Acordo com os raios de sol que estão entrando pelas persianas, pego o celular que está ao meu lado na cama e olho as horas, são exatamente 7:00 horas da manhã. Já se passou uma semana desde que “Morri”, ainda não tive coragem de ligar para Isabelle ou para minha mãe, depois do que me aconteceu na cidade não penso em avisar que estou vivo. Talvez o grupo esteja novamente atrás de mim, pois um de seus integrantes me viu vivo, ele tentou me matar. A semana está passando tranquilamente Sophia e eu estávamos mais grudados do que nunca, Martin e Elizabeth estão felizes.

Desço a escada e vou direto até a cozinha, quando passo pela sala tropeço em uma almofada e quase dou de cara com o chão. Cheguei até a cozinha e Sophia já estava lá, estava mexendo e seu celular. Quando meu viu, ficou me encarando com seus lindos olhos azuis, depois de alguns minutos ela começou a rir do nada.

– Sophia, você está bem – Pergunto rindo da cara dela.

– Claro – Ela disse.

– Acho que você está com alguns probleminhas – Falei rindo.

– Olha quem fala – Sophia diz me encarando.

Elizabeth entra na cozinha, alguns minutos depois Martin aparece, me sento ao lado de Sophia. Ficamos comendo e conversando. O telefone de Martin tocou, ele olha assustado para o celular.

– Quem é? – Sophia perguntou.

– Harris – Martin disse.

– Atende logo – Elizabeth disse, em seu olhar eu podia ver preocupação.

Eu não fazia a mínima ideia de quem estavam falando, mas pelos olhares que eles trocavam a coisa era séria. Martin desligou o telefone e o colocou em cima da mesa, ficamos em silêncio.

– Pai – Sophia o chamou – O que aconteceu?

– Temos que nos encontrar com o resto do grupo mais tarde – Martin disse.

– Sobre o que vai ser a reunião – Elizabeth perguntou olhando para seu marido - O que aconteceu?

– Acharam duas pessoas mortas – Martin disse.

– Mas você sabe quem é – Elizabeth pergunta.

– Não faço a mínima ideia – Martin disse – Mas eles são um dos Heroes.

– Quem são os Heroes – Perguntei mesmo sabendo quem eles eram, só queria ter a certeza.

– São vocês, são as pessoas que nascem com a marca igual à que você tem!

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Phillip está sentado no jardim com o celular nas mãos, Isabelle está conversando com a mãe na beira da piscina, Clary e seus pai estão andando pelo sítio.

– Por que você está assim? – Katherine pergunta a Hector.

– Assim como – Ele pergunta.

– Parece que você está preocupado – Ela diz olhando para Hector.

– Não temos notícia das buscas á dois dias – Hector diz- Estou ligando para eles, mas o telefone só caí na caixa postal.

O telefone de Hector tocou quando ele acabou de falar. Ele o atende rápido.

– Alô, Joe! – Hector disse esperando uma resposta.

– Sim, sou eu – O Homem diz depois de alguns segundos.

– Quais são as notícias - Hector perguntou.

– Não encontramos o corpo de seu filho em lugar nenhum, procuramos por todo o rio, em vários estados e cidades onde ele passa – Joe disse.

– Você só pode estar de brincadeira com minha cara – Hector disse.

– Não estou Sr. Hill – Joe diz – Liguei para avisar que as buscas estão canceladas.

Joe desligou o telefone e Hector ficou ali encarando o celular. Katherine o olhou.

– O que ele disse. Katherine perguntou preocupada.

– Ele falou que não achou o corpo de Simon em lugar nenhum – Hector diz.

– Então ... – Katherine começou a falar e depois Hector a interrompeu.

– Ou Simon está no fundo daquele rio ou os Destroyers acharam o corpo dele.

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Acabamos de tomar o café da manhã, Sr. e a Sr.ª Watson já foram se trocar para ir a reunião dos Shields. Sophia já se arrumou e está ao meu lado no sofá conversando.

– Por que eles estão fazendo isso – Perguntei a Sophia.

– Matando as pessoas? – Ela pergunta.

– Sim – Falei.

– Eles sempre fazem isso. É a obrigação deles destruir os Heroes, mas não há mortes tem muito tempo, a última pessoa que os Destroyers mataram, foi uma menina chamada Julia – Sophia diz – Depois que descobriram que você foi o último a nascer com a marca começaram a te perseguir, mas depois que você pulou daquele penhasco, eles realmente acreditaram que você tinha morrido, mas quando aquele homem, um dos Destroyers viu você na cidade, ele deve ter avisado o grupo. Eles devem ter presumido que você está com alguém do nosso grupo e agora estão matando pessoas, acho que ele estão tentando nos intimidar para te entregarmos.

– Será mesmo? – Perguntei.

– Acho que é a opção mais óbvia – Sophia disse.

– Sophia – Elizabeth disse chamando a filha – Já estamos indo.

– Já estou indo – Sophia disse olhando para a mãe.

– Simon, não precisa se preocupar, aqui você está seguro – Elizabeth disse – Iremos voltar dentro de 2 horas, tem alguns biscoitos no armário e refrigerante na geladeira, qualquer coisa pode comer e beber o que quiser.

– Tudo bem - Falei – Obrigado!

Depois que Sophia e Elizabeth saíram fiquei ali na sala vendo televisão, estava passando o filme Em Chamas, fiquei assistindo até ele acabar, depois que o filme acabou peguei um pacote biscoito e fui para o banco que ficava perto da ponta da montanha. Fiquei ali observando a paisagem, lembrei de minha família, de meus amigos. A cada dia que se passa sinto mais falta deles. Sinto falta de minha e Phillip com seus jeitos protetores, sinto falta das conversas que tinha com meu pai, sinto falta das bobeiras de Clary e Anthony, sinto falta das minhas conversas com James, sinto falta principalmente de Isabelle, de seus beijos de seu sorriso, sinto falta do tempo que passava conversando com ela.

Resolvi ter coragem e mandar uma mensagem para quem quer que esteja com meu celular, penso que seja James pois foi a ele que entreguei meu celular antes. Desbloqueei o celular e comecei a digitar a mensagem, alguns segundos depois terminei de digita-la e guardei o celular.

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Isabelle estava com sua mãe sentada nas cadeiras à beira da piscina quando o celular de Simon apitou.

– O que é filha – Alyssa pergunta a Isabelle.

– É só uma mensagem – Isabelle disse pegando o celular que estava em uma mesa do seu lado.

Isabelle desbloqueou o celular, achou estranho ter uma mensagem de um número desconhecido um pouco depois a abriu. Ficou surpresa com o que estava escrito e saiu correndo ao encontro de James.

– Isabelle, o que aconteceu – Alyssa pergunta quando vê a filha correndo em direção a casa, mas Isabelle não responde.

Isabelle entra correndo na casa, e procura James em todos os cantos até achar ele na cozinha. James estava pegando um pouco de suco. Isabelle o pega pelo braço e o puxa em direção a um dos quartos.

– O que é isso! – James pergunta olhando assustado para Isabelle.

– Tenho que te mostrar uma coisa – Isabelle disse e entrou na primeira porta que viu.

Isabelle fechou a porta, estavam no quarto de Hector, Ela pegou o celular que estava no bolso da calça e entregou ele a James.

– O que quer que eu faça com esse celular – James perguntou.

– Desbloqueie ele e leia a mensagem que acabei de receber – Isabelle disse.

James desbloqueia o celular e começa a ler o que estava escrito. A mensagem era assim:

“James, desconfio que você ainda esteja com meu celular, preciso falar com você, Traga a Isabelle junto. Vou estar na cachoeira Soulest. Venha para cá ás 17:00 horas. Não estou morto. Por Favor não conte a ninguém, vocês correm perigo, depois te explicarei tudo melhor”

James ficou boquiaberto quando terminou de ler a mensagem.

– Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto – James diz

– Mas não é – Isabelle diz – Como essa pessoa sabe que era você que estava com o celular de Simon, e ninguém além de nós e o grupo de busca sabiam sobre a morte de Simon.

– Temos que contar isso para nossos pais – James diz.

– Claro que não – Isabelle diz – Você não viu o que estava escrito na mensagem.

– Então quer dizer ... – James tenta falar mas não consegue.

– Simon está vivo – Isabelle diz com um enorme sorriso no rosto e abraça James.