Stars- Colégio Sutā (Interativa) escrita por Miss Stowfer


Capítulo 34
A promessa que foi cumprida.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada à Wendy Kaori, Carol Sampaio, Endou Matsukaze Yuuna, Neryk e a Sadie Ketchum Potter por comentarem no último capítulo. Percebi que caiu bastante a quantidade de leitores, já disse que qualquer crítica em relação a história é só me falar, okay? Prometo melhorar ^~^
E muuuito obrigada à Carol Sampaio, que é uma leitora dos céus que recomendou a história. Fico muito feliz, seríssimo ^^
Quem quer ver o desfecho dessa história?



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—Emiko. —Chamou Tanabe séria. —Nós sabemos sobre a sua mão.

Emiko encarou Tanabe confusa que apontou com a cabeça para Stéfanni, que apenas assentiu dando de ombros. Stéfanni prosseguiu, dando um sorriso pequeno:

—Mas não se preocupe. Nós também temos a obrigação de proteger o gol. Não se sobrecarregue tanto. Acha que consegue defender?

—C-claro! —Gaguejou Emiko, tentando fazer com que as amigas parassem de se preocupar.

—Sabia que diria isso. —Tanabe sorriu.

—Mas se é isso que deseja, —Stéfanni e Tanabe se colocaram à frente de Emiko decididas, proporcionando apenas a vista das costas das duas para Emiko.

—NÓS IREMOS TE AJUDAR! —Gritaram as duas em uníssono.

Pov's Emiko Ominae

Sorri grata, mesmo sabendo que elas não pudessem me ver estando de costas. Era por isso que eu amava o futebol. Era confortável jogar, simples estranhos se tornavam seus companheiros e juntos ajudavam um ao outro em busca de um único objetivo e por isso se tornavam mais próximos. As Stars eram um exemplo. Simples estranhas que por causa de um único objetivo agora eram melhores amigas por causa do futebol. Futebol.

—Iosh! —Gritei decidida, estralando minhas mãos. Me arrependi no mesmo instante. Falar ou pensar era fácil, difícil era fazer. Minhas mãos ainda estavam prejudicadas por causa do que acontecera mais cedo. Como eu iria defender? Encarei as costas das garotas e lancei um olhar triste para as garotas. Elas estavam apostando tudo naquilo, mas eu iria decepcionar elas. Eu não tinha técnica e se nem minhas mãos estavam à meu favor, eu era ínutil. Era como um ano atrás, no natal, naquele dia e nos dias seguintes... Eu não conseguia fazer nada. Por que sempre acontecia as piores coisas comigo?

—Não se preocupa Emiko. —A voz de Stéfanni me tirou dos meus devaneios. Ela ao menos me olhava, continuando seus olhos na Naomi, com os olhos atentos à qualquer movimento dela. Uma rajada leve de vento passou por ela, balançando seus cabelos. —Se ela chegar até aqui, temos tudo preparado. A Tanabe vai tentar realizar a técnica dela mais uma vez... —Levantei os olhos confusa, temendo que ela estivesse tentando me colocar para cima, mas acontecera exatamente o contrário. —Se falhar novamente, —parecia que ela lia meus pensamentos. —Eu vou fazer o que a Kaori disse. Eu também treinei e caso... Eu também não consiga, você vai ter que defender. Mas não carregue todo esse peso para si, okay? Mesmo que eu caía, eu vou levantar e vou tentar pará-la também. Você não está sozinha. Nós acreditamos em você.

Sorri agradecida. Eu queria dizer 'obrigada', um obrigada sincero porque aquilo havia me ajudado de verdade. Mas eu ainda sentia um nó na garganta. Afinal, elas acreditavam em mim. Não importava o que acontecesse ou tivesse acontecido, elas acreditavam em mim. E se elas acreditavam, não era certo fazê-las se preocuparem. Eu podia defender. Eu tinha que conseguir. A minha dor física não seria tão importante quando desapontá-las. E para fazer isso, primeiro eu tinha que acreditar em mim mesma. Será que eu conseguiria fazer isso como a capitã? Digo, ela passou por tudo aquilo no primeiro dia de aula dela. Foi zombada e todo mundo chamou ela de doida. Lembrar daquilo me fez me sentir melhor... Ela tinha lutado sozinha contra uma equipe tão forte contra as Muteki. Sozinha. E eu estava reclamando por causa que não conseguia lidar com uma atacante. Ela tinha machucado todo o corpo e eu só uma mão...

—Pode deixar! Conto com vocês! —Falei finalmente, batendo as mãos uma nas outras. Doeu um pouquinho, mas eu estava determinada. —Ela não fará mais gol aqui, palavra de Emiko!

NARRADOR ON

Assim que Naomi se aproximou o bastante do gol, Tanabe foi a primeira a correr em sua direção planejando tentar realizar sua técnica mais uma vez. Aquela seria sua segunda ou terceira tentativa e por isso, ela tinha que conseguir. Se posicionou à frente da garota, começando a entonar uma canção que se tornara um pouco conhecida pelos os jogadores e a plateia:

— PERFECT VOCAL! —Gritou mais uma vez, fazendo Naomi se sentir tonta por alguns instantes, mas rapidamente a mesma tontura que sentira sumiu, ultrapassando a jogadora e a deixando estática encarando o lugar que a atacante estivera à alguns segundos atrás, pensativa. —Acho que... Isso! —Falou empolgada, voltando a correr. Da próxima, certamente conseguiria detê-la.

Stéfanni correu em direção à Naomi que se encontrava irritada pela insistência das jogadoras. Por que elas não desistiam logo? Por que ficavam cheias de esperanças? Será que elas não sabiam que no fim, todas aquelas esperanças não serviriam para nada? Em meio à sua distração, nem percebeu quando a albina avançou em sua direção com um carrinho. "Ainda não é o bastante", pensou a morena com um sorriso convencido se preparando para pular. Mas Stéfanni havia aumentado a velocidade de forma que o carrinho acertou o pé de Naomi, que mesmo assim resistiu se aproximando ainda mais do gol.

—Que defesinha fajuta... —Provocou a garota se preparando para fazer sua técnica mais uma vez. Ela começou a chutar a bola várias vezes de vários ângulos fazendo a mesma criar algumas faíscas. Kaori, que observava tudo de longe, notou que a garota estava demorando mais do que o normal para efetuar o movimento e a fitou desconfiada. E ela estava certa, o dano que Stéfanni causara não fora em vão, algo estava acontecendo com a morena que tentava a todo custo esconder o desconforto que sentia. —CHUTE DE FAÍSCAS!

Emiko empurrou as mãos em um movimento brusco, sentindo todo o corpo urrar de dor. Sua visão ficou embaçada e tudo foi ficando um pouco escuro. Ela queria resistir, mas seu corpo inteiro não te obedecia. Mas ela tinha que defender. Ela tinha treinado para isso.

—Merda! —Gritou Emiko socando o enorme saco de pancadas que se encontrava na sua frente. As meninas haviam resolvido treinar em treinos individuais, mas ela adotara a ideia do saco de pancadas e este virara seu treino oficial agora. Ela planejava fazê-lo voar para cima, sem sequer se mover, mas falar era fácil. O máximo que havia conseguido era se manter de pé com a força do impacto fraco do saco.

Ela estava nervosa. Como conseguiria alcançar as meninas daquele jeito? Ela precisava ficar forte. Ela prometera isso. Na verdade, aquilo era tudo que lhe restava no momento. O futebol estava lhe ajudando a curar certas cicatrizes. À meses atrás era só mais uma garota do coração partido, daquelas que fingem ser engraçadas para ninguém reparar nas suas tristezas. Mas assim que ela havia aparecido, tudo mudara. Tudo parecia ter florescido e ela tinha visto uma nova forma de viver, sem tristezas. Apenas com determinação, assim como ela. Emiko queria ser tão determinada quanto a sua capitã e se isso significasse passar todo o resto do dia treinando para ficar mais forte, ela aceitaria.

Emiko suspirou, pensando que não queria que aquele treinamento fosse em vão. Ela era a goleira das Stars. Ela ia defender aquela bola. Finalmente encontrou a determinação que conseguia e assim, levantou sua mão esquerda que não parecia tão machucada e fechou os olhos:

—É isso? Espera mais de você. —zombou Naomi, mordendo o lábio inferior. A força que usara no chute parecia fazer efeito, mas ela também sabia que a goleira do time adversário iria desmaiar a qualquer hora e ela só descansaria depois disso. Até lá, ficaria parada mantendo a pose. —Para alguém que fala demais, você está fechando os olhos. Acho que chegou no seu limite, no final das contas, alimentar esperanças demais só atrapalha. Acho que todos da sua equipe são assim.

Emiko sorriu de canto. Ela realmente estava no seu limite, mas isso não a impediria de usar o seu trunfo. Abriu seus olhos, colocando a mão direita sobre a esquerda e a levantando para cima, fazendo surgir por trás dela uma grande gargola, um espírito de estátua semelhante a uma técnica bem conhecida, "A mão demoníaca" e por fim, jogou as mãos na direção da bola como se estivesse prestes a segurá-la:

—GARGOYLE! —Gritou, fazendo a bola se transformar em uma pedra leve que continuou vindo em sua direção, mas simplesmente parou quando chegou à mão da garota, voltando a ser somente uma bola.

Naomi encarou perplexa a goleira. Como? Sua técnica mais forte havia sido derrotada? Pior. Ela havia sido superada por uma novata? Como? Por quê? A garota se jogou no chão, se rendendo à enorme frustação que sentia e seus pés doeram ainda mais, forçando a continuar ali. Emiko se levantou vitoriosa, passando os olhos por Naomi e por fim parando em Stéfanni e Tanabe que corriam até ela preocupada. Ela sorriu de orelha a orelha, dizendo:

—Eu nunca falto com a minha palavra. Disse que não ia deixar passar nenhuma bola, não foi? —Perguntou fazendo as duas assentirem sorrindo, orgulhosas da amiga. Antes que Emiko pudesse continuar a falar, sua visão foi ficando embaçada e seus olhos se fecharam, fazendo seu corpo cair suavemente no chão. Todas correram para ajudá-la, mas constataram que a amiga estava bem à vê-la ainda com um enorme sorriso no rosto. Mesmo inconsciente, ela ainda se sentia extremamente feliz. Ela conseguira.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, a agenda das meninas voltam normalmente, mas ainda vai ter muita coisa que esse jogo vai proporcionar, okay? hahah, no próximo capítulo :3
Espero que tenham gostado! ;D Não sei se ficou muito corrido ou se dei um final inesperado, fui rápida demais... Queria saber a opinião de vocês.
É isso. O próximo vai sair bem rapidinho. Como já disse, quando se trata de jogos, eu sou bem cabecinha vazia, mas normalmente, criatividade rola solta, então, não vou mais uma semana, okay? ♥ Jya Nee ♥