Saint Seiya Omega- O Mito dos Cavaleiros Lendários escrita por henriqueuzumaki


Capítulo 7
Unicórnio, o Herói Valente


Notas iniciais do capítulo

E AÍ PESSOAL!

Desculpem a ausência! Estava resolvendo algumas pendências do colégio. Agora se possível, voltarei com a frequência de antes.



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Santuário, dia seguinte

O ataque surpresa de Edward havia deixado o Santuário quase abalado, mas ao menos trouxe algo de bom. Agora havia dois Cavaleiros de Ouro para proteger Atena.

Jabu, o Cavaleiro de Unicórnio, observava o Santuário. Ele vestia uma jaqueta marrom e uma calça jeans gasta, acompanhado de uma camisa roxa com as mangas arregaçadas e também botas no estilo “vaqueiro”. Estava um clima agradável e o vento batia em seus cabelos cor de areia. Ele percebia, porém, alguém de cabeleira prateada desanimado mais adiante, e este usava as túnicas gregas em tom de verde claro. Ele suspirava, enquanto olhava para o céu.

– Qual o problema, Ichi? - perguntou Jabu ao seu colega.

– Ah, ultimamente me bateu um desânimo... Olha lá. Kiki é mais novo do que a gente e já é um Cavaleiro de Ouro...

Jabu deu um soco na cabeça de Ichi.

– Ai!

– Idiota! Patente não é tudo! Também somos Cavaleiros de Atena. Você devia se orgulhar em usar sua Armadura.

– Essa doeu!

–Quer saber? Vou procurar pelo Nachi, pelo menos ele é sensato.

Castelo de Marte, naquele mesmo instante.

Um homem vestindo uma imponente Galáxia, com asas de penas afiadas, andava inquieto até o salão principal do castelo, onde Marte se encontrava. Ele tinha cabelos cor de palha escondidos sobre o elmo que lembrava um corvo. Seus olhos dourados queimavam de uma raiva imensa. Ele abriu a porta dupla de supetão, sem qualquer tipo de cerimônia. Ele se ajoelha em reverência a Marte, este virado de costas e sentado em um trono negro com adornos em vermelho.

– Devia ter modos melhores, Kenshiro.

– Senhor, os Cavaleiros de Atena estão dizimando nossos melhores soldados. Não posso ficar aqui parado vendo meus companheiros morrer!

–Acalme-se! Você é o mais poderoso dos Altos Marcianos, não permitirei que aja até segunda ordem.

– Mas, senhor...!

– Deixe conosco, mestre. - disse um homem nas sombras, revelando-se ser um Marciano menor. Sua Galáxia tinha proteção essencial, lembrando uma Armadura de Prata. Seu elmo cobria apenas o rosto e lembrava uma espécie de gafanhoto. Ele tinha cabelo verde-escuro, curto e arrepiado, e olhos castanhos. Havia outros, mas estes estavam escondidos nas trevas.

– Nós, os Marcianos Menores, lidaremos com os Cavaleiros de Atena. Não se preocupe, mestre Kenshiro.

Kenshiro se levantou e aparentou se acalmar.

–Tudo bem. Podem ir, mas nas subestimem nenhum daqueles Cavaleiros. Principalmente os Lendários.

– Posso ir primeiro, Lorde Marte?- perguntou o Marciano Menor.

– Vá, Adam de Louva-Deus.

– Obrigado, senhor. Estou lisonjeado.

Santuário, naquele instante.

– Dá um desconto pro Ichi, Jabu. Ele sempre foi exibido e metido a besta, e isso nunca mudará. – dizia Nachi, com uma expressão de riso.

Nachi usava uma blusa verde-claro e calça verde musgo. Sapato simples, sem cadarços. Ele continuava com aquela cara de bobo, não importa o quanto envelhecesse.

– Fazer o quê... - disse Jabu, suspirando e expressando decepção.

– Se bem me lembro, você e o Seiya viviam competindo quem era o melhor Cavaleiro. Dois equinos invocados! – Nachi riu e voltou a sua expressão normal. – Mas sabe, você amadureceu Jabu. Não é mais o mesmo, treinou e se aperfeiçoou. Gosto disso.

– Fazer o quê, né? Ficamos muito atrás dos nossos colegas. Quando o Seiya quase perdeu a vida, precisei treinar. Quem ia proteger a Terra caso algo acontecesse? Ainda bem que houve uma paz momentânea até o Seiya se recuperar.

– E agora estamos em guerra de novo...

– Sabe como é, Nachi... A vida de um Cavaleiro nunca para. Bem, estou indo a Rodório.

– Vai fazer o quê lá?

– A vigia, ué. Os Lendários estão cuidando do Santuário.

– Ah sim... Então vá.

Jabu então colocou a Caixa de Pandora de Unicórnio nas costas, tirou o casaco e se encaminhou até o vilarejo. Apesar de simples, era um lugar bonito. Contudo, ele sentiu um cosmo agressivo avançando em direção onde ele estava. Foi quando ele avistou Adam, apontando a lâmina retrátil de sua Galáxia contra o pescoço de um garotinho de cabelo castanho-claro e olhos verdes. Usava as roupas comuns dos aldeãos, um colete de couro, camiseta azul, calça marrom e sapatos também de couro.

– Diga logo onde está Atena.

– Eu não sei! Eu juro! – dizia o garoto em lágrimas, expressando um desespero matador.

– Então terei de matá-lo.

Ele estava preste a cortar a garganta do menino se Jabu não tivesse dado uma voadora no rosto do Marciano, jogando-o longe. O Cavaleiro parou para socorrer o garoto.

– Está tudo bem? Onde estão os outros aldeões?

O menino enxugou as lágrimas e tentou falar.

– Esse... sujeito... chegou perguntando de Atena... todo mundo fugiu, mas eu não consegui...

– Calma, calma. Vai encontrar seus pais, eu cuido desse cara.

O Marciano se levantou e encarou Jabu.

– Quem você pensa que é?! – perguntou Adam com uma expressão de raiva.

– Eu? Sou um Cavaleiro de Bronze, Jabu de Unicórnio! –ele fez uma expressão confiante acompanhada de um sorriso. – E eu serei o seu adversário!

No mesmo instante, a urna da armadura de abriu. O objeto em forma de um cavalo roxo com um chifre no meio da testa se desfez e montou-se no corpo de Jabu. Ele estava pronto para lutar.

– Jabu? Deve ser um dos Fracassados de Bronze.

– Como é?! –Jabu questionou, indignado com tal declaração.

– Você deve ser um dos cinco fracassados que não fizeram nada nas batalhas passadas. Eu sou Adam, um Marciano Menor.

– Vou te mostrar quem é fracassado, maldito!

Jabu partiu para cima de Adam, que desviou e sacou novamente suas lâminas, que começaram a brilhar.

– Sinta um gostinho das garras do Louva-Deus... GARRA DIVINA!

O Marciano deu um golpe cruzado em forma de X, mas Jabu defendeu, cruzando os braços na mesma forma do ataque. Embora tivesse defendido, a dor parcial do golpe fez Jabu cambalear um pouco.

– Ora. Uma Armadura de Bronze aguentou o meu ataque... Impressionante! Porém, não aguentará meu próximo golpe!

Adam elevou seu cosmo e suas lâminas se envolveram num brilho maligno.

– CORTE DINÂMICO!

De repente, O guerreiro de Marte atacou várias vezes seguidas, E Jabu se esquivou de quase todas. Eram golpes bem rápidos, difíceis de esquivar. O Cavaleiro estava um pouco ofegante, devido a se mover numa velocidade que não estava acostumado.

– Muito bom... Mas você se esqueceu de alguns.

Jabu sentiu os cortes abrirem instantaneamente. Embora fossem pequenos, causavam bastante dor. Se não fosse sua persistência, ele teria desabado.

– Vou ser misericordioso e acabar logo com você. GARRA DIVINA!

Ele avançou com tudo, mas Jabu conteve o ataque segurando os braços do adversário. Em seguida, ele girou e desferiu um forte chute.

– CHUTE IMPACTANTE DO UNICÓRNIO!

O chute atingiu o peito do Marciano e o jogou longe. Ele bateu numa parede, e seu elmo rachou em algumas partes. Ele levantou, tremendo de raiva.

– Maldito! Não era pra você ser tão forte!

Jabu fez aquele sorriso confiante novamente.

– Você não sabe nada ao meu respeito. Quando o Seiya ficou incapacitado de lutar, eu treinei por muito tempo. Foi justamente que treinei pra acabar com as futuras ameaças de Atena.

– E como você desviou do meu golpe?!

– O mesmo golpe não funciona duas vezes no mesmo Cavaleiro! Devia saber disso.

– É mesmo? Então desvie disso! Corte Dinâmico!

E o Marciano ia desferir o golpe mais uma vez, porém o Unicórnio abaixou e prendeu o pescoço do adversário com os pés.

– Mas o quê...? – disse Adam, quase sem ar.

– Sinta! Chave Mortal do Unicórnio!

Jabu girou a noventa graus, e levou a cabeça do inimigo ao chão. O elmo da Galáxia de Louva-Deus se rachou por completo. Jabu se afastou e assumiu a postura de combate.

Adam se levantou, rindo. Ele ria de um jeito enlouquecido, quase psicótico. Sua expressão estava extremamente perturbada.

– Ninguém me venceu numa luta... Ninguém... E NÃO SERÁ VOCÊ QUE VAI ME VENCER!

As lâminas brilharam num tom vermelho maligno. Estavam muito mais poderosas, devido ao cosmo que ardia.

– Corte Divino!

Numa velocidade muito maior, Adam golpeou o ombro direito da Armadura de Unicórnio, que quebrou e feriu o ombro de Jabu. No mesmo instante, ele atacou o ombro esquerdo e o quebrou também, ferindo o Cavaleiro em seguida mais uma vez. O Marciano fez um corte em X, mas Jabu fez a mesma defesa cruzada. Porém, não adiantou, e a proteção dos dois braços foi destroçada ao mesmo tempo, causando um corte em cada braço. Quando Adam tentou cortar o peito de Jabu, este se aproximou e armou uma cabeçada.

– Chifre do Unicórnio!

O Cavaleiro dirigiu o chifre em direção ao peito de seu oponente, mas foi detido pelas lâminas. Mas isso não o impediu que fizesse um esforço e conseguiu afastar as garras, criando uma brecha. Mesmo com o chifre quebrado, Jabu deu uma investida com sua cabeça, que atingiu o estômago do Marciano e o levou, até que ambos foram jogados contra uma parede. Adam cuspiu sangue e o elmo de Jabu foi destruído.

– Ora seu... MORRA LOGO DE UMA VEZ!

O guerreiro Marciano investiu com as lâminas, mas Jabu segurou os dois braços de seu oponente e apertou com força o compartimento das lâminas. Investindo com todo a usa força, o Cavaleiro de Unicórnio quebrou o compartimento, e as lâminas junto. A força do golpe fez Adam urrar de dor.

– ARGH! SEU VERME! PORQUE INSISTE EM VIVER?!

– Pra proteger a Terra... e Atena! É o dever de um Cavaleiro de Atena!

–Hu! Já que é assim, vou te mostrar o terror da morte.

Elevando seu cosmo intensamente, Adam posicionou suas mãos, simulando duas espadas. Uma aura vermelha tomou conta delas, como se fossem duas lâminas de energia.

– Já que se importa tanto com os seres humanos... PORQUE VOCÊ NÃO OS PROTEGE?!

Jabu tinha se dado conta da direção aonde Adam apontava. Era onde os aldeões estavam incluindo a família do menino.

– Essa não!

– MORRAM VERMES! ESPADA CARMESIM!

Os dois feixes juntaram-se e se tornaram um, transformando-se em um X gigante. Teria matado todos os aldeões, mas Jabu ficou na frente. Por sorte, o peito de sua armadura ainda resistia e absorveu parte do impacto. O feixe se comprimiu, fazendo um corte no peito do Cavaleiro e destruindo o peito da armadura. Ele caiu no chão devido à dor.

– Senhor Cavaleiro! – gritava o garotinho salvo por Jabu.

Ele se levantou, e seu cosmo se inflamou. Quando ficou de pé, ele expressava uma fúria que nunca havia sentido.

– Você envolveu gente inocente na nossa luta... Isso é imperdoável! – Jabu gritava com tamanha raiva que seus olhos pareciam pegar fogo. Uma aura esverdeada o rondava.

– Idiota! Você não é ninguém! Seus feitos JAMAIS serão lembrados!

– EU NÃO ME IMPORTO! Não ligo de viver nas sombras da História, mas que eu faça isso... CUMPRINDO O MEU DEVER!

A determinação de Jabu tornou-se surreal. Seu cosmo apenas aumentava.

– Venha!

Jabu correu em direção ao adversário, em alta velocidade.

– Galope do Unicórnio!

Assim, Jabu executa vários chutes por segundo, levando Adam ao chão. Porém, o Cavaleiro saltou no ar.

–Eu ainda não acabei!

Jabu preparou um único chute com sua perna direita e uma aura se acumulou no pé dele. Ela crescia cada vez mais.

– Sinta a fúria cósmica do galopar galáctico! GALOPE METEÓRICO DO UNICÓRNIO!

Jabu então desceu, e o poderoso chute atingiu o peito de Adam. Com a força de uma estrela, um clarão verde se fez, destruindo a galáxia do inimigo. O Marciano Menor caiu ao chão, embaixo de uma enorme cratera criada pelo golpe.

– Você... pelo o que luta? Não tem nada de especial.

Jabu fez uma expressão séria e respondeu:

– Se o Pégaso é 'Aquele que Mata os Deuses', o Unicórnio é o 'Guerreiro que Protege os Humanos'.

– Isso é patético... Você é um... Fracasso...

– Não. O único fracassado aqui é você, que não reconhece sua derrota mesmo diante da morte.

Assim, o Marciano enfim faleceu. O garoto salvo por Jabu veio cumprimentá-lo.

– Obrigado senhor. Você salvou minha família! – o menino sorriu, com a pureza das crianças.

Jabu sorriu e se abaixou.

–Qual é o seu nome?

– Otto.

– Fiz mais que o meu dever, Otto.

Ele se levantou e foi em direção ao Santuário. Otto, então, gritou ao longe:

– Obrigado senhor Jabu!

Ele, ainda de costas, respondeu com um polegar pra cima. O sol se punha ao longe.

Santuário, algumas horas depois

Nachi enrolava com faixas os ferimentos de Jabu. Não eram muitos, mas eram bem graves.

– Porque não nos chamou? Você quase morreu lá!

– Eu sou um Cavaleiro, pronto pra dar a minha vida se necessário.

Kiki se dirigiu até o local onde estavam Jabu e Nachi.

– Pronto. Já restaurei sua Armadura, Jabu.

– Ótimo. Obrigado, Kiki.

Kiki deu um leve sorriso e disse:

– Você foi incrível, Jabu. Você sempre foi um grande Cavaleiro pra mim.

Jabu sorriu e respondeu:

– Você também. Eu sempre soube que você seria o sucessor do Mu.

Kiki retornava para a Primeira Casa e Nachi terminava de cuidar dos ferimentos de Jabu.

– Pronto, terminei.

– Muito obrigado, velho amigo.

– Ei! Não fale assim, faz eu me sentir velho.

– Seremos os tutores de uma nova geração. É melhor ir se acostumando.

Os dois riram e Nachi voltou-se para o centro do Santuário. Jabu olhava a sua constelação protetora, que estava brilhando no céu daquela noite.


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