Ok ok ok. "Respira" disse para mim mesma. Clara tinha me deixado sozinha com Josh, não que eu não quisesse, mais eu só o conhecia naquele dia, mais em meu coração parecia que eu o conhecia a muito tempo. A casa de Clara era um pouco depois da Avenida, a minha era antes de cair para a Avenida, a de Josh não sabia onde era. Nós conversávamos muito, não ficávamos sem assunto. Na verdade tínhamos muito em comum, exceto o gosto musical que variava, quando eu digo isso são os cantores, Josh me levou para casa. Quando chegamos em minha casa, ofereci um copo d'água, tínhamos andado bastante. Fomos nos despedir, claro que a vergonha nos veio a tona. Abracei Josh em silêncio, eu ia sair de seus braços quando ele me puxou segurando meu quadril com certa firmeza apertando de leve. Minha cabeça voou com esse ato, nunca tinha sido segurada com tanto carinho e ao mesmo tempo desejo. Ele me prensou contra a parede, achei que ele iria me beijar certo? Errado, ele fez pior, ele inclinou a cabeça e beijou meu pescoço. Meu Deus. Um calor percorreu o meu corpo. Como se tivesse me tacaram álcool e depois um fósforo. Suspirei alto, ele me olhou com um olhar safado.

– Bom é melhor eu ir embora. Até amanhã Livis.

Josh havia saído do campo de vista de Olívia. Virou a esquina e foi parar num ponto de ônibus. Ele também tinha a estranha mania de viver em um mundo fechado, ou seja, músicas e livros. Ok, as pessoas com certeza achariam estranho, pois, os ideais de hoje em dia é você ser um vagabundo que sai arrumando encrencas, Josh não era assim. Ele usava as coisas ao seu favor, até o que acontecia dentro de sua casa. Sabe quando a pessoa agradece a tudo sem saber o porquê, bom era isso. Passavam-se as casas, prédios enquanto lia um livro novo, cujo nome era Rangers, o primeiro livro da série. Josh foi parar naquela escola nem ele sabia como. Na verdade era mais conturbado do que parecia.

Flashback on POV On

– Pai. Deixe-me ir até lá de uma vez! - gritei em plenos pulmões, não aguentava mais nenhum segundo com ele, nem sei o porque ele voltou para casa.

– Vá, criatura - disse ele. Assim que ele me deu a " ordem" porque eu iria de qualquer jeito.

Saí em disparada até o Hipermercado, o quê meu pai não sabia era que minha avó estava lá, no Hiper bla bla bla. Que saco não pode simplesmente falar mercado. Argh. Nesse momento passa por mim um carro que toca uma música extremamente estridente e alta. Com os vidros pretos levantados.

Até aí tudo bem. Certo? Errado. Eu estava me dirigindo ao caixa para ajuda - lá com as compras. De repente, aquele mesmo carro com os vidros pretos parou em frente ao Mercado, saíram de lá quatro homens armados ate os dentes.

– Silêncio! - berrava o primeiro.

O segundo passou os olhos sobre mim, agarrou meu pulso e tentou me puxar. Minha avó reagiu, ele a pegou como refém. Cara eu não sei o que eu fazia na hora. Eu agachei e comecei a chorar. Durou uma hora e meia o assalto e depois... Eles pegaram os reféns viraram contra a parede e obrigaram o resto de nós a olhar a execução de todos.

O da minha avó creio eu que foi a pior, ela foi ajoelhada ao meu lado e simplesmente a cortaram e depois atiraram em sua bela face. Depois de um tempo a polícia chegou e meus pais que ficaram um tanto perplexos. Fui encaminhado para os médicos e aqui estou.

FLASHBACK OFF POV ON

Meus pais queriam segurança para mim, óbvio que não queria sair de lá, sim eu fiz uma greve de fome e não deu certo, mas, a sorte vem ao meu favor. Conheci essa garota Olivia, que fazia meu coração pulsar. Cheguei em casa fora do horário previsto, minha mãe deu piti mais expliquei que acompanhei Olívia até a sua casa. Minha mãe me olhou desconfiada de que como sempre me aproveitava da situação. Lógico.

– Certo - diz ela - mas, da próxima vez avise.

– Claro, mãe. - dei um beijo nela e fui me trocar para jantar e depois dormir, sinceramente não sei o que o outro dia me aguardava.