Desvenda-me escrita por Mariii


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oie,

Capítulo pequenininho porque sim...rs



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– Vamos embora dessa festa? - Sherlock diz contra meu rosto quando nos separamos por alguns centímetros após longos minutos nos beijando.
– Acho que já cansei de festas por hoje. - Nós sorrimos e voltamos para a mesa apenas para pegar nossas coisas e saímos sem dizer nada a ninguém enquanto todos nos encaram.

Esbarramos em algumas pessoas pelo caminho até a saída e murmuro pedidos de desculpas. Vejo Sherlock se divertir de verdade pela primeira vez, porque ele tem um bom motivo para esbarrar nas pessoas sem precisar necessariamente pedir desculpas, ao contrário de mim.

Entramos no táxi e eu seguro o rosto dele, beijando-o novamente até perceber que não dissemos o endereço. Ouço o taxista fazer um barulho como quem limpa a garganta e afasto-me de Sherlock envergonhada.

– Baker Street, 221B. - Ele diz antes que eu consiga concatenar as ideias e achar minha voz perdida em meio a tudo isso. Sou puxada para mais perto dele quando seu braço é passado pelo meu ombro e de novo esqueço-me de várias coisas que deveria ter consciência. Sherlock me provoca, aproximando o rosto do meu, deixando que eu sinta sua respiração em meu ouvido, seus lábios quase o tocando. Isso só piora como me sinto e quando chegamos ao apartamento, eu passo o dinheiro ao motorista sem prestar muita atenção. É como se tudo em minha cabeça fosse uma grande nuvem. Subimos devagar as escadas e voltamos a nos beijar quando passamos pela porta. Não acendo a luz.

Eu seguro-o pelo pescoço e as mãos dele se fecham em minha cintura, puxando-me e aprofundando nosso beijo. Minhas mãos sobem por seu cabelo e eu faço o que sempre quis fazer: bagunçá-los. Tudo começa a tomar proporções cada vez maiores e eu ando, guiando-o para o quarto da melhor forma que posso sem quebrar nosso contato. Há apenas a fraca iluminação que provém da rua e tenho que tomar cuidado para não causar um acidente com nós dois. Chegamos a porta do quarto me separo dele enquanto começo a desfazer o nó de sua gravata. Retiro-a com cuidado, fazendo movimentos metódicos. Seguro-a em minhas mãos por um instante, então a levo até meus próprios olhos, vendando-me.

– O que está fazendo? - A voz dele é baixa, e sua mão dele sobe por meu corpo, percorrendo o caminho até chegar ao meu braço e logo depois em minha mão, com a qual estou amarrando a gravata. Os dedos dele correm por ela, passando levemente por meus olhos. - Molly...

– As luzes estão apagadas, Sherlock... - Eu ajudo a deslizar o terno por suas costas e toco seu abdome, começando a abrir os botões de sua camisa. - Não há diferença entre nós. - Recomeço a beijá-lo mais uma vez no pescoço. - Toque-me, Sherlock, e assim você me verá.

Ele não tem pressa para começar a me tocar, iniciando um lento deslizar por meus ombros e braços. Meus sentidos ficam rapidamente mais aguçados e sinto de forma intensa e completa a cada momentos que os dedos dele passam por mim.

– Você está arrepiada... - E com ele sussurrando em meu ouvido a situação só piora, fazendo-o rir. Termino de tirar a camisa dele, sinto-o estremecer ao meu toque e sorrio.

– Não sou só eu...

Voltamos a nos beijar como se o mundo fosse acabar caso não fizéssemos. Nos entregamos aos sentimentos e sentidos que nos restam. Sherlock não tem pressa em se livrar das minhas roupas, ao contrário de mim, que quero desesperadamente fazê-las sumir.

– Acalme-se, eu nunca fiz isso assim... - Ele tenta parecer sério, mas percebo o riso em sua voz.

– Ninguém nunca precisou enxergar para fazer sexo, Sherlock. - Escuto uma rápida gargalhada antes que ele volte a me beijar e comece a descer por meu pescoço, ombros...

As sensações vem em um turbilhão e eu o empurro até que faço com que tropece na cama e caia deitado sobre ela, enquanto sento-me sobre suas pernas.

– Pode haver vantagens quanto a perda da visão, Sherlock. Talvez quando eu fizesse isso - desço apenas um dedo por sua barriga, chegando até seu cinto - você não se sentisse da mesma forma. Há um motivo para haver um fetiche com isso, e talvez seja esse. - Desafivelo vagarosamente o cinto, tocando-o "sem querer" algumas vezes. Sherlock está muito mais sensível do que eu, por estar há tempos sem visão e decido me aproveitar disso. Uso tudo que posso a meu favor. Seguro-o e uso meus lábios para tocá-lo. A respiração dele torna-se rapidamente entrecortada e ele me puxa logo depois, levando-me até seu rosto para que possa voltar a me beijar enquanto inverte nossas posições.

É a minha vez de sofrer com as deliciosas torturas de Sherlock, e é claro que ele não deixa por menos. Ao não vê-lo, eu não consigo prever seus movimentos e a cada vez que sou surpreendida, uma onda de prazer atravessa meu corpo. Ele me toca de todas as formas, como se pudesse decorar cada centímetro do meu corpo dessa forma.

– Você é linda. Sim, eu posso ver você... - As palavras dele me emocionam enquanto seus dedos passam por mim desde meus cabelos até meus pés. - Nunca imaginei que teria você assim... Aqui. Não vá embora, Molly.

– Eu não poderia, não é uma opção para mim... Sherlock...

Nossos rostos ficam próximos quando nos unimos e posso sentir a respiração dele ficando cada vez mais ofegante enquanto nos movemos. Eu o amo. E isso é tudo em que consigo pensar. Eu o amo.


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Notas finais do capítulo

:)



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