Os Mortos Também Amam - Livro 2 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 26
A Voz


Notas iniciais do capítulo

Não vai demorar muito para o confronto agora.
Espero que estejam preparados.



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— Você tem mesmo que estudar no dia em que estamos festejando o seu aniversário?

— Sim, Rosie. Estamos praticamente no final do ano letivo. – Bella não ergueu os olhos para responder. Estava em sua mesa com livros e cadernos abertos. Rosie estava ao seu lado, sentada em um puff, os cabelos louros caiam sobre seus ombros, naquele momento ela mais parecia uma sereia.

— Não quer retocar o cabelo? – Ela olhou para a raiz dos cabelos de Bella criticamente.

— Não hoje.

— Quando vai deixá-la em paz? – Alice entrou sentando no colo de Rosie que envolveu a pequena irmã em seus braços.

— Aposto que veio tentar tirá-la daqui também.

— Se eu terminar, estarei livre para vocês depois sem preocupações.

— Quando a Bella se tornou uma versão dos seus tios? – Alice estava com os olhos arregalados.

— Vocês a preferiam imprudente? – Jasper estava na soleira da porta. Bella teve que rir, mas continuou sua atividade.

— Bellinha já fez muita loucura. – Emmet empurrou Jasper para entrar, os dois estavam de pé no meio do quarto agora. Bella suspirou e fechou o caderno.

— Acabou? – Alice perguntou com grandes olhos esperançosos.

— Sim.

— Eba! – Ela bateu palma.

— Mas não acham que estão exagerando? Tivemos uma festa pela manhã, depois fomos ao club e agora... – Bella olhava para cada um deles.

— Vamos maratonar sagas cinematográficas.

— É uma ótima ideia. – Jasper concordou com a companheira.

— Onde?

— Vamos fazer isso lá embaixo. – Rosie respondeu.

— Deixe as pipocas comigo. – Emmet já havia sumido.

— Precisaremos de bebidas? Talvez eu consiga refrigerantes. – Jasper também desapareceu, deixando apenas uma brisa.

— Vamos? – Alice chamou Bella e ela a seguiu assim como a Rosie.

Só haviam eles na casa. O os outros tinham ido se alimentar. Claro que deveriam estar separados. Bella imaginava que Damon e Edward estariam fazendo isso solitários. De jeito nenhum eles iriam juntos.

Bella estava animada e despreocupada assistindo com a sua família. Parecia uma época distante, antes mesmo de Forks quando eles se reuniam e apenas faziam tudo para animá-la. Não percebeu quando pegou no sono no sofá entre as almofadas, pernas e braços enroscados. Ela sentia que estava caindo em um sonho.

Estava em campo aberto. Somente quando o notou o vento gelado em seu corpo, viu que estava com as mesmas roupas que usava antes de pegar no sono. Elas eram finas demais para aquele clima. Olhou em volta, aquele ar úmido, a paisagem, tudo era familiar. Deu-se conta que estava novamente em Forks e ali era onde Riley a tinha levado quando se conheceram. Olhou para a direção de La Push e lá estava ela. Ela sorriu feliz por ver aquilo novamente.

— Está feliz, gatinha? – Girou imediatamente ao ouvir aquela voz.

— Oh... – Bella pulou e o abraçou espantada e saudosa. – Isso é de verdade?

— Eu acho que sim. – A voz de Riley também parecia a mesma. Bella o apertou mais e ele também estreitou seus braços nela. – Eu pensei que não daria certo, mas aqui está você, gatinha.

— Riley... Riley... – Então Bella recordou o que tinha acontecido. Recordou tudo o que ele passou com o Klaus em sua casa, a morte de seus pais, também sobre o quanto mentiu para ele mesmo quando o amigo estava mais perto da verdade de sua vida sombria. – Riley... – Ela chorou. – Eu sinto muito, Riley. Eu realmente sinto muito. – Bella não pôde deixar de trazer a mente a sua morte fatídica pelas mãos de seu namorado.

— Eu sei, eu sei. – Ele a embalava.

— Perdoe-me, eu sinto... Perdoe, por favor...

— Eu não estou atrás de suas desculpas. Eu entendi depois que foi um acidente. Damon não queria mesmo me matar. Eu o provoquei e o ataquei primeiro.

— Riley... Sinto tanto...

— Sei que mentiu para me proteger.

— Sinto a sua falta.

— Eu também sinto a sua. – Riley sorriu em seu ouvido. Acariciando os cabelos dela ele a afastou para encará-la.

— Você está bem agora?

— Estou, gatinha. Só um pouco preocupado. – Riley sustentou um olhar Mais sério. – Bella, você quis me proteger e agora eu quero fazer o mesmo contigo. Há algo esperando por você.

— Como o que?

— Algo maior do que os Volturi. – Bella ficou perplexa, era a mesma coisa que a sua mãe repetia para ela durante aqueles meses.

— Do que se trata?

— Não vá, Bella. – Riley olhou em volta, sentia algo, ela também, embora não conseguisse decifrar o que era exatamente. Uma emoção diferente se condensava e ao mesmo tempo algo a sugava. – Não vá, Bella.

E ela foi levada, como se algo realmente a puxasse por trás. Riley se afastava cada vez mais. Tudo ficou embaçado e Bella agora estava em uma casa. Era o quarto de alguém, havia um berço. Ela se aproximou “Isabella”, estava escrito no móbile a cima do berço.

— Você viveria aqui, todos nós, uma família. – Renée estava ao seu lado. Bella olhava para o quarto, era como a casa de uma boneca. – Eu era tão jovem, mas estava muito feliz por ter você. Meus pais não estavam mais presentes, a minha irmã tinha partido com o Stefan... Mas havia você e o Charlie.

— Porque esse sonho está tão diferente?

— Reunimos força, queremos impedir que vá agora que parece mesmo decidida, agora que realmente acontecerá o conflito. Mesmo que algumas dúvidas surjam, todos eles parecem dispostos a seguirem com o plano.

— Mãe, não faça isso. – Já sabia que a sua mãe tentaria persuadi-la.

— Bella, você tem que ficar aqui.

— Fale-me então o porque de não me querer ir até lá. Não pode ser apenas preocupação materna, você pediu ao Riley para me convencer também. – Ela sorriu tristemente em resposta. – Mãe!

— Agora que ele está completamente desperto, eu entendo.

— Quem está desperto?

— Ele quer a sua alma. Ele quer você, Bella. Não vá até Volterra. Ele está esperando. – Bella sentiu novamente o ar em volta de si mudar, era como se algo estivesse chamando por ela. – Ele está chamando sim. – Renée lhe respondeu.

— Ele quem, mãe? – Seus pelos dos braços estavam todos arrepiados e estremecia.

— Isabella. – Era mesmo um sussurro no ar? – Isabella.

— Não o escute, filha. – Renée parecia apavorada.

— Como ousa? – Aquela voz parecia irritada e Renée desapareceu como mágica.

— Mãe! – Ela olhou em volta, aquela presença tomava tudo. – Mãe!

— Venha, venha para mim. Venha minha rainha.

— Onde está a Renée? – Bella gritou para o espaço.

— Isabella. – Aquele sussurro a fez tremer ainda mais.

— Bella! Bella! – Ela girou e cairia se não fosse a Rosie a aparando e deitando-a novamente no sofá.

Bella estava com os olhos arregalados e não conseguia focá-los em nada em especifico, apenas sabia que muitos rostos estavam sobre ela. Havia um falatório ansioso também. Onde ela estava? Quem eram?

— Bella? Bella? – Sentia o corpo tremer, não conseguia manter-se quieta.

— Mas o que diabos aconteceu? – Alguém conquistou uma passagem entre tantos corpos e segurou a sua mão tremula.

— Não conseguíamos acordá-la. – Alice. Era a Alice. Bella estava voltando a si.

— Ei, você está bem? Foi um pesadelo? – Bella sentou-se e o abraçou. Estava realmente muito assustada. O que tinha sido aquela experiência? – Está tudo bem agora. – Seu coração estava aos pulos e todos escutavam.

— Riley...

— Riley? – Damon perguntou.

— Riley. – Ela repetiu. – Renée... Onde está a minha mãe? Ela... Renée, ela sumiu. Ele a levou.

— Quem a levou?

— Eu não sei. – Bella respondeu angustiada. – Uma voz. Era tão forte...

— Acalme-se primeiro, depois pode me contar com mais detalhes.

— Não. Você não entende. O aviso de Renée... Era sobre isso.

— Sobre a voz?

— Muito forte. – Bella repetiu. Damon a trouxe para perto e a carregou. Deitou-a em sua cama e deitou ao seu lado.

— Vou buscar um pouco de água.

— Não. – Bella o abraçou e não o soltou.

****

Bella tinha demorado para pegar no sono novamente, mas agora estava tranquila. Todos tinham chegado e estavam na sala.

— Assim que ela adormeceu, começou a ter pesadelos. – Jasper informou.

— Tentamos acordá-la, mas não estava adiantando. Bella suava e tremia. – Alice ainda não tinha se recuperado do susto. Não gostava de ver Bella sofrendo. Edward via através dos pensamentos deles e estava horrorizado também.

— Não são apenas pesadelos, parece que ela se comunica mesmo com a minha irmã. – Helena disse.

— E agora com o Riley. Só faltava essa! – Damon cerrou os olhos. – Se quer assombrar alguém deveria vir a mim. – Provocou na esperança de ser ouvido.

— Há algo mais. – Edward captou quando Emmet lembrava. – Emm, o que acabou de lembrar?

— Ouvi a Bella balbuciar coisas sem sentido.

— Sobre a voz. – Edward tentou mais uma vez.

— Ela disse que havia uma voz.

— Parece que a Renée vem alertando ela sobre essa voz. – Damon completou. – Bella disse que ele era muito forte. Isso a apavorou. Precisamos saber de quem é essa voz.

— Alice, não consegue ver nada? Parece que o dono está em Volterra. Seria alguém da guarda? – Edward pediu a irmã para verificar.

— Não consigo ver mais nada desde o momento que os Black decidiram participar. Mas antes, ainda via a Bella ensanguentada, via a Jane, mas também vi a Bella lutar.

— Deveríamos proibi-la de ir? – Helena perguntou a Stefan.

— Para o bem dela, isso é o que devemos fazer. E Damon, espero que fique do nosso lado sobre isso. – Stefan respondeu.

****

— Não, não, não! – Bella exaltada olhava indignada para o namorado. – Não me venha com essa agora! Disse que faria tudo o que eu quisesse como eu quisesse.

— Eu sei. – Damon tentava não entrar na mesma vibe, apesar de querer também gritar.

— Está mudando a sua palavra. Esta me dizendo para ficar. Eles te pediram isso?

— Sim. – O que ele mais poderia fazer? - Bella, Renée não se esforçaria tanto. Vamos admitir também que estava apavorada depois do pesadelo.

— Fui pega de surpresa. Era muito poder.

— Exato. Quer que a levemos para perto desse poder sem saber de onde vem e como podemos combater? Não sabemos se é alguém que faz parte da guarda ou se é outra coisa.

— É uma outra coisa. – Respondeu sem pensar direito.

— Como?

— O que quis dizer é que parece um vampiro, mas é outra coisa.

— Como assim? – Damon estava tentando pensar sobre aquilo. – Um híbrido?

— Não. – Damon balançou a cabeça.

— Você deve estar confusa.

— Não estou. É um vampiro... diferente. – Damon tentava entender o que aquilo significava. - Irei com vocês, não ficarei sentada assistindo enquanto a minha família luta. – A porta do seu quarto foi aberta repentinamente.

— Se acharmos que você pode se machucar seriamente, nós a impediremos sim. Você deve lembrar que sou o seu tio. Deve lembrar que ainda é apenas uma garota de 17 anos. Sou o seu responsável, mesmo que tenha esquecido, Isabella. – Stefan estava sério. Damon deu um passo atrás e o deixou falar. – Não posso admitir outro desaparecimento só porque não concordamos. Não ouse agir nas nossas costas.

— Então... a Rachel e o Jacob...

— Também não irão. Conversaremos quando a Nina chegar.

****

— O que a chateia tanto? – Bella tinha ido cedo para o colégio e estava ainda no pátio. Em meio ao jardim tentava pensar sobre o ultimato que a sua família lhe dera. Achava que deveria ir, mas respeitava também a decisão deles.

— O que está deixando você tão triste?

— Benjamin...

— O que aconteceu? A sua áurea triste me trouxe até aqui. – Ela bufou. – Estou dizendo a verdade. Porque não me conta?

— A minha família está me proibindo de ir até Volterra.

— Mas porque? – Ele perguntou.

— Estão preocupados com a minha segurança. Já eu não quero deixá-los lutando sozinha.

— Você deve ir de qualquer maneira. Isso é inquestionável.

— Porque está tão a favor? – Não ia aceitar uma mera resposta. Bella sabia que para ele querê-la em Volterra algo maior estava por trás.

— Simples, eu preciso de você lá. Com qual deles tenho que falar para que você vá?

— Qual a minha utilidade para você?

— Ligue para o seu tio.

— O que? – Bella perguntou, mas já estava pegando o celular. Discou e quando ouviu a voz de Stefan, Benjamin retirou o aparelho de suas mãos.

— Aqui é o Benjamin.

— O que está fazendo com o celular da Bella?

— Ela acabou de me contar a infeliz decisão que tomaram. – Foi direto. – Não podem mudar os planos sem me contar. Também faço parte disso.

— Benjamin, isso não tem nada a ver com você. É sobre a segurança dela e sobre isso não há discussão.

— Bella deve ir, é imprescindível. Eu preciso dela, compreende?

— Não. Ela não irá. Já foi decidido. – Benjamin girou e ficou de frente para Bella que lhe devolveu o olhar, estava curiosa e ansiosa.

— Bella será o nosso escudo.

— Está louco? – Stefan ficou irritado com uso daquelas palavras.

— Não se exalte antes que eu termine. Isso faz parte dos meus dons, como vocês chamam. Preciso estar em contato com Bella para acionar o dom e ampliá-lo. Assim, quando estivermos de frente para a guarda Volturi, neste primeiro e precioso instante, eles tentarão nos atacar, mas não nos tocarão, porque estaremos protegidos com o escudo da Bella.

— O que?! – Bella soltou, mas Benjamin ficou calado assim como Stefan.

— É isso o que você faz? – Stefan perguntou enfim.

— Precisamos da Bella conosco.

****

— Isso é incrível! – Rachel soltou depois que Bella contou sobre seu final de semana. Tinham esperado irem para seu quarto depois das aulas, já que seria uma conversa longa e não poderiam ser ouvidas pelas outras garotas.

— Qual parte exatamente achou incrível? Porque para mim é tudo terrível. – Bella perguntou incrédula de sua cama onde estava sentada, olhando para Rachel também sentada na dela.

— Incrível esse seu sonho. Pelo menos agora você sabe mais um pouco sobre o que a Renée estava falando esse tempo todo. Um vampiro diferente? O que ele será exatamente? – Rachel estava tagarelando e Bella lembrou-se de quando ela ainda corava facilmente. – E Benjamin... ele é tipo... um amplificador? Isso é incrível, mesmo a ideia dele usar você ser um pouco demais, mas você é um escudo. Bella, é incrível.

— Não sei, Rachel. Eu sinto que algo vai mudar depois da nossa ia até Volterra. Acho que será comigo...

— Acha que vai se machucar? – Rachel ficou preocupada.

— Não. Só é uma sensação esquisita. – Bella decidiu não pensar sobre aquilo. – E você e o Jacob, como foram?

— Na verdade, somos ótimos juntos. Isso também não é incrível?

— Essa palavra está sendo muito usada por você hoje.

— Então tentarei... Maravilhoso. – Ambas riram.

 

****

Damon deitou-se suavemente na cama ao lado dela. Tinha se esgueirado por debaixo da coberta e agora a abraçava. Bella sentiu o seu perfume e o seu toque, despertando. Um pouco zonza, estava sem muita percepção de onde estava, mas considerou ser algo bom porque Damon estava ali. Sua consciência voltou ao poucos a medida que ele beijava a sua testa.

— Você veio.

Tinha que fazer aquilo. Damon estava tentando duramente, mas a verdade era que estava se deixando chegar ao limite. Os Volturi, os Black, um Hibrido, os sonhos de Bella e agora essa voz. Parecia que não estava fazendo nada, mas sentia-se exausto.

— Apenas durma em meus braços. – Disse apertando-a um pouco mais.

— Talvez eu não consiga mais dormir. – Damon sorriu de leve. – Amo tanto você. – Bella pressionou os dedos nos braços fortes que a abraçavam.

— Case-se comigo então. – Damon aproveitou a deixa.

— No meio disso tudo ainda está pensando sobre isso?

— No meio disso tudo, devo pensar sobre isso. Algo normal. – Suas palavras intensas e o longo suspiro a fez despertar.

— Não se preocupe tanto. Sobreviveremos aos Volturi.

— De onde vem tanta certeza?

— Estamos todos juntos. – Damon beijou-lhe os cabelos.

— Bella, meu amor, minha rainha... – Sorriu com as doces palavras do namorado, mas veio a sua mente aquela voz chamando-a de rainha também. Imediatamente ela se contraiu e estremeceu. Seu coração deu um solavanco. – Qual o problema? – Damon sentiu as reações do seu corpo.

— Eu só... – Bella não sabia se deveria falar. – Não foi nada.

— Claro que foi algo. Diga-me. – Exigiu erguendo o seu rosto com as pontas dos dedos.

— A voz... A voz do sonho me chamou de rainha.

— Ainda acha que deve ir conosco? Não acha que talvez seja melhor ficar aqui com um de nós? – Damon estava mesmo tentando, ela admitia. Não a estava impondo, mesmo que estivesse em seu limite.

— Ainda acredito que devo ir.

— Te protegerei com a minha vida. – Damon a abraçou.

— Nunca se machuque por mim.

— Farei isso se preciso. Sobre esta minha decisão não pode fazer nada.

 

****

 

— Qual é a verdadeira razão para essa reunião? – Damon estava desconfiado desde que a Nina surgiu na casa deles com Quil Anteara. Não estava previsto e aquela altura Damon odiava imprevistos.

Já tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. A única coisa que o deixava mais tranquilo era ter tantos vampiros por perto. Nunca imaginou que um dia pudesse pensar desta maneira quando era devoto da solidão e das sombras. Naquele momento, preferia assim, pelo menos era o melhor para Bella

Bella, sua namorada que havia conseguido reverter a decisão dos seus tios com ajuda de Benjamin. Um hibrido que parecia possuir os poderes de quem tocasse. Quais outros poderes ele poderia ter? Quais os outros segredos?

Mesmo contra a vontade, todos acharam que ter um escudo seria eficiente e que Bella deveria ir então. Não sem confirmar que a proteção dela era a coisa mais importante, mais importante até mesmo que a missão em si de derrotar os Volturi. Ela iria e Damon estava com os nervos em frangalhos. Odiava olhar para Edward Cullen e ver o mesmo tipo de sofrimento. Damon sabia o que estava acontecendo, sabia que Edward investia cada vez mais em Bella, mas como ele poderia lidar com a situação sem provocar uma comoção tremenda no meio dessa confusão? Porque se ele fosse agir, se se deixasse mesmo sentir, pensar sobre aquilo, mataria Edward.

Todos estavam tensos, com a morte de um deles, pioraria. Seria também menos um para a proteção de Bella. Decidiu deixar aquele assunto para depois. E se dedicou ainda mais a namorada, indo todas as noites depois da sua amiga de quarto ter dormido e se esgueirava na cama de Bella. Queria protegê-la até mesmo dos seus pesadelos. Parecia ter funcionado ou foi aquele presente do Jacob Black que estava ajudando. Um filtro dos sonhos, foi uma boa ideia.

O final de semana chegou, foi buscá-la no colégio. Bella quis ir direto para casa, estava ansiosa para ver a Nina que passaria na casa deles. E então... ela estava ali com um outro bruxo. Damon encarava Quil com a promessa de acabar com ele se tentasse algo.

— Ainda é sobre os Volturi.

— Disse que nos ajudaria. – Jasper também estava inquieto, o que não ajudava muito no clima do ambiente. – Trouxe a verbena?

— Vocês estão desconfiados. – Nina percebeu. – Trouxemos a verbena. Está na casa da minha filha onde estamos hospedados.

— Tem um bruxo a mais aqui. Dois é demais, ainda mais quando um deles não era a favor de nos ajudar.  – Damon incapaz de esperar por alguma resposta que fizesse sentido, caminhou para a frente dos dois que estavam sentados. – Você é amigo ou inimigo?

— Nenhum dos dois. – Quil respondeu.

— E o que está fazendo aqui?

— Nina! Quil! – Bella desceu as escadas e estava correndo em direção aos dois quando Damon a segurou. Ele a girou para que ficassem cara a cara.

— Espere um momento. – Pediu gentilmente.

— Pode responder porque veio então? – Damon perguntou novamente, olhando diretamente para Quil. Bella entendeu que algo sério acontecia, seu corpo estava atrás do de Damon. Ele parecia estar querendo protegê-la.

— Não devemos ser a favor de seres que matam porque somos devotos da vida. Eu vim aqui por Bella. Soube dos sonhos, algo me motivou a vir ajudá-la. Vou tentar entrar em seus sonhos para entendê-lo.

— E porque? – Stefan inconscientemente tinha se aproximado de Bella também.  

— Porque parece importante.


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