What If escrita por Fields


Capítulo 2
Capítulo I - The winds are changing


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas!

Primeiro capítulo, introdução aos personagens e à história. Esse é só o comecinho do que está por vir, espero que gostem.
Obs.: O título do capítulo é " Os ventos estão mudando", eu absolutamente AMO a língua inglesa, então gosto de colocar os títulos em inglês.

Ok,é isso.

Let's go!



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Capítulo I
The winds are changing

3 anos depois...

Eram sete da manhã em San Francisco, o sol brilhava e o tempo estava perfeito para um passeio de bicicleta no parque, ou uma caminhada na praia. Porém Mégara Lionel estava trancada em seu quarto, com as cortinas fechadas em absoluta escuridão. A única iluminação vinha das telas de LCD a sua frente, que exibiam diversos ângulos de uma mesma pessoa. A loira franzia o cenho, enquanto analisava cada traço, cada olhar... E principalmente, cada sorriso ou expressão daquele cara.

Graças a uma “amiga”, e a Tony Stark, que tinha câmeras de segurança por toda a Torre Stark -embora Meg não soubesse o porquê do homem de ferro precisar de coisas assim-ela conseguira aqueles vídeos do verdadeiro responsável pela invasão a New York, e quando o vira pela primeira vez, não pode evitar ficar... Intrigada. Segundo registros que a maré crescente¹ lhe fornecera, ele se chamava Loki.

Deu play na tela a sua frente e riu baixinho, enquanto assistia a briga entre o tal Loki e o grande monstro verde. Depois de ficar estirado no chão, o homem se levantou com um suspiro, aparentemente xingando a tudo e todos. Logo, os vingadores entraram e o encontraram escorado nos degraus.

Meg pausou o vídeo novamente, dando zoom no rosto do rapaz, no sorriso torto e olhos azuis brilhantes. Claro, ela sabia que ele era o cara mal. Mas algo lá dentro parecia não se importar com isso. Era como se ela o conhecesse, como se soubesse que ele não era só destruição.

— Depois de rever esses vídeos tantas vezes, não me surpreenda que você já o conheça. – murmurou para si mesma, abrindo um singelo sorriso.

Mas não era só isso, era quase como se ela o conhecesse... Seu “poder” lhe permitia ler as pessoas, talvez o que ela sentia fosse uma leitura, mesmo que a distância. Quem sabe essa fosse outra faceta de seu dom. Mesmo que ela achasse que aquilo estava mais para maldição.

—Mégara? – alguém lhe chamou, batendo na porta em seguida.

—Sim, Martha, entre. – Ela disse, reconhecendo a voz.

Ao entrar, a velha senhora que cuidava de Meg desde seus dois anos sorriu marota, observando as imagens do homem estampadas nas telas.

—Novamente observando este homem, Meg? – perguntou ela balançando negativamente a cabeça.

A loira apenas deu de ombros, desligando os aparelhos.

—Tenho uma queda por bad boys. – Brincou ela e a senhora riu.

—Ainda bem que ele está longe demais para retribuir seus sentimentos. Não quero te ver envolvida com um mal elemento. – Ela murmurou e Meg apenas deu de ombros com um pequeno sorriso.

—E meu pai já foi? — perguntou e a outra assentiu, enquanto dobrava a roupa de cama.

—Pediu desculpas, mas estava atrasado para o julgamento do prefeito. — Martha disse, e Meg assentiu.

— Não vou poder esperá-lo, meu vôo está marcado para daqui a uma hora. — Ela murmurou, e Martha suspirou,parando com seu serviço.

—Tem certeza disso, chica? — perguntou, com seu típico sotaque espanhol.

—Preciso descobrir o que é “isso”, tía. – Meg respondeu, e balançou a cabeça. Martha sabia bem do que a garota falava. — ou ao menos tentar.

—Boa sorte, minha querida. — Ela respondeu, atravessando o quarto e abraçando a jovem.

Meg sorriu... Só esperava que essa viagem lhe desse pelo menos algumas respostas para as suas muitas perguntas.

~*~

A garota suspirou, finalmente abrindo a porta de casa. Jogou as chaves na mesinha de canto e olhou em volta, o grande apartamento estava vazio, provavelmente seu pai estaria no escritório. Mégara andou até a parede de vidro, que dava para o cento de Manhattan e abraçou o próprio corpo, enquanto observava a cidade iluminada.

Sempre reclamou de ter uma vida patética, normal demais, sempre desejou que algo extraordinário acontecesse consigo e, bom...Agora seu pedido havia sido respondido.

—Não era exatamente isso que eu queria. – ela murmurou, indo em direção a sala de TV, ligou a tela e tirou os sapatos enquanto ouvia as últimas notícias.

Os ataques a Londres parecem ter sido obra da coréia, que revoltados com a situação atual se voltaram contra os países que apóiam os Estados Unidos. – Meg levantou as sobrancelhas e olhou para a tela. A repórter, ironicamente oriental, discursava sobre o fato ocorrido, enquanto atrás dela, havia uma tenda branca, com vários cientistas entrando e saindo dela. – Mas fontes do governo indicam que várias marcas produzidas no chão, semelhantes as que foram descobertas no Novo México há alguns anos atrás, não podem ter sido obra de coreanos. Vamos conversar agora com o geólogo William Hartwin.

—As marcas são de uma linguagem antiga, quase nórdica, se eu fosse dar um palpite, diria que são idênticas as marcas feitas por Thor no verão passado. Provavelmente um novo ataque alienígena está por vir. – Meg pausou a imagem no momento em que mostravam um circulo redondo no chão,cheio daqueles desenhos esquisitos que vira no site da maré crescente.

Segundo eles, Essa era a marca que foi encontrada em Londres, no verão passado, quando Thor “surgiu” do nada, com monstros e aliens em seu encalço, destruindo boa parte da cidade. Alguma coisa se remexeu dentro dela, Thor era irmão de Loki... Então se Thor estivesse na terra...

BLUMP!

Meg desviou sua atenção para o teto, ouviu passos e franziu o cenho.

— Pai? – chamou, engolindo em seco.

Silêncio.

Mas não um daqueles confortáveis e sim um silêncio que precede um ataque em filmes de terror.

Mégara sentiu seus cabelos da nuca se arrepiar, e tentou se acalmar.

— Seja quem for, saiba que eu sei defesa pessoal. – ela disse e ouviu passos na escada.

— Bom saber que as aulas que paguei para você dão resultado. – Meg sorriu aliviada quando ouviu – e viu – seu pai descendo os degraus.

— Quer me matar de susto? – ela perguntou e o homem riu, abraçando-a.

O pai de Mégara se chamava Josh Lionel Lucas, um poderoso – para desgosto da loira – advogado da agitada Manhattan.

Onde quer que fosse, Mégara Lionel Lucas era conhecida como a boneca do Doutor Lucas. Título esse extremamente odiado pela garota.

—Senti saudades. – ele disse e ela rolou os olhos.

—Pai... Só fiquei fora por três dias. – retrucou e o homem deu de ombros.

—Para mim pareceu uma eternidade. – Disse por fim, afrouxando a gravata e se jogando no sofá.

Mégara ficou observando o homem. Os cabelos louro-esbranquiçados estavam um pouco desalinhados e o terno, sempre tão arrumado, estava amassado. Como se ele tivesse dormido com a roupa. Mas apesar disso - e dos pés de galinha embaixo dos olhos, que envelheciam mais o pai – ele tinha uma aparência, no mínimo,feliz.

—Pai... Tem algo errado? – Meg perguntou, se sentando ao lado dele.

—Não. – ele franziu o cenho – Por que teria? – perguntou, e ela bufou.

—Você não sabe disfarçar. – A moça retrucou, apontando para a pose relaxada do pai, no assento. – Na sexta, quando eu fui pro Alasca você tinha uma pilha de processos para examinar. Hoje ainda é domingo, e não estou vendo você trancado no escritório para terminar. — Meg explicou e Josh sorriu a cada observação feita por ela.

—Tudo bem, mocinha. – Ele disse, desligando a TV (que ainda estava pausada no estranho círculo “impresso” no chão) – e se virando para ela.

—Haa não. —Mégara bufou,quando viu aquele sorriso no rosto do homem.

—Haa sim. – Disse ele, dando uma gostosa risada.

~~~*~~~

Fury entrou na sala e viu o Deus asgardiano sentado em sua mesa, os braços cruzados e uma expressão tensa no rosto. Fury rezou para que não houvesse grandes problemas. Afinal, desde que viera a terra, Thor nunca havia entrado em contato pessoalmente.

—E que posso ajudá-lo, Thor? – perguntou o moreno.

—Meu pai está estranho. – Thor disse, e Fury levantou ambas as sobrancelhas.

—S.H.I.E.L.D. não interfere em relações de pai e filho...

—Não é isso. – O loiro retrucou, rolando os olhos – Eu geralmente conseguia me comunicar com ele, mas nem isso consigo mais, não sinto a presença dele e Heimdall não me transporta mais a Asgard.

—Você deixou o reino, talvez seu pai te exil...

—Não! – Thor o interrompeu. – Eu sei que tem algo errado, quando vim para midgard, ainda visitei meu reino duas ou três vezes. Fury, eu sei que tem alguma coisa acontecendo.

—Bom, de qualquer maneira, não há como te levarmos. – Nick Fury disse e o loiro suspirou assentindo. – Nós ainda não criamos nenhum portal para outro mundo. —Ele disse olhando o loiro, este fez uma expressão estranha, dando de ombros em seguida. – Não é?

—Bom... – Thor murmurou e Fury franziu o cenho, cruzando os braços —Desde que Jane foi possuída pelo éter,ela tem sentido fontes de energia. Estávamos seguindo o rastro, mas aparentemente,precisamos de uma ajudinha da S.H.I.E.L.D..

—Procurando portais sem autorização, Thor? – Nick urrou, enquanto o loiro bufava.

—Isso é uma questão de vida ou morte, Fury. Não sei o que se passa em meu reino, e a S.H.I.E.L.D. não tem me ajudando muito desde que voltei de Asgard. – Ele murmurou e o moreno bufou.

—O que? Claro que temos! — Exclamou e Thor rolou os olhos.

— Colocar escutas no escritório de Jane e mandar os engravatados seguirem o doutor Selvig não é a melhor definição de ajuda. – ele retrucou e Nick estendeu as mãos, em sinal de rendição.

— Ordens superiores, eu não tive como negar. – O diretor disse e Thor rolou os olhos.

— Fury, só... Me ajude. Midgard é importante pra mim, mas Asgard ainda é meu lar. – Ele disse e o outro suspirou.

—Vou convocar o pessoal para uma reunião. Assim que capitão América e Gavião voltarem de um “evento”, no centro da cidade. – Ele disse e Thor assentiu.

—Eles precisam de ajuda? – Perguntou o guerreiro e Fury negou.

—É só um cara que abusou de experimentos. Aparentemente, um fã do doutor Benner. – Ele explicou rolando os olhos.

Thor assentiu e suspirou.

—Só espero que meu pai esteja bem. – murmurou quase que para si mesmo, sobre o olhar atento de Nick Fury.

~~~*~~~

O rei desceu as escadas em passos lentos, os guardas se entreolharam, vendo o modo que a idade o afetava. Ao pé da escada,soltou um suspiro e fez um gesto de despensa com a mão, os guardas saíram e ele caminhou silenciosamente pelo corredor.

Desde a última rebelião, haviam poucos presos nas celas, mas ele não se incomodava que o vissem, não quando ele era o senhor das ilusões. Eles só veriam o que ele quisesse. Chegou a última cela, um homem jovem, com seus 35 anos estavam deitado confortavelmente em uma cama.

O velho deu um sorriso de canto e com os dedos, tocou o vidro que trancafiava o outro ali, este se desfez e enquanto o velho adentrava o local, o outro homem se levantava. Assim que o primeiro entrou,o vidro foi novamente refeito,mas tudo estava diferente.

No lugar do velho rei, se encontrava um rapaz, de cabelos negros e pele branca,sorriso sarcástico e intrigantes olhos azuis, que faiscavam ao ver a situação do verdadeiro rei a sua frente.

—Loki . – Odin murmurou com um ar cansado. A idade realmente o afetava e estar trancafiado em uma cela, enquanto seu “filho” louco governava seu reino,não melhorava seu estado de saúde.

—Como é bom vê—lo novamente, pai de todos... – Loki sorriu, satisfeito com a condição daquele que lhe negara seu direito de nascença. – Estou aqui para lhe avisar que a celebração de posse será daqui a alguns dias, ficará feliz em saber que seu exílio está quase por começar.

—Você vai destruir Asgard, Loki. – Odin murmurou, a respiração falha. – Que meu pai me perdoe... Eu criei um monstro.

O sorriso no rosto de Loki desapareceu, e logo o moreno encarava o velho com ressentimento estampado no rosto.

—Talvez tudo fosse mais simples se tivesse me dado...

—O seu direito? – Odin gritou,se levantando com dificuldade. – Seu direito era governar uma raça que não existe! Eu te salvei, e como você me agradece? Me trancando em uma cela e ROUBANDO meu trono! – exclamou, tendo um ataque de tosse, e caindo sentado sobre a cama. – Isso é um castigo, de meu pai Bor... Por eu tê—lo abandonado a morte. – Odin murmurou e Loki abriu um sorriso torto.

—Parece que todos na nossa família têm um jeito diferente de conseguir o que quer. – Ele retrucou e Odin apenas soltou um suspiro.

—Thor nunca faria uma coisa assim...

—Thor! – Loki o interrompeu com um riso sarcástico. – Seu amado filho está em Midgard com aquela humana! Eu realmente não entendo a graça que ele vê nessa espécie.

Isso fez Odin sorrir.

—Claro que não. – Loki o olhou de soslaio, e o homem balançou de leve a cabeça. – Você não entende o amor, Loki. Eu não compreendia a decisão de Thor até perder minha Frigga... Agora vejo o quanto fui tolo.

—Amor... – Loki rolou os olhos – palavra tola, inventada pelos humanos.

—Todos nós temos alguém que somos ligados, Loki. – Odin levantou o rosto e encarou os olhos azuis do feiticeiro, que franziu o cenho, não entendendo o porquê da conversa tomar aquele rumo. – É o que o destino faz conosco, antes mesmo de nascermos, nós já somos atrelados a alguém.

—Do que está falando? – perguntou o Deus da trapaça, sentindo um leve arrepio na nuca.

O velho não respondeu de imediato, então o rapaz percebeu que sua mãe ficava do mesmo modo quando estava tendo uma “visão”. Os olhos claros de Odin pareceram desfocados e logo um sorriso estranho lampejou em sua face.

Não era segredo para ninguém que Frigga havia “passado” ao Deus, o dom de ver o destino, mas desde que ela se fora, todos diziam que Odin não podia mais realizar tal feito.

—Tudo está prestes a mudar, filho. – Odin murmurou em uma voz rouca. Loki travou o maxilar, não só pela palavra “filho”, mas também pelo significado que aquela frase poderia ter. – Eu nunca havia conseguido ler seu destino... – Odin falava, como se estivesse hipnotizado. – Até agora.

—E o que vê? – Loki perguntou, chegando mais perto do velho rei e se abaixando perto dele. – Me diga o que vê! – Acrescentou, impaciente.

—Então é esse o seu destino... Agora compreendo. – Odin continuou, de forma enigmática. – Como fui tolo... Se eu ao menos tivesse visto antes. – Odin balançou de leve a cabeça, causando completa confusão no rapaz.

—Visto? E diga o que é! – Exclamou, segurando os ombros do pai.

—Você tem de salvá—la, Loki, o dia da coroação será o dia em que Asgard sucumbirá. – O moreno franziu o cenho, e se afastou do pai. – Eles estão chegando, os ventos estão mudando, e o exército caído está marchando em nossa direção.

— Exército caído? – Ele perguntou, franzindo o cenho. As palavras do pai pareciam loucas demais, mas o príncipe sabia que a visão era legítima. – Como posso salvar Asgard? – acrescentou temeroso.

Apesar de tudo, Loki desejava governar Asgard de maneira justa, e se tivesse de defender a cidade de um ataque, assim o faria. O rapaz não queria ser rei apenas pelo título, (até porque ele mesmo não vinha ganhando nem um reconhecimento com o ótimo trabalho que fazia no reino, já que quem “governava” era Odin) mas porque ele mesmo crescera se preparando para isso.

Odin não lhe respondeu. O velho teve um ataque de tosse, e dessa vez, sangue lhe saiu pelo nariz. Loki se aproximou do homem e tentou ajudá-lo como pôde, mas Odin parecia a beira da morte.

—Guardas! – Loki gritou, e se concentrou ao máximo para que sua ilusão desse certo. – Guardas! – gritou novamente, o mais alto que pôde.

Enquanto ouvia os passos apressados no corredor, voltou sua visão para Odin, que agora se transformara em um jovem, de 19 anos. Loki suspirou, desejando que sua mãe o ouvisse, e preservasse a vida de seu pai.

Pelo menos até ele descobrir quem era o exército que queria atacar a cidade, e o que ele poderia fazer para impedir as previsões horríveis feitas pelo homem.

~~~*~~~

Mégara bufou – pela milésima vez naquela noite—totalmente transtornada. Seu pai inventara de lhe apresentar outra de suas namoradas,e ela estava há meia hora,naquele restaurante chique,esperando pelo mais novo casal.

Era uma noite de segunda,ela deveria estar no quarto,ouvindo uma música qualquer.Sua faculdade começaria dali a duas semanas e tudo o que ela fez de produtivo foi uma viagem de pesquisa ao Alasca.

A música no restaurante era tranquila, o ambiente agradável, e logo seu pai chegaria. Apesar da raiva pela demora, tudo estava normal...Mas é claro que para Mégara,nada era muito normal.

Em questão de segundos, tudo mudou. O restaurante silencioso se tornou uma nuvem de poeira e gritos para todo lado. Meg sentiu seu corpo ser atirado em algum canto e ouviu fortes barulhos, provavelmente pedaços de concreto despencando do teto.

Ela piscou um pouco e tossiu, devido à fumaça. O restaurante silencioso havia virado um palco de explosões, gritos e aparentemente, lutas. A menina se levantou, ainda meio tonta e viu um homem vestido de maneira super estranha – acentuando o “macacão” extremamente colado, e provavelmente desconfortável – com um escudo ainda mais estranho, lutando e socando um “ser” humanóide.

Ela estava assustada, obviamente, mas Meg achou aquilo surreal demais, parecia um sonho louco. O humanóide de pele escurecida jogou o homem longe, e Meg sentiu um calafrio na espinha.

—Hey! — ela gritou,por puro extinto,temendo que o ser matasse de vez o homem com a roupa azul.

O monstro se virou para ela enquanto o homem se levantava com dificuldade, e Meg se arrependeu assim que o ser veio para cima dela. Com certeza ela não conseguiria fazer muita coisa, então tirou a luva — que sempre usava,desde o “incidente” — e se encolheu, esticando a mão na frente do corpo.

“por favor,funcione,funcione...” a menina rezava,de olhos apertados e mãos tremendo.Bastava atingir a julgular...

Mas de olhos fechados, a loira não viu que o homem, intitulado capitão América, já havia se levantado, e enquanto o humanóide era atingido por uma flecha do arqueiro verde, o capitão se jogou contra o corpo da estranha — e louca — garota. Apenas para livrá-la do corpo que cairia em cima dela.

Mégara sentiu o impacto de alguma coisa contra si, e prontamente fechou as mãos em torno de uma espécie de pano, puxando-o para longe e gritando alto. Ainda de olhos fechados, procurou qualquer sinal de pulsação e prontamente levou a mão ao pescoço do que ela pensava ser o monstro.

Steve nunca soube direito o que foi aquilo. Enquanto rolava pelo chão com a loira, sentiu as mãos dela arrancarem sua máscara, e tudo o que viu antes da dor e da escuridão o tomarem, foi um par de olhos cor de mel, com um brilho assustado neles.

— Eu não fiz nada. — ela disse e abaixou a cabeça, não tinha nem para onde olhar, já que a sala era completamente fechada, e coberta por coisas que se assemelhavam a escamas de peixe.

— Olha, criança,o que você fez...

—Criança? –Meg levantou a cabeça, com uma expressão emburrada. — tenho 21, se você não sabe. Você nem deve ser tão mais velho que eu! — ela retrucou, fazendo um bico emburrado. Mas então se lembrou das memórias dele, e antes que o capitão falasse algo ela limpou a garganta, murmurando baixo: “talvez seja um pouco mais velho”.

Steve Rogers riu, concordando

— Hey, eu só quero te ajudar. — Ele disse, buscando os olhos dela,a garota sentiu um frio gostoso ao encontrar os olhos azuis do capitão,mas ignorou tal sentimento —Você claramente não sabe como “controlar” isso. E eu já fui assim, sei bem o que você está passando.

Mégara soltou um riso sarcástico.

—Não,você não sabe. – Ela murmurou balançando a cabeça. – Não sabe o que é abraçar uma pessoa e, sem querer, descobrir o que ela pensa de você naquele momento. Não sabe o que é ter que manter distância de alguém só para não ter de invadir a privacidade ou saber que segredos sombrios ela ou ele esconde. – Steve a olhava com cuidado, enquanto Mégara engolia em seco e bufava de raiva. – Você não faz nenhuma idéia do que eu estou passando, senhor Rogers.

—Mégara, eu entendo...

—Como sabe meu nome? – perguntou a garota franzindo o cenho.

—Erh... – O loiro deu de ombros – é costume da S.H.I.E.L.D., saber com quem está lidando.

—Inacreditável. — Meg disse, com um meio sorriso. — Parece que eu sou a única que se importa em invadir a privacidade alheia. – Ela comentou e Steve sorriu.

—Mégara, deixe-me te ajudar. Só queremos que você tenha o devido acompanhamento. —O capitão disse e Meg suspirou.

—Se quer me ajudar, capitão, chame meu pai. Josh Lucas, ele é advogado... – Ela dizia, quando a porta foi aberta e por ela entrou uma ruiva, que usava um colete de couro preto e uma blusa da mesma cor por baixo, com o símbolo da S.H.I.E.L.D. no ombro direito, calças e botas também pretas e de couro completavam o que parecia ser um uniforme.

Meg já tinha visto o rosto dela, nas memórias do capitão, a famosa “viúva negra” (Natasha,ou Nat,como Steve usualmente pensava nela).

— Steve, libere a garota. — Ela disse, olhando brevemente para Meg, que teve certeza de que a conhecia. O sentimento era forte e quase tangível.

—Espera. — Mégara se levantou, e Natasha e Steve olharam para ela. – Você... Nós... Já nos conhecemos? – perguntou, a voz falhando e o coração acelerado.

Talvez essa sensação seja realmente uma parte nova de seus poderes, e se for, a viúva negra poderia lhe dar algumas informações.

Mas a ruiva apenas levantou as sobrancelhas e negou com a cabeça.

—Acredito que não. – Ela disse e Meg suspirou.

“Ela está mentindo.” A loira se assustou com o pensamento. Não era bem uma voz, mas um sentimento, impressão, tão forte que ela quase pôde ouvir. Meg tombou a cabeça para o lado, enquanto a ruiva olhava para Steve.

—Libere-a — ela disse — Agora.

Assim que ela saiu, Steve olhou para Meg, com o cenho franzido.

—Por que você perguntou isso? —Ele disse, chamando a atenção da loira.

Se as “intuições” de Meg estivessem certas, então ela podia confiar em Steve. Ele emanava toda aquela energia positiva e ela raramente via isso nas pessoas que a rodeavam. Ela queria contar para ele, talvez ele mesmo a ajudasse a achar respostas.

Mas de qualquer maneira, havia a S.H.I.E.L.D.. Meg realmente não queria uma agência secreta do governo a par do que acontecia consigo, então, ela se esforçou para sua voz sair confiante e para que ele não levasse o que diria a seguir como “segundas intenções”.

— Eu realmente não gostaria de falar sobre isso aqui. — Ela murmurou, esperando que ele entendesse o recado.

Steve assentiu e deu de ombros.

— Vou levá-la em casa. — Ele disse e ela assentiu.


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Notas finais do capítulo

¹ Maré Crescente: Para aqueles que não viram Agents of S.H.I.E.L.D., se refere a um grupo de hackers, que está tentando expor os segredos dos super-heróis e da S.H.I.E.L.D. para o mundo.

Espero que tenham gostado, e desculpem se o capítulo ficou muito grande. Mas essa é a média de capítulos que eu gosto de escrever, capítulos pequenos, realmente não é comigo
haha

Então, até o próximo capitulo!
Ha! E agradeço as pessoas que já estão acompanhando a fic, e embora ainda não tenham se manifestado,tô torcendo pra vcs aparecerem, pelo menos pra dizer "oi"
haha
Eu adoro saber o que as pessoas estão achando da fic.
Mas, sem pressão, tá galera?

Ok, é isso.

Um super beijo asgardiano pra vocês.

Fields ♥