POV DIANA

Não conseguia descrever o que eu senti com o beijo de Bruce, mas eu posso dizer que eu gostei.

E muito.

Terminamos de nos beijar e eu só quero repetir isso de novo. Eu queria mais, muito mais. Isso era estranho? Acho que sim, mas eu não me importo. Eu quero beijá-lo de novo.

Bruce me olha e eu o olho nos fundos dos olhos, sinto que posso sentir sua alma fazendo isso. Gostaria de poder saber o que ele está pensando.

– Tenho que ir. – diz ele para mim, fazendo com que eu ficasse desanimada.

– Por quê? – pergunto para ele que de repente muda de expressão.

– Porque eu acho que o seu namorado Clark está vindo te buscar. – responde ele friamente.

Por que ele estava dizendo isso? Por que estava falando comigo desse jeito?

– Ele...

– Não quero saber. – diz ele me interrompendo.

Fico com raiva pelo jeito que ele me trata e explodo.

– Se você acha que eu tenho namorado, não deveria ter me beijado! – grito para ele.

– Eu te beijei para você se lembrar de como a gente era, antes de você sumir para ficar com ele. – diz ele fazendo com que eu ficasse confusa.

Não fazia ideia do que ele estava falando.

– O que...

– Não quero mais te ver, não quero mais falar com você. Para mim, você está morta. Entendeu? Morta! – diz ele e depois some desse maldito telhado.

Dou um grito de raiva e sento no chão. Por que esse homem me afetava tanto e por que eu estava me sentindo tão mal com o que ele disse?

Tudo estava ficando tão esquisito, ao meu redor tudo ficou preto e então não enxerguei mais nada a não ser Bruce. O que em nome de Hera ele estava fazendo aqui? Ele já não tinha me dito tudo o que tinha para falar?

“– O que você sente por mim? – pergunto para Bruce que está com o meu laço em volta dele.

– Diana, o que eu sinto por você é coisa mais pura e sincera. Você é a mulher que entrou na minha vida e virou ela de cabeça para baixo. A mulher que fez com que eu visse o mundo de outro jeito, visse que as coisas podiam ser diferentes, que era só querer. Desde o primeiro dia que eu te vi, eu senti que você seria uma ameaça para mim, pois você era o tipo de pessoa que eu poderia me apaixonar fácil. Por isso eu fui todo marrento e grosso. Mas isso não adiantou, nós tivemos que conviver mais e isso fez com que eu me apaixonasse por você e eu vi que isso seria perigoso. Não para mim, mas para você. E ai eu fiquei com medo. Medo de alguma coisa acontecer com você e eu não poder fazer mais nada e nessa tentativa maluca de me afastar de você, outro homem apareceu na sua vida e eu fiquei com raiva e me senti um estúpido. Eu fui um idiota por deixar você se afastar, mas agora eu tomei coragem para admitir tudo isso. Não quero mais te ver com o Steve, odeio esse cara. Não quero que você não esteja com mais ninguém a não ser comigo, porque a ideia te ver com outro me mata a cada segundo e eu preciso de você. Eu não vivo sem você Diana. Eu te amo de todo o coração e de corpo e alma.

Solto o meu laço e lágrimas começam a escorrer dos meus olhos. Ele disse que me amava? Ele me ama? Bruce vem em minha direção e eu ainda estou chorando e meio tonta. Eu ainda não acreditava no que tinha escutado.

– Eu te amo.

– O quê?

– Eu te amo. – disse Bruce segurando meu rosto e se aproximando de mim lentamente. Em um instante nossas bocas estavam se tocando. Nós estávamos em sincronia um com outro. “

“ – Eu te amo Diana. – dizia ele enquanto me beijava.

– Eu também te amo Bruce. – respondo em meio aos nossos beijos.

– Temos que parar de nos beijar, senão eles vão estranhar. – diz ele ainda me beijando.

– Mas eu não quero parar – digo relutante – Quero continuar – falo empurrando ele contra a parede oposta.

– Chega de sumir vocês dois! – gritou alguém do lado de fora do armário.

Nós dois paramos de nos beijar, quando abrem a porta do armário e nos pegam no flagra e tudo o que eu escuto é o barulho da risada de Bruce. “

“– Você se imagina sendo pai? – pergunto para ele que fica assustado.

– Acho que eu não seria um bom pai Diana. – responde ele ficando sério.

Seguro o seu rosto e lhe dou um beijo.

– Claro que seria. – digo para ele que me abraça enquanto nós observamos criancinhas no parque.

– Eu aposto que você seria uma ótima mãe. – diz ele.

– E você seria um ótimo pai. – digo querendo voltar ao assunto.

– Eu não acho Diana. Eu não sei mais como é ter pai e mãe, sou traumatizado. – diz ele fazendo com que o meu coração aperte.

Olho para ele e vejo angustia nos seus olhos.

– Bruce, você tem uma figura paterna bem de baixo do seu teto. O Alfred é como um pai para você e pode não parecer, mas você sabe sim como lidar com crianças. Vejo como você trata o Rex e você o trata como se fosse seu. – digo para ele que sorri.

– Eu faria de tudo para ter um filho seu. –diz ele fazendo com que eu fique animada.

– Então vamos tentar fazer um agora! “

Sinto que o meu corpo está sendo sacodido e abro os meus olhos. Clark me olhava assustado e eu estava assustada com o que eu vi.

Tudo o que eu tinha visto, tinha sido real? Era isso, que essas visões estavam querendo me dizer? Eu estava tão confusa e exausta! Eu precisava saber da verdade. Sentia que eu o conhecia e que sentia algo forte por Bruce. E agora que eu vi isso, me sinto mais atraída por ele, do que antes.

Será que Clark sabia de alguma coisa? Eu achava que sim, na verdade, eu sabia que sim.

– Diana, você está bem? – pergunta Clark.

– O que você está escondendo de mim Clark? – pergunto.

– Do que você está falando? – pergunta ele.

– Me conta o que você sabe! – exijo.

– Diana, calma. Você deve ter batido a cabeça. – diz ele fazendo com o que eu ficasse com raiva.

– Eu estou vendo coisas, cenas minhas com o Bruce em minha mente. Eu não estou entendendo o que está acontecendo comigo. – digo quase gritando.

– Cenas com Bruce? Que tipo de cenas? – pergunta ele.

– Cenas pessoais. – respondo não querendo entrar em detalhes.

– Você então se lembra de tudo? – pergunta ele abrindo um sorriso.

– Me lembro de quê? – pergunto.

– De toda a sua história!

– Não sei do que você está falando.

– Você e o Bruce. Vocês dois eram um casal e...

– Casal?

– Melhor eu te levar para ver um velho amigo.

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POV CLARK

Depois de receber uma ligação do Wally, dizendo que Diana tinha mandado ele cuidar de Gaia, eu tive que parar de procurar pro Bruce e ir para casa, ver se estava tudo bem. Contei tudo para Wally e pedi para que ele esperasse para contar para os outros. Não queria que todos eles enchessem Diana de perguntas, antes dela lembrar de alguma coisa. Wally entendeu tudo e ficou em casa cuidando de Gaia. Quando chegarmos em casa, Diana já irá se lembrar das coisas. Era o que eu esperava.

Estamos voando em direção à casa nova de J’onn na cidade. Espero que ele não se importe com a hora e que ele ajude.

Chegamos a casa dele e eu bato na porta, esperando que ele estivesse acordado. Diana não falou nada até chegarmos aqui. Acho que está pensando em Bruce. J’onn abre a porta em forma humana e nos olha surpreso.

– J’onn preciso de sua ajuda. – digo.

– O que aconteceu Clark? Diana está bem? – pergunta ele.

– Eu estou ótima. – responde ela para ele.

– O que você fez Clark? – perguntou ele.

– Deixe a gente entrar, que eu te explico. – digo.

Ele fica nervoso e me olha feio. Não entendo o porquê da sua atitude e entro no apartamento dele e vejo Hipólita semi nua, no sofá da sala. Fico chocado e volto para onde estava e empurro Diana para trás.

– Melhor ficarmos aqui mesmo. – digo envergonhado.

J’onn me olha com raiva e assenti.

– Primeiro preciso fazer uma coisa. – diz ele entrando em casa.

Diana fica me analisando e eu tento me recuperar do choque.

– O que você viu lá dentro Clark? – perguntou ela.

– Nada. – respondo não querendo lembrar do que vi.

– Não parece que foi nada – diz ela – O que tinha lá? Kryptonita?

– Isso! Tinha exatamente isso lá! – digo para ela que ri.

J’onn aparece e pede para que nós entrássemos.

Acho que Hipólita não está mais aqui e fico mais aliviado com isso.

Diana se senta no sofá, - que até pouco tempo sua mãe estava - e eu fico em pé.

– J’onn, preciso que você faça ela lembrar.

– Não posso fazer isso. – diz ele.

– E por que não?

– Porque ela tem que se lembrar sozinha.

– Ela já começou a se lembrar dele. Não vejo porque ela ficar tento esses flashbacks sem entender nada.

– J’onn, eu não sei o que vocês estão falando. Mas quero lembrar, por favor. Isso é um direito meu. – diz Diana.

– Eu não sei... – começa a dizer J’onn que é interrompido por Diana.

– Por favor. – pede ela.

– Tudo bem, mas não conte a sua mãe. – diz ele.

– Prometo. – diz Diana.

J’onn a senta no sofá e bota suas mãos em sua cabeça.

– Isso pode doer em um pouco. – avisa ele.

– Pode começar. – pede Diana que fecha os olhos.

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POV BRUCE

Diana, Diana, Diana.

Esse era o nome que não saia da minha cabeça.

Por que tudo tinha que ser assim? Por que ela me enganou esse tempo todo? Será que eu nunca tinha sido o suficiente para ela? Pensei que ela me amava, que ela queria ter uma vida comigo, mas tudo o que ela fez me enganar para ficar com o Clark.

Não queria mais vê-la, mas também, queria vê-la e nunca mais sair de perto dela. Queria ficar com ela, queria que os nossos tempos juntos voltassem e não acabassem mais. Mas isso não iria acontecer. Ela estava com o Clark agora e tinha até uma filha com ele.

Como eu fui burro!

Sento na mesa de jantar e vejo um convite na mesa.

“ Bruce Wayne,

o senhor está sendo convidado para a minha primeira festa na cidade.

Espero que apareça e não me deixe esperando!

Ass: Sua Talia. “

Primeiro penso em amassar o convite e esquecer o que estava escrito e esquecer que Talia estava na cidade para me infernizar. Mas por um outro lado, eu precisava me distrair, mesmo que seja para ir na festa da mulher que tentou me destruir hoje, a mulher que eu odiava e sentia um certa atração.

Eu iria nessa festa para esquecer das coisas que estavam me perturbando.

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POV DIANA

A verdade foi um grande soco no estomago para mim.

Eu me lembrava de tudo.

Desde o primeiro dia que eu conheci meus amigos, que eu conheci Bruce, que eu entrei na Liga da Justiça. Lembrode Shayera e John e Rex, lembro de Steve e de quase casar com ele. Lembro que eu escolhi ficar com Bruce para sempre, lembro que eu estava grávida dele, lembro de amá-lo com todas as minhas forças, lembro de ter perdido os meus poderes, de virar a Batwoman, lembro do que o maldito do Coringa fez para mim. Me lembrava de várias coisas, que tinham sido esquecidas, porque os Deuses queriam que fosse assim.

– E então? Como você está se sentindo? – pergunta Clark.

– Abalada. – respondo.

– Você se lembra de tudo? – pergunta J’onn.

– De todos os detalhes. – digo.

– Até dos mais íntimos com o Bruce? – pergunta Clark me fazendo ficar vermelha.

– Lembro sim, seu tarado! – digo sorrindo sem graça.

– Agora você precisa falar com o Bruce! – diz Clark – E dizer o que aconteceu. – fala ele.

Preciso vê-lo, preciso beijá-lo e ficar com ele para sempre. Meu amor por ele está intensificado, sinto que parte de mim não está completa sem ele perto de mim.

– Preciso dele! – digo fazendo com que Clark e J’onn rissem.

– Antes de você encontrar com ele, você precisa ir ver sua filha. Acho que ela não está mais aguentando o Wally. – diz Clark.

Minha filha e do Bruce. Nosso bebê sobreviveu ao que o Coringa fez com a gente. Maldito palhaço! Eu o odeio! Tudo isso é culpa dele. Ele sempre quis acabar com o Bruce e ele conseguiu, tirou tudo o que ele mais amava e ficou feliz com isso. Ele era um psicopata.

Como será que Bruce lidou com isso? Eu preciso tanto ir vê-lo.

– Vou buscar a minha filha e leva-la para conhecer o seu pai. – digo com felicidade.

– É isso ai! – diz Clark animado.

– Obrigada J’onn. Por me ajudar! – digo lhe dando um abraço.

– De nada Diana. – diz ele.

– Obrigado J’onn. – diz Clark.

Saimos da casa de J’onn e fomos voando o mais rápido possível para o apartamento.

Eu mal podia esperar para ver Bruce e dizer o quanto eu sentia sua falta e o amava.

Continua...