanda em que eles costumavam ficar ao entardecer. Até quando poderia suportar a ausência de sua amada? Pensava ele com os olhos marejados.

Passando por ali, Rukia se viu preocupada com o estado lastimável de seu patrão, não sabia se tentava puxar assunto ou se ignorava e fingia que não tinha visto, mas foi surpreendida pela voz de Byakuya:

— Pode se sentar, eu não vou te morder.

Aquilo não parecia com algo que ele diria, mas pensou que seria melhor obedecer e se assentou ao lado dele.

—Vejo que já se adaptou a rotina. - Relatou ele.

— Sim, todos são muito gentis comigo, me pergunto se foi assim com a antiga secretária. - Respondeu ela ao olhar para a lua.

— Quer mesmo falar sobre ela? - Perguntou ele.

— Se o assunto não for um incômodo para o Senhor. - Respondeu a jovem.

— Senhor? - Risos - Era assim que ela me chamava no início, foi difícil tirar esse hábito dela. "Incrível" é uma boa palavra para descrevê-la, se pudesse conhecê-la, você concordaria. Você se parece com ela, parece tanto que tem feito minha cabeça revirar. - Disse ele ao se aproximar da moça, encarando-a.

— Existem muitas pessoas parecidas nesse mundo não é?! - Disse ela assustada com a proximidade e beleza do patrão.

Por um momento Byakuya parou os olhos tristes fitando a jovem, deixou que lágrimas caíssem, não podia evitar. Rukia então, comovida por seu sofrimento, deixou se levar e ia tocando em uma de suas mãos, ele rapidamente afastou a mão da garota.

— Me desculpe Senhor. - Disse ela assustada.

Rukia começou a pensar no quanto ela podia ser desinteressante, Renji já tinha demonstrado a vida toda o quanto ela não era atraente e agora isso, como era triste ver que todos ao seu redor a tratavam como um incômodo, como alguém que sequer merece ser elogiada ou admirada, se sentia a portadora de toda a feiura do mundo. Invisível.

Após acalmar o patrão, saiu em direção ao seu quarto, desolada. Mesmo depois de semanas sem vê-la, Renji não tinha dado sequer um telefonema. Nem para comemorarem os dezoito anos que se passaram há quase quinze dias. Ela estava decidida, iria encontrá-lo e estapeá-lo com algumas verdades, como ele podia fazer isso, mesmo ela tendo estado ao seu lado por toda a sua vida? Ele nem sentia sua falta. Isso não ia ficar assim.

Os dois comemoravam o aniversário no mesmo dia porque tinham sido abandonados no orfanato na mesma época, mas como não tinham nenhum registro de nascimento, acabaram sendo registrados no mesmo dia. O nome de Renji tinha sido escolhido por uma bondosa assistente que lá trabalhava, já o de Rukia estava em um bilhete em meio ao pacote em que foi deixada.

A conexão entre os dois era muito forte, mas ainda não tinham descoberto o que um significava realmente para o outro, mas algo dizia a Rukia que precisava fazer algo em relação a isso...

— Preciso vê-lo! Tenho dizer o que sinto... E será hoje.


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Notas finais do capítulo

Essa é das antigas, mas se encaixa bem nesse Renruki...

You can change your friends
Your place in life
You can change your mind
We can change the things we say
And do it anytime
Oh no, but I think you'll find
That when you look inside your heart
Oh baby, I'll be there

Tradução ~
Você pode mudar seus amigos
Seu lugar na vida
Você pode mudar sua mente
Nós podemos mudar as coisas que dizemos
E fazemos qualquer hora
Oh, não, mas eu acho que você descobrirá
Que quando você olhar pra dentro do seu coração
Baby, eu estarei lá

Can't Stop Lovin' You
Van Halen



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