Os Mortos Também Amam - Livro 2 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 15
A Busca


Notas iniciais do capítulo

Em breve nossos vampiros estarão novamente com a Bella. Mas como será esse reencontro? E as coisas, serão as mesmas depois disso tudo?
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– Ligue para ela, agora! – Damon ordenava novamente. Estava cansado daquele falatório sem ação. Bella estava viva como ele sempre soube. Afinal, ainda estava em seu juízo perfeito e o seu amor por ela permitiu que ele não desistisse, não aceitasse aquela morte fajuta. Isabella era muito boa, a sua existência não poderia estar ligada a qualquer outra pessoa. Iria reivindicá-la em definitivo quando a encontrasse. Por enquanto, a busca por ela só estava começando.

Estavam na casa de Helena e Stefan, todos eles e a casa parecia pequena. O cheiro de Bella persistia, como algo que não podia simplesmente partir. Como ela também não podia simplesmente partir de sua existência. Enfim, ela era algo que valia a pena lutar e jamais diria que algo em sua existência foi em vão, porque tudo aquilo fez com que ele a encontrasse. Helena enfim, decidiu fazer a ligação. Ela era a melhor escolha para falar com Nina.

– Nina, como vai? Sou eu Helena Salvatore. – Todos estavam atentos as respostas educadas da senhora. – Nina, Bella não está morta, nós sabemos. E sabemos também que você sabe mais do que nos disse.

– Como isso é possível, querida? Você deve estar confusa. Está em casa sozinha? – Ela estava mentindo, era óbvio.

– Sabemos que vocês da reserva são pessoas especiais. Já desconfiávamos, mas agora temos certeza.

– Somos especiais porque ainda vivemos em uma reserva e ainda teimamos em seguir alguns costumes? Pode-se dizer que sim. Mas estou preocupada com você, isso não quer dizer nada, Helena. – Ela realmente parecia tentar acalmar Helena.

– Queremos falar com você pessoalmente. Dê-nos alguma pista dela, por favor.

– Helena, sinto muito. Espero que a dor melhore em breve, mas não posso ajuda-la. Até mais, querida. – Ela desligou. Helena pareceu não acreditar.

– E você, bruxa, não vê nada? – Damon perguntou a Alice.

– Nada. Todos os nossos poderes estão bloqueados. São eles os verdadeiros bruxos. –

– Onde Bella estará? – Rosalie pensou alto.

– Talvez ela esteja lá. Talvez ela tenha usado algum nome falso. – Emmet sugeriu.

– Isso, Emm. Damon conseguiu as informações de que Bella, Nina e Rachel saíram daqui no mesmo voo, mas Bella pode ter voltado para cá com outro nome. – Jasper pensou.

– Mas lá ela não está. Falei com a Nina quando ela voltou de viagem, Bella não estava no carro. E Rachel também não voltou.

– Rachel deve te voltado para a casa dela no Arizona como você disse que Nina fez questão de dizer. – Helena lembrou.

– Vamos continuar tentando com Nina. Ela tem que falar conosco pessoalmente. Se precisar ficar lá novamente a postos, eu ficarei. – Damon saiu da reunião sem aviso.

– Ele tem razão. – Stefan disse. – Vou com ele.

– Eu também irei. – Edward levantou do degrau em que estava sentado calado. Ouvido todos e seus pensamentos. Ele estava nas sombras, sempre andava nas sombras agora e afastado.

– Você está bem para isso? – Esme perguntou preocupada.

– Estou bem o suficiente.

– Neste caso, eu também irei. Talvez Nina fale se eu estiver presente. – Helena avisou.

– Vamos. – Stefan chamou.

E eles permaneceram nos limites da reserva, sem se preocuparem em ficar escondidos. E todos que passavam eles perguntavam por Nina e pelo líder deles. A maioria tentava se esquivar deles e pareciam até um pouco assustados. E não era para menos, eles pareciam intimidadores. As horas passaram, nenhum deles queria voltar para casa sem ter falado com Nina ou com alguém que pudesse esclarecer algo sobre a Bella. No amanhecer do outro dia, Nina veio caminhando com um ancião que Damon identificou como líder que o acolheu no dia em que entrou na reserva e perdeu os sentidos.

– Olá, amigos.

– Nina! – Helena estava emocionada por enfim vê-la ali.

– Helena. – Nina acenou para ela. – Deixe-me apresentar o nosso líder, Quil Ateara. – Ele apenas fez um gesto breve com a cabeça, mantinha os olhos duros e vigilantes em todos. - Disseram que insistem em me ver. – E quem é este? – Ela se referia a Edward.

– Edward Cullen, ele também é da família. – Nina apenas lançou um sorriso aquiescente para Helena.

– Nina, sabemos que saiu do país com a Bella. No momento só queremos saber o seu paradeiro. – Nina olhou para Stefan que esperava a sua resposta. Ela parecia considerar as suas próximas palavras.

– Bella morreu, foi o que ele disse quando cheguei a cidade. – Nina apontou para Damon que perdeu a paciência.

– Aquela que enterramos não é a Bella e você sabe muito bem disso. Eu posso sentir a sua mentira. O que são vocês, afinal?

– Somos descendentes de índios quileutes. – Quil Ateara falou com uma voz grave. Sua fisionomia não tinha se alterado e ele parecia contido e sério. – Vocês se prostram em nossos limites ameaçadores e nos chamam de mentirosos. Não devemos nenhuma resposta a vocês.

– Como não? Bella saiu daqui com um duas de vocês e não voltou. No lugar dela veio um corpo que diante de nós transformou-se em outra pessoa que não conhecemos. Vocês usam magia, esse lugar está impregnado disso. – Damon se alterou.

– Diga-nos agora onde Bella está e deixamos esse lugar e vocês em paz. – Edward disse ameaçador.

– Ou se não? – Quil perguntou.

– Faremos o que for preciso. – Edward deu um passo na direção dele.

– Por favor, Nina. – Helena interferiu. – Sou eu, eu que fui como uma mãe para ela esses anos. Estou te pedindo que nos diga onde ela está. Eu preciso vê-la. – Helena estava prestes a chorar.

– Lamento. – Foi a única coisa que ela disse.

– Saiam daqui imediatamente ou terei que chamar a polícia. – Quil avisou e virou-se para ir embora quando Edward postou-se diante dele. Quil ficou impressionado com a rapidez dele.

– Vocês sabem que não somos humanos. Apesar de tentarem esconder seus pensamentos consigo captar alguma coisa. E nós sabemos que também são diferentes. E temos certeza de que sabem o que aconteceu com a Bella nos últimos dias e o seu paradeiro. Vocês devem estar agindo pelo bem dela, porque ela pediu que agissem assim, mas não se enganem. Se não disserem, se eu ficar ainda mais desesperado, eu não precisarei entrar em sua reserva e nem ligarei para a polícia. Mas vocês se sentirão machucados.

– Edward! – Stefan foi até ele e o afastou de Quil. Os dois preferiram não dizer nada e seguiram para a reserva.

– E se Bella ficou na Itália? Não deveríamos ir até lá para verificar? – Helena estava arrasada.

– Poderíamos começar buscando pelos hotéis onde a Nina ficou hospedada. Porque se a conhecemos bem ela ficou na Itália usando outro nome. – Stefan disse.

– Ligarei para Jasper e pedirei que acione seus contatos nestas questões de documentação. Talvez Bella tenha utilizado o serviço de um deles. Ela cresceu nos vendo fazer essas coisas. – Edward parecia um pouco mais lúcido naquele momento.

A ligação foi feita no caminho para casa e Jasper já estava fazendo seus contatos. Quando chegaram na casa dos Cullen, Jasper já tinha todas as respostas negativas, mas não vacilou e marcou um encontro com os dois mais próximos de Forks para o dia seguinte. Edward iria também para ler as mentes deles.

– Enquanto isso o que fazemos? – Damon perguntou.

– Esperamos. – Disse Stefan.

– Podemos ligar para a Rachel e fazer a pergunta.

– Rachel não deve falar nada mesmo que saiba. Temos que ter o nome dela para agirmos melhor. – Helena estava louca para ligar, mas sabia que nada sairia da Rachel.

***

No dia seguinte Jasper e Edward foram encontrar os dois contatos que trabalhavam para eles a anos com documentação. Edward ficou irritado quando confirmou lendo a mentes deles que eles não sabiam de nada. Jasper então lembrou-se de um outro contato que tinha pelas redondezas e prontamente Edward o fez ir com ele onde este trabalhava. Ninguém o havia visto há semanas, mas conseguiriam o endereço de sua residência e foram para lá. E novamente não o encontraram, mas Edward leu a mente da senhora ali. Ele sabia onde o encontraria. Seguiram para uma cidadezinha das redondezas e não foi difícil acha-lo em um rancho.

– Oh, Deus! – Ele apenas choramingou para si mesmo ao sair da casa vendo o carro deles estacionar. Jasper e Edward saíram do carro e foram em direção a ele. Jasper parecia educado e simpático, mas Edward estava fechado.

– Esperamos não incomodar, mas precisamos de uma informação.

– Foi ele quem fez. – Edward tinha visto em seus pensamentos. Ele estava assustado. Bella o tinha convencido aquilo. – Ela é apenas uma garota de 16 anos.

– Pensei que se tratasse de algo que a família estivesse de acordo. – Disparou em explicar.

– E depois do serviço pronto, ela sugeriu que saísse da cidade e mesmo assim ainda achou normal?

– Vocês são exóticos, se os ofendi, perdoem-me. – Ele estava sentindo medo do olhar de Edward.

– Diga-nos o nome que ela escolheu. – Edward exigiu entre dentes.

– Eu lembro bem, Isabella Forastiere, permaneceu com a mesma idade, 16 anos. Nascida em Washington, os nomes dos pais... acredito que seja Antony e Marie Forastiere e ela pediu além de todos os documentos clássicos, um documento de sua guarda para uma tal de Nina Black. – Edward sorriu torto parecendo maligno e apenas voltou para o carro sem agradecer.

– Obrigado por suas informações. Fique tranquilo, sabemos que agiu de boa-fé, mas da próxima vez que a nossa Isabella o contatar, nos avise prontamente. Espere por uma gratificação nos próximos dias.

– Sim, senhor Cullen.

– Ela aprendeu direitinho. – Jasper tentou usar de humor ao sentar no lado do carona, mas Edward estava calado e arrancou imediatamente. Jasper discou o mais rápido que pôde e passou as instruções simples e claras. – Quero saber se ela está no Arizona, comece por lá e se não obtiver uma resposta positiva, busque a partir de sua conta bancária, ela deve ter transferido seus investimentos para esse novo nome. Descubra. Estarei aguardando. – Jasper guardou o celular e passou as mãos pelos cabelos sentindo-se cansado. – Teremos que esperar. – Edward grunhiu e apertou ainda mais os dedos no volante. – Olhe, Edward, sabemos que ela está viva e isso por si só já é uma ótima coisa. Nós não a perdemos, você não a perdeu e mesmo que tivéssemos... – Jasper suspirou. – Não teria sido a sua culpa. Posso fazer com que se tranquilize.

– Não preciso.

– Ela está viva, Edward! – Jasper tentou despertá-lo daquele torpor.

– E a terei de volta. – Jasper sabia que seu irmão estava em um momento sombrio e sabia que ele tinha se alimentado de humanos, talvez estivesse em abstinência novamente e eles teriam que respeitar esse momento.

Encontraram todos reunidos e explicaram tudo o que aconteceu.

– Isabella Forastiere? Até que é a cara dela. – Emmet sorriu. – Será questão de tempo encontrarmos essa forasteira. – Emmet piscou para Rosalie que estava muito quieta assim com a Alice desde a suposta morte de Bella.

– Alguém ainda tem dúvidas que ela está no Arizona com a Pocahontas? O que fazemos aqui ainda? Eu não sei vocês, mas estou indo para lá. – Damon alcançou a maçaneta da porta de saída, mas Helena pediu que ele esperasse e fez a ligação para Rachel.

– Alô. – Helena ouviu a voz jovem do outro lado da linha.

– Rachel, olá. Sou a Helena, lembra-se, de Forks? – Silêncio. Aquela surpresa da garota era esperada.

– Ah, sim, lembro. Minha avó me avisou sobre o que aconteceu. Desculpe não ter ligado, foi muita indelicadeza da minha parte. – Rachel tagarelou desculpando-se, mas Helena sentiu que ela estava confusa.

– Rachel, sabemos que a Bella não está morta. Falamos com a sua avó, mas ela não quer nos dizer nada. Se sabe onde a Bella está, nos diga, por favor. Estamos preocupados. – Decidiu ser direta, todos prestavam atenção e Damon até tinha se aproximado mais.

– Eu.... Eu... Helena nem sei o que dizer. Para mim, Bella está morta, foi isso o que soube. – Damon vincou os olhos. Ele estava por um fio. – Vocês falaram com a minha avó?

– Então, você também não vai nos dizer. – Helena suspirou. – Ela está com você? Está por perto? – Damon arrebatou o celular da mão pequena de Helena e começou a falar.

– Garota, com ou sem a sua ajuda, vamos encontrá-la. E se por acaso falar com ela, diga que eu, Damon, não vou desistir de procura-la mesmo que tenha que mover céus e terra e ter que lutar com anjos e demônios. Diga para essa pequena traidora que ela prometeu que seria para sempre. Consegue gravar o que lhe digo? Trate de fazê-lo. – Damon devolveu o celular a Helena. – Ela está lá. Essa garota não sabe mesmo mentir.

– Temos que pensar sobre isso. – Carlisle tomou a palavra. – Não podemos simplesmente ir todos nós para lá. Embora, eu acredite que todos estejamos loucos para isso. O fato é que os Volturi ainda estão lá e atentos. Talvez para não levantarmos suspeitas, seja bom que apenas alguns de nós fossem para lá.

– Vão vocês. Ficaremos aqui esperando notícias. – Esme falou sorridente e abraçando-os já.

– Tudo bem, faremos isso. – Helena disse, antes de irmos, falaremos com vocês.

– Assim que conseguir os lugares onde ela possa estar, avisarei. – Jasper disse. Assim os Salvatore se foram para organizar a viagem.

– Eu irei. – Edward avisou a todos logo que eles saíram.

– Não, você tem coisas para resolver antes de voltar a ver a Bella. – Carlisle foi duro com ele.

– Você está me dando ordem como um pai ou como o líder do bando?

– Hey, hey, calma irmãozinho. – Emmet pediu.

– Precisa se desintoxicar. – Carlisle sabia que aquilo era o sangue agindo na mente do filho e por isso tentou não levar o que ele disse em consideração.

– Eu estou muito bem.

– Está instável. Você tem tomado de sangue humano. Precisa de um tempo para voltar ao seu equilíbrio. – Carlisle continuou tentando orientar Edward.

– Todos de que me alimentei tinham a alma corrompida.

– Você está matando, Edward! Você não está bem.

– Edward, você não é assim e talvez tenhamos que interferir para que não sofra no futuro. Você cairá em si e enquanto antes melhor para o seu coração. – Ouvir Esme carinhosa e preocupada com ele daquela maneira o fez recuar um pouco. – Já sabemos que a Bella não morreu e sua dor vai passar ao vê-la, mas que você possa vê-la como é de verdade, bom. – Edward riu sem humor.

– Tudo bem, esperarei alguns dias. Quando eu estiver limpo, ninguém me convencerá a não ir atrás dela. – Edward subiu para o seu quarto e de repente sentiu-se irritado. Ele queria ter saído aquele momento para ver Bella, mas tinha que ouvir a sua família. Ele estava transtornado sim e precisava manter o controle para vê-la o mais rápido possível. Só gostaria de ter certeza que ela não o odiaria pelos seus deslizes. Ela não podia afastá-lo.

***

Naquela mesma noite os Salvatore estavam de partida por tempo indeterminado. Stefan pediu despensa da escola e lamentou que tenha agido tão em cima da hora, mas se tratando da sua sobrinha ele não hesitava. Todos estavam pensando que eles sairiam de Forks por causa da perda de Bella e todos os incentivavam a espairecer longe dali. Eles se despediram dos Cullen que estavam como eles, ansiosos.

– Não fique assim, meu amigo. Logo a verá novamente. – Stefan despediu-se confiante.

Assim que pousaram na calorenta Arizona, Jasper ligou informando onde ela estava: College Disciplinay MacCall. Era hora de encontrá-la.

***

– Jacob não está falando comigo. A única coisa que ele me disse desde o sábado foi: “Você é uma traidora. ” – Rachel falou sentada a mesa do almoço com Bella, Molly e Samantha. As duas garotas ficavam com elas agora, eram cúmplices e tinham se dado bem. O resto da escola olhava para aquele grupo com estranheza, já que Rachel era muitop popular e Bella mesmo que não quisesse também era e agora elas sentavam-se com duas das menos populares.

– Você deveria agradecer. Jacob é um traste. – Bella soltou essa e as meninas riram.

– Eu sei, mas ainda assim é meu irmão. – Rachel fez beicinho e Bella apiedou-se e a abraçou. - Mas sei também que vai passar. Somos irmão e gêmeos ainda por cima. Ele merecia uma lição e não me arrependo de ter participado daquilo. – Rachel riu ao lembrar-se do irmão beijando sem pudor Molly.

– Ele nem olha para mim, quando me vê pelos corredores foge como o diabo da cruz. – Molly soltou um risinho infantil.

– O plano foi um sucesso. – Bella sorriu para as garotas e depois olhou em direção a mesa em que Jacob estava.

Nas aulas que faziam juntos, Jacob não falara nada a Bella, mantinha-se afastdo e com cara fechada. Deveria estar traumatizado até agora, Bella pensou. Foi quando Jacob olhou em sua direção e sustentou o olhar assassino enquanto Bella sorria para ele. Jacob levantou e caminhou até a sua mesa. Todas se assustaram ao vê-lo ali. Jacob colocou as mãos espalmadas na mesa e debruçou-se para Bella. Seu rosto ficou a centímetro do dela, mas ela ainda sorria e não recuou.

– Aproveite bastante o gostinho da vitória porque será por pouco tempo.

– Admita que não achou ruim. Beijou a Molly com tanta vontade que pensei que iriam se fundir. Acho que gostou. Não há motivos para guardar rancor. – Todas riram. Molly soltou novamente um beijo para Jacob o que fez com que ele espumasse e Bella risse ainda mais.

– Eu vou acabar com o seu sorrisinho, Bella. – Frisou o nome dela demonstrando sua ira mal contida e voltou para a sua mesa.

– Nossa... – Rachel falou em meio ao riso das outras.

– O que foi Rachel? – Bella perguntou.

– Bella meu irmão não estava brincando, acho que ele fará alguma coisa mesmo. – Falou séria para a amiga.

– O que ele poderia fazer? – Perguntou sem acreditar muito que Jacob pudesse fazer algo. – E outra coisa, acredito que já enfrentamos adversários mais aterrorizantes do que um adolescente cheio de músculos e hormônios.

– Você tem razão, mas não custa permanecer com os olhos abertos.

Naquele mesmo dia Bella viu a maneira misteriosa que Rachel saiu do quarto para atender ao celular. Ela não ficou mais do que um minuto do lado de fora. Bella olhou intrigada para Rachel quando esta voltou, mas permaneceu calada ouvindo música em seu novo ipod que havia chegado naquela semana. Ela tinha feito a compra pela internet e estava satisfeita.

– Bella... – Rachel a chamou.

– Sim, Rachel?

– Seus tios estão vindo.

– Como você sabe? – Bella foi para a cama de Rachel e ficou ao seu lado esperando as explicações dela.

– Minha avó.... Ela teve um daqueles sonhos. E tem mais.

– Eu sei que tem, mesmo querendo que não tivesse. Você tem falado com a Nina misteriosamente. – Ela acusou.

– Sim, minha avó achava que era melhor você não saber para não se preocupar, mas a verdade é que seus tios, Damon e Edward foram até os limites da reserva e confrontaram a minha avó. O pior é que o nosso líder, Quil, ele queria espantar todos eles de Forks. Disse que eles eram perigosos, mas parece que agora minha avó o tranquilizou.

– Meu Deus.... Vocês deveriam ter me alertado sobre isso. – Bella levantou-se e foi até a janela. – Mas eles estão vindo e esse é o assunto principal.

– O que faremos?

– Terei que continuar mantendo essa identidade. Não poderei voltar a ser a Isabella Salvatore nunca mais. – Ela ficou triste.

– É apenas um nome, Bella. Você continua sendo Salvatore em seu coração. – Bella sorriu.

– Você tem razão. O pior é que não poderei viver com eles. Os Volturi já descobriram uma vez e podem fazê-lo de novo e se me encontrarem viva, acredito que não sobrará ninguém da minha família. – Bella olhou novamente para o criado-mudo de Rachel e foi até ele, seus dedos passaram levemente pela foto de família da amiga. - Mais animada para ir para a casa neste final de semana? – Rachel fez uma careta de desgosto. – Vamos Rachel, não deve ser tão ruim passar um fim de semana em sua própria casa.

– Seria melhor se você aceitasse o meu convite. – Fez nova tentativa.

– Esse fim de semana não. Preciso pensar... Além do mais, eu sei que eles virão me procurar. A coisa não será nada bonita com o Damon.

– Percebi a personalidade intensa e dominante dele ao telefone. – Bella sorriu.

– Então, na realidade ficamos cerca de um mês longe e eu pensando que nunca mais o veria. Estou morrendo de saudades agora, imagine se isso se prolongasse mais.

***

Em seu tempo livre depois de se exercitar, Bella decidiu caminhar devagar sob o céu estrelado e entre as flores do jardim. De vez enquando cemicerrava os olhos para a incrível sensação de estar naquele lugar agradável com a brisa leve da noite tocando-a carinhosamente. Ela estava a cerca de dez metros do portão de entrada quando parou ao notar parte do corpo de uma pessoa do lado de fora espreitando o colégio. Ela ficou assustada e tentou ver se reconhecia quem estava ali, mas a pessoa recuou diante do olhar dela. O seu coração disparou. A sensação de estar sendo observada a atingiu e com razão agora.

– Quem está aí? – Ela gritou reunindo toda a sua coragem, mesmo que seu corpo estivesse tremendo inteiro. Não houve resposta. Bella olhou para os lados e para o prédio do colégio, viu que estava longe. Sabia que não podia ficar mais ali sozinha então correu para dentro e o mais rápido que pôde para seu quarto. Trancou a porta e a janela e encolheu-se em sua cama para tentar se acalmar.

Teria sido fruto de sua imaginação ou tinha visto mesmo alguém perto do portão olhando para ela? Estava tão escuro do lado de fora que ela não conseguiu ver direto e mesmo assim a pessoa tinha recuado muito depressa. Já fazia alguns dias que estava com aquela sensação.

Bella soltou o ar aliviada, aquela sensação de que alguém estava lhe espreitando estava começando a assustá-la.


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