Eu estava realmente muito confuso com toda aquela noite, eu não devia ter ido ao encontro de Lucy, mas fora como se uma força fora do comum
me arrastasse e quando me dei conta lá estava eu perto daquela humana tão familiar...
Passamos algumas horas conversando, mas logo que ela tocara no assunto amor, eu me desvencilhei, eu ainda não me sentia bem em tocar
na história que eu tivera com Bella, e sempre que eu comentava sobre isso, a dor me tomava me fazendo sofrer.
A manhã estava completamente nublada e chuvosa, e eu estava sentado na poltrona ouvindo Clair de Lune, quando Alice entrou pela porta,
e se sentou na minha frente toda animada.
– Alice que foi dessa vez?
– Você foi ao encontro ontem... Ela resmungou
–Fui, como você disse não consegui suportar ficar longe dela. Eu respondi
– Quer dizer que vocês se conheceram ? Ela perguntou curiosa
– Não, eu logo percebi que aquilo não estava certo, eu não posso entrar na vida dela assim. Eu respondi amargo
–Edward você que não entende, agora é tarde demais ela já está se apaixonando por você, e você concerteza não pode impedir isso... Alice disse convicente
– Antes que ela se apaixone como Bella, eu vou embora... Eu resmunguei
– Não, você não pode fazer isso. Alice retrucou
– Mas eu vou, eu não vou suportar magoar Lucy, e além do mais ela pode não reagir como Bella, ao saber do nosso segredo... Eu resmunguei
– Acredito que quando você contar, ela vai te surpreender dizendo que já sabia, porque aquela garota é Isabella Sawn, eu tenho certeza... Alice realmente estava enlouquecendo com suas visões, era impossivel Bella voltar, ela havia morrido, eu a havia feito se matar, eu a vi serena e em paz no seu enterro, como aquela cena me torturava..
Assim que a chuva cedeu resolvemos ir ao colégio, peguei minhas coisas e subi na moto, pela primeira vez em muito tempo meu coração adormecido parecia despertar com algum sentimento desconhecido ainda.
Quando cheguei na escola, notei que metade dos alunos haviam faltado a aula devido a chuva, então fui pego de surpresa pela pergunta que me veio a mente, será que Lucy também havia faltado, e a resposta me decepcionou , procurei por todos os lugares mas ela não estava lá , eu não tinha o direito de me sentir assim.
Subi na moto, e decidi ir até a casa dela saber o que aconteceu, além da chuva , peguei a estrada ainda embaixo da garoa que cai agora depois da tempestade, enquanto o velocimetro marcava 180km/hrs, como era de se estacionei em frente a casa de Lucy em alguns minutos, respirei fundo e caminhei ate a porta, mesmo sabendo que eu não deveria estar ali, e toquei a campanhia...
A porta se abriu revelando Lucy em trajes nada discretos, ela estava vestida com uma camisola preta de renda que mostrava seu corpo escultural, e cada veia que passeava por ele, o que quase me fez perder a concentração, concerteza ela era uma tentação naquele momento, ela sorriu ainda descabelada, e com cara de quem estava dormindo.
–Desculpe acho que te acordei? Eu indaguei
– Hmm, o que você faz aqui? Ela perguntou sendo enfática
– Eu lhe devo desculpas por ontem... Eu resmunguei
–Acho que não devemos ser amigos, se for para vcê ficar me pedindo desculpas. Ela respondeu me convidando a entrar.
– E eu acho que seus trajes não são muito apropriados para convidar um estranho a entrar na sua casa... Eu disse sorrindo.
– Meu deus, aff vou matar minha mae... Ela resmungou surpresa ao perceber que estava de camisola.
– Espera um momento que eu vou me trocar... Ela disse subindo as escadas.
Observei que a casa era grande, com dois sofás vermelhos na sala, e uma estante repleta de retratos, aonde havia fotos dela com o pai, eles pareciam felizes, então ela concerteza saberia entender minha dor,
quando eu lhe contasse o que aconteceu a Bella.
Olhei em volta para me certificar que eu e Lucy poderíamos conversar sme interrupções, dessa vez nem mesmo as minhas, me sentei num dos sofás perto da janela, e enquanto a esperava fiquei imerso em meus pensamentos, por onde eu começaria a contar a Lucy, o porque de eu estar sendo tão rude com ela, não eu não iria revelar nosso segredo, mas apenas conversar sobre Bella pela primeira vez em muitos anos.
Não demorou muito para que Lucy descesse arrumada, dessa vez numa calça de moletom preta com uma baby-look vermelha, enquanto descia as escadas, ela sorriu para mim e disse:
–Você quer alguma coisa para beber?
– Não, obrigado.. Eu respondi
– Então me diga o que te trouxe até aqui? Ela voltou a perguntar.
– Acho que da última vez , deixamos um assunto pedente.. Eu respondi
– Se você vai falar sobre o que começamos na lanchonete, esqueça, se for algo que você não queira conversar. Lucy disse enquanto sentava-se na cadeira a minha frente.
– Nao, eu acho que pela primeira vez encontrei alguém com quem eu vou suportar conversar sobre isso. Eu respondi
– Primeiro me diga porque você foge tanto de mim? Ela me pegou de surpresa;
– Essa parte é complicada, podemos pular para a proxima pergunta? Eu pedi
– Eu já falei muito de mim, quer dizer o que você deixou eu contar, antes de ir embora. Ela me disse sorrindo.
– Hmm, me desculpe, pode continuar agora? Eu perguntei
– Talvez, mas antes quero saber o que você exatamente veio fazer aqui? Ela me perguntou curiosa
– Eu vim ver você, Lucy Amber. Eu respondi notando que ela ficara com as bochechas rosadas como Bella, ela estava envergonhada.
– Hmm.. Ela resmungou, acho que aquela era seu jeito de dizer que estava feliz por eu estar ali.
Eu sabia que o que estava fazendo, era totalmente errado, que eu não devia me aproximar dela assim, que ela nunca poderia ser Bella, que aquela era uma garota por mas parecida , muito diferente de Isabella Swan, mas eu já não ligava para mas nada, haviam se passado quase uma semana, e eu já podia dizer que estava começando a me apaixonar por aquela humana, quer dizer, eu sentia por ela, algo que eu não sentia há exatos 50 anos.
– Então termine de me dizer como você veio parar nesse fim de mundo, porque sei que tem mas coisa além do emprego do seu pai.? Ela disse piscando para mim como quem dizia que eu poderia confiar nela.
– È que é tão complicado tocar nesse assunto, é doloroso demais. Eu respondi enquanto começava a sentir as bordas da ferida em meu peito latejar.
– Me conte? Ela pediu se aproximando de mim.
– Talvez eu ... Eu tentei desvencilhar, mas eu sabia que se eu fosse embora dessa vez, talvez ela nunca mas falasse comigo.
– Aonde nós paramos ontem? Eu perguntei
– Eu estava te perguntando se você tinha namorada,
e você ficou triste de repente, me diz o que aconteceu, ela terminou contigo recentemente? Ela me perguntou
– Não, Bella não terminou comigo.. Eu respondi sentindo a dor subir na minha garganta, mas fiquei mas surpreso com o rosto de Lucy, ela parecia receosa ao ouvir o nome Bella.
– O que aconteceu? Lucy perguntou curiosa, pude notar que suas mãos começavam a tremer, que seus olhos se enchiam de lágrimas.
– Eu que pergunto o que está acontecendo para que você fique assim? Eu perguntei ansioso
– Apenas me diga o que aconteceu? Ela implorou
Então antes que os soluços começassem a tomar conta de mim, eu respirei fundo, e enquanto o rosto de Bella, quer dizer Lucy na minha frente esperava ansioso, pelo relato da minha dor.
– Bella se matou....... Eu sussurrei sentindo uma pontada em meu peito.
Naquele momento todas as lágrimas que Lucy segurava para que não caissem, foram derramadas inundando seu rosto, seus olhos estavam fixos no meus, ela estava tremendo dos pés a cabeça, eu nunca imaginei que a morte de alguém que ela nunca conheceu fosse a deixar desse jeito, eu estava começando a ficar nervoso, me aproximei enxugando suas lágrimas com um lenço que eu tinha no bolso, e a encarei.
– O que foi, Lucy? Eu disse preocupado
– Se eu te contar algo, você jura que não vai me achar esquisita, e nem louca... Ela disse sussurrando
– Mas como eu poderia!! Eu concordei mesmo já achando louca o suficiente por se aproximar de mim.
– Você pode me dizer como Bella morreu? Lucy pediu apertando minhas mãos frias sem medo.
– Não sei se eu conseguiria dizer a você, ainda é muito recente. Eu menti
– Me conte o que você tanto precisa dizer... Eu pedi fitando seus olhos agora de uma tristeza incomparavel.
–" Desde de muito pequena eu tenho um pesadelo que me atormenta quase todas as noites, quer dizer ele me atormentava todas as noites quando eu era pequena, mas ele havia sumido, quer dizer era menos intenso, eu o tinha uma ou duas vezes no ano, mas desde do mês passado que eu simplesmente não consigo mas dormir, e ele parece cada vez mas real." Ela disse enquanto as lágrimas inundavam seu rosto
– Continue, me conte que pesadelo é esse... Eu perguntei já meio atordoado e ansioso para descobrir ...
– " Nele eu estou me jogando de um penhasco, em direção ao mar revolto que bate contra as pedras, enquanto uma voz me diz
"Não, Bella, Não" , até hoje eu ainda não entendo porque a voz insiste em me chamar de Bella, se a garota que se atira ao mar, sou eu.
Então quando estou afundando, as últimas palavras que eu digo são : " Adeus, Eu te amo"...." Ela terminou de dizer em meio ao desespero que tomava conta da sua voz.
Naquele momento eu podia sentir todo o meu corpo estremecendo, meu coração adormecido disparava como uma bomba-relógio, preste a explodir, meus olhos estavam completamentes fixados naquele
rosto em formato de coração, nos olhos chocolates, que há tanto eu não os via, era como se todo o meu corpo estivesse sendo invadido por uma sensação extasiante, era como se todos os meus pesadelos sumissem na minha frente, mas mesmo assim, eu ainda sabia que aquela não podia ser Isabella, suas personalidades eram muito distintas, uma costumava ser timida, e essa era atrevida, mas as duas tinha algo em comum além da aparência, todas as duas eram destemidas, pareciam não perceber o perigo ao se aproximarem de mim.
– Não... Eu sussurrei como quem quisesse gritar.....Mas minha voz não saiu.
Eu estava em choque, como Lucy poderia saber descrever tão bem a cena que eu vira na mente de Alice, há 50 anos atrás, e porque ela se emocionava tanto ao contar, porque ela me fitava como quem procurava respostas, estas que eu as tinha, mas não poderia dar.
– E de quem era essa voz? Eu perguntei já esperando pela resposta
– Era sua voz, mas como se nós nunca nos conhecemos, você tem algum poder sobrenatural, de entrar nos sonhos das pessoas...??? Ela me indagou enquanto tentava secar as lágrimas.
–Não, eu não sei explicar como você sabe exatamente como Isabella morreu. Eu resmunguei deixando toda a dor sair na minha voz
– Oh Edward.. Me desculpe.. Ela pediu me abraçando, eu tentei esquivar dos seus braços quentes, mas foi como um grande choque eletrico quando seu corpo tocou o meu, não podia ser, eu sabia que
Alice estava enlouquecendo também com a dor da saudade, mas alguma coisa dentro de mim fez com que eu a abraçasse também, então na minha mente a voz de Alice sussurrou:
– " Sim, nós a encontramos novamente, é ela, a nossa Bella.. "....
Aquela possibilidade so podia ser loucura, eu até acreditava em fantasmas, mas em reencarnação, acho que já era demais até mesmo para um vampiro, ela podia ser apenas uma garota normal, e muito parecida com Bella, mas o fato de ela saber tanto, quer dizer saber exatamente o que aconteceu, deixou meu coração em dúvida.
– Edward o que você tem? Lucy perguntou ao perceber que eu não conseguia mas parar de soluçar.
– Desculpa Lucy mas eu preciso ir, me desculpe, eu preciso partir... Eu disse me levantando e saindo pela porta sem olhar para trás, eu não podia mas permanecer perto dela.
Peguei a estrada, e por alguns minutos pensei em voltar para casa, mas eu não ia suportar ouvir Alice dizendo que Lucy era Bella, eu não podia suportar.
Meus dedos frios e gelados apertavam o volante no desespero, o velocimetro marcava 200km/hrs, e Corks parecia apenas um pesadelo sendo deixado para trás, eu estava indo em direção a Forks, mas eu no sabia exatamente para onde estava indo.