Lonely escrita por Novaes


Capítulo 40
But you are the only idiot one day cared about me


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelo o apoio de vocês! Eu quis escrever hoje pois estou morrendo de saudades e pelo o comentário super amor que eu recebi da Lariisilva eu quis postar algo, e como tinha prometido, claro oaskoaks



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P.O.V Effy

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Voltamos para casa e todos estavam mais tensos que o normal, eu sabia o que deveria fazer, eu tinha plena consciência daquilo mas aí eu penso em Rick, e Carl, Judith, eu penso na forma que eu vou deixa-los, iria ser tão brutal deixa-los sem dizer adeus, e tinha todos da prisão e Daryl, mas eu sabia de que alguma forma eu estaria os protegendo de um grande mal que existe lá fora e isso vai muito além dos Walkers, para mim os Walkers não fazia mais tanto medo quanto esse tal Governador, ele tinha pessoas, armas, ele tinha condições para fazer uma guerra e não ter nada a perder, sei do medo de Rick. Sei que ele está sendo egoísta, assim como eu por não me deixar ir embora com o tal do Governador, mas sei também que é amor, que só não lutei para ir e para fazer o certo pois eu não queria ficar separada dele, pois eu sei que o amo e não era muito de dizer isso, apenas tinha medo de perder tudo o que tive uma grande dificuldade para construir: Confiança.

Rick foi dirigindo com Hershel na frente e Daryl foi atrás comigo, Rick me parecia um tanto distante mas não o culpava, eu sabia que ele se sentia completamente culpado pela sua decisão rápida, sei que também parecia um tanto distante mas tudo aquilo era raiva, medo, eu me sentia muito mais culpada que Rick pois eu deveria ter ido. Era tudo tão confuso.

Chegamos rapidamente a prisão pois aquele esconderijo do Governador não era tão distante da prisão, abriram o portão para todos nós e vimos o grupo de Woodbury todos muito normais mas quando olhei para o grupo interno da prisão vi os olhares cheios de medo, de raiva, nervosos, tensos. Rick foi se declarar de novo e eu me perguntava se ele iria falar do acordo.

– Acabei de ir encontrar com esse tal de Governador – Ele começou. – Não há acordo – Ele falou e vi o grupo de Wooldbury rapidamente ficarem todos tensos. – Isso significa que iremos todos para uma guerra – Ele falou e saiu, eu abaixei minha cabeça, e vi Carl tenso, falei com Daryl que estava ao meu lado, e fui ao encontro de Carl que se afastou de todos nós.

– Não fique assim – Falei e ele balançou a cabeça negativamente.

– Outra guerra – Ele comentou abaixando a cabeça e vi lágrimas saindo nele. – Eu ando chorando muito ultimamente, eu não era disso mas agora vem tudo tão...

– É uma grande bomba, não é? – Perguntei e ele concordou comigo. – Eu entendo, me sinto assim às vezes – Desabafei pois sabia que ele merecia saber da verdade, do jeito que eu me sentia.

– Não sei se você lembra, faz um tempo – Ele falou e eu o olhei confusa. – Você me disse uma vez que não podia ser forte o tempo todo, que simplesmente não conseguia – Ele falou e eu sorri , ele lembrava e de repente me bateu uma dor pequena de saber que eu talvez perderia aqueles pequenos, respirei fundo e fechei os olhos fortemente pois não poderia chorar, não na frente de Carl, não podia simplesmente mostrar que era fraca.

– É, garoto. Eu lembro mas... Vai ficar tudo bem, Ok? Não perca o que você tem de melhor em você – Falei e ele me olhou.

– O que seria isso? – Me perguntou.

Sua esperança – Respondi e ele concordou abaixando a cabeça e me abraçou fortemente, aquele abraço era mais que um abraço, era uma despedida, queria relutar e falar para ele parar com aquilo e que ficaríamos todos muito bem mas eu não podia fazer aquilo pois sabia que não era mentira dele, aquilo sim poderia ser uma despedida, poderíamos entrar nessa guerra a qualquer segundo. O abracei fortemente também com medo de que aquele fosse o nosso último momento juntos.

– Effy, eu te amo! – Ele falou, e eu o abracei mais forte e vi ele esconder seu rosto no meu pescoço, ele parecia uma criança assustada. Puxei o rosto dele fazendo ele me encarar.

– Vai ficar tudo bem, olhe para mim, Carl, eu não vou deixar nada te acontecer e nem com Judith – Falei e ele sorriu mesmo com as lágrimas saindo, eu limpei as lágrimas dele.

– Não sei se você vai gostar de ouvir isso, provavelmente não mas você é como uma mãe para mim e me desculpe por sei lá, sentir algo diferente ou pensar que eu senti... Eu estava enganado, fui um pequeno garoto, me desculpe – Falei e eu sorri.

– Eu não me importo em ser sua mãe – Eu respondi e ele arregalou os olhos vermelhos. – Mas esse vai ser o nosso novo segredo – Eu falei e ele concordou me abraçando mais uma vez. – Quer saber de uma? – Eu perguntei e ele me olhou novamente e eu enxugava seus olhos encharcados de lágrimas – Eu amo você, garoto. Você e sua irmã são tudo que há de bom, não quero perde-los de modo algum, vou lutar por vocês – Falei e ele sorriu me abraçando mais uma vez e repetindo que me amava, depois de um tempo ele resolveu sair pois achou que já havia feito uma grande cena. Segui para a barraca do Daryl, eu estava meia triste. Peguei minha mochila e peguei meu eterno isqueiro e peguei meu maço de cigarro que eu sempre guardava comigo caso acontecesse algo ruim e eu quisesse me lembrar quem sou.

– Então, a antiga Effy está voltando as raízes? – Daryl perguntou atrás de mim, eu não levei nenhum susto pois eu não estava com medo de nada, eu estava de costas e então me virei para ele.

– Me dê um tempo – Falei colocando o cigarro na minha boca.

– O que há errado com você? Está estranha desde que voltamos – Ele me analisou.

– As coisas saíram do controle, do meu controle Daryl – Falei pois sabia que na frente de Daryl eu poderia ser quem realmente sou, uma garotinha.

– Você nem sempre vai estar no controle das coisas ou pode estar mas elas podem sair um pouco do controle – Ele falou tentando me acalmar.

– Você não entende, é tudo minha culpa – Falei me sentando no chão e Daryl se sentou na minha frente um pouco distante e aquilo me lembrava os tempos antigos, Daryl fazia aquilo comigo quando eu queria conversar com ele.

– Me conte o que aconteceu – Ele pediu.

– O Governador propôs um acordo com o Rick – Falei e Daryl arregalou os olhos confuso pelo o porque Rick não havia aceitado. – O acordo era me entregar – Suspirei e vi ele me olhar um tanto magoado, ele fechou a boca e fez uma careta com ela, foi engraçado mas não estava no meu melhor momento. – De qualquer forma... – Falei dando uma pausa e acendendo o cigarro.

– De qualquer forma o quê? – Daryl me perguntou querendo que eu terminasse.

– Rick recusou na hora, ele devia ter aceitado e eu sei o quanto fui idiota de não ter ido... Eu só... – Falei e logo dei uma pausa respirando fundo.

– Eu só o quê? – Perguntou.

– Eu estou... Eu não quero perde-los, não quero perder ninguém mas também não quero machuca-los, me diga o que fazer Daryl – Pedi para ele e ofereci o cigarro e ele logo aceitou traçando-o para a boca.

– Eu vou matar aquele filho de uma mãe! – Exclamou Daryl irritado.

– Eu pedi para você me ajudar – Falei e ele bufou.

– Você não vai a lugar algum, você pertence aqui – Ele esbravejou.

Eu não pertenço aqui – Falei e logo pensei no que eu disse.

– Você traçou um caminho longo aqui, fez por merecer, você merece esse lugar aqui tanto quanto qualquer um – Ele falou se levantando e se sentando ao meu lado dessa vez me devolvendo meu cigarro.

Por que todo mundo tem de estragar minha felicidade? – Perguntei.

– O quê? – Ele me perguntou meio atônito.

– Primeiro... Ah você sabe, minha família, Emilly, o quê será que eu fiz tão errado? – Perguntei meia chateada, eu queria chorar, eu queria colocar tudo aquilo para fora mas simplesmente não conseguia fazer isso na frente de alguém e Daryl também não era qualquer alguém, era ele. Eu tinha medo dele rir de mim, ou pior.

– Ninguém vai tirar sua felicidade –Ele falou apertando de leve meu ombro em gesto de amizade.

– Eu nunca pensei que nós voltaríamos a nos falar ou sei lá – Eu desabafei.

Eu fui um idiota por ter ido embora – Ele falou.

– É, você foi – Falei e ele bufou de lado deixando para lá. – Mas você foi o único idiota que um dia se preocupou comigo – Falei novamente e vi ele olhando para mim e sorrindo de lado.

– Eu não conhecia esse lado da Effy – Ele falou.

– E eu não conhecia esse lado do Daryl – Falei apontando para seu sorriso.

– Deixe isso para lá – Ele falou e eu sorri.

– Aí está – Ele falou e eu o olhei confusa.

– O quê? – Perguntei.

Um sorriso – Ele respondeu.

– Obrigada por se importar – Eu agradeci.

Você é minha irmã, eu vou sempre me importar, aprenda isso – Falou e olhou para os lados enquanto eu o olhava agradecida, aquele sim era um momento importante.

– Ele vai tirar tudo de bom da gente – Eu falei.

– Ele não é louco – Ele esbravejou mais uma vez. – Effy, eu vou lutar por essa prisão, vou lutar por todos aqui, vou lutar por você – Ele falou.

– Tenho medo do que você perca no processo – Falei e ele me puxou para ele me dando um abraço, escondi meu rosto no seu peito e ele apoiou seu queixo na minha cabeça.

– Vamos ficar apenas bem – Ele falou e eu respirei fundo, respirei muito antes de começar a chorar. Ele logo me apertou contra ele um pouco e voltou para o seu lugar na minha frente novamente. E como sempre ele iria conversar um pouco mais comigo. – Como você se sente? – Perguntou.

Terrível – Respondi.

Ele balançou a cabeça e me abraçou mais uma vez, deixei uma lágrima, uma dor pequena minha sair mesmo Daryl não vendo, e aquilo seria a parte boa de tudo. Ninguém ver, mas ele ainda me apoiava.

Daryl depois de um tempo me chamou para descer, eu recusei e disse que me deitaria cedo e vi que Carl depois de um tempo subiu e eu logo joguei o cigarro longe antes que ele me visse, ele chegou cheio de gibis.

– Michonne traz para mim quando saí – Ele fala.

– Puxa, que legal! – Falei e eu poderia parecer um tanto criança para minha idade mas eu gostava de gibis. Carl me deu alguns para ler e me explicou qual era a história, era divertido ter aquele momento apenas eu e ele. Foi engraçado, foi inexplicável ver ele sorrindo mais uma vez... Eu me sentia tão diferente, tão mais protetora e aquele sentimento era tão estranho.

– Eu nunca soube que você gostava de gibis – Ele comentou.

– Ah, eu tenho meu lado, Ok? – Perguntei para ele e ele gargalhou um pouco baixo e volto a explicação, ele estava tão empolgado sobre eu gostar de gibis que se esqueceu de se fazer forte ou fazer aquela pose de homem forte, ele ali sim parecia um garotinho empolgado em falar para alguém que gosta sobre o quão legal era aqueles gibis, eu olhava para ele maravilhada por ver ele sorrindo de novo pois havia um tempo que eu não via aquilo, ele logo olhou para mim.

– O que houve? – Ele me perguntou vendo eu o encarando tanto.

– Nada, continue – Falei e ele sorriu mais uma vez entrando no assunto empolgado, depois de umas horas eu fui deixar ele na cela dele, o coloquei para dormir e lhe dei um beijo rápido na testa e logo fui ver Judith que estava dormindo encolhida e já estava tarde então estavam todos dormindo. Dei um beijo pequeno em Judith e saí logo vendo Rick na ponta da cela vendo tudo o que eu havia feito, ele não falou nada e apenas entrou na cela e eu saí um tanto magoada por ele não ter falado comigo, ele fazia isso, ele sempre fazia isso... Se afastava quando as coisas ficavam complicadas.


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Notas finais do capítulo

Amo vocês! Obrigada por tudo!



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