Naruto – O Retorno do Clã Uzumaki escrita por Leitor de Animes


Capítulo 14
Capítulo 14 – Indo para as Nuvens


Notas iniciais do capítulo

Bem, este é o 2/4 da Semana...
Vamos nessa!



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Bem, onde nós estávamos? Ah, já sei: Nossos amigos estavam indo para Kumo.

Eles estavam seguindo por uma estrada bem tranquila, no meio de uma floresta, sem muitos problemas e conversando bastante. Eles evitaram passar perto das vilas dos países atravessados, então continuaram andando pela floresta.

– Deixa eu ver se entendi... – disse Naruto. – O Hiroshi era apaixonado pela Sina, mas ela não gostava dele e então ele ficou com a irmã dela?

– Exato. – disse Onniken.

– Levou friendzone, mas continuou de cabeça erguida! – disse Yuchi, zuando.

– Você sabe bem como é isso, né, Yuchi? – perguntou Karin.

– Ei!

Eles riram e logo voltaram a conversar.

– Uma pergunta. – disse Shanai. – Como o Hiroshi tinha aquelas habilidades todas de cancelar jutsus elementais?

– É uma história e tanto. – disse Onniken. – Ele nasceu sem o Byakugan e era da família secundária. Então, ele decidiu treinar para não ficar para trás. Ele percebeu que sem as habilidades de Byakugan, ele seria inútil contra ataques elementais. Ele começou a procurar formas para se defender desses ataques: procurou em livros, pergaminhos, magia negra... Até que, depois de muito tempo procurando, ele encontrou um pergaminho na biblioteca de Konoha que dizia exatamente isso: Como cancelar chakra em forma elemental. Então, ele começou a treinar arduamente para aprender aquelas técnicas, que ele não contou nem mesmo para a mulher e para a filha como usar.

– Mas como ele conseguiu o Byakugan? – perguntou Karin.

– Eu estava quase lá. Depois disto, aos 25 anos, ele despertou o Byakugan de uma forma que nem ele sabe como foi: Uma noite, ele foi dormir com os olhos negros como a noite; no outro dia, acordou com eles brancos como a neve. Então, decidiram selar o Byakugan dele, mas ele fugiu junto com a irmã da mulher que ele amava, que também era da família secundária...

– No caso, a irmã da Sina. – disse Nagato. – Eu acho que eu ouvi que o nome dela é Sona...

– Isso mesmo. – disse Onniken, ainda seguindo a viajem. – Sina, a mulher que ele tanto amava, não o amava. Então, ele fugiu da vila antes que ele e Sona fossem selados. A Sona no caso é meio irmã de Sina, de sangue Hyuuga completo da segunda família, então só seria selada mesmo. Nessa época, Sona tinha 8 anos e Sina, 10.

– Lolicons...¹* – disse Yuchi. – Tão desagradáveis...

– Como assim meia irmã? – perguntou Karin.

– Bem, o pai de Sina era um renegado que uma vez passou por Konoha. Lá, ele conheceu uma jovem Hyuuga, por quem se apaixonou. Eles passaram a noite juntos e ele decidiu viver em Konoha... Até que descobriram a verdade sobre ele. Então, ele teve que fugir. Nesse tempo, a mãe de Sina ficou grávida. Após seu nascimento, a mãe de Sina foi obrigada a casar com um membro do clã e Sina foi considerada uma bastarda. Quinze meses depois, a mãe de Sina engravidou outra vez. E, duas semanas após o aniversário de Sina, nasceu Sona, uma menina Hyuuga de sangue puro, mas da família secundária.

– Entendi... – disse Karin.

– Mas continuando a história de Hiroshi: Desde da época de sua fuga, Hiroshi e Sona são procurados pelo Clã Hyuuga. Eles tiveram uma filha, chamada Yumi. Ela nasceu com um Byakugan mais que excepcional, comparável ao de Sina antes de perdê-lo, e aprendeu todas as técnicas do Clã Hyuuga, ensinadas a ela por seus pais. Então, eles começaram a viver em uma área do País do Som, próxima ao vale do fim.

– Mas pera ai! – gritou Karin. – Se o Hiroshi não tinha o Byakugan antes, como ele saberia usar suas técnicas?

– Você pode me deixar terminar? – perguntou Onniken. – A Sona conhecia muito bem as técnicas Hyuugas desde nova. E também, eles roubaram um pergaminho do clã que ensinava como usar cada uma das técnicas Hyuugas. Então, eles ensinaram essas técnicas para Yumi, que se mostrou ser melhor que muitos Hyuugas. Se mostrou ser melhor que Neji e Hinata juntos, pra falar a verdade.

– Melhor que minha amada e meu cunhado? – perguntou Naruto. – Eu não sei dizer...

– É que ela não teve tempo de mostrar as suas técnicas. Mas digo uma coisa: Ela derrotava os dois juntos.

– Não sei não... – disse Naruto. Depois, ele fez uma cara assustada. – Como você conhece a Hinata e o Neji?

– Eu não disse que estava te observando? Eu conheci todos os seus amigos: Kiba, Rock-Lee, Neji, Sakura, Sasuke, Konohamaru, Shikamaru, sua cunhada Hanabi, etc. As habilidades deles são muito boas, mesmo tendo os Senseis que tem...

– O que quer dizer? – perguntou Naruto.

– Só que os Senseis de Konoha são meio... “Diferentes”...

– “Diferentes” como?

– Falando sério? Kakashi é preguiçoso e sempre está com o chakra acabando, Gai é louco, Asuma fuma perto dos alunos, dando mau exemplo para eles, Ebisu é pervertido, etc!

– Entendo... Também acho! – disse Naruto, pensando no que ele disse sobre o Kakashi.

Eles ficaram num silencio chato, até que Shanai se pronunciou:

– Eu também tinha outra duvida: Como a Sina fazia surgir àquelas explosões do nada?

– Essa tem uma resposta mais rápida. – disse Onniken. – Ela aprendeu a fazer selos que permitiam que ela “invocasse” elementos dentro da área selada.

Naruto se lembrou de algo.

– Aqueles desenhos nas paredes da casa e no local da luta!

– Exato. Eles permitem que ela utilize seu chakra dentro daquela área em qualquer lugar, fazendo surgir explosões e coisas do tipo com um estalar de dedos. Assim, ela não tem que perder tempo fazendo selos de mão ou direcionar seus jutsus. Ela pode simplesmente faze-los aparecer. Mas o segredo desses selos ela disse que leva pro túmulo...

– Entendi... – disse Shanai. – Vejo que dá para aprender algo de interessante com cada um vocês assassinos.

Karin também quis perguntar algo:

– Onniken, com a Sina e o Hiroshi tinham aparência tão jovial mesmo tento a idade que tem?

Onniken coçou a cabeça, como se se fizesse a mesma pergunta.

– Eles aprenderam essa técnica bem jovens, quando ainda estavam no clã. Eles disseram que iam levar essa para o túmulo também. Só Sina, Hiroshi e Sona sabem essa técnica... E dizem que é melhor que a técnica da Tsunade...

– É... – disse Naruto. Depois, ele se lembrou de outra coisa. – É mesmo! Yuchi, o que eram aqueles cristais vermelhos que você fez todas aquelas vezes? O que tinha mostrado pela primeira vez era meio azulado... E dava pra ver uma diferença bem grande entre eles...

– Isso? Eles são simplesmente cristais feitos com maior quantidade de chakra, tornando-os mais fortes e resistentes. Assim, melhores para ataque e defesa. Eles serem vermelhos é só porque eu quero que eles sejam vermelhos.

– Como assim? – perguntou Nagato.

– Eu posso moldar meu chakra da forma que quero. Eu treinei muito até poder fazer isso. Então, para deixar uma marca especial, eu os deixo vermelhos para ficar mais legais.

– Entendo... Muito interessante... – disse Nagato. Logo depois, ele se virou para Onniken. – Onniken, você tinha dito que usava técnicas de fogo... Mas até agora eu te vi usar uma...

– Isso? É que eu ainda não tive chance, sabe... Contra aqueles caras não tinha porque usar técnicas assim...

– Entendo...

Eles seguiram seu caminho, até que o Sol começou se por...

Eles estavam no fim de uma floresta que dava para um desfiladeiro. Lá embaixo, havia água e muitas formações rochosas bem pontiagudas que davam lugar a rios que passavam por entre montanhas e rochas. Todos, exceto Shanai, estavam descansando.

– Do jeito que andamos, devemos ter feito mais da metade do caminho até Kumo. – disse Shanai, olhando para a direção de Kumo. – Devemos chegar lá durante a tarde...

– DURANTE A TARDE?!?! – gritou Karin. – VOCÊ TÁ DE PALHAÇADA!?!? SÓ DESCER ESSE DESFILADEIRO VAI DURAR A MANHÃ INTEIRA!?!?

Shanai se aproximou de Karin, olhando ela diretamente nos olhos.

– Eu já fiz esse caminho infiltrada, sem que ninguém percebesse, bem sorrateiramente em apenas duas horas... – disse ela, com voz ameaçadora. – Se você acha que não podemos fazê-lo até à tarde de amanhã, eu digo que é melhor você voltar para casa...

– Ok... – disse Karin assustada, quase tremendo.

Nagato olhou para o horizonte, pensativo.

– Mesmo que você quisesse voltar agora, não dá mais.

– Como assim? – perguntou Karin.

– Quando nós começamos algo, temos que ter animo para terminar... E mesmo que você fosse embora, precisamos de você... – ele olhou diretamente nos olhos dela, com aquele olhar de amigo, e falando com uma voz suave.

– Precisam de mim? Mas eu não faço nada além de reclamar...

Naruto se levantou onde estava.

– Você tem sido uma das pessoas que mais animou essa viajem!

Yuchi também.

– Se não fosse por você, eu poderia ter morrido para aquela foice de sangue do Cirion.

Onniken deu de ombros.

– Bem, eu não te conheço há muito tempo, mas sinto que posso confiar em você.

Shanai também decidiu falar algo.

– Se você não estivesse aqui, eu seria a única mulher nesse grupo e não teria com quem conversar, nem com quem competir no banho...

Karin sentiu uma lágrima escorrer pelos olhos.

– Pessoal... Obrigado! – gritou ela de alegria.

Ela limpou o rosto e sorriu.

Estava sendo um momento lindo, até que Naruto disse...

– E também, a Mito disse que só poderíamos terminar tudo isso se reuníssemos cada um dos Uzumakis restantes. E como você estava na lista...

Karin mudou toda a alegria do último momento em uma raiva enorme daquele loiro de boca aberta.

– NARUTO!!! SEU IDIOTA!!! – gritou ela, pulando em cima dele, dando socos e chutes na cara dele.

Eles decidiram então fazer a janta: Arroz com carne, bolinho de arroz, arroz frito, arroz com feijão...

– Porque só arroz? – perguntou Yuchi revoltado.

– Simples. – disse Onniken. – O arroz era o produto mais barato do mercado, pois é produzido em grande escala no País do Som, antes conhecido como País dos Campos de Arroz. Então, é arroz na veia. – ele fez uma careta, com a língua pra fora.

– Okay, né...

– Itadakimasu! – disseram todos.

Eles comeram, limparam tudo e montaram acampamento. Logo depois, foram dormir.

Após boas horas de sono, pois dessa vez eles foram dormir cedo, eles acordaram às 7 da manhã. E lá estavam, Onniken e Shanai preparando o café da manhã.

– Hum... Que cheiro bom... – disse Yuchi. – O que é hoje?

Shanai pegou tudo e pôs em cima do lençol estendido no chão. A 3 metros de distancia, um precipício de uns 100 metros de altura.

– Alguns pães, um cafezinho feito na hora, arroz e chá bem quentinho para os mais tradicionais, no caso, eu e quem mais quiser.

– Eu vou querer chá e arroz. – disse Nagato.

– Eu quero pão! – disse Naruto. – Tem manteiga, por acaso?

– Tem um restinho. – disse Onniken, pegando o pote quase vazio.

– Tá okay! – disse Naruto. Depois, ele começou a cantar. – Pão! Pão! Pão! Com manteiga é muito bom!

Karin logo pegou o chá e um pouco de arroz.

– Karin, você gosta de um estilo tradicional? – perguntou Yuchi, pegando um copo de café e um pão que Naruto já tinha passado manteiga.

– Ei! – gritou Naruto.

– Não... – respondeu Karin. – Também, mas é que eu não quero comer algo que vá me encher muito.

Shanai olhou para Karin e disse:

– É mesmo? Eu achava que de massa pra massa, dava no mesmo...

– Sinto que alguém está mentido... – disse Onniken, pegando o outro pão que Naruto acabara de passar manteiga.

– Qual é? – perguntou Naruto. – Tá de sacanagem?

Naruto olhou para o pote de manteiga, que estava só nas raspas.

– Isso é maldade! – disse Naruto, tentando pegar a manteiga do fundinho do pote.

– Tá! Admito! Às vezes eu gosto de algo mais tradicional... Mas todo mundo gosta de algo assim, não?

– Eu acho que sim... – disse Yuchi, dando a última mordida no pão.

– Viu? – perguntou Shanai. – Falar a verdade de vez em quando não machuca.

Nagato olhou para ela, que viu que ele a observava.

– Eu acho que é isso mesmo. – disse Nagato, virando o olhar.

Eles terminaram de comer e limparam tudo. Depois, se prepararam para descer o penhasco.

– Como nós vamos descer isso tudo sem se machucar? – perguntou Karin. – Sabem, eu não sou a melhor pessoa para fazer coisas suicidas não.

Naruto começou a pensar

– Bem, se eu soubesse fazer uma invocação de algo que voa...

De repente, ele se lembrou de algo.

– É isso! – ele se virou para Nagato. – Nagato, você podia invocar algo para nos levar lá!

Nagato olhou para o penhasco.

– Eu acho que dá... Só preciso de espaço...

Todos se afastaram dele. Então, Nagato mordeu o dedo e fez uma invocação.

– Kuchiyose no Jutsu! – gritou ele.

Então, 6 seis aves brancas, de uns 8 metros de envergadura de asa, apareceram na frente dele.

– Podem subir. – disse ele.

Naruto chegou do lado de uma das aves e olhou em seus grande e belos olhos. Shanai, Onniken e Yuchi estavam fazendo carinho em outras. Karin estava admirada com a beleza dos animais.

– Vamos! Subam! – disse Nagato, já em cima da sua.

– Okay. – disse Naruto, subindo na sua.

Os outros subiram em cada uma das aves. Nagato assobiou e apontou na direção de Kumo. As aves logo levantaram voo e foram para lá.

– Segurem firme! – gritou Nagato, tentando falar mais alto que o vento.

– Okay! – gritaram os outros.

Mesmo com o peso em suas costas, as aves voavam bem rapidamente.

– Como a viajem vai ser demorada, aproveitem e olhem a vista. – gritou Nagato.

Naruto e os outros ficaram observando a paisagem: Rios entre rochas, algumas montanhas acima das nuvens, etc. Eles estavam voando acima das nuvens e Nagato estava na frente, guiando a equipe.

Enquanto admiravam a vista, nem viram o tempo passar. Quando viram, já estavam chegando em Kumo.

– Galera, vamos descer! – gritou Nagato. – Cuidado para que eles não achem que somos inimigos!

– Okay! – gritou Naruto. – Preocupa não! Vocês estão comigo!

Eles desceram em uma das áreas andáveis da vila²* e desceram dos pássaros. Então Nagato dispensou eles. Ele fez um selo e eles sumiram.

– Bem, agora é encontrar o cara... – disse Yuchi. – Naruto, pegue o mapa...

Naruto pegou o mapa e começou a procurar o ponto no mapa.

– Bem... Aqui está! – disse ele, apontando para um local um pouco fora da vila, numa área plana de terra. – Agora é ir para lá...

Karin olhou para o céu, como se estivesse pensando.

– Que horas são, pessoal? – perguntou ela.

Todos fizeram que não com a cabeça.

– Não faço a menor ideia... – disse Onniken.

Eles andaram um pouco pela área, procurando alguém para pedir informações. Depois de 5 minutos, eles acharam um casal de senhores, de uns cinquenta e pouco à sessenta anos, andando pela vila.

– Com licença! – disse Shanai. – Vocês poderiam nos informar que horas são?

O casal se entre olhou, depois olhou para eles novamente.

– Vocês não são daqui, né? – pergunto o senhor.

– Não. – disse Nagato. – Estamos procurando uma pessoa.

– Entendo. – disse a senhora. – Nós não sabemos a hora, mas se nos acompanharem até em casa, podemos ver para vocês.

– Okay. – disse Yuchi.

Eles estavam carregando algumas sacolas e Nagato logo se ofereceu para carregar.

– Posso carregar essas sacolas? – perguntou.

– Claro, meu jovem. – disse a senhora. – Você é tão gentil.

Ele pegou as sacolas de compras e seguiu o casal até em casa.

– Muito obrigado. – disse o senhor. Depois, estendeu as mãos para pegar as sacolas. – Deixe que eu leve daqui.

– Se me permite, eu queria leva-las até lá dentro, para não dar trabalho ao senhor. – disse Nagato.

– Pode entrar. – disse a senhora. – Vocês também.

Todos entraram e Nagato logo levou as coisas para dentro. O pessoal sentou no sofá, mas Shanai ficou de pé. A casa era toda decorada com flores e, num cantinho, haviam duas bandanas de Kumo, bem velhinhas, penduradas.

– Então, os senhores poderiam nos informar as horas? – perguntou Shanai.

– Claro. – disse a senhora, olhando no relógio de parede. – São meio dia e meia.

Shanai logo se direcionou para a porta para sair.

– Pessoal, vamos! – disse ela.

– Espere um pouco. – disse a senhora. – Fiquem para o almoço. Vocês foram tão gentis. Por favor.

Os outros olharam para Shanai e seus olhos diziam: “Por favor!”.

– Okay... – disse ela, por final. – Mas só se me deixarem ajudar a preparar.

– Claro. – disse a senhora.

Enquanto Shanai e a senhora estavam na cozinha, o senhor ficou com o resto do pessoal na sala.

– Então, senhor... – dizia Onniken, até ser cortado pelo homem.

– Por favor! Me chamem de Ken! E minha esposa se chama Kin.

– Então, Ken, o senhor e sua esposa morram sozinhos aqui?

Ken olhou para Onniken, que havia tirado a mascara.

– Sim... Nossos três filhos e nossa filha já casaram e foram morar em suas casas. Eu e minha Kin vivemos aqui sozinhos desde então. Mas de vez em quando, pelo menos uma vez por semana, um rapaz e a mãe dele vem aqui nos visitar. Eles são tão gentis... Tá, que o garoto ultimamente está ficando meio revoltadinho, mas é um bom garoto...

– Entendo... – disse Nagato. – Mas nenhum dos seus filhos vem visitar vocês?

Ken baixou os olhos, com uma expressão triste.

– Eles vêm duas ou três vezes no ano, em dias especiais. Às vezes, nós que temos que visita-los, nos dias dos aniversários deles, para podermos vê-los ao menos uma vez.

– Entendo... – disse Nagato.

Então, para tentar mudar de assunto, Naruto perguntou:

– Bem, você não tem nenhuma história de seu tempo de juventude? Você foi um ninja, não foi?

Ken logo encheu os olhos.

– Se tenho? Tenho muitas! Eu e a Kin éramos da mesma equipe na época de genins. Fizemos várias missões juntos! Tem uma em especial...

Ken começou a contar uma história sobre quando ele e Kin tinham sido capturados em missão e como eles, juntos, conseguiram se salvar. Quando ele terminou de contar, Kin chamou na cozinha:

– Tá pronto! Venham comer!

O almoço foi arroz com carne.

– Itadakimasu!

Eles comeram e...

– Estava ótimo! – gritou Naruto. – Fazia tempo que não comia algo tão bom!

Shanai olhou para ele com uma expressão de raiva quase contida.

– É mesmo? – perguntou ela, ironicamente. – E a minha comida, que eu tenho feito a viajem inteira? Está chamando de ruim?

Naruto começou a suar de medo.

– É que... Não que seja ruim... Mas essa é melhor...

Nagato decidiu salvar a pele de Naruto.

– O que ele está dizendo é que a sua comida é boa, Shanai. Mas essa, preparada por você e a senhora Kin ficou melhor, pois a Kin tem um toque especial para a cozinha e mais experiência.

– Entendi... – disse Shanai. – Dessa vez, você foi salvo, Naruto...

Eles lavaram tudo e se prepararam para sair.

– Obrigado pela refeição. – disse Nagato, curvando-se.

– De nada. – disse Kin. – Fazia tempo que eu não comia com tantas pessoas.

– É mesmo. – disse Ken. – Foi bem divertido. Muito obrigado.

– De nada. – disse Shanai. – Vocês poderiam nos informar novamente que horas são?

Kin foi até a cozinha e voltou.

– São duas e meia. – disse ela. – Nem parece que passaram duas horas.

– É mesmo... – disse Naruto. – Muito obrigado pela refeição! Nós já vamos agora.

Eles saíram da casa e começaram a caminhar.

– Tchau! – gritou Kin. – Venham nos visitar!

– Okay! – gritou Naruto. – Nós voltaremos!

Eles começaram a andar pela vila. Então, Onniken disse:

– Não é melhor nos guiarmos pelo mapa? Até porque já fazem duas horas... Vai que a pessoa foi embora de onde estava?

– É mesmo! – disse Naruto.

Ele pegou o mapa. E o ponto estava no mesmo lugar: Uma área fora da vila.

– Okay! Vamos lá! – disse Naruto.

– Ir onde? – perguntou uma voz atrás deles.

Eles viraram e lá estava ele: Killer Bee.

– Bee! – gritou Naruto, abraçando o amigo. – Quanto tempo!

– E ai, cara? – disse ele. – Como vai a vida? Tá muito corrida? Ou tá de boa na lagoa?

– Tá tudo bem.

Bee começou a olhar a galera que estava com Naruto, até ver...

– Ei! – disse ele, apontando para Nagato. – Você não é aquele cara da guerra, que quase me pôs de cara na terra?

– Sim... – disse Nagato. – Me desculpe... É que eu estava no Edo Tensei...

Bee puxou Naruto para longe da galera e começou a conversar com ele, falando baixo:

– O que esse cara e essa galera estão fazendo aqui? – perguntou Bee, de costas para o grupo. – Você quer causar uma merda para ti?

– Não. – disse Naruto. – Acredite ou não, eles todos são meus parentes distantes. Nós estamos aqui procurando por outro de nós.

Bee olhou para eles novamente e depois voltou para a conversa:

– Tá okay... Mas quem é aquela gata de cabelos roxos? Dá pra me apresentar ou vai me deixar de toco?

– Bem, o nome dela é Shanai. Mas eu não me meteria com ela. Eu já vi o que ela pode fazer com idiotas que se metem com ela. Eu quase me dei mal hoje mesmo...

Bee riu dele.

– Você é muito idiota mesmo.

Eles voltaram para perto dos outros.

– Já que vocês estão procurando alguém, eu vou ajudar. – disse Bee.- Se não, vocês vão se perder nessa vila bela de amar...

Naruto mostrou o mapa para Bee, que os guiou por meio da vila. Entre rimas e discussões, eles acabaram encontrando a pessoa.

– Aqui está. – disse Bee. – Aquele é o cara.

Eles estavam em uma área de terra seca. A sua frente, a alguns metros, um rapaz de pele morena, cabelo preto azulado, curto e liso, e olhos amarelados. Ele tinha uns 1,70 de altura, físico médio, mas com cara de uns 14 anos. Ele estava treinando, aparentemente.

– O que querem comigo? – perguntou o rapaz.

– Estes são amigos meus. – disse Bee. – Estes são Naruto e sua trupe, aparentemente parentes seus. Eles precisam que você vá com eles.

O rapaz deu de ombros.

– Eu não conheço, então que se ferrem. – disse o rapaz. – Eu não quero saber de nenhum parente meu não. Se vieram aqui só por isso, podem ir embora. Eu não quero ir a nenhum lugar com qualquer idiota ou boiola que se diz meu parente.

Yuchi encarou o garoto.

– O que disse, garoto?

– O que você ouviu, idiota...

Yuchi ficou a ponto de sacar sua espada, mas Naruto o deteve.

– É mesmo? – disse Naruto. – Posso ao menos saber seu nome, garotinho sem respeito.

– Meu nome? – perguntou o rapaz. – Meu nome é Hogus. Mas pode me chamar de “O Homem de Verdade”, seu boiola loiro.

Vemos então que alguém está de mau humor. Mas quem será esse Hogus? Por que ele é tão sem respeito? As respostas? Quem sabe no próximo capítulo...

To Bi Continued...


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Notas finais do capítulo

Notas:
¹*: "Lolicons" são maníacos por menininhas novas, em média de 8 a 14 anos. A palavra "lolicon" também pode ser traduzida como pedófilo, mas neste caso prefiro como maníaco.
²*: A Vila de Kumo é toda cheia daquelas paradas estranhas, nada é interligado com nada e os locais normais da vila ficam em montanhas que chegam às nuvens... Então, eu não sabia o que escrever... Deixarei uma imagem da vila no próximo capítulo para tentar ilustrar o que disse acima.

Mas alguma coisa, só perguntar. Estou aqui pra isso.



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